CERTO OU ERRADO?
Apenas nove criminosos no Reino Unido receberam anonimato ao longo da vida.
Seus crimes são tão hediondos que suas identidades são permanentemente alteradas para sua própria segurança.
CRIMINOSO OU VÍTIMA?
Após o lançamento, eles têm uma segunda chance: novas identidades e novas casas com novos vizinhos que não têm idéia. Porque, por lei, eles não podem ser nomeados como quem são - ou eram...
REDENÇÃO OU VINGANÇA?
Mas e se alguém começasse a expor sistematicamente suas verdadeiras identidades? Não para a imprensa ou o público, mas para as famílias de suas vítimas.
Quem merece justiça? E quem decide?
RESENHA:
08/01/2024
Existem atualmente apenas nove criminosos condenados no Reino Unido que receberam anonimato permanente e vitalício pelos tribunais, recebendo novos nomes e novas vidas após a sua libertação da prisão. Os crimes que estes indivíduos cometeram eram tão notórios, tão conhecidos, que a ameaça de ataques de vigilantes contra eles na comunidade foi considerada real. Por causa disso, os tribunais tomaram a atitude incomum de conceder-lhes o anonimato vitalício, protegendo-os de danos e dando-lhes uma segunda oportunidade na vida, sob a supervisão do Serviço de Liberdade Condicional.
Muitos aplaudiram esta decisão, salientando que a maioria destes infratores eram apenas crianças quando os seus crimes foram cometidos. Mas outros consideraram que era equivocado e desconfortável que estes criminosos condenados estivessem agora espalhados pela comunidade, invisíveis e sem serem detectados. Normalmente, se um agressor sexual infantil se muda para a sua vizinhança, você tem o direito de saber disso, graças à Lei de Sarah. Mas não com estes nove.
Em Eye for an Eye, o autor aborda de maneira ficcional o assunto, e explora o que aconteceria se alguém conseguisse divulgar as novas identidades e o paradeiro destes notórios infratores – não à imprensa, aos meios de comunicação ou à Internet –, mas às famílias enlutadas.
Qual seria o resultado disso? Uma justiça natural ou um convite à sede de sangue?
Eu me interessei de imediato por esse livro por causa da sinopse, e o tema relacionado à vingança em livros me atrai bastante.
Aqui temos a trama narrada sob três pontos de vista. Uma agente de condicional e sua função de proteger e acompanhar um jovem que acabou de deixar o reformatório, o pai de uma vítima de 11 anos que foi brutalmente torturada e assassinada por meninas menores de idade e por fim, de uma mulher adulta que vive sob proteção e nova identidade por ter assassinado duas crianças quando ela também era uma.
As três estórias são separadas uma da outra, mas se unem através dos agentes de condicional e passamos a acompanhar a estória de cada um deles após o primeiro ataque brutal contra um desses assassinos.
A polícia, e até mesmo o Serviço de Liberdade Condicional, precisam descobrir quem é a pessoa com acesso à essas informações sigilosas e que está divulgando para as respectivas famílias.
Apesar de ter curtido o livro, achei-o demasiadamente longo e cansativo em algumas partes. Porém o responsável por vazar informações foi uma surpresa para mim, que não esperava isso.
Tem muita informação, muitos personagens ao longo da trama e isso contribuiu para que o ritmo da leitura caísse.
Esse livro aborda um dilema que certamente vai fazer os leitores se questionarem em várias situações.
"Como você se sentiria se finalmente ficasse cara a cara com o assassino do seu filho?"
Nota: 3 ★
Livro somente em inglês AQUI