Algumas coisas jamais podem ser esquecidas.
Um crime brutal abala a pacata Islington, em Londres. Um menino de 8 anos é encontrado morto em um parquinho numa tarde de domingo. O principal suspeito é seu amigo, Sebastian Croll, de apenas 11 anos, com quem ele brincava minutos antes do assassinato. À frente do caso está Daniel Hunter, um experiente advogado que, apesar de ter dedicado anos de sua vida defendendo jovens delinquentes, desenvolve uma estranha relação com o acusado, um garoto educado e inteligente, mas é um tanto agressivo, que faz Daniel relembrar sua infância difícil e o obriga a confrontar dramas que ele pensava terem ficado enterrados do passado.
RESENHA:
21/03/2019
Sebastian de 11 anos é acusado de matar a tijoladas seu amigo Ben de apenas 8 anos. A estória já começa com Seb detido e Daniel chegando como seu advogado de defesa.
As poucas investigações realizadas provam que Seb é culpado, porém a defesa argumenta que não são suficientes para incriminá-lo e farão de tudo para derrubar a acusação e deixar a criança livre.
Durante a narrativa o leitor é apresentado ao comportamento do garoto Seb, sua personalidade e convívio familiar. Aqui nesse ponto vai muito do "achismo", já que Daniel não tem provas se o que Seb diz é verdade. Em nenhum momento ele confronta os pais do garoto.
Intercalando a narrativa, vamos conhecer a estória de Daniel que é filho de uma mulher viciada em drogas e logo cedo foi retirado de sua mãe e enviado à um lar adotivo. Sua estória será contada até chegar ao início da vida adulta.
Apesar de todas as dificuldades de Daniel, dos traumas sofridos ainda assim não consegui me ligar à ele, achei-o um garoto insuportável e foi difícil sentir carinho. Porém, Minie, sua mãe adotiva, uma personagem adorável e sofrida, foi a única na estória que senti empatia.
E Daniel na vida adulta pouco me agradou. Sua vida é chata, ele é cansativo e sem personalidade, não via a hora de sair da narrativa dele e voltar pra do Seb.
A estória é mais sobre a vida de Daniel do que sobre o crime que a sinopse apresenta.
A autora tinha tudo para construir um ótimo suspense, mas quis enrolar até o final com uma narrativa cansativa da rotina do advogado, enquanto ele remoía sua culpa pelo passado.
Páginas e mais páginas de encheção de lingüiça apenas para não contar a parte que interessa: Seb é ou não responsável pela morte da outra criança?
Acabei de fazendo leitura dinâmica por que não aguentava mais e só não desisti por que queria saber o desfecho, que aliás não foi nenhuma surpresa. A parte mais interessante acabou sendo o julgamento ainda que conduzido de maneira repetitiva.
Parte do desgosto é minha culpa já que eu esperava um thriller e recebi um drama, porém a autora me perdeu no momento em que percebi que ela ia encher o livro de detalhes. Para mim pareceu que ela não tinha ideia de como criar momentos de tensão.
E aquele epílogo? Serviu pra nada, desnecessário.
Bom, é isso! Desenvolvimento arrastado, personagens cansativos e final sem surpresas. Dificilmente lerei algo dessa autora novamente.
Nota: 3 ★
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