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30 de dezembro de 2018

A Oportunista - Tarryn Fisher - Amor e Mentiras # 1


Olivia Kaspen acaba de descobrir que seu ex-namorado, Caleb Drake, por quem era obcecada, perdeu a memória.
Com uma incrível habilidade de tirar proveito das situações, ela acredita estar diante de uma segunda chance para ter Caleb de volta.
E para que seu plano dê certo, Olivia precisa manter sua verdadeira identidade e seu passado sórdido em segredo.
Porém, surge um obstáculo inesperado: a atual namorada de Caleb, a perversa Leah Smith.
Inicia-se então um jogo entre duas mulheres dispostas a tudo para conquistar o homem que parece ter apagado todo o seu passado.
Para encobrir as consequências de suas mentiras, Olivia cria uma teia de novos eventos, em um processo que pode levá-la a descobrir que sua busca pelo amor talvez a tenha feito ultrapassar limites muito perigosos.

RESENHA:
30/12/2018

A Oportunista é o primeiro livro da trilogia Amor e Mentiras. Nesse primeiro volume teremos a estória narrada em primeira pessoa pela Olívia e os livros seguintes sob o ponto de vista de outros dois personagens.
Confesso que fiquei bem curiosa quando li a sinopse e mesmo já fechando minha de meta de leituras desse ano, acabei pegando esse pra ler por que têm poucas páginas.

À princípio não sabemos nada sobre a Olívia, somente que ela namorou o Caleb na época da faculdade e que o relacionamento não havia terminado bem. Algo de muito sério aconteceu e fez com que a protagonista se culpasse por tudo e apesar de você ficar ansiosa por saber, a autora não revela tão cedo quais são esses segredos.
Agora, depois de muitos anos, Olívia se vê novamente em frente ao grande amor da sua vida e quando percebe que ele está com amnésia, ela resolve tirar vantagem e se aproveitar aí de mais alguns dias, ou quem sabe meses, ao lado dele.
A narrativa se alterna entre o presente com a reaproximação dos dois, e com o passado contando como eles se conheceram.
Com o passar das páginas a narrativa me cansou um pouco pois nada era revelado e a curiosidade só aumentando.
Imaginei mil situações graves que a Olívia possa ter causado mas quando a revelação chegou veio junto a decepção. No final, nem era tão grave assim e tendo em vista os outros personagens, a Olívia não é muito diferente deles. Talvez seja essa a intenção da autora em escrever mais dois livros em sequência.

É um romance cheio de intrigas e a Olívia é uma personagem que não consegui simpatizar. Achei-a muito dramática e que complicava demais as coisas, poderia ter simplificado e aproveitado mais a vida.
Em alguns momentos achei que o Caleb era um santo por aguentar tanto mi mi mi e no desenrolar de tudo você percebe que ali todo mundo se merece. São personagens cheios de falhas, com seus segredos e joguinhos de manipulação.
O final não posso dizer que gostei mas imaginei que seria diferente do esperado em romances, por se tratar de uma trilogia. 
Só acho que mais algumas pessoas vão sair machucadas desse embate entre a Olívia e o Caleb.

No geral, é um bom passatempo especialmente para quem gosta de romance cheio de intrigas e serviu para sair um pouco da minha zona de conforto, optando por uma leitura diferente do que leio e de quebra conhecendo uma outra autora.

Nota: 3,5 ★

Livro 2 - A Perversa
Livro 3 - O Impostor

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27 de dezembro de 2018

Desejo e Escândalo - Lorraine Heath - Sins of all Seasons #1


Mick Trewlove é o filho bastardo do duque de Hedley, mas ninguém sabe disso. Mesmo depois de se tornar um empresário de sucesso, ele ainda busca vingança contra o homem que o abandonou. E qual a melhor forma de fazer isso do que seduzir a noiva do filho legítimo do duque? Lady Aslyn está noiva do conde Kipwick, filho único do duque de Hedley, mas se vê, inesperadamente, apaixonada pelo misterioso bilionário Mick Trewlove. Durante os passeios pelos parques de Londres, ela começa a desconfiar de que algo se esconde por trás do sorriso sedutor, mas não tem certeza. Quando os segredos são revelados, uma reviravolta inesperada surpreende Mick, que terá que escolher entre manter seu plano de vingança ou ser feliz.


RESENHA:
27/12/2018

Entre thrilles e romances policiais eu sempre gosto de pegar um romance de época por que ele tem aquela função de deixar as horas menos tensas e mais leves e geralmente não tenho altas expectativas quanto à essas leituras, afinal a gente sabe (e adora) que normalmente vamos encontrar vários clichezinhos.
Acontece que eu fui positivamente supreendida com esse livro e por isso entrou para a listinha de romances favoritos do ano.

Mick é um cara super bem resolvido na vida. Conquistou fortuna, respeito mas o que ele ainda mais quer é ser reconhecido pelo duque de Hedley como filho legítimo. 
Assim que ele nasceu, foi tirado dos braços de sua mãe e entregue à viúva Trewlove para que fosse "desovado", porém a mulher desistiu e acabou criando-o juntos com outras crianças que deveriam ter o mesmo destino.
Essa amargura o faz bolar um plano: Ele irá se aproximar de seu irmão, filho legítimo do duque e se aproveitará de seu vício no jogo para tê-lo em suas mãos e de quebra roubar a noiva dele.
Quanto à parte de carregar o irmão pra jogatina ele começará a ter sucesso, porém quanto à apenas desfrutar da Lady Aslyn e descartá-la, aí já não vai ser assim tão fácil. O problema é que ela é simplesmente encantadora e vai virar a cabeça dele.
Lady Aslyn foi criada com o noivo e desde crianças são prometidos um ao outro. Por esse motivo ela nunca teve seu debut e nem foi cortejada por nenhum outro pretendente e de repente se vê fascinada pelo Mick, que vai despertar emoções e sentimentos que ela sequer sabia existir.
Quanto mais ela fica perto do Mick, mais certeza ela tem que Kipwick não é homem pra ela e Mick vê que fica cada vez mais difícil de contar a verdade à ela.
A gente já percebe onde isso vai dar enquanto lê, a tristeza que a protagonista vai sentir quando perceber que foi usada para um propósito, porém a maneira que a autora criou a cena da revelação final me deixou muito surpresa. Eu realmente adorei como ela fez e fiquei emocionada!

Lorraine Heath acertou na construção desse romance. Apesar de conter cenas hot's, ela foca mais no sensual, no convívio familiar e aborda questões como vício e preconceitos. 
A química entre o casal é forte, as cenas entre eles é carregada de tensão e sem briguinhas e discussões desnecessárias.
O relacionamento forçado entre ela e Kip foi bem colocado e a maneira protetora com que o Mick lida com sua família adotiva e até mesmo com ela, é tudo muito gostoso e prazeroso de ler.
Adorei seus irmãos e as próximas estórias serão com eles então espero que a editora continue publicando.

Eu super recomendo esse livro. Mais um da autora que entra para os meus favoritos.
Feliz 2019!!


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20 de dezembro de 2018

O Último Suspiro - Robert Bryndza - Detetive Erika Foster #4


“Ele é o encontro perfeito. Ela é sua próxima vítima.”

Quando o corpo torturado de uma jovem é encontrado em uma lixeira, com os olhos inchados e as roupas encharcadas de sangue, a Detetive Erika Foster é uma das primeiras a chegar na cena do crime. O problema é que, desta vez, o caso não é dela.

Enquanto luta para garantir seu lugar na equipe de investigação, Erika rapidamente encontra uma ligação desse assassinato com um crime não solucionado de uma jovem quatro meses antes. Jogadas em um local semelhante, as duas mulheres têm feridas idênticas e uma incisão fatal na artéria femoral.

Procurando suas vítimas nas redes sociais a partir de um perfil falso, o assassino ataca jovens bonitas escolhidas aleatoriamente.

Então, uma outra garota é sequestrada… Erika e sua equipe têm que chegar antes que ela se torne a próxima vítima. Mas como a Detetive Foster pegará um assassino que parece não existir?

Eletrizante, tenso e impossível de largar, O Último Suspiro fará você correr para a última página.

RESENHA:
20/12/2018


Geralmente quando falam "impossível largar" na sinopse já fico desconfiada, mas dessa vez assino embaixo. Realmente esse livro é impossível de largar e fazer outra coisa, parei mesmo quando era muito necessário. Robert Bryndza simplesmente arrasou nesse livro e esse é sem sombra de dúvidas o melhor da série, até agora.

A narrativa já começa com o assassino desovando o corpo de uma jovem numa lixeira e na sequência sendo encontrado por uma moradora da área. Como você consegue abandonar um livro depois disso?
Erika continua trabalhando num setor que não tem nada a ver com ela e seu maior desejo é voltar à Equipe de Investigação de Assassinatos. Quando Petersen é chamado para a cena do crime, Erika decide ir junto e mesmo não fazendo parte da equipe ela se impõe, lembrando-o mais uma vez que é uma oficial superior à ele.
Erika como sempre se mete onde não é chamada e depois fica se lamentando por não poder participar da investigação e assim como no livro anterior ela quer um caso que não é dela.
Não tem paciência para aguardar uma promoção e desafia seus superiores, o que mina qualquer chance que ela possa ter.
Acontece que ela faz umas descobertas que ninguém tinha feito antes e com uma perda que choca à todos, ela enfim vai ficar responsável por essa investigação.
O assassino não será uma surpresa para o leitor, ele será revelado logo no começo e isso deixará a trama ainda melhor e mais fluida, pois acompanharemos seus passos e suas estratégias.
Enquanto Erika e sua equipe procuram pistas que levem ao culpado, o assassino em série estará ocupado em caçar sua próxima vítima.

Essa trama é superior às outras anteriores e ainda mais que a terceira, onde a narrativa cheia de detalhes deixou a estória cansativa.
Aqui esse recurso é quase zero, já que o autor tem outros assuntos e não perde tempo com detalhes desnecessários.
Um pouco da vida do assassino será contada, seu comportamento familiar e sua relação com os pais.
Erika enfim começa a amolecer e ficar mais acessível. Depois de tudo que ela passou nessa estória, ela vai ficar mais humana e aberta à uma nova vida.
As estórias são independentes e você pode ler fora de ordem, porém não aconselho pois assim você entende melhor o desenvolvimentos dos personagens.

Eu amei, amei esse livro!
Tem absolutamente tudo que aprecio num thriller e o ritmo dele faz você viajar pra dentro do livro e querer participar da investigação.
Entrou para a lista de favoritos do ano!

"Os monstros mais assustadores são os que se escondem na alma. Edgar Allan Poe"

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12 de dezembro de 2018

Perigo Para Um Inglês - Sarah MacLean - Escândalos e Canalhas #3


Malcolm Bevingstoke, o Duque de Haven, viveu os últimos três anos na solidão auto-imposta, pagando o preço por um erro, e perdendo, para sempre, um amor. Mas Haven precisa de um herdeiro, o que significa que ele deve encontrar uma esposa até o final do verão. Há apenas um problema – ele já tem uma…

Depois de anos no exílio, Seraphina, a Duquesa de Haven, retorna a Londres com um único objetivo – encontrar a felicidade, livrando-se do homem que partiu seu coração. Mas o marido lhe oferece um acordo: ela poderá ter sua liberdade, assim que encontrar uma substituta. Isso significa que terá que passar o verão com o marido que ela não quer, mas que, de alguma forma, não consegue resistir.

O Duque tem apenas um verão para estar com a esposa e convencê-la de que, apesar do passado, ele poderá tornar o felizes para sempre, uma realidade todos os dias...

RESENHA:
12/12/2018

Sarah MacLean quando acerta é em cheio! É o caso dessa série, que eu amei e favoritei todos até agora.
Malcolm é aquele safado do primeiro livro, que que foi pego traindo a esposa grávida e foi jogado no laguinho pela cunhada.
Como a autora vai fazer uma estória pra justificar essa traição sem tamanho? Como vamos gostar desse protagonista?
Mas gente, a autora conseguiu, acertou e ouso dizer que foi o melhor dela que li até agora.

A estória começa no ponto que parou lá atrás, com o Duque de Haven descontando toda sua ira em Seraphina por sua irmã tê-lo humilhado diante de tanta gente.
O começo por si só é triste e tocante e à partir desse momento você não consegue mais deixar de ler. E foi o que aconteceu comigo, que li em menos de 24 horas!
Três anos se passaram desde que Sera foi embora, três anos que Malcolm a procura incessantemente e qual não é sua surpresa quando ela aparece linda e segura de si durante uma sessão do parlamento. 
O que ela quer é bem simples, o divórcio, e não vai desistir até conseguir sua liberdade. Acontece que o duque não cogita essa hipótese e vai fazer de tudo para reconquistar a mulher.
Eu amei! O embate entre eles é grande. Ao mesmo tempo que sai faíscas quando eles estão juntos, nenhum dos dois quer ceder nos seus objetivos.
A autora construiu tão bem a estória que fica difícil você não torcer pelo duque.
As mudanças de tempo também foram muito importantes na leitura que volta ao passado para contar como eles se conheceram até quando ela partiu, intercalando com o momento presente.
Em certo momento Sera já tinha começado a me irritar com sua teimosia, mas enquanto isso a autora ia deixando a leitura mais leve com as irmãs da Sera, principalmente Sesily, ela é demais! Me diverti muito com ela e estou louca por sua estória. Ela faz o papel provocativo e não aceita não como resposta e isso provoca muita tensão entre ela e um outro personagem.

Perigo para um inglês é uma estória de amor, recomeços e acima de tudo perdão.
Super recomendo!


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10 de dezembro de 2018

A Terceira Moça - Agatha Christie




Hercule Poirot estava em paz com seus pensamentos e seu café da manhã de chocolate quente com brioche quando é interrompido por uma jovem. Ela confessa que pode ter cometido um assassinato e, em seguida, desaparece. Na efervescência da Londres dos anos 60, e em meio a rumores nebulosos de que a moça está envolvida com o uso de psicotrópicos, revólveres e canivetes, o lendário detetive belga tenta descobrir se ela é culpada, inocente ou até mesmo insana.
Para desvendar esse mistério, Poirot vai precisar de mais do que uma série de coincidências fortuitas e da ajuda de sua amiga Ariadne Oliver – ele terá de se adaptar aos novos tempos e ultrapassar as barreiras entre as gerações.

RESENHA:
10/12/2018

A terceira moça foi escrito em 1966 e conta a estória de Norma Restarick que um dia entra desesperada no apartamento de Poirot e pede sua ajuda dizendo que acredita ter matado alguém. Porém ela o acha muito velho e sem capacidade de ajudá-la e sendo assim vai embora sem nem mesmo dizer seu nome, deixando o detetive cheio de perguntas e com o ego ofendido.
Numa conversa com Ariadne Oliver ele vai descobrir o nome da moça e fica sabendo que ela o procurou por sugestão da própria escritora. 
Agora os dois farão suas buscas e investigações para descobrir o paradeiro da Norma e se houve mesmo algum crime, já que nenhum assassinato chegou ao conhecimento da polícia.
Ariadne vai meter o nariz na vida de alguns jovens e chega até mesmo a correr risco, enquanto Poirot com mais sutileza e algumas mentiras vai se enfiar na casa da família da moça.

Mais da metade do livro é cheio de suposições e poucas descobertas. Até mesmo Poirot se sente desanimado com a falta de ligação entre as informações e foi um dos motivos da leitura ter desacelerado um pouco.
Eu achei o livro previsível demais. Aquilo que aconteceu era o esperado desde o começo e o culpado(a) óbvio demais para mim, mas a maioria da resolução eu não imaginei mesmo e é dessa maneira que a Agatha sempre me surpreende.
Mesmo não ficando entre os favoritos é uma leitura que recomendo demais, incrível como a Agatha escreveu tantas estórias sem se repetir em nenhuma.

Dica* Não assista ao filme sem ler o livro pois fugiram muito do original.

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3 de dezembro de 2018

Sempre Vivemos No Castelo - Shirley Jackson


Merricat Blackwood vive com a irmã Constance e o tio Julian. Há algum tempo existiam sete membros na família Blackwood, até que uma dose fatal de arsênico colocada no pote de açúcar matou quase todos. Acusada e posteriormente inocentada pelas mortes, Constance volta para a casa da família, onde Merricat a protege da hostilidade dos habitantes da cidade. Os três vivem isolados e felizes, até que o primo Charles resolve fazer uma visita que quebra o frágil equilíbrio encontrado pelas irmãs Blakcwood. Merricat é a única que pressente o iminente perigo desse distúrbio, e fará o que for necessário para proteger Constance. Sempre vivemos no castelo leva o leitor a um labirinto sombrio de medo e suspense, um livro perturbador e perverso, onde o isolamento e a neurose são trabalhados com maestria por Shirley Jackson.

RESENHA:
03/12/2018

Sempre vivemos no castelo foi uma leitura que peguei cheia de empolgação, super curiosa pelo seu enredo assim como fiquei pela sua sinopse. 
Fico triste em dizer que esse livro foi uma grande decepção e se tantas pessoas amaram sua narrativa, em mim o efeito foi contrário.

Absolutamente cansativa, arrastada e narrada em primeira pessoa por uma personagem nada confiável, de 18 anos mas com a cabeça de uma criança de 3 anos.
Ela passa todo o livro escondendo objetos, como se fosse uma simpatia para afastar as pessoas e manter a harmonia da casa.
Merricat vive com sua irmã Constance de 28 anos e seu tio Julian que é paraplégico. 
Constance passa os dias sem sair de casa - sofre de agorafobia -, cozinha, limpa e cuida do tio. Merricat só sai de casa duas vezes por semana, para compras e biblioteca. O interessante é que ela não leu nenhuma vez durante a estória. Ela não tem permissão para nada - segundo ela própria conta - e anda pela propriedade com seu gato Jonas atrás dela, maldizendo tudo e todos e imaginando a morte de cada morador do vilarejo.
E por fim tio Julian, já sofrendo de esclerose é que vai contar pelo menos um pouco do que o leitor quer tanto saber: O que aconteceu com o resto da família? Quem matou e como foi?
E a decepção é que vai ficar nisso mesmo por que também não podemos confiar nas lembranças dele e Merricat que é a narradora, vive no mundo da lua e não desenrola a estória.
- Os diálogos são infantis e cansa pela repetição.
- A narrativa se baseia no dia a dia deles na casa e muda de um acontecimento para outro de repente. Uma hora ela está imaginando fazer alguma coisa e no parágrafo abaixo já mostra a reação das pessoas pelo que ela fez.
- Não consegui gostar da narrativa e muito menos dos personagens. Ou eles ou são muito maldosos ou alienados. Tio Julian foi o mais interessante na trama.
Você fica esperando o tempo todo que a estória sofra uma virada, que algo de importante aconteça, mas o mistério é fraco, previsível e não se sustenta.
A pá de cal em tudo é o final do livro. A última chama de esperança de que seria um final que valesse toda a estória foi por água abaixo.
Uma leitura que era pra ter sido rápida (apenas 164 páginas de ebook) levou 4 dias.
Nunca digo que não recomendo um livro por que somos leitores com gostos diferentes e cada um tem uma impressão sobre o que leu, mas deixo aqui minhas impressões e se você for ler espero muito que goste!

Nota: 2 ★

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28 de novembro de 2018

O Jardim das Borboletas - Dot Hutchison


Quando a beleza das borboletas encontra os horrores de uma mente doentia. Um thriller arrebatador, fenômeno no mundo inteiro. Perto de uma mansão isolada, existia um maravilhoso jardim. Nele, cresciam flores exuberantes, árvores frondosas... e uma coleção de preciosas “borboletas”: jovens mulheres, sequestradas e mantidas em cativeiro por um homem brutal e obsessivo, conhecido apenas como Jardineiro. Cada uma delas passa a ser identificada pelo nome de uma espécie de borboleta, tendo, então, a pele marcada com um complexo desenho correspondente. Quando o jardim é finalmente descoberto, uma das sobreviventes é levada às autoridades, a fim de prestar seu depoimento. A tarefa de juntar as peças desse complexo quebra-cabeça cabe aos agentes do FBI Victor Hanoverian e Brandon Eddison, nesse que se tornará o mais chocante e perturbador caso de suas vidas. Mas Maya, a enigmática garota responsável por contar essa história, não parece disposta a esclarecer todos os sórdidos detalhes de sua experiência. Em meio a velhos ressentimentos, novos traumas e o terrível relato sobre um homem obcecado pela beleza, os agentes ficam com a sensação de que ela esconde algum grande segredo.

RESENHA:
28/11/2018

"Algumas pessoas desabam e nunca mais levantam. Outras recolhem os próprios cacos e os colam com as partes afiadas viradas para fora."

O Jardim das Borboletas é um livro tenso. Sua trama prende, te tortura psicologicamente com uma narrativa chocante e por vezes pesada.

Não é um livro que recomendo para pessoas depressivas pois é uma estória que mexe com o lado mais sensível do leitor.
Não vou contar nada além da sinopse, pois funcionou maravilhosamente bem para mim sendo surpreendida durante a leitura.

A estória começa com o FBI interrogando Maya, uma das sobreviventes do Jardim. Ela está machucada mas muito consciente da situação e é ela quem vai narrar toda a estória, em primeira pessoa.
Os agentes Victor e Eddison irão conduzir a entrevista, Victor por ser pai de adolescentes terá mais tato e sutileza, já Eddison por motivos que serão explicados depois será o bad cop, perdendo a calma algumas vezes e sempre desconfiando da moça.
Quando a estória está sendo contada na sala de investigação, a narração é feita em terceira pessoa e muda para a visão da Maya quando ela responde as perguntas.
Assim, a trama é dividida em 3 capítulos (o último com poucas páginas) mas as narrativas são curtas e separadas de uma maneira confortável para o leitor acompanhar.

O que é essa vida dentro do jardim? Não consigo imaginar viver presa numa caixa de vidro, refém de um doente que pensa ser romântico e está fazendo o que é certo. 
Não há expectativa de vida para essas meninas. Elas não tem esperança de um dia conseguir sair dali e algumas estão realmente perdendo sua identidade, esquecendo suas estórias, o rosto de seus familiares.
Além de viver à mercê dos caprichos do Jardineiro, as meninas são submetidas à outros tipos de tortura do filho mais velho que por incrível que pareça é ainda mais doente que o pai.
Quanto mais eu lia, mais tinha pressa em saber como aquilo acabaria.
Em algum ponto da estória, a chegada de um outro personagem cria algumas expectativas ao mesmo tempo que deixa a estória um pouco mais morna.
O ápice é quando chega a última "borboleta" e foi impossível não me emocionar com a narrativa.
Falando em narrativa, preciso dizer como eu amei essa característica muito particular da Maya em nos contar a estória. É absolutamente envolvente a maneira com que ela narra, é tão vivo e real que toca fundo na gente.
As frases dela, a maneira com que ela conta uma estória, o tato dela com as outras meninas é algo cativante. Sem contar que é tão inteligente e comunicativa que não aparenta a idade que tem.

Mas algumas coisas me incomodaram e fizeram dar uma nota mais baixa. Primeiro foi o relacionamento dela com o Jardineiro, algumas vezes a autora parecia romantizar e isso me incomodou.
A descrição do próprio jardim é confusa. Não foi um cenário que consegui visualizar, tive dificuldade nisso.
Mas o ponto baixo de tudo foi o final. Esperei tanto por aquele momento e foi decepcionante.
Imaginava algo chocante ou até mesmo surpreendente mas não, e isso foi um banho de água fria. Achei que a trama merecia algo maior.
Só depois que terminei o livro que fiquei sabendo que teria continuação, mas honestamente não sei se quero ler.
No entanto eu recomendo a leitura, é uma ótima pedida para quem curte o gênero mas tem estômago para algumas cenas difíceis de digerir.

Nota: 4 ★

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20 de novembro de 2018

Sob Águas Escuras - Robert Bryndza - Detetive Erika Foster #3


“Puxado pelo peso das correntes, o corpo afundou rapidamente. 
Ela descansou ali, quieta e serena… durante muitos anos.”

Quando a Detetive Erika Foster vasculha, com sua equipe, um lago artificial nos arredores de Londres em busca de uma valiosa pista de um caso de narcóticos, ela encontra muito mais do que eles estavam procurando.
Do fundo do lago são recuperados dois pacotes: um deles contém 4 milhões de libras em heroína. O outro… o esqueleto de uma criança.
Os restos mortais são de Jessica Collins, uma garota desaparecida há 26 anos e que foi a principal manchete de todos os noticiários da época.
Erika, então, precisa revirar o passado e desenterrar os traumas da família Collins para descobrir mais sobre o trabalho de Amanda Baker, a detetive original do caso – uma mulher torturada pelo seu fracasso na busca por Jessica.
Muitos mistérios envolvem esse crime, e alguém que não quer que o caso seja resolvido fará de tudo para impedir que Erika Foster descubra a verdade.

O autor de A Garota No Gelo e Uma Sombra Na Escuridão nos presenteia com outra eletrizante aventura da Detetive Erika Foster.

RESENHA:
20/11/2018

Erika Foster agora faz parte do departamento de narcóticos e quando sua equipe faz uma busca no lago de uma pedreira e encontram o corpo de uma criança, a detetive é firme em querer a investigação desse caso para si.
Ela pede que seus antigos parceiros, Petersen e Moss, trabalhem com ela nesse caso. Como é um crime que ocorreu há 26 anos, a equipe vai encontrar muitas dificuldades para solucioná-lo. Muitos dos envolvidos com o desaparecimento já estão fora da linha investigativa por motivos diferentes, então não sobra muito por onde começar.
Eles vão rever todo o caso, inclusive falar com a investigadora da época que hoje é aposentada e alcoólatra e refazer todos os passos.
Devido à falta de informações e dificuldade para seguir adiante, a trama vai se arrastando por mais da metade do livro e a estória empaca. Os diálogos um tanto rasos e a postura da Erika, sempre se mantendo afastada das pessoas e sem o mínimo de humor, não contribuiu para uma leitura mais rápida.
Também vi algumas falhas - que não vem ao caso comentar pois pode ser considerado spoiler -, mas como alguém que trabalha numa delegacia não sabe que ali tem câmeras de segurança? E Erika ainda gosta de dar coices com platéia, detesto essa característica dela.

O livro começa a melhorar (para mim) à partir da página 200 onde eles começam finalmente a vez uma luz no fim do túnel e daí pra frente a estória toma um ritmo frenético até seu final.
O culpado não foi supresa para mim, sempre achei que fosse ele mesmo, porém como tudo aconteceu, a estória em si por trás do desaparecimento e os últimos momentos foram uma ótima reviravolta.
Robert Bryndza ainda não supreendeu com seus culpados, porém sempre me surpreende com suas reviravoltas finais. Adoro suas estórias, acho um ótimo passatempo e ainda tenho esperanças de um dia ir com a cara da Erika Foster. Eu não consigo me simpatizar com ela!
Mas recomendo o livro, Robert Bryndza é sempre garantia de boa leitura!

Nota: 4 ★

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Livro 1 da série - A Garota no Gelo - Resenha Aqui - Adquira Aqui
Livro 2 da série - Uma Sombra na Escuridão - Resenha Aqui - Adquira Aqui
Livro 4 da série - O Último Suspiro - Adquira Aqui

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13 de novembro de 2018

Pecados no Inverno - Lisa Kleypas - As Quatro Estações do Amor #3


Agora é a vez de Evangeline Jenner, a Wallflower mais tímida que também será a mais rica quando receber sua herança. Mas primeiro ela tem que escapar das garras de seus ambiciosos parentes, Evie recorre a Sebastian, visconde de St Vincent, um conhecido mulherengo, com uma proposta incrível: que se case com ela!
A fama de Sebastian é tão perigosa que trinta segundos a sós com ele arruínam o bom nome de qualquer donzela. Mesmo assim, esta cativante jovenzinha se apresenta em sua casa, sem acompanhante, para lhe oferecer sua mão.
Mas a proposta impõe uma condição: depois da noite da lua-de-mel, o casal não voltará a ter relações íntimas. Evie não deseja torna-se apenas mais uma que Sebastian descarta sem piedade, o que significa que Sebastian simplesmente tem que trabalhar mais duro na sua sedução... ou, talvez entregar seu coração pela primeira vez em nome do verdadeiro amor.

RESENHA:
13/11/2018

Enfim chegou a vez da tímida Evie, a mais improvável de se casar até mesmo por causa da sua gagueira, consequência de maus tratos vividos e que se manifesta toda vez que se sente intimidada, ou fica nervosa, ou com vergonha... enfim, não são muitas pessoas que tem paciência para uma conversa com ela.

Cansada de ser negligenciada e tratada como lixo, Evie resolve fugir da casa dos tios agora que está prometida ao asqueroso primo Eustace somente por causa da sua fortuna.
Evie prefere morrer à ter que se casar com Eustace, ainda mais agora que seu pai está à beira da morte e os tios a impedem de visitá-lo. Assim, querendo passar os últimos momentos do pai ao lado dele, ela foge e procura abrigo na casa de St. Vicent o mais libertino já conhecido. 
St. Vicent precisa de uma noiva com um dote gordo para não ir à falência de vez e Evie precisa de um marido para livrar a si e sua herança das garras do tio e esse acordo entre o casal parece ser a solução ideal.
A ideia é que depois de casados cada um siga sua vida como preferirem, mas claro que tudo muda quando eles chegam ao destino final.
O pai da Evie é dono de uma casa de jogos que está com problemas financeiros e St. Vicent vai tomar a frente dos negócios e isso será apenas o começo da mudança em sua vida.
Eu adorei essa estória, adorei a forma como a autora construiu a relação dos dois já que Sebastian teve um comportamento deplorável no livro anterior e ficou difícil para mim sentir empatia por ele, mas aos poucos ele foi me ganhando e por fim devorei o livro.
Sem contar a participação de outros personagens queridos, como o Cam dos Hathaways tendo uma participação muito importante e a chegada da Lillian que deu um ar cômico para a estória, já que ela estava com Sebastian entalada na garganta ainda.

Ainda bem que essa série só melhorou e agora me sinto mais animada para concluí-la. Depois da participação da Daisy nesse livro, confesso que estou bem curiosa para o que ela vai aprontar :-)

Nota: 4,5 

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6 de novembro de 2018

Não Olhe Para Trás - J. Lynn


Samantha é uma jovem de 17 anos rica e popular que, depois de passar quatro dias desaparecida, retorna ferida e desmemoriada. A nova Samantha não se reconhece no retrato de menina má e mimada que todos à sua volta começam a pintar. E logo descobrirá que foi a última a ver Cassie, a garota com quem mantinha uma relação confusa de amizade e rivalidade e que desapareceu no mesmo dia que ela. O que aconteceu na noite fatídica em que as duas sumiram? E por que Samantha foi a única a reaparecer? Não olhe para trás é um daqueles suspenses que só paramos de ler para tentar nos antecipar à autora e descobrir qual é o mistério.

RESENHA:
06/11/2018

Para não perder o costume, mais um livro que não estava na minha meta de leitura mas que passei na frente dos outros pela premissa misteriosa e interessante.

A estória já começa com Samantha sendo resgatada caminhando pelas ruas, sem rumo e sem memória.
Com um início desses, as 440 páginas desse livro não assustou e li em apenas 2 dias. A autora é bem direta na narrativa, sem perder tempo com descrições desnecessárias.
Sam estava desaparecida há 4 dias quando foi encontrada por um policial. Ela não se lembra nem mesmo do seu nome e quando sua família vai encontrá-la no hospital, ela sequer se lembra deles.
Tudo pra ela é estranho,  nomes, rostos, história. Nem mesmo que tinha uma melhor amiga chamada Cassie e que também desapareceu na mesma noite.
Após alguns dias Sam volta à rotina de colégio, amigos, namorado e tudo é muito confuso para ela. As estórias que ela ouve à seu respeito a deixam chocada. Ela acaba descobrindo que é uma pessoa detestável, que pratica bulling, fútil e anda com pessoas tão escrotas como ela.
Agora, se sentindo uma pessoa completamente diferente, ela vai se redescobrir ao mesmo tempo em que precisa se lembrar do que aconteceu naquela noite trágica.
Onde está Cassie? Ela está só desaparecida ou está morta? Se sim, quem poderia tê-la matado e o mais chocante: Teria ela mesmo matado a amiga?
Com o passar dos dias ela vai ter alguns lapsos de memória, descobrir mentiras e também desconfiar de pessoas muito próximas à ela.

Eu adorei esse livro. Não gosto de Young Adult de jeito nenhum, mas se for thriller aí é outra coisa!
Aqui vamos criando teorias e desconfiando de todo mundo e conforme a estória se desenrola, vai dando aquele friozinho na barriga pra saber quem é culpado e sentimos a angústia da personagem em tentar desvendar os mistérios que a cerca.
Quanto ao culpado eu desconfiei por causa de um diálogo específico. Porém, a autora nos leva por vários caminhos e mesmo quando quer nos distrair, deixa uns 'pontinhos' que te levam ao culpado.
Fui ficando cada vez mais ansiosa e com medo da autora criar um final decepcionante, mas felizmente ela finalizou muito bem a trama.
Adorei a escrita, a construção dos personagens e a estória como um todo. Super recomendo essa leitura!

Nota: 5 ★

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29 de outubro de 2018

A Vida Que Enterramos - Allen Eskens


A única coisa que Joe Talbert deseja é terminar o trabalho da faculdade: entrevistar um estranho e escrever uma breve biografia. Com os prazos se aproximando, o garoto decide ir a um asilo para encontrar o tão desejado objeto de trabalho. Lá ele conhece Carl Iverson e logo a vida de Joe vai ter mudado para sempre.
Veterano da Guerra do Vietnã, desenganado com apenas alguns meses de vida, Carl foi internado na casa de repouso em liberdade condicional devido ao estágio avançado de câncer depois de trinta anos preso pelos crimes de estupro e assassinato. À medida que escreve sobre a vida de Carl, principalmente sobre o período que o homem passou na guerra, Joe começa a ter dificuldade de conciliar o heroísmo do soldado com os desprezíveis atos do criminoso.
Acompanhado de Lila, sua vizinha cética, Joe se lança em uma busca pela verdade, mas lidar com a mãe perigosamente disfuncional, a culpa de deixar o irmão autista sozinho em casa e uma lembrança assustadora vão malograr seus esforços.
Fio por fio, Joe começa a desfazer a intricada tapeçaria do crime de Carl, mas, quanto mais se aproxima das reais circunstâncias do crime, mais nós aparecem. Joe vai conseguir descobrir a verdade ou já é muito tarde para escapar?

RESENHA:
29/10/2018

Assim que vi a premissa desse livro imediatamente o coloquei na lista de desejados. Fiquei super curiosa pela trama que só foi aumentando conforme via as avaliações bem positivas à respeito dele.
À princípio o que mais me chamou a atenção foi a estória do Carl. Queria muito saber qual foi seu crime e como essa estória seria contada e conforme as visitas de Joe iam ficando mais frequentes, mais ele ia se envolvendo na estória do ex detento
Joe quer apenas escrever a biografia de um idoso como trabalho de faculdade, mas depois que conhece Carl o seu interesse pela estória se torna pessoal.
O jovem de apenas 21 anos vai atrás de todas informações possíveis para que a biografia não seja baseada apenas nos relatos do idoso e quanto mais ele conhece da vida de Carl, mais curioso ele fica. Conforme ele vai juntando o fatos, descobrir se o outro é culpado ou não vira uma questão de honra.
Apesar de ser maravilhosamente narrado, o final nem chega a ser tão surpreendente assim mas é a trama no geral que é absolutamente cativante.
A estória nesse livro vai muito além do que apenas a vida de Carl, a começar por Joe, um dos protagonistas mais sensíveis e encantadores que já vi nos livros.
Ele é doce, cuidadoso, amororo e muito responsável. Seu irmão Jeremy de 18 anos é autista e vive apenas com a mãe que é alcoolátra, ausente e negligente.
Sem palavras para descrever como me emocionei lendo as passagens entre os irmãos. Lindo! Emocionante!
Joe é super protetor e isso vai se estender também à sua nova amiga, Lily. Com ela ele vai descobrir a paixão, amizade e parceria.
E não menos importante, teremos outras estórias sendo contadas, como a vida de Crystal - a garota de 14 anos estuprada e assassinada -, sobre a infância de Joe e sobre a amizade de Carl e um companheiro de guerra.
O livro é lindo, lindo! A narrativa é deliciosa, viciante e bem escrita.
Já faz muito tempo que derramei lágrimas ao terminar um livro, isso é difícil acontecer comigo, mas A Vida que enterramos me emocionou demais!
Com menos de 300 páginas o autor criou um enredo envolvente, objetivo e sem criar situações desnecessárias para dar volume.

Se você gosta de um thriller que não seja pesado demais nas descrições, com drama, uma pitada de romance e aventura, eu recomedo que você leia esse livro.
Se leu, deixe seu comentário :-)

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25 de outubro de 2018

Entre o Amor e a Vingança - Sarah MacLean - O Clube dos Canalhas # 1


O que um canalha quer, um canalha consegue...

Uma década atrás, o marquês de Bourne perdeu tudo o que possuía em uma mesa de jogo e foi expulso do lugar onde vivia com nada além de seu título. Agora, sócio da mais exclusiva casa de jogos de Londres, o frio e cruel Bourne quer vingança e vai fazer o que for preciso para recuperar sua herança, mesmo que para isso tenha que se casar com a perfeita e respeitável Lady Penélope Marbury.

Após um noivado rompido e vários pretendentes decepcionantes, Penélope ficou com pouco interesse em um casamento tranquilo e confortável, e passou a desejar algo mais em sua vida. Sua sorte é que seu novo marido, o marquês de Bourne, pode proporcionar a ela o acesso a um mundo inexplorado de prazeres.

Apesar de Bourne ser um príncipe do submundo de Londres, sua intenção é manter Penélope intocada por sua sede de vingança - o que parece ser um desafio cada vez maior, pois a esposa começa a mostrar seus próprios desejos e está disposta a apostar qualquer coisa por eles, até mesmo seu coração.

RESENHA:
25/10/2018

Esse é de longe o pior romance de época que já li, que aliás de romance não tem nada! Faltou tudo aqui: romance, diálogos, carinho. Em compensação sobrou desprezo.
O Michael é um escroto de homem. Conhece a Penelope desde a infância e depois de perder toda sua fortuna em apostas (ele tinha 21 anos e portanto não era mais criança), volta após 10 anos todo revoltadinho com a vida e desconta em todo mundo suas frustações, até mesmo na Penelope.
Enquanto ela fica completamente encantada em vê-lo novamente, ele ao contrário é extremamente grosso e despeja nela todo seu rancor.
Sabendo que as terras quem eram dele agora são da família dela e parte do seu dote, ele a força num casamento sem amor sendo que bastava ele pedir com carinho e ela teria aceito.
Ela, uma porta de tão sem personalidade, aceita tudo com resignação. Tipo, já que não posso casar por amor então que seja com meu "amigo" de infância.
Nada nessa estória me agradou. Nem os personagens, nem suas motivações - aliás a falta delas - e muito menos a trama.
Ela passa o tempo todo sozinha enquanto ele fica no clube se afundando em mágoas e apanhando no ringue. Outra característica detestável no personagem, que não quer a esposa pra valer mas ninguém pode brincar com o nome dela que ele sai logo dando safanão nos outros.
Terminar foi um parto, fui fazendo leitura dinâmica. Desnecessárias tantas páginas de uma narrativa repetitiva e cheia de lenga lenga por parte dos dois e o final, muita marmelada pra uma estória só. 
Enfim, completamente decepcionada com tudo nesse livro. Desanimou até pra continuar a série.

Ótimo pra quem gostou por que eu perdi meu tempo.

Nota: 2,5 ★

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22 de outubro de 2018

Tudo Aquilo Que Nos Separa - Rosie Walsh



Sete dias perfeitos e então ele desapareceu.

Imagine a seguinte situação: você conhece um homem, vocês passam sete dias maravilhosos juntos, e você fica apaixonada. E o que é melhor: o sentimento é recíproco. Você nunca teve tanta certeza de algo na vida.

Então, quando ele parte numa viagem de férias agendada há muito tempo e promete te ligar para o aeroporto, você não tem nenhum motivo para duvidar disso. Mas ele não liga. Seus amigos dizem que você deve desencanar, que deve esquecer o cara, mas você sabe que eles estão errados. Eles não sabem de nada. Algo de ruim deve ter acontecido, deve haver um motivo sério para explicar o silêncio dele.

O que você faz quando finalmente descobre que tem razão? Que existe um motivo ― e que esse motivo é a única coisa que vocês não compartilharam um com o outro? A verdade.


RESENHA:
22/10/2018

Tudo aquilo que nos separa é aquele livro que esperei ansiosamente para tê-lo em mãos. Estava louca de vontade de ler e assim que consegui parei o que estava lendo para começá-lo.
Logo de cara fui fisgada pela sua premissa cheia de romance e mistérios e devorei as primeiras páginas ansiosa por descobrir o que a autora traria. Talvez essa empolgação toda tenha atrapalhado pois a estória não foi tudo aquilo que eu esperava.
A primeira parte do livro - pouco mais da metade - vamos conhecer a estória da Sarah, uma mulher de 40 anos recém divorciada que acaba de se apaixonar perdidamente por um estranho. Bastou uma semana ao lado dele para ter certeza de que ele era o homem da sua vida, tamanha sintonia e afinidade entre os dois.
Mas ao final de sete dias de puro romance e após promessas de um próximo reencontro, Eddie nunca mais a procurou.
A falta de contato e respostas por parte de Eddie deixa Sarah absolutamente descompensada e ela envia mensagens e mais mensagens incansavelmente, sem nenhum sucesso. Ela está decidida à saber do paradeiro dele e não segue nenhum conselho dos amigos quando sugerem que ela o esqueça.
Sério, como pode a pessoa ser tão carente assim? Sarah não tem nenhuma auto estima e nem um pingo de amor próprio. Isso, somada a uma narrativa por muitas vezes arrastada e detalhista, fez com que diminuísse meu interesse pela leitura consideravelmente. 
Outra coisa que não curto nas estórias são crianças que se comportam como adultos e se metem na conversa. O garoto aqui tem 7 anos e se intromete no assunto dos adultos como se fosse a coisa mais natural do mundo.

A segunda parte trará ao leitor revelações e a resolução de muitas questões e aí a trama fica mais interessante, ainda que continue com excesso de narrativa que considerei desnecessários.
A solução do mistério foi bem diferente do que imaginei e achei muito bem narrada e emocionante, mas nessa altura já não contribuía muito para uma nova perspectiva e o final não foi inesperado.
Gostei da escrita da autora e o mistério do livro foi o que me cativou durante a leitura, mas o tempo que ela segura tanta informação do leitor fez com que não despertasse em mim a mesma paixão que despertou na maioria das outras pessoas que o leram.

Acredito que a ansiedade sempre me prejudica quando pego um novo livro. Preciso ler sem esperar muito em troca e aí sim, acabo aproveitando mais da leitura.
Um bom livro mas está longe de ser surpreendente ou um dos melhores que já li.

Nota: 3,5

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16 de outubro de 2018

O Chamado do Anjo - Guillaume Musso



Nova York, Aeroporto JFK. Na sala de embarque lotada, um homem e uma mulher se esbarram, espalhando suas coisas pelo chão. Após uma discussão banal, cada um segue seu caminho. Madeline e Jonathan nunca haviam se visto e jamais deveriam voltar a se encontrar. Porém, ao recolher seus pertences, trocaram por descuido os celulares. Quando percebem o engano, já estão a dez mil quilômetros um do outro - ela é florista em Paris, ele tem um restaurante em San Francisco. Não demora muito para ambos cederem à curiosidade, explorando o conteúdo dos respectivos aparelhos. Uma dupla indiscrição, que leva a uma revelação inesperada - suas vidas estão ligadas por um segredo que eles julgavam enterrado para sempre...

RESENHA:
15/10/2018

Apesar de nunca ter ouvido falar de O Chamado Anjo, escolhi ler por causa das boas avaliações e da sua premissa bem interessante.

Jonathan e Madeline se esbarram em um café no aeroporto de Nova York e enquanto trocam algumas farpas acabam trocando os celulares na pressa de embarcar. Nenhum dos dois vai perceber o equívoco, apenas quando desembarcam em suas respectivas cidades - ela em Paris e ele em São Francisco - é que vão se dar conta da confusão.
Madeline rapidamente envia uma mensagem de texto no seu celular para Jonathan, se comprometendo à enviar o aparelho no dia seguinte.
Porém no outro dia ela fica sabendo que os correios estão em greve e enquanto fica mais algum tempo com o celular do Jonathan, eles trocam algumas mensagens.
Jonathan por sua vez, vai fuçar no celular da florista e acaba encontrando coisas que ela esconde. Madeline com raiva começa também a querer saber dele e descobre que ele já foi alguém muito famoso.
Enquanto os celulares não são destrocados, um vai se envolver rapidamente na vida do outro - e nos segredos -  e quando menos se percebe a estória dá uma grande virada.
Aquele início calmo vai dar lugar à uma aventura policial, cheia de riscos e descobertas.

Eu gostei demais do livro e apesar do final não ter sido supreendente, a maneira como a trama foi conduzida me entreteve de maneira satisfatória. Li em pouco tempo.
Só achei que o final foi um tanto corrido e algumas cenas descritas achei um pouco forçada demais. Também alguns personagens não tiveram seu desfecho - ou a explicação - merecidos. Alguns foram completamente esquecidos.
Mas no geral foi uma excelente leitura, que mesclou romance e investigação alternando momentos tensos e divertidos.

Recomendo e pretendo ler mais livros do autor.

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10 de outubro de 2018

Segredos e Mentiras - Diane Chamberlain


Cara Anna, Já comecei esta carta várias vezes e aqui estou, começando-a novamente, sem fazer a mínima ideia de como lhe dizer. A carta não terminada é a única pista que Tara e Emy têm para entender o que levou sua amiga Noelle ao suicídio. As três eram inseparáveis desde a faculdade e tudo a respeito de Noelle – seu trabalho de parteira, a forma como se dedicava apaixonadamente a diversas causas sociais, seu amor pelos amigos e a família – se encaixava na descrição de uma mulher que amava a própria vida.
Só que havia muitas coisas que Tara e Emy desconheciam. Por exemplo, quem é Anna e por que Noelle nunca a mencionara.

Com a descoberta da carta e do terrível segredo que a motivou, as duas começam a desvendar a verdade sobre essa mulher forte, independente e gentil que entrou em suas vidas trazendo amor e compaixão, mas que também pode ser a responsável por muitas tristezas e ilusões.

Com delicadeza e equilíbrio, Diane Chamberlain constrói uma história sensível sobre amizade e relacionamentos e levanta a pergunta: até que ponto você seria capaz de perdoar alguém que ama?

RESENHA:
10/10/2018

Primeiro quero dizer o quanto amei a escrita da autora. Até então eu nunca tinha lido nada dela, mas na ausência de mais lançamentos da Liane Moriarty eu estava carente de livros nesse estilo.
Escolhi pela chamada da capa –  "Uma mentira salvará uma família. A verdade destruirá outra. Qual você escolheria?" – e que livro impressionante!

Emy, Tara e Noelly são amigas da época da faculdade e uma sempre esteve presente na vida da outra.
Enquanto Emy e Tara estão casadas e com filhas, Noelly optou por uma vida sem filhos e solteira, apenas se dedicando à sua paixão: ser parteira como sua mãe.
Mas a vida dessas amigas mudam quando Noelly comete suicídio. Tara e Emy estão inconformadas que a amiga tão querida tenha tirado a própria vida. 
Noelly era saudável, não tinha problemas financeiros e tinha uma mão doente para cuidar, o que poderia ter acontecido na vida dela que a levasse à esse extremo? 
Dispostas à qualquer coisa que explicasse esse desfecho, as duas irão fazer de tudo para descobrir o motivo, já que a amiga não deixou nem um bilhete de despedida.
Quando Emy começa a esvaziar a casa de Noelly, ela encontra escondido em seus documentos uma carta chocante, porém não finalizada para uma tal de Anna. Ela mostra à carta para Tara e as duas começam a investigar a fundo a vida da amiga.
Só que assim que elas começam a cavar a intimidade de Noelly, muitos segredos irão surgir e elas vão perceber que não conheciam a amiga como imaginavam.
A vida delas irão girar em torno das mentiras e mistérios de Noelly e isso mudará a vida delas para sempre.

Os capítulos se alternam entre o presente nas narrativas de Emy e Tara e no passado de Noelly em terceira pessoa.
Mais para frente irão surgir outros narradores que acrescentarão mais fluidez à estória.
É um drama familiar muito envolvente e bem ágil. As primeiras páginas que envolvem o suicídio de Noelly são um pouco mornas mas assim que as amigas começam a investigar, a trama muda e ganha um novo ritmo.
Eu adorei esse livro, me envolvi completamente na vida dessas pessoas, não conseguia parar de ler enquanto não chegasse o final.
Foi uma mistura de sentimentos, raiva, compaixão, ansiedade, tristeza.... adoro quando a autora sabe conduzir uma estória com tantos altos e baixos e manter a atenção do leitor.
Eu super recomendo essa leitura, que não é leve, que deixa a gente com o coração na mão mas mesmo assim impossível largar e absolutamente arrebatadora.

Nota 5  



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4 de outubro de 2018

Eu vejo Kate - Cláudia Lemes


A HISTÓRIA RECOMEÇA
Há um ano, Blessfield, uma pacata cidade do interior da Flórida, enterrou 12 mulheres vítimas do violento e cruel serial killer Nathan Bardel. Ele foi julgado, condenado e morto. Mas antes que as feridas da cidade pudessem cicatrizar, um novo assassino em série surgiu. Mais violento. Mais cruel. Usando o mesmo método que seu antecessor. E ele tem uma obsessão: ela

ALVO NA MIRA
Kate é uma escritora imersa na produção da biografia do assassino em série Nathan Bardel. Enquanto ela mergulha de cabeça na sombria vida do serial killer, ele próprio passa a acompanhá-la vivenciando as experiências conturbadas de sua biógrafa. À medida que se aprofunda nos mistérios de Bardel, Kate desperta outro assassino. Ela não sabe, mas sua vida corre perigo.

SERIAL KILLER X SERIAL KILLER
Desde que Kate decidiu escrever a história de sua vida e de seus assassinatos, Nathan Bardel percebeu que mesmo depois de morto, poderia acompanhá-la. Ele vê Kate. Ele lê Kate. Ele a decifra enquanto ela o investiga. Quando Nathan descobre que um novo assassino está imitando seu método e assassinatos, fica furioso. Aquilo tudo lhe pertencia, foi sua criança e ninguém estava a altura de copiá-lo. Agora ele tem uma nova meta: encontrar o imitador.

CAÇADOR DE MONSTROS
Um agente especial do FBI que tem a capacidade de observar a cena de um crime e definir o perfil do criminoso, Ryan é um dos melhores profilers do país. Mas toda sua experiência será colocada à prova na busca pelo serial killer que não deixa pistas. Expert em Bardel, e envolvido com Kate, o detetive com um passado sombrio se vê mais uma vez numa investigação que pode terminar de forma trágica.

RESENHA:
04/10/2018

Claudia Lemes é uma autora brasileira mas a trama se passa nos EUA, o motivo é por que ele foi lançado lá primeiro assim como outros 4 livros dela.
Geralmente é um estilo que eu não leria, mas quis dar uma chance pra essa autora pois ouvi vários comentários positivos.
Já adianto que gostei demais da escrita dela e considero um nivel acima dos nacionais que tenho lido.

Eu vejo Kate. Kate não me vê.
O livro já me pegou pela primeira frase. Uma narrativa bem curiosa pelo ponto de vista de Nathan Bardel, um serial killer que estuprava e torturava suas vitimas.
Quando Kate começou a escrever sua biografia, acabou meio que atraindo o espirito de Bardel pra perto dela e grande parte da construção do livro foi narrado por ele, ao pé do ouvido.
Porém, antes mesmo de enviar uma amostra à sua editora, ela é impedida de continuar escrevendo. Alguém de cima deu ordens expressas para que ela não remexesse nisso.
Kate não consegue entender e muito menos aceitar, pois a estória de Nathan já está enraizada nela.
Contrariando ordens ela continua trabalhando e se envolve emocionalmente com o profiler do FBI que trabalhou no caso.
Logo depois duas mulheres são mortas com o mesmo M.O mas como Nathan está morto, quem seria o copiador?
Assim que Nathan narra seu encontro com o imitador, ficou fácil descobrir quem ele era. Porém o desenrolar foi extremamente chocante e assustador. Não esperava por aquelas cenas que li, no mínimo impactantes.
O casal vai passar por momentos de muita tensão e stress emocional. Difícil imaginar como essas pessoas conseguiriam seguir em frente depois de tudo que passaram!
O que não me convenceu na estória foi o romance dos dois. A maneira como aconteceu e algumas cenas hots não combinou com a trama.
O envolvimento deles foi muito repentino e logo se viram apaixonados, e até entendo que uma construção lenta no relacionamento deixaria o livro mais longo e sairia do ritmo que o gênero pede. Acho que eu gostaria mais se não houvesse o romance, mas isso é minha opinião pessoal.
Quanto ao espírito Nathan Bardel, achei que ele teve uma participação muito pequena e não influenciou em nada. Esperava algum envolvimento por parte dele, já que à principio a presença dele foi bem significativa.
No geral, é um ótimo livro, com um ritmo bem acelerado e tenso.
Contra indicado para quem é sensível à cenas fortes.

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25 de setembro de 2018

Deixada Para Trás - Charlie Donlea


Nicole Cutty e Megan McDonald são alunas do ensino médio na pequena cidade de Emerson Bay, Carolina do Norte. Quando elas desaparecem de uma festa na praia em uma noite quente de verão, a polícia inicia uma busca maciça. Nenhuma pista é encontrada e a esperança é quase perdida, até Megan milagrosamente aparecer depois de escapar de um bunker no fundo da floresta.

Um ano depois, o best-seller de sua provação transformou Megan de heróina local para celebridade nacional. É uma história triunfante e inspiradora, exceto por um detalhe inconveniente: Nicole ainda está desaparecida.

A irmã mais velha de Nicole, Livia, é uma perita forense e espera que em um breve dia o corpo de Nicole seja encontrado e entregue a alguém como ela para analisar as provas e finalmente determinar o destino que sua irmã teve. Em vez disso, a primeira pista para o desaparecimento de Nicole vem de outro corpo que aparece no necrotério, de um jovem ligado ao passado de Nicole. Livia vai até Megan para pedir ajuda, esperando descobrir mais sobre a noite em que as duas foram levadas. Outras meninas também desapareceram e Livia está cada vez mais certa de que os casos estão conectados.

Mas Megan sabe mais do que ela revelou em seu livro best-seller. Flashes de memória estão se juntando, apontando para algo mais escuro e mais monstruoso do que sua memória descreve. E quanto mais ela e Livia cavam, mais elas percebem que às vezes o verdadeiro terror está em encontrar exatamente o que você está procurando.

RESENHA:
25/09/2018

Com uma sinopse dessa não tem como não ler, certo? E também não dá pra falar muito já que ela é reveladora o suficiente.
Portanto vamos às minhas impressões:
O livro é dividido em 4 partes sendo elas intercaladas entre o presente - um ano depois do sequestro - , e o passado que será contado à partir de um mês antes do sequestro.
No presente, Megan está fazendo terapia com hipnose para se lembrar dos fatos que ocorreram enquanto ela esteve presa e Lívia, que é  formada em medicina e está se especializando em Patologia Forense, ao mesmo tempo em que procura pistas pelo sumiço da irmã. 
Ela precisa realizar autópsias em 250 corpos no período de um ano para poder concluir sua formação e por isso teremos páginas recheadas de medicina forense e o dia a dia de um médico legista e suas funções.
Todas as cenas são muito bem descritas e detalhadas e a escrita é bem confortável, de modo que conseguimos visualizar os eventos narrados.
Eu adorei essa parte! Fui uma expectadora ali no cantinho da sala fria, com a vantagem de não presenciar o estado de alguns corpos e nem sentir o cheiro (rs).
No passado vamos conhecer um pouco mais da Nicole até o dia do seu desaparecimento, seu comportamento, amizades, enfim, vamos ver um pouco do seu caráter. Nem vou entrar em detalhes sobre ela, mas achei essa garota o ó.

Ao mesmo tempo que a investigação da Lívia vai caminhando para o fim, em outros capítulos teremos o desfecho da Nicole.
Eu particularmente adoro livros com essas narrativas intercaladas entre presente e passado e com mais de um personagem, dá bastante espaço para nosso lado investigativo e aguça ainda mais nossa curiosidade.
Confesso que não desconfiei dessa pessoa e gostei de como o autor me conduziu pela trama até o final. Nas últimas páginas estava em agonia para saber o que aconteceu e como iria acabar.
Um diferencial desse livro são as páginas cinzas quando a narrativa muda para o passado. Apesar de ser interessante para marcação, para mim que sou míope foi meio incômodo, principalmente à noite.
No mais, recomendo essa leitura. Gostei um pouco mais ainda desse do que A Garoto do Lago e já estou ansiosa pelo próximo.
Boa leitura!

Nota: 4,5 ★

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12 de setembro de 2018

Os Relógios - Agatha Christie



Um homem desconhecido é encontrado morto na casa de uma cega. Na cena do crime, quatro relógios parados na mesma hora: quatro e treze.
Sem qualquer pista do assassino ou da identidade da vítima, o detetive Colin Lamb, do Serviço Secreto inglês, pede ajuda a Hercule Poirot. Ao iniciar a investigação, o detetive afirma que o caso é simples, mas ele logo percebe que a solução não é tão óbvia, principalmente quando outros dois assassinatos são cometidos em circunstâncias misteriosas.

RESENHA:
12/09/2018

Em Os Relógios encontramos uma trama bem complicada de se resolver.
Um morto sem identificação na sala de uma senhora cega, com quatro relógios parados na mesma hora que não pertencem à dona da casa e a pessoa que o encontrou foi uma estenógrafa que tinha recebido ordens de trabalhar para a senhorita Pebmarsh, só que esta não tinha solicitado nenhum serviço.
São muitos enigmas que deixam os investigadores num beco sem saída e enquanto não descobrem a identidade do morto, o caso não anda.
Será que tudo faz sentido ou é apenas para confundir?
Colin Lamb, amigo de Poirot, resolve procurar o detetive que se encontra em idade avançada e carente de novas aventuras e pede que o ajude nesse caso. Ele então o desafia a desvendar o crime sem se levantar de sua poltrona, apenas com as informações que Lamb passar.
Não resta dúvidas que o brilhante detetive irá conseguir uma resolução para esse mistério.

Eu gostei bastante do livro e não tive a menor chance com ele, não consegui desvendar nada!
Desconfiar da pessoa até desconfiei por que isso eu faço com todos os personagens e em todos livros do gênero, mas foi logo descartado e nem sonhei com tal desfecho.
Como sempre tudo tem uma explicação, até mesmo o final difícil de se desvendar.
Adorei não ter descoberto nada, geralmente eu descubro o culpado (nunca o motivo) então posso dizer que esse livro foi mesmo uma grande surpresa para mim.
Só não ficou entre os favoritos por que senti muita falta de Poirot, dos seus questionamentos. Ele aparece muito pouco, acho que a autora levou literalmente em conta a idade dele (rs)
Mas a trama é ótima e envolvente, foi sem dúvida uma ótima leitura, escolhida especialmente para o mês de comemoração do aniversário de Agatha e a estória coincidentemente se passa em setembro.
Recomendo!

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4 de setembro de 2018

Menina Boa Menina Má - Ali Land



Os corações das crianças pequenas são órgãos delicados. Um começo cruel neste mundo pode moldá-los de maneiras estranhas Nome novo. Família nova. Eu. Nova. Em folha.
A mãe de Annie é uma assassina em série.
Um dia, Annie a denuncia para a polícia e ela é presa. Mas longe dos olhos não é longe da cabeça. Os segredos de seu passado não a deixam dormir, mesmo Annie fazendo parte agora de uma nova família e atendendo por um novo nome — Milly.
Enquanto um grupo de especialistas prepara Milly para enfrentar a mãe no tribunal, ela precisa confrontar seu passado. E recomeçar. Com certeza, a partir de agora vai poder ser quem quiser... Mas a mãe de Milly é uma assassina em série. E quem sai aos seus não degenera...




RESENHA:
04/09/2018

Menina Boa, Menina Má é o livro de estréia da autora Ali Land que trabalhou como enfermeira de Saúde Mental para Crianças e Adolescentes em hospitais e escolas, ou seja, do assunto tratado no livro ela entende com muita propriedade.
Esse livro vai contar a estória de Annie, 15 anos, que após anos de tortura, maus tratos e acompanhar de perto o assassinato de nove crianças cometidos pela mãe, ela decide denunciá-la. O estopim disso foi Daniel, um garotinho que ela conhecia desde muito pequeno.
A mãe, enfermeira de um abrigo para mulheres era uma mullher aparentemente exemplar, acima de qualquer suspeita. E por isso, se não fosse a denúncia da própria filha, talvez ela nunca teria sido pega.

Depois disso, ela recebe uma nova identidade — agora Milly —  e é adotada temporariamente por um casal muito bem resolvido financeiramente, o homem um psicólogo que vai cuidar pessoalmente dos traumas dela através de terapia e hipnose; a esposa apesar de tratá-la muito bem é uma mãe ausente e alienada, mas o que vai mesmo mexer com o psicológico da Milly é a meia irmã, Phoebe.
Meu Deus, que garota mais escrota!
A autora é tão incrível no desenvolvimento dessa personagem que você tem vontade de entrar no livro pra encher a cara dela de tapa!
As duas irão estudar no mesmo colégio e Phoebe vai enfernizar a vida de Milly toda vez que tiver a oportunidade. Ela pratica bulling o tempo todo, seu desprezo é evidente e ela vai tratar a meia irmã de maneira muito cruel.
Milly é pacífica. Ela luta diariamente com os demônios que vivem dentro dela, com as lembranças da mãe e revivendo o inferno vivido durante todos esses anos.
Aliás a narrativa fica por conta dela, como se estivesse escrevendo para a própria mãe. Seus medos, suas conquistas, sua adaptação na nova vida.
Conheceremos a estória apenas pelos olhos de Milly, até mesmo o julgamento da mãe o qual ela é a testemunha de acusação.
Com tanta pressão, Milly vai viver entre a linha tênue entre o bem e o mal deixando o leitor tenso, só esperando o momento em que ela vai explodir, principalmente com a Phoebe. Ou não.
Eu achei toda a trama muito bem escrita, muito profunda, tensa e rica.
Os personagens são reais, com suas qualidades e defeitos, numa estória fictícia mas que poderia muito bem ser real.
O final não é supreendente, pelo menos não foi para mim que fiquei imaginando vários desfechos possíveis, mas muito bem escrito e real.
Eu super recomendo esse livro! Um thriller psicológico de primeira, do jeito que eu gosto.

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1 de setembro de 2018

Da Morte Ninguém Escapa - M.J. Arlidge - Helen Grace # 2


A detetive-inspetora Helen Grace está de volta para desvendar mais um caso macabro. O corpo de um homem de meia-idade é encontrado em uma casa vazia em Southampton. Ele é apenas uma vítima, porém, pelas características do assassinato, a detetive-inspetora Helen Grace sabe que não vai ser a única.

Mas o que um homem casado, com filhos e que teve uma vida feliz estaria fazendo tão longe de casa no meio da noite? Helen tem mais um importante caso nas mãos. Corpos masculinos estão sendo encontrados pela cidade e todos têm uma característica em comum: tiveram o coração arrancado.

Não há dúvidas de que um novo serial killer está por trás desses assassinatos, e Helen precisa usar todo o arsenal da polícia para evitar que ele faça outras vítimas. A detetive consegue sentir a raiva por trás das mortes, mas não é capaz de prever o quão instável é o assassino... nem o que a aguarda ao fim da caçada.


RESENHA:
31/08/2018

Da morte Ninguém Escapa foi uma surpresa deliciosa.
Narrado em terceira pessoa sob mais de um pontos de vista, a trama policial prende a atenção pelos capítulos curtos, diálogos simples e enredo intrigante.

A estória começa com o assassinato de uma prostituta. Seu corpo foi deixado amarrado e abandonado dentro de um porta malas de um carro e os investigadores acreditam se tratar de desavença entre gangues.
Ao mesmo tempo, um homem religioso e pai de família exemplar é encontrado morto em um local frequentado por prostitutas e seu coração enviado à esposa.
Antes mesmo da polícia formar uma linha de investigação, um outro corpo é encontrado na mesma situação.
À partir disso a equipe de detetives acredita que estão lidando com um serial killer e a falta de provas e ligação entre os crimes impede que eles avancem na investigação.
Conforme o assassino vai agindo, poucas pistas aparecem e são nelas que os investigadores irão se apoiar para pegá-lo.
A esperteza do serial faz com que eles acabem em becos sem saída por várias vezes e precisam recomeçar com o pouco que tem.

Eu adorei esse livro. Não sabia nada sobre ele, nem sobre o autor mas a narrativa rápida e objetiva me cativou logo nas primeiras páginas.
O desenvolvimento descomplicado na maneira como o autor conduziu a estória e o final imprevisível, transformaram esse livro num dos melhores do gênero.
Apenas uma observação válida: Se você pretende ainda ler Uni-Duni-Tê do mesmo autor, não recomendo a leitura desse livro pois logo no começo teremos spoillers do assassino do livro anterior. Quando eu esquecer da estória, vou querer ler o primeiro.

Super recomendo essa leitura. Certamente quem é amante do gênero policial vai gostar desse enredo.

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