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21 de agosto de 2018

A Garota Perfeita - Mary Kubica



Mia, uma professora de arte de 25 anos, é filha do proeminente juiz James Dennett de Chicago. Quando ela resolve passar a noite com o desconhecido Colin Thatcher, após levar mais um bolo do seu namorado, uma sucessão de fatos transformam completamente sua vida.
Colin, o homem que conhece num bar, a sequestra e a confina numa isolada cabana, em meio a uma gelada fazenda em Minnesota. Mas, curiosamente, não manda nenhum pedido de resgate à familia da garota. O obstinado detetive Gabe Hoffman é convocado para tocar as investigações sobre o paradeiro de Mia. Encontrá-la vira a sua obsessão e ele não mede esforços para isso.
Quando a encontra, porém, a professora esté em choque e não consegue se lembrar de nada, nem como foi parar no seu gélido cativeiro, nem porque foi sequestrada ou mesmo quem foi o mandante. Conseguirá ela recobrar a memória e denunciar o verdadeiro vilão desta história?

RESENHA:
21/08/2018

Fiquei em dúvidas quanto a nota que daria à esse livro, pois o começo foi de uma narrativa arrastada, o desenrolar sem surpresas e o final já era o esperado, mas apesar de tudo isso eu gostei muito da escrita dessa autora e as divisões de capítulos colaborou para que a estória não ficasse cansativa.

Os capítulos são divididos em ANTES E DEPOIS – do sequestro  e além disso se alternam entre as narrativas em primeira pessoa de Colin (sequestrador), Eve (mãe) e Gabe (detetive).
A estória começa quando Mia some sem deixar vestígios. O detetive Gabe não vai medir esforços para encontrá-la e ao mesmo tempo tenta consolar a mãe. Ali começa a nascer uma amizade e cumplicidade entre os dois, já que o pai se mostra indiferente à tudo e vê o desaparecimento da filha como um ato inconsequente.
A situação vivida pela mãe é algo muito tocante na trama. Toda sua angústia, seus medos e sua impotência por não poder fazer nada, junto com lembranças da infância e consequentemente o remorso de que poderia ter sido uma mãe melhor, tudo isso me passou uma sensação de tristeza muito grande, mas também de reflexões.

As narrativas de antes e depois dos personagens foi criando um mistério muito grande para saber o que aconteceu, já que no presente sabemos que Mia está em casa sã e salva, mas não sabemos como aconteceu e nem onde está Colin.
No presente Mia sofre de amnésia dissociativa e portanto não se lembra do tempo que ficou na cabana (me lembrou As Sobreviventes). Suas lembranças, junto com a revelação do resgate, se darão ao mesmo tempo mas nada que tenha me surpreendido.
Tudo isso já era esperado por que durante a leitura a trama vai dando sinais de que caminha para aquele fim. 
A supresa mesmo chega no epílogo, quando a autora tira o leitor da zona de conforto que ela criou. Achei que foi uma boa sacada e que serviu para diferenciar o livro de um outro qualquer do gênero.
Isso, mais a narrativa de capítulos curtos que se alternam entre o passado e o presente me fizeram dar 4 estrelinhas pra esse livro.
No mais, para mim está mais para um thriller dramático que psicológico/policial, principalmente quando se trata da narrativa de um personagem em questão.
Recomendo sim, mas não espere grandes emoções.

Nota: 4 ★







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10 de agosto de 2018

Vestido de noivo - Pierre Lemaitre



Ninguém está salvo da loucura…

Sophie, uma jovem mulher que leva uma vida pacata, começa a cair lentamente na loucura: milhares de pequenos e inquietantes sinais se acumulam e, de repente, tudo se acelera. Seria ela a responsável pela morte da sua sogra, do seu marido enfermo?

Pouco a pouco ela se encontra envolvida em vários assassinatos, dos quais ela não tem a menor lembrança. Então, desesperada, porém lúcida, ela organiza sua fuga, muda de nome, de vida, se casa, mas o seu terrível passado a alcança. As sombras de Hitchcock e de Brian de Palma pairam sobre esse thriller diabólico.

RESENHA:
10/08/2018

Tá aí um livrinho que eu não dava nada por ele. A capa não atrai, o título é estranho, nunca ouvi falar dele ou do autor.
Felizmente resolvi pegar pra ler depois de muito tempo na fila de espera e imaginem minha surpresa assim que comecei.  Sem saber de nada sobre, fui arrebatada pela trama....E que trama!

Narrada em terceira pessoa, a estória se passa em Paris é sobre Sophie, uma mulher misteriosa e cheia de problemas psicológicos. 
Ela trabalha de babá de uma criança bem pequena e à princípio você não entende muito bem o que está acontecendo, caímos de paraquedas em algo que já estava em andamento.
Logo no começo ela já se vê envolvida num crime brutal e consciente dos seus ataques de loucura e apagões, ela foge da cidade.
Enquanto ela procura maneiras de escapar da polícia e racionalizar os últimos acontecimentos, ela mais uma vez é protagonista de outro crime e com esse vêm a oportunidade que ela tanto queria.
Ela passa os próximos meses se mudando para dificultar que a encontrem, pois é uma das mulheres mais procuradas.
Nesse tempo em que vamos acompanhando tudo que ela faz para sobreviver, suas crises e angústias, a trama vai te prendendo cada vez mais e mesmo que o início possa parecer um pouco confuso, com o passar dos capítulos ficamos bem situados na estória.
Assim que sua nova meta de vida toma um rumo, o leitor é conduzido à uma segunda parte da estória.
É aqui meus amigos que o livro te pega e é impossível largar.

Narrado em primeira pessoa por um outro personagem, vamos conhecer toda a estória - desde o início - sobre um outro ponto de vista.
Através desse diário toda a trama começa a ser construída de uma maneira inteligente e envolvente.
Depois de conhecer as duas partes da estória, iremos ter seu desenrolar e mais uma vez ficamos vidrados na leitura.
Aqui não há mistérios sobre culpa ou culpados, vai ficar bem claro ao longo da narrativa, o que vai deixar o leitor ansioso é como tudo isso será finalizado.
Sabe quando bate aquele medo de depois de uma trama incrível o autor estragar o final? Fiquei muito ansiosa e curiosa.
Teve algumas coisinhas que incomodaram, principalmente a facilidade com que um dos personagens tem acesso ao que para nós mortais parece praticamente impossível, fora que ele conta muito com a sorte, porém mesmo que seja muito difícil de acontecer, não é impossível.
E o motivo que leva a pessoa a fazer o que fez me pareceu exagerado mas mais uma vez não questiono, pois em se tratando de loucura podemos esperar de tudo.
Nem esses pontos conseguiram diminuir meu prazer pela leitura. Devo dizer que é um dos melhores thrillers psicológicos que li esse ano e esse autor ganhou meu respeito.
O final é excelente também. Depois que me passou os primeiros questionamentos sobre o porquê daquele comportamento, eu entendi que teria que ser assim. E quem sou eu para questionar um enredo desse?
Super recomendo esse livro! Mesmo que não tire seu fôlego, tenho certeza que no mínimo você vai curtir :)

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7 de agosto de 2018

As Sobreviventes - Riley Sager



“Ela corria por instinto. Um alerta inconsciente de que precisava continuar, independentemente do que acontecesse.”

Há dez anos, a estudante universitária Quincy Carpenter viajou com seus melhores amigos e retornou sozinha, foi a única sobrevivente de um crime terrível. Num piscar de olhos, ela se viu pertencendo a um grupo do qual ninguém quer fazer parte: um grupo de garotas sobreviventes com histórias similares. Lisa, que perdeu nove amigas esfaqueadas na universidade; Sam, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava; e agora Quincy, que correu sangrando pelos bosques para escapar do homem a quem ela se refere apenas como Ele. As três jovens se esforçam para afastar seus pesadelos, e, com isso, permanecem longe uma da outra; apesar das tentativas da mídia, elas nunca se encontraram.

Um bloqueio na memória de Quincy não permite que ela se lembre dos acontecimentos daquela noite, e por causa disso a jovem seguiu em frente: é uma blogueira culinária de sucesso, tem um namorado amoroso e mantém uma forte amizade com Coop, o policial que salvou sua vida naquela noite. Até que um dia, Lisa, a primeira sobrevivente, é encontrada morta na banheira de sua casa com os pulsos cortados; e Sam, a outra garota, surge na porta de Quincy determinada a fazê-la reviver o passado, o que provocará consequências cada vez mais assustadoras. O que Sam realmente procura na história de vida de Quincy?

Quando novos detalhes sobre a morte de Lisa vem à tona, Quincy percebe que precisa se lembrar do que aconteceu naquela noite traumática se quiser as respostas para as verdades e mentiras de Sam, esquivar-se da polícia e dos repórteres insaciáveis. Mas recuperar a memória pode revelar muito mais do que ela gostaria.

RESENHA:
07/08/2018

Quincy Carpenter é a única sobrevivente de um massacre ocorrido há dez anos atrás quando ela foi passar uns dias num chalé com seus amigos de faculdade. Por conta do trauma ela sofre de amnésia dissociativa, ou seja, ela lembra de ter ido ao chalé mas não tem lembranças do massacre.
Ela foi salva pelo policial Cooper que virou meio que um protetor dela e algumas vezes no ano eles se falam por telefone para saber como ela está.
Paralelo à isso, tem a Samantha e a Lisa, outras duas sobreviventes de massacres. Elas não se conhecem pessoalmente, apenas se reconhecem pois a imprensa as nomeou de Garotas Remanescentes.
Lisa que atualmente é psicóloga infantil, por várias vezes tentou entrar em contato com as outras duas para conhecê-las pessoalmente e eventualmente conversar sobre esse episódio trágico na vida delas. Porém Quincy nunca quis, até mesmo por que ela diz não se lembrar do ocorrido e também por que ela simplesmente não gosta de falar do assunto e prefere ignorar qualquer tipo de abordagem. Já Samantha sumiu completamente e há anos as pessoas não ouvem falar dela.

Quincy leva uma vida normal, cuida de um blog de brownies e pães, mora junto com o namorado e vivem uma relação aparentemente harmoniosa até que um dia ela recebe a visita de Cooper avisando que Lisa, a primeira garota remanescente havia se suicidado.
Esse fato começa desmanchar aquela fachada de perfeição que Quincy havia construído e tudo vai desmoronando quando Sam aparece e se instala na vida dela.
À partir desse momento a estória começa a ganhar forma. Ao mesmo tempo em que a gente vai conhecendo um pouco da vida atual da Quincy e sua relação com Samantha, vamos também nos enchendo de dúvidas quanto ao passado dela que será narrado em terceira pessoa.
Já o presente é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Quincy, o que torna tudo meio duvidoso já que não sabemos até que ponto ela fala a verdade.
A relação da Quincy com a Sam é terrível, senti repulsa do comportamento das duas. Sam é 
manipuladora enquanto Quincy é submissa e influenciável.

É uma trama muito envolvente que vai deixar o leitor cheio de ideias e opiniões. Eu mesma ora desconfiei de um, ora de outro. A narrativa é tranquila à princípio, mas a tensão vai aumentando gradativamente conforme a estória se desenrola.
Os capítulos são curtos, gosto muito quando é assim e alterna entre o passado e o presente. Essas alterações de capítulos nos ajuda a criar um perfil melhor da personagem, ainda que gere ainda mais dúvidas à respeito do seu caráter.
O final para mim não foi surpreendente pois eu desconfiei daquilo devido à uma cena específica do livro, mas nem por isso diminuiu meu prazer pela leitura. Outros pontos consegui identificar também devido à uma atenção mais minuciosa.
Enfim, recomendo muito esse thriller psicológico. Peguei pra ler sem esperar muito da trama por causa de algumas classificações negativas, mas realmente me surpreendi com a leitura.

Nota: 5 

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31 de julho de 2018

Poirot Investiga - Agatha Christie



Poirot investiga reúne 14 textos em que o detetive Hercule Poirot é desafiado por enigmas de solução aparentemente impossível. São narrados pelo capitão Hastings e contêm diversos mistérios envolvendo assassinatos, roubo, desaparecimentos entre outros.
Apesar de curtos, Agatha mostra toda sua genialidade em apresentar casos aparentemente difíceis de desvendar mas bem possíveis aos olhos do grande Hercule Poirot.

São eles:

A Aventura do Estrela do Ocidente ♦
Nessa estória, Poirot é procurado pela atriz Mary Marvell que precisa de um conselho. Ela recebeu algumas cartas anônimas onde dizia que ela deveria se livrar do diamante Estrela do Ocidente.
Porém quando a srta. Mary não aceita a sugestão do detetive, ele decide tomar providências apenas para o seu próprio prazer.
Aqui podemos ver como Poirot de diverte com as ideias furadas do capitão Hastings, que também sente um certo prazer quando pensa que o amigo está errado.

A tragédia de Marsdon Manor
Nesse segundo conto, Poirot é contratado pela seguradora para investigar a morte do sr. Maltravers. Se for suicídio a esposa não receberá a apólice.

A aventura do apartamento barato
Depois que Hastings conta à Poirot sobre um apartamento alugado por um preço muito abaixo do mercado, ele vai investigar e descobre algo bem maior.

O mistério de Hunter's Lodge ♦
Poirot é procurado por um homem que deseja descobrir o assassino do tio, porém se recuperando de uma gripe ele pede que Hastings investigue e o informe. Hastings se sente importante, mas é o próprio Poirot que desvenda o crime mesmo a distância.

O roubo de um milhão de dólares em obrigações do tesouro ♦
Uma jovem procura Poirot e pede sua ajuda no roubo de obrigações do tesouro. Os títulos foram roubados enquanto estavam em posse de seu noivo, durante uma viagem.

A aventura da tumba egípcia ♦
Após uma série de mortes relacionadas à abertura de uma tumba egípcia, Poirot vai até o Egito à pedido da viúva de uma das vítimas, receosa que o mesmo possa acontecer ao seu filho.
Nenhuma morte tem ligação com outra pois ocorreram de formas diferentes e agora Poirot precisa agir antes que se tenha outra vítima.

O Roubo das jóias do Grand Metropolitan ♦
Poirot e Hastings resolvem passar um final de semana no Grand Metropolitan e presenciam o momento em que a Sra. Opalsen percebe que seu colar de pérolas foi roubado dos seus aposentos. Poirot, claro, vai recuperar a joia e encontrar o culpado.

O primeiro ministro sequestrado ♦
Poirot é contatado por Lorde Estair, líder do governo na Câmara, para que encontre o primeiro ministro que foi sequestrado.

O desaparecimento do sr. Davenheim ♦
Poirot aposta com Japp que consegue resolver o mistério do desaparecimento do banqueiro sem precisar sair de Casa, apenas usando as células cinzentas. Japp dá à ele o prazo de uma semana para encontrar o paradeiro do homem.

A aventura do nobre italiano ♦
Dr.Hawker recebe o telefonema de um paciente agonizante enquanto visita seu amigo Poirot. O médico então o convida para acompanhá-lo até o hotel onde o homem se encontra.

O caso do testamento desaparecido ♦
Após perder o tio, a única herdeira da fortuna pede que Poirot a ajude descobrir o esconderijo do testamento do tio que ele escondeu para testar a inteligência da sobrinha. Ela tem apenas 1 ano para encontrá-lo antes que a fortuna vá para a caridade.

A dama de véu ♦
Uma jovem pede que Poirot recupere uma carta que está nas mãos de um chantagista, carta que coloca em risco seu noivado com um duque.

A minha perdida ♦
Poirot conta ao amigo Hastings como resolveu um caso de documentos roubados de uma mina e por isso recebeu muitas ações como forma de pagamento.

A caixa de bombons ♦
Aqui nesse conto, Poirot relata à Hastings seu único fracasso quando ainda era um detetive da polícia belga.

Nota: 4★

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30 de julho de 2018

E Viveram Felizes Para Sempre - Julia Quinn - [Os Bridgertons 9]


Alguns finais são apenas o começo...

Era uma vez uma família criada por uma autora de romances históricos...

Mas não era uma família comum. Oito irmãos e irmãs, seus maridos e esposas, filhos e filhas, sobrinhas e sobrinhos, além de uma irresistível matriarca. Esses são os Bridgertons: mais que uma família, uma força da natureza.

Ao longo de oito romances que foram sucesso de vendas, os leitores riram, choraram e se apaixonaram. Só que eles queriam mais. Então começaram a questionar a autora: O que aconteceu depois? Simon leu as cartas deixadas pelo pai? Francesca e Michael tiveram filhos? O que foi feito dos terríveis enteados de Eloise? Hyacinth finalmente encontrou os diamantes?

A última página de um livro realmente tem que ser o fim da história? Julia Quinn acha que não e, em E viveram felizes para sempre, oferece oito epílogos extras, todos sensuais, engraçados e reconfortantes, e responde aos anseios dos leitores trazendo, ainda, um drama inesperado, um final feliz para um personagem muito merecedor e um delicioso conto no qual ficamos conhecendo melhor ninguém menos que a sábia e espirituosa matriarca Violet Bridgerton.
Veja como tudo começou e descubra o que veio depois do fim desta série que encantou leitores no mundo inteiro.

Comentário:
30/07/2018


Livro com segundos epílogos para cada um dos Bridgertons, porém desnecessário na minha opinião.
Os epílogos não acrescentaram nada de excepcional aos livros que foram finalizados de forma satisfatória para mim.
No entanto algumas exceções: O epílogo da Francesca foi o que mais me emocionou. Essa pequena continuação realmente fez diferença na estória do casal.
O que se refere ao casal Lucy e Gregory me deixou bem tensa, confesso. 
E por fim o conto da Violet que eu tanto esperava, valeu a pena. Finalmente ficamos sabendo como ele conheceu Edmund e como eles se apaixonaram... adorei!


P.S.: Acho que a irmã de Edmund é a protagonista de Uma Dama Fora dos Padrões, da série Os Rokesbys.

Nota: 3,5 ★


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29 de julho de 2018

Tempo de Segredos - Deanna Raybourn - [Lady Julia Grey Novel]




Porque onde tu estás, está todo o meu mundo."...que os ímpios sejam humilhados e calados fiquem no seu túmulo".
Estas palavras sinistras, tiradas de um livro dos salmos, foram a última ameaça que sir Edward Grey recebeu do seu assassino. Antes de poder mostrá-las a Nicholas Brisbane, o investigador privado que tinha contratado para se proteger, sir Edward caiu morto na sua casa de Londres, na presença da sua esposa, Julia, e de vários convidados. Embora ela estivesse convencida de que o marido tinha morrido em consequência de uma longa enfermidade, não hesitou em pedir ajuda ao enigmático Brisbane quando descobriu o papel onde figuravam aquelas palavras.
Tentando levar o assassino de Edward perante a justiça, Julia começou a seguir pistas que revelaram uma verdade ainda mais terrível... Umas pistas que a aproximavam de um criminoso que esperava a sua chegada com impaciência.


RESENHA:
29/07/2018

Eu tinha esse livro há muito tempo mas como é uma versão Português/Portugal, sempre o deixava pra depois.
Comecei a ler no escuro, sem saber absolutamente nada sobre a trama pois não tinha nenhuma resenha no Skoob mas a junção de thriller com romance de época foi o suficiente para despertar meu interesse de uma vez.

Durante uma festa na casa dos Grey, sir Edward passa mal em meios aos convidados e menos de uma hora depois está morto. Já era sabido que ele sofria de problemas cardíacos e morreria ainda na juventude, assim como seu pai e seu avô. 
Isso já acontece nas primeiras linhas e de imediato já me vi entretida na leitura. Também é nesse momento que Lady Julia conhece o enigmático Nicholas Brisbane, que ajuda a prestar os primeiros socorros.
Passado alguns dias, Nicholas procura Lady Julia para dizer que seu marido pode ter sido assassinado, pois sir Edward o tinha contratado para descobrir quem estava enviando cartas anônimas à ele. Como não tinha dado tempo de uma investigação, Nicholas se sente na obrigação de prestar esse último serviço mas a viúva se nega. Ela acha que o investigador está apenas se aproveitando da situação para arrancar algum dinheiro dela e o põe pra fora da sua casa.
Depois de muitos meses, Julia encontra uma carta anônima escondida entre as coisas do marido e procura Brisbane para ajudá-la mas ele a lembra que já se passou tempo demais e as pistas esfriaram. Com essa recusa ela decide investigar sozinha, forçando-o então a ajudá-la pois teme que ela coloque sua vida em risco.

À partir daí eles vão começar a trabalhar juntos e recolher pistas. Nicholas deixando-a afastada de situações perigosas e ela desobedecendo quase sempre seus conselhos.
Como percebi depois, não é um livro de romance arrebatador mas sim a construção de um relacionamento que muito futuramente irá acontecer.
Eu não sabia que era uma série quando li, só vim saber depois, mas se soubesse talvez não tivesse lido e iria perder uma ótima estória.
A trama é muito bem escrita, nada clichê, com diálogos bem escritos e personagens bem desenvolvidos. Os capítulos são curtos e sempre começando com frases de livro, como Shakespeare por exemplo.
Os personagens secundários também contribuem muito para a trama, não estão apenas para dar volume.
Apesar de estar numa versão de Portugal, não tive problemas para ler, apenas algumas palavras que tive que procurar o significado mas não atrapalhou em nada a leitura.
Eu amei a escrita dessa autora. Ela é criativa, a maneira como ela conduziu a trama é envolvente e adorei como ela desenvolveu cada personagem e suas funções dentro da estória.
O romance fica mesmo em segundo plano pois terá sequência nos livros seguintes, que infelizmente só tem na versão inglesa.
Na sequência da série conforme evolui o relacionamento dos protagonistas, vão também surgir outros crimes que eles desvendarão juntos.
Mas valeu muito a pena essa leitura, o suspense que envolve o assassino e a maneira que a autora transformou a estória, desvendando os mistérios que alguns personagens escondiam, foi excelente! Queria muito ler as outras estórias dessa série e também mais livros dessa autora.

Descobrir Deanna Raybourn só me fez perceber como sinto falta de tramas assim. Juntar meus dois gêneros favoritos num livro só, seria perfeito demais!
Quantos autores assim não estão escondido por aí?

Nota: 4,5 ★


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25 de julho de 2018

Gritos No Silêncio - Angela Marsons - Detetive Kim Stone # 1



Os segredos mais obscuros não podem ficar enterrados para sempre…

Na escuridão da noite, cinco figuras se revezam para cavar uma sepultura, um pequeno buraco em que enterram os restos de uma vida inocente. Ninguém diz nada, e um pacto de sangue os une…

Anos mais tarde, Teresa Wyatt é brutalmente assassinada na banheira da sua casa, e, depois disso, mais mortes violentas começam a acontecer. Todas as vítimas têm algo em comum, e a detetive que encabeça o caso, Kim Stone, logo percebe que a chave para deter o assassino que está semeando o pânico na cidade é resolver um crime do passado.

Só o que ela sabe é que alguém esconde um segredo e está disposto a fazer qualquer coisa para que nada seja revelado.

RESENHA:
25/07/2018

Ganhei esse livro da Editora Gutenberg que está na pré-venda e fiquei ansiosa por começar a leitura, pois além de ser fã de thrillers a sinopse já tinha me deixado muito curiosa. Eu realmente esperava que o livro fosse bom, mas ele superou minhas expectativas. 

Depois que você lê a sinopse já sabe mais ou menos o que vai encontrar: Cinco pessoas selando um pacto de um crime que ficará enterrado por muitos anos.
No presente, uma sequência de mortes faz a detetive Kim encontrar a ligação dessas vítimas: todas elas trabalharam num orfanato de meninas que agora está abandonado.
Ela e sua equipe então vão investigar o que pode ter acontecido no orfanato que esteja causando essas mortes e tudo vai complicar ainda mais quando eles começam a descobrir corpos enterrados no local.
Qual a ligação desses crimes e quem pode estar cometendo-os?
A narrativa é bem rápida e é do jeito que me prende: sem detalhes desnecessários que enchem a trama de volume. Os capítulos são curtinhos, nos levando para ambientes e situações diferentes a cada momento, o que é mais um ponto positivo na leitura. 
Alguns personagens secundários nos serão apresentados durante a trama e você se vê tentando conectá-los de alguma maneira com os crimes. A autora dá muito espaço para a imaginação e para o lado investigador do leitor e isso foi outro ponto que me fez ficar vidrada na leitura.

Eu amei a escrita dela! A trama foi muito bem construída, tanto que mesmo tendo desconfiado de algumas pessoas eu não consegui fazer a ligação do crime e os motivos.
Ela realmente deu vida aos personagens, foram muito reais e convincentes. 
A detetive Kim à princípio me tirou do sério com sua arrogância, sua falta de tato e delicadeza para lidar com as pessoas, principalmente com seu parceiro. Mas no decorrer da estória você acaba meio que se adaptando ao jeito dela e quando aos poucos sua estória de vida é contada, você já se afeiçoou à ela.
Seu comportamento impulsivo acaba colocando-a em situações complicadas e ela precisa contar com seu faro investigativo para não ser afastada das funções que exerce.
O final foi excelente, provando que Angela Marsons tem muito talento para a escrita e sabe como conduzir um thriller, mantendo a atenção do leitor até o fim sem deixar pontas soltas.

Eu super recomendo esse livro à todos os amantes do gênero e para quem não é, deixo aqui minha sugestão de leitura.

Espero que a editora continue publicando a série pois quero muito acompanhar mais da detetive Kim Stone.

"Angela Marsons criou um thriller que prende o leitor desde a primeira página ao mesmo tempo que aborda temas muito importantes que devem ser revistos e discutidos."
(Achei o livro, perdi o sono)


Nota: 5 ★ ♥

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17 de julho de 2018

A Boa Filha - Karin Slaughter - [Tag Inéditos]


Quando eram adolescentes, a vida tranquila de Charlotte e Samantha Quinn foi destruída por um terrível ataque em sua casa. Sua mãe foi assassinada. Seu pai um famoso advogado de defesa de Pikeville, Geórgia ficou arrasado. E a família foi dividida por anos, para além de qualquer conserto, consumida pelos segredos daquela noite terrível. Vinte e oito anos depois, Charlie seguiu os passos de Rusty, seu pai, e se tornou advogada mas está determinada a ser diferente dele.

Quando outro caso de violência assombra Pikeville, Charlie acaba embarcando em um pesadelo que a obriga a olhar para trás e reviver o passado. Além de ser a primeira testemunha a chegar na cena, o caso também revela as memórias que ela passou tanto tempo tentando esconder. Agora, a verdade chocante sobre o crime que destruiu sua família há quase trinta anos não poderá mais permanecer enterrada e Charlotte precisa se reencontrar com Samantha, não apenas para lidar com o crime, mas também com o trauma vivido.


RESENHA:
16/07/2018


O livro começa já com um crime horrível que a autora descreveu muito bem com detalhes vívidos. Não tinha como não criar altas expectativas com a trama.
Passado esse episódio que o leitor não sabe como termina, a estória dá um salto em 28 anos quando as protagonistas já estão adultas e aí vai acontecer um outro crime que vai desenterrar traumas antigos.
Até aí tudo ok, mas depois a autora pausou o thriller e focou no drama familiar e infelizmente não era o que eu estava buscando nesse livro. O crime acontece por volta da página 55 e vai começar a se desenvolver lá pela página 273. 

Não posso dizer que é um livro ruim, mas foi uma leitura que não funcionou pra mim. Estou acostumada com muito suspense e agilidade nas estórias da Karin Slaughter e não foi isso que encontrei aqui.
Os crimes em si ficam em segundo plano, já que os problemas familiares das personagens é o assunto principal. E com esse desenvolvimento das questões familiares, vem junto uma narrativa cansativa.
A trama demora muito para evoluir e problemas do passado voltam à todo momento mas de maneira repetitiva. Sem contar que poderia facilmente ser resumido pela metade.
Não foi uma leitura que me envolveu, demorei semanas pra terminar devido à falta de interesse pela estória, só terminei por que esse livro foi me dado carinhosamente por uma pessoa muito gentil e não tive coragem de abandonar.

Se você gosta dessas questões familiares e dramas então esse é o livro ideal pra você, porém se procura uma trama arrebatadora com reviravoltas, pode se decepcionar assim como eu.

Nota: 3,5 ★

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29 de junho de 2018

Como Se Casar Com Um Marquês - Julia Quinn - [Agentes da Coroa # 2]


Elizabeth Hotchkiss precisa se casar com um homem rico, e bem rápido. Com três irmãos mais novos para sustentar, ela sabe que não lhe resta outra alternativa.

Então, quando encontra o livro Como se casar com um marquês na biblioteca de lady Danbury, para quem trabalha como dama de companhia, ela não pensa duas vezes: coloca o exemplar na bolsa e leva para casa.

Incentivada por uma das irmãs, Elizabeth decide encontrar um homem qualquer para praticar as técnicas ensinadas no pequeno manual.

É quando surge James Siddons, marquês de Riverdale e sobrinho de lady Danbury, que o convocou para salvá-la de um chantagista. Para realizar a investigação, ele finge ser outra pessoa. E o primeiro nome na sua lista de suspeitos é justamente... Elizabeth Hotchkiss.

Intrigado pela atraente jovem com o curioso livrinho de regras, James galantemente se oferece para ajudá-la a conseguir um marido, deixando-a praticar as técnicas com ele. Afinal, quanto mais tempo passar na companhia de Elizabeth, mais perto estará de descobrir se ela é culpada.

Mas quando o treinamento se torna perfeito demais, James decide que só há uma regra que vale a pena seguir: que Elizabeth se case com seu marquês.

RESENHA:
29/06/2018

Nesse segundo e último volume de Agentes da Coroa enfim conheci a estória do James que eu tanto ansiava. Ele já era meu favorito no primeiro livro e por isso esperava uma grande estória pra ele, com aventuras dignas de um agente.
Mas que decepção eu tive! Fui com altas expectativas nesse livro e foi um balde de água fria.
Primeiro que ele como agente não teve função nenhuma e pelo nome da série era isso que eu esperava, no mínimo. Foi um personagem apagado que protagonizou cenas sem nenhuma surpresa ou emoção.

James é chamado pela sua tia Lady Danbury para descobrir quem é a pessoa que a está chantageando, por isso ele chega como administrador de fazendas. Ali ele conhece a encantadora Elizabeth, que trabalha há 5 anos para sua tia e logo um fica fascinado pelo outro.
Porém, Elizabeth precisa se casar com um homem rico e James por enquanto não pode se revelar pra ela enquanto não descobrir quem é o chantagista.
Nesse meio tempo nada de muito interessante acontece entre eles. Alguns passeios pelo jardim e encontros pela casa entre situações desastrosas com intenção de serem engraçadas.
Esperava mais de romance e a quantidade de coisas que me incomodaram durante a leitura, tirou qualquer prazer nela. Até mesmo Lady Danbury me cansou com sua bengala, pois suas participações eram sempre iguais.
Elizabeth parece ter menos juízo que sua irmã de 14 anos. Onde uma mulher de mais de 20 anos se tranca num quarto e é alimentada por 3 crianças?
Lady Danbury deveria pagar uma miséria pra moça, já que ela e os irmãos mal tem o que comer. E depois, quando que ela descobre a identidade do James, aquele monte de gente dando pitaco, se metendo e gato miando... céus, o que foi aquilo?
Mas vejam só, assim que terminei o livro e vi a quantidade absurda de 5 estrelas que esse livro recebeu, vi que o problema era comigo mesmo e essa estória não rolou pra mim definitivamente, então não levem em conta minha opinião.
Enfim, preciso urgente dar uma pausa nos romances de época, principalmente esses primeiros que a autora escreveu. Já até tirei os outros antigos da minha meta de leitura.
Vou dar um tempo até que sinta saudades desses romances novamente e ter mais disposição para o clichês que tanto gosto.

Nota: 3,5 ★


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24 de junho de 2018

Mentirosos - E. Lockhart


Na família Sinclair, ninguém é carente, criminoso, viciado ou fracassado. Mas talvez isso seja mentira.

Os Sinclair são uma família rica e renomada, que se recusa a admitir que está em decadência e se agarra a todo custo às tradições. Assim, todo ano o patriarca, suas três filhas e seus respectivos filhos passam as férias de verão em sua ilha particular. Cadence - neta primogênita e principal herdeira -, seus primos Johnny e Mirren e o amigo Gat são inseparáveis desde pequenos, e juntos formam um grupo chamado Mentirosos.

Durante o verão de seus quinze anos, as férias idílicas de Cadence são interrompidas quando a garota sofre um estranho acidente. Ela passa os próximos dois anos em um período conturbado, com amnésia, depressão, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos. Toda a família a trata com extremo cuidado e se recusa a dar mais detalhes sobre o ocorrido… até que Cadence finalmente volta à ilha para juntar as lembranças do que realmente aconteceu.

Resenha:
24/06/2018
Mentirosos estava na minha lista há muito tempo devido à algumas resenhas que assisti elogiando a trama e que me deixaram bem curiosa. No entanto foi uma leitura que não funcionou de maneira tão positiva para mim, já que achei a narrativa muito arrastada e sem surpresas.
Da mesma maneira achei os diálogos um tanto quanto cansativos, conversas de rotina entre adolescentes e crianças, a estória não se desenvolvia e se prolongou por mais da metade do livro. Quando enfim começa ficar claro, o livro termina.
Apesar do final não ser tão inesperado assim - eu já havia imaginado que seria algo do tipo - ainda assim foi surpreendente. O desfecho teve todas emoções que não encontrei durante a leitura.
É um livro bem escrito mas achei mal aproveitado, poderia ter tido cenas com mais conteúdo que despertasse ainda mais a curiosidade do leitor.
Ainda assim foi um livro que li em apenas 2 vezes pois tem pouco mais de 200 páginas, o que colaborou.
Quero ler mais obras dessa autora.
Nota: 3,5 ★

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20 de junho de 2018

A Outra Sra. Parrish - Liv Constantine


Amber Patterson não aguenta mais. Está cansada de ser uma ninguém: uma mulher sem graça e invisível que não se destaca na multidão. Ela merece mais – uma vida de dinheiro e poder como a que Daphne Parrish, a deusa loira dos olhos azuis, tem e não valoriza. Para todos na pequena cidade de Bishops Harbor em Connecticut, a socialite e filantropa Daphne e seu marido Jackson, o magnata do mercado imobiliário, são um casal que parece recém-saído de um conto de fadas. A inveja de Amber poderia consumi-la por dentro... Se ela não tivesse um plano. Amber usa da compaixão de Daphne para se inserir na vida da família – o primeiro passo de um esquema meticuloso para destruí-la. Em pouco tempo, ela se torna a amiga mais próxima de Daphne, vai para a Europa com os Parrish e suas duas belas filhas, e se aproxima de Jackson.
No entanto, um fantasma de seu passado pode destruir tudo que ela construiu e, se seu segredo for descoberto, seu plano perfeito pode ir por água abaixo.

Com reviravoltas chocantes e segredos tão profundos que te deixarão tentando adivinhá-los até o final da história, A Outra Sra. Parrish é um thriller repleto de emoções e completamente viciante, escrito por mãos diabolicamente imaginativas.

RESENHA:
20/06/2018
Isso não será um resenha e sim uma recomendação, aliás, duas.
Primeiro: Tudo o que você precisa saber sobre esse livro está na sinopse. Não leia mais nada, nenhuma resenha. Mais do que isso vai estragar a surpresa, tem até comparações com outros livros, o que não deixa de te preparar para o que você vai ler.
Segundo: Leiam minha gente! Eu dei 5 estrelas mas daria 10 se pudesse.
Não vou falar sobre a estória, mas sim sobre o que achei dela, sem revelar nenhuma informação a mais. Tem uma trama muito bem elaborada, com começo, meio e fim tudo no melhor estilo que um thriller precisa.
O livro é dividido em três partes. A primeira narrada em terceira pessoa que vai contar como tudo começa, como os personagens irão se conhecer e interagir.
A segunda parte será narrada em primeira pessoa e então a terceira com a finalização da trama.
Sério gente, que livro incrível! Inteligente, muito bem escrito e numa narrativa que eu conseguia visualizar as cenas perfeitamente, como num filme.
E nem vou falar o que achei dos personagens, cheguei rir, a odiar e ir da desconfiança ao nojo.
Eu o li em menos de 24 horas porque não conseguia parar e ainda bem que vi nenhuma resenha antes, fui mesmo pelas classificações.
Gostaria muito que virasse filme, esse é um livro que certamente voltarei à ler um dia.
SUPER RECOMENDO!

Nota: 5 ★ ♥


Liv Constantine é o pseudônimo das irmãs Lynne Constantine e Valerie Constantine. Separadas por três estados, passam horas montando tramas via FaceTime e se irritando com os e-mails uma da outra. Atribuem a sua capacidade de inventar tramas obscuras às horas que passaram ouvindo histórias que a avó grega contava. Você pode saber mais sobre elas em: livconstantine.com.



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18 de junho de 2018

A Mulher Na Cabine 10 - Ruth Ware




Aclamado pela crítica e há mais de 30 semanas na lista dos mais vendidos do The New York Times, A mulher na cabine 10 estabelece de vez Ruth Ware como um dos grandes nomes do suspense contemporâneo, na melhor tradição de Agatha Christie. No livro, uma jornalista de turismo tenta se recuperar de um trauma quando é convidada para cobrir a viagem inaugural de um luxuoso navio. Mas, o que parecia a oportunidade perfeita para se esquecer dos recentes acontecimentos acaba se tornando um pesadelo quando, numa noite durante o cruzeiro, ela vê um corpo sendo jogado ao mar da cabine vizinha à sua. E o pior: os registros do navio mostram que ninguém se hospedara ao seu lado e que a lista de passageiros está completa. Abalada emocionalmente e desacreditada por todos, Lo Blacklock precisa encarar a possibilidade de que talvez tenha cometido um terrível engano. Ou encontrar qualquer prova de que foi testemunha de um crime e de que há um assassino entre as cabines e salões luxuosos e os passageiros indiferentes do Aurora Boreal.

RESENHA:
18/06/2018

Absolutamente previsível!

Minha opinião: A mulher na cabine 10 é mais um thriller superestimado com um marketing gigantesco em cima.A comparação com o estilo Agatha Christie não poderia ser mais equivocada. Não há nada que lembre a escrita da Dama e acho até injusta essa comparação, já que elas têm estilos bem diferentes de escrita.
Lo é convidada à substituir sua chefe na viagem inaugural de um navio de luxo de pequeno porte, apenas para algumas dezenas de convidados. Essa é a grande chance de mostrar sua capacidade como jornalista, mas logo na primeira noite ela acorda com um grito e o barulho de algo pesado sendo lançado ao mar e quando ela vê a mancha de sangue no parapeito logo tem certeza de que é um corpo.Ela deduz que se trata da ocupante da cabine ao lado da sua, com quem ela teve um breve encontro.Quando ela comunica o fato à tripulação ninguém dá muita atenção, já que ela havia consumido muito álcool na noite anterior e ainda por cima faz uso de comprimidos.Esse é mais um livro nos moldes de A Garota no Trem e A Mulher na Janela que têm protagonistas desacreditadas devido ao alcoolismo.
Nada contra detetives leigos, adoro a maneira como eles se viram e não tenho preferência pelos famosos e renomados, porém a protagonista só deu tiro no pé. Não sabia a hora de ficar quieta e não soube fazer uma investigação mais discreta.Ela bebe demais, não tem credibilidade nenhuma, é antipática, está sempre de mal humor, com dor de cabeça ou as duas coisas ao mesmo tempo.Até aí tudo bem também porque já amei estórias em que a protagonista era insuportável, mas passado o momento do suposto crime começou uma narrativa extremamente cansativa, já que os pensamentos dela eram sempre os mesmos! A falta de novidades e descobertas causou isso, ela remoía o mesmo assunto por capítulos seguidos mesclados com seu mau humor e falta de tato. E por passar a maior parte do tempo sozinha as situações eram repetitivas e a ausência de diálogos contribuiu para a leitura não fluir.Também não consegui me familiarizar com nenhum dos outros personagens, me perdia a toda hora em saber quem era quem e não conseguia vê-los como possíveis suspeitos pois foram pouco explorados.Fora que achei muito previsível. Desde o começo eu sabia do que se tratava a mulher da cabine 10 e não me enganei.
Enfim, o livro não é de todo ruim pois os últimos momentos ganhou um ritmo eletrizante que me fez acelerar a leitura e finalizar. 

Acredito que irá surpreender os leitores não tão acostumados com o gênero e repito que não é um livro ruim, mas faltou investigação e surpresas.

Nota: 3,5 ★

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11 de junho de 2018

Em Águas Sombrias - Paula Hawkins



Nos dias que antecederam sua morte, Nel ligou para a irmã. Jules não atendeu o telefone e simplesmente ignorou seu apelo por ajuda. Agora Nel está morta. Dizem que ela se suicidou. E Jules foi obrigada a voltar ao único lugar do qual achou que havia escapado para sempre para cuidar da filha adolescente que a irmã deixou para trás.
Mas Jules está com medo. Com um medo visceral. De seu passado há muito enterrado, da velha Casa do Moinho, de saber que Nel jamais teria se jogado para a morte. E, acima de tudo, ela está com medo do rio, e do trecho que todos chamam de Poço dos Afogamentos…
Com a mesma escrita frenética e a mesma noção precisa dos instintos humanos que cativaram milhões de leitores ao redor do mundo em seu explosivo livro de estreia, A garota no trem, Paula Hawkins nos presenteia com uma leitura vigorosa e que supera quaisquer expectativas, partindo das histórias que contamos sobre nosso passado e do poder que elas têm de destruir a vida que levamos no presente.

RESENHA:
11/06/2018

Paula Hawkins tem o dom de criar personagens que não cativam, que o leitor não consegue ter afinidade justamente por torná-los tão humanos e reais com seus defeitos e manias.
Esperei muito por esse livro depois de ter lido A Garota no trem, gênero que faz minha cabeça totalmente mas quando começou a sair as primeiras resenhas perdi um pouco da empolgação. Foram tantas pessoas dizendo que o livro era confuso, que o excesso de personagens tornava a estória cansativa e etc que no fim fui deixando pra depois.
Agora venho dizer que não tem nada de confuso nessa estória. Tem sim vários personagens mas cada um com sua importância para o desenvolvimento do trama e foi a quantidade de estórias paralelas que tornou o livro mais interessante, pois conhecemos a mesma por vários pontos de vista diferentes.
Todos eles tem motivos, todos eles escondem segredos. Qualquer dificuldade em identificá-los, basta algumas poucas anotações que rapidamente você os reconhece durante a leitura.
Não é um enredo arrebatador com um final chocante, porém a trama é muito bem desenvolvida, tanto a narrativa quanto os diálogos são simples e descomplicados, permitindo que o leitor interaja facilmente com os personagens.

Os capítulos são curtos e divididos em narrativas diferentes, algumas em primeira pessoa, outras em terceira. Temos também uma variação de tempo e algumas partes em que a narrativa se apresenta em forma de conto de um livro.

Jules volta pra cidade natal após a morte da irmã e se torna responsável pela guarda da sobrinha, quem nunca conheceu. Ela e a irmã não se falam há muitos anos devido à magoas do passado que nunca foram esclarecidas.
Com um intervalo de morte de apenas 2 meses entre a Nell e a Katie no mesmo lugar, algumas pessoas começam a achar que pode haver algo mais relacionado à essas mortes que apenas coincidência.
O Poço dos afogamentos têm várias estórias de suícidio para contar e era sobre isso que Nell estava escrevendo quando morreu.
Se as mortes têm relação uma com as outras ou não iremos descobrir e tirar nossas próprias conclusões durante as narrativas intercaladas, que muitas vezes irão deixar mais dúvidas que esclarecê-las.
Ainda que o final não tenha me pego de supresa, eu gostei. O que diminuiu a nota foi a falta de explicação para dois personagens. A autora dá a entender mas não esclarece, algo que agrada uns leitores mas desagrada outros como é meu caso.
Enfim, gostei do livro como um todo, da maneira como foi narrado até a profundidade dos personagens. A gente sabe que o livro é bom quando você não se apega à nenhum personagem e mesmo assim gosta da estória.
Recomendo! Paula Hawkins tem uma leitora fiel aqui.


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6 de junho de 2018

Era Uma Vez No Outono - Lisa Kleypas - [As Quatro Estações do Amor 2]



A jovem e obstinada Lillian Bowman sai dos Estados Unidos em busca de um marido da aristocracia londrina. Contudo nenhum homem parece capaz de fazê-la perder a cabeça. Exceto, talvez, Marcus Marsden, o arrogante lorde Westcliff, que ela despreza mais do que a qualquer outra pessoa.

Marcus é o típico britânico reservado e controlado. Mas algo na audaciosa Lillian faz com que ele saia de si. Os dois simplesmente não conseguem parar de brigar.

Então, numa tarde de outono, um encontro inesperado faz Lillian perceber que, sob a fachada de austeridade, há o homem apaixonado com que sempre sonhou. Mas será que um conde vai desafiar as convenções sociais a ponto de propor casamento a uma moça tão inapropriada?

RESENHA:
06/06/2018

Enfim, depois de dois anos que li o primeiro resolvi dar outra chance para as Flores Secas e conhecer a estória de Lillian e Marcus. Ainda bem por que é sem dúvida bem melhor que o primeiro, apesar da Lisa ter pecado em alguns pontos na minha opinião.

Lillian é chata. Ponto. Não sei o que acontece com as moças dessa série mas vai ver é por isso que ficaram tomando chá de cadeira. Achei a mocinha muito criançona, gosto quando as personagens são divertidas e provocam os mocinhos, mas quando o fazem por birra me irrita demais. Tem uma cena que ela quer montar à cavalo que define o que quero dizer.
Marcus é um homem sério, mais reservado. Não tem afinidade nenhuma com os pais mas se dá muito bem com as irmãs.
Os protagonistas se conhecem a bastante tempo mas não gostam um do outro e quando a família da Lillian vai passar um tempo na casa de campo do Marcus, a convivência vai aproximar os dois. Claro que vão bater boca, vão se alfinetar quase o tempo todo como qualquer outro romance clichê.
Gostei bem mais do Marcus que da Lillian, mas meu interesse maior na leitura era pelo St. Vincent. É mais o tipo que curto nos livrinhos de romance de época (só em livrinhos, diga-se de passagem), bem canastrão e libertino. 
Porém, no desenrolar da estória a autora pecou com esse personagem e acabou minhas expectativas. Agora ele retorna no terceiro volume e sinceramente tô bem curiosa pra saber como a autora vai "melhorar" esse personagem.
Um ponto negativo nesse livro foi a primeira noite dos dois. Sério, não me convenceu! Não combinou com o perfil do Marcus.

Mas no geral eu gostei da estória - mesmo com aquele final que achei muito forçado - pois ela flui rápida e tranquilamente.
Agora vou esperar um tempo para digerir o St. Vincent para depois ler o terceiro volume que dizem ser o melhor da série. Vamos ver ;-)

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30 de maio de 2018

O Colecionador - John Fowles



“O Colecionador” é o primeiro livro de John Fowles, escrito em 1963. O romance narra a história de Frederick Clegg, um funcionário público que coleciona borboletas e, subitamente, se torna dono de uma fortuna. Ele então passa a ter uma ambição: seqüestrar a bela Miranda, seu amor platônico. A trama se desenvolve com a disformidade da personalidade de Clegg, que tem a seu favor apenas a superioridade de força, contra a vitalidade e inteligência de Miranda que, contando com sua superioridade de caráter, confunde e ofusca o medíocre seqüestrador.


RESENHA:
30/05/2018

Em meio ao "bum" que virou esse livro devido à nova edição da Dark Side que está linda, fui buscar um (a primeira, por sinal) na biblioteca da cidade pois queria muito compartilhar do que muitos estavam lendo.
Comecei a leitura com altas expectativas mas que iam diminuindo a cada página. A primeira parte do livro que é a narrativa em primeira pessoa do sequestrador foi até mais interessante que da sequestrada, ainda que não tivesse nenhum elemento que prendesse a atenção a ponto de não querer largá-lo. Fiquei mais curiosa antes dele executar o plano, como ele iria fazer, do que quando ela já estava em seu poder.
Clegg, o sequestrador, é um personagem absolutamente sem graça. Fora sua geniosidade para armar tudo aquilo, de resto ele não tem nada que cative o leitor em termos de expectativa. Achei-o muito previsível e durante a leitura não esperei grandes feitos por parte dele.
Quanto à segunda parte, a narrativa por parte da Miranda, senhor.... que tédio. Essa é minha impressão pessoal sobre isso, ok? Extremamente cansativa e aborrecida. Suas conversas com seus amigos eram um porre de aturar e como não tenho interesse no assunto deles, pra mim foi uma tortura. Porém a personagem é muito inteligente, cheia de opiniões formadas e muito crítica.
Quando termina sua narrativa vem a parte de finalizar a estória e mais uma vez sem surpresas. Já sabia que aquilo iria acontecer, só não sabia como.
Não foi uma trama que fiquei ansiosa justamente por causa do perfil do sequestrador. Achei parado, tedioso até.
Enfim, pode ser que em 1963 esse livro tenha causado um tremendo alvoroço pela época, mas hoje em dia não choca mais. Mais uma vez digo isso sobre o efeito que a leitura causou em mim visto à quantidade de livros do gênero que já encarei.
Sobre a narrativa, como peguei uma versão antiga os diálogos não são tão simples, são mais formais eu diria, mas muito bem escrito.
Acredito que é um livro que agrade à todos, porém uns mais que outros :-)

Nota: 3,5

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22 de maio de 2018

Tríptico - Karin Slaughter - Will Trent #1


UM ASSASSINO aterroriza Atlanta.
Atacando adolescentes, seja nos subúrbios chiques ou nos conjuntos habitacionais, ele age de maneira cada vez mais fria cruel. Na investigação do caso estão o veterano detetive Michael Ormewood - cujo casamento está por um fio e cuja arrogância ameça sua carreira - e Angie Polaski, uma linda policial trabalhando disfarçada, que foi amante de Michael antes de se tornar sua maior inimiga. Além deles, há também o agente Will Trent, amigo de Angie de longa data, chamado para acompanhar a investigação. No entanto, para surpresa de todos, a chave para resolver o caso pode estar nas mãos de um ex-condenado, cujo caminho cruza com o rastro do assassino. Nesse thriller intrincado e arrebatador, nada é o que parece, e o culpado pode estar muito mais perto do que se imagina.

RESENHA:
22/05/2018

Meu primeiro contato com a Karin Slaughter foi por A Garota dos olhos azuis, mas a conheci mesmo por Flores Partidas, um livro que estava sendo muito comentado na época em que foi lançado. Após me encantar pela estória e virar um dos thrillers favoritos, já tinha adicionado todos os seus livros na meta de leitura.
Em seguida li o lançamento A Esposa Perfeita, 8 livro da série Will Trent e aí a autora já tinha conseguido uma nova fã.
Por isso resolvi começar a série Will Trent desde o primeiro para acompanhar a vida do agente e suas relações com a detetive Angie. Apesar as estórias serem independentes, vale começar por Tríptico se você realmente tiver interesse na série, assim como eu, para não perder nada do relacionamento dos dois.

A estória:
Aqui vamos conhecer o detetive Michael Ormewood que está investigando a morte cruel de uma prostituta e Angie que trabalha disfarçada no mundo da prostituição.

Will Trent é um agente que se junta à equipe de investigação pois a morte da prostituta pode ter relação com outros casos sem solução em que o modus operandi é igual, exceto pela idade da vítima.
Michael se mostra bem contrariado com o envolvimento de Will e não faz muita questão de disfarçar.

Em outro local temos John Shelley, preso aos 15 conseguiu sair após 20 anos. Agora ele precisa recomeçar sua vida, com um emprego que paga quase nada, vivendo muitas dificuldades para se encaixar novamente numa sociedade completamente diferente do seu tempo.
Em algum ponto da estória, a vida deles irão se interligar.

Essa parte da estória que conta da vida do John é extremamente triste e angustiante. Fiquei tantas vezes emocionada com a narrativa da sua vida, principalmente quando estava preso, que torcia para que não fosse aquilo que as próximas páginas iriam me revelar. Percebe-se o nível da escritora ao contar uma estória quando ela realmente traz aquilo como verdade para o leitor. Era tudo tão crível que fui completamente arrebatada pela trama.
A escrita é tão envolvente que você pega o livro e nem percebe a hora passar. Cada mudança de capítulo era mais um motivo para continuar a leitura, me deixando ainda mais ansiosa.
Ainda que você fique sabendo do responsável logo no começo, a estória não fica menos interessante por que teremos outras questões a serem desvendadas.

Um livro que entrou pra minha lista de favoritos e que vou recomendar para todos.
Karin Slaughter é sem dúvida uma das maiores escritoras do gênero. Amei!

Nota: 5 ★ ♥

Adquira o livro Aqui


----- Série Will Trent -----

Tríptico (Will Trent #1)
Fissura (Will Trent #2)
Gênese (Will Trent #3)
Destroçados (Will Trent #4)
Fallen (Will Trent #5) - Sem publicação no Brasil -
Snatched (Will Trent #5.5) - Sem publicação no Brasil -
Criminal (Will Trent #6) - Sem publicação no Brasil -
Unseen (Will Trent #7) - Sem publicação no Brasil -
Esposa Perfeita (Will Trent #8)
Ouro Sujo (Will Trent #8.5)
A Última Viúva (Will Trent #9)
A Esposa Perfeita (will Trent #10)

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9 de maio de 2018

Mate o Próximo - Federico Axat



Ted McKay tem tudo: uma mulher linda, duas filhas, um alto salário. Após ser diagnosticado com um tumor cerebral, ele toma a drástica decisão de tirar a própria vida. Quando está prestes a apertar o gatilho, Ted é interrompido pelo toque insistente da campainha. E, ao olhar para sua mesa no escritório, encontra o seguinte bilhete: “Abra a porta. É sua última saída”.
Intrigado, Ted deixa a arma de lado e abre a porta. E então mergulha em um pesadelo arrepiante, que vai fazê-lo duvidar da própria sanidade. À sua frente está um desconhecido chamado Justin Lynch, que não apenas sabe o que Ted estava prestes a cometer como lhe faz uma proposta difícil de recusar, um plano para evitar que sua família sofra as consequências devastadoras de um suicídio.

Ted aceita a proposta do estranho homem, sem imaginar que o bilhete em seu escritório e a oferta de Lynch são apenas o começo de um jogo macabro de manipulações. Alguém plantou um caminho de migalhas, que Ted vai recolher. Alguém que o conhece melhor que ninguém, que o fará duvidar de suas próprias motivações e também das pessoas que o cercam.
Às vezes, nós só podemos confiar em nós mesmos. E, em algumas ocasiões, nem mesmo isso.

RESENHA:
09/05/2018

Menos é mais. Quanto menos você souber da trama, mais surpresas você vai ter.
A sinopse é o suficiente para você saber sobre essa estória. Qualquer coisa que eu disser pode ser um spoiler então vou apenas comentar minhas impressões sobre o livro.

A primeira coisa que preciso te dizer é que se você gosta de thriller psicológico você precisa ler esse livro. 
Segundo, leia com tempo, sem grandes pausas. Se você ficar semanas, meses lendo ele vai perder muita coisa e pode não entender nada mais pra frente.
Terceiro, que narrativa incrível desse autor! Amei a maneira como ele contou a estória do Ted, a trama é muito bem construída e criativa, os personagens mesmo que pequenos à princípio, tiveram sua participação construtiva no enredo.
Achei genial a ideia como um todo, bem complexa e cheia — cheia mesmo — de reviravoltas. Quando você pensa que sabe sobre a estória, o autor te dá com o livro na cara e fala: "Senta aí que agora você saber o que aconteceu".
O livro é dividido em 4 partes importantíssimas e elas são as responsáveis pela mudança da trama. Os capítulos são curtos, estrategicamente escritos de uma maneira que terminando um você já quer ler o próximo.
E por fim, aquele final que eu nem suspeitava e que me deixou chocada! Estava com medo de estar gostando muito do livro e depois encarar um final nada a ver. Mas o autor amarrou todas as pontas e finalizou com coerência.
Apenas uma observação sobre o último diálogo do livro que desgraçou minha cabeça. Não entendi o por quê do autor fazer isso com o leitor  — no caso eu — que fiquei com uma dúvida que pra mim já estava esclarecida, então se alguém leu ou quando ler e tiver alguma teoria, por favor eu imploro que compartilhe comigo hahaha 

Eu recomendo esse livro e claro quero ler mais obras desse autor, já está na minha meta O Pântano das Borboletas.
Boa leitura!

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6 de maio de 2018

A Velha Senhora - Georges Simenon



Em um domingo, os filhos e enteados da Sra. Valentine Besson se reúnem na casa da viúva, na cidadezinha de Étretat, para celebrar seu aniversário. Rose, a empregada, morre envenenada na mesma noite, após tomar um sonífero destinado à patroa. Quem teria interesse de matar Valentine, uma plácida senhora cuja antiga fortuna hoje resume-se à pequena casa em que vive? Maigret é logo chamado para investigar os crimes, somente para descobrir que as disputas e rancores que subjazem em Étretat são muito mais profundos do que deixa transparecer o aparente calma da cidade balneária.

Minha opinião:
06/05/2018

Classifico esse livro como agradável. Bom para passar o tempo, mas nada que tenha me surpreendido.
A narrativa é linear, não tem reviravoltas ou grandes revelações e achei o culpado logo no início. Poderia até não ser óbvio, mas pra mim foi o que mais se encaixou no perfil.
Valeu pra conhecer a escrita de Georges Simenon que até então não conhecia. Maigret já tinha familiaridade pois assisti as adaptações com o personagem.

Sempre muito bom abrir o leque de autores, valeu!

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26 de abril de 2018

Canção de Ninar - Leila Slimani


Quem cuida dos seus filhos quando você não está olhando? Apesar da relutância do marido, Myriam, mãe de duas crianças pequenas, decide voltar a trabalhar em um escritório de advocacia. O casal inicia uma seleção rigorosa em busca da babá perfeita e fica encantado ao encontrar Louise: discreta, educada e dedicada, ela se dá bem com as crianças, mantém a casa sempre limpa e não reclama quando precisa ficar até tarde. Aos poucos, no entanto, a relação de dependência mútua entre a família e Louise dá origem a pequenas frustrações – até o dia em que ocorre uma tragédia. Com uma tensão crescente construída desde as primeiras linhas, Canção de Ninar trata de questões que revelam a essência de nossos tempos, abordando as relações de poder, os preconceitos entre classes e culturas, o papel da mulher na sociedade e as cobranças envolvendo a maternidade. Publicado em mais de 30 países e com mais de 600 mil exemplares vendidos na França, Canção de Ninar fez de Leïla Slimani a primeira autora de origem marroquina a vencer o Goncourt, o mais prestigioso prêmio literário francês.

RESENHA:
26/04/2018

A autora te pega pelo primeiro parágrafo e depois disso é um abraço.... você fica refém da leitura.
Ela já começa a estória pelo fim. Logo no início você já encara uma tragédia (e que tragédia) e já sabe quem vai morrer e à partir disso a estória vai se desenvolver.
Myrian é casada e mãe de duas crianças bem pequenas, Adam que ainda é um bebê e Mila.
À princípio Myrian é muito feliz no papel apenas de mãe mas com a chegada planejada de Adam e as rotinas exaustivas, ela começa a desejar algo mais e após um convite para trabalhar na sua área (direito) ela confronta o marido e decide trabalhar fora. Para isso precisam encontrar uma babá de confiança.
Após algumas entrevistas frustantes eles conhecem Louise, a babá perfeita. No caso, perfeita até demais, já que ela cozinha brilhantemente, lava, passa, organiza... enfim, ela literalmente coloca a casa e a família em ordem.
Não demora muito para que fiquem dependentes um do outro, tanto Louise que vê neles sua própria família quanto o casal que não conseguem mais viver sem a babá.
Mas nem tudo são flores, claro, e com o passar do tempo Louise vai mostrar suas falhas.
Preciso dizer que é uma narrativa viciante. A autora dispensa descrições e é muito objetiva, ela vai direto ao ponto.
São poucas páginas (menos de 200) e sem divisão de capítulos, que nos mostrarão algumas passagens da vida da Louise, seus desgostos, família, comportamento.
Não espere grandes surpresas pois não é esse o objetivo do livro. A autora logo de cara te apresenta um cenário e a trama será desenvolvida à partir daí. Também não espere grandes revelações ou respostas para explicar o comportamento da personagem.
Mas é um drama psicológico que vai fazer o leitor parar e pensar em limites e em até que ponto podemos delegar funções.
Myrian tinha todo o direito de voltar à trabalhar sem culpa, porém a certa altura ela se tornou uma mãe negligente e ausente.
O pai, Paul, não é menos culpado. Com todos os avanços em ambas as carreiras, eles se aproveitavam do fato da babá ser tão presente e capaz que confiaram seus filhos à ela sem restrições.
Tiveram os dois, várias oportunidades de notar o comportamento da babá mas preferiram fechar os olhos por comodismo e ambição demasiada.
Realmente esse livro foi impactante e um choque de realidade. Até que ponto podemos confiar nossos filhos?


Recomendo demais essa leitura!

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24 de abril de 2018

A Garota do Lago - Charlie Donlea




ALGUNS LUGARES PARECEM BELOS DEMAIS PARA SEREM TOCADOS PELO HORROR...

Summit Lake, uma pequena cidade entre montanhas, é esse tipo de lugar, bucólico e com encantadoras casas dispostas à beira de um longo trecho de água intocada.
Duas semanas atrás, a estudante de direito Becca Eckersley foi brutalmente assassinada em uma dessas casas. Filha de um poderoso advogado, Becca estava no auge de sua vida. Atraída instintivamente pela notícia, a repórter Kelsey Castle vai até a cidade para investigar o caso.

E LOGO SE ESTABELECE UMA CONEXÃO ÍNTIMA QUANDO UM VIVO CAMINHA NAS MESMAS PEGADAS DOS MORTOS...

E enquanto descobre sobre as amizades de Becca, sua vida amorosa e os segredos que ela guardava, a repórter fica cada vez mais convencida de que a verdade sobre o que aconteceu com Becca pode ser a chave para superar as marcas sombrias de seu próprio passado...

RESENHA:
24/04/2018

"Mas descobrir um segredo jamais é a chave. Descobrir por que um segredo é um segredo é o que leva a algum lugar."

Narrado em terceira pessoa, o livro vai contar a estória de Becca começando 14 meses antes de seu assassinato e da jornalista Kelsey, em capítulos alternados.
A estória já começa com o assassinato de Becca e depois é contado de trás pra frente, até voltar ao início do livro.
O autor vai apresentar pouco a pouco a rotina de Becca e seus amigos, seus envolvimentos amorosos, rotinas de estudos e conflitos pessoais.

Após um tempo afastada da revista em que trabalha, Kelsey é mandada pelo seu chefe para a pequena cidade de Summit Lake, um lugar onde nunca ocorreu um crime antes. À princípio ele pensa que se trata de uma morte comum e por isso designa esse trabalho para que ela possa se recuperar de algo que lhe aconteceu.
Mas assim que começa as primeiras investigações ela percebe que esse crime é algo mais complicado, já que o delegado da cidade foi afastado para que as autoridades estaduais liderassem.
Porém já se passaram duas semanas da morte da jovem e ninguém tem nenhuma pista. Nem mesmo o laudo da autópsia veio à público e isso mais a falta de informação por parte da polícia, deixa a jornalista ainda mais intrigada com o caso.
Com o passar dos dias Kelsey vai ficando cada vez mais envolvida e determinada à descobrir pistas que levem ao assassino da estudante.

Enquanto nós leitores vamos conhecendo e nos familiarizando com os personagens e possíveis suspeitos, a jornalista está completamente no escuro sobre quem eram os amigos de Becca. Ela sendo estudante e moradora de Washington que veio para um fim de semana na casa do lago para estudar, ninguém sabia com quem ela andava.

Eu formei várias teorias, criei alguns suspeitos e depois mudava de ideia. O autor brinca um pouco com o leitor e em certo momento tive que voltar as páginas para ver se tinha sido tinha entendido errado.
A ausência de mais personagens deixa o campo de suspeitos meio que limitado, então o autor do crime não é tão surpreendente assim. Com uma atenção redobrada na leitura, não é impossível descobrir.

O ponto negativo na minha opinião é que a jornalista teve acesso muito facilitado aos materiais para a investigação e isso achei um pouco forçado. Todo mundo facilitou pra ela.... não colou :/
E o final deixou a desejar pois não explica o porquê de todo aquele segredo sobre a investigação.

No mais, eu recomendo essa leitura, é o primeiro livro do autor e realmente ele conseguiu prender minha atenção com sua escrita fluida e envolvente.

Nota: 4 



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