22/03/2024
Escrito na década de 40, mas mantido em um cofre até sua publicação em 1975 (um ano antes da morte de Christie), Cai o pano é a última investigação de Hercule Poirot. Neste romance, considerado um de seus melhores, a Rainha do Crime concebe uma arrebatadora despedida ao seu maior e mais querido personagem.
RESENHA:
11/05/2023
Adieu, mon cher Poirot!
De volta à Styles!
Já li tudo de Agatha (menos Passageiro para Frankfurt) e enrolei ao máximo para ler esse livro sabendo que se tratava de uma despedida.
Na verdade, uma releitura. Foi um dos primeiros livros que li de Agatha - na adolescência -, ainda sem saber do que se trataria. Também não teve o mesmo impacto pois mal conhecia Poirot.
Nem preciso dizer que não lembrava de nada da trama. Apenas um detalhe relacionado à Poirot estava lá no fundinho da lembrança, bem enterrado.
Agora, já mais familiarizada com esse detetive tão incrível, posso dizer que terminei com uma sensação de tristeza. Poirot se tornou muito real para mim ao longo desses anos.
Mas não por esse motivo que o livro entrou para meus favoritos. Apesar da trama um pouco comum, o final foi espetacular!
A explicação dos crimes foi perfeita! A voz que foi dada a Poirot e a narrativa emocionante de Hastings tornaram a leitura digna para se guardar na memória.
Poirot é de longe o melhor detetive que já tive o prazer de ler. Ao lado de Miss Marple - minha detetive favorita - ambos me proporcionaram os melhores momentos de leitura que um leitor poderia ter.
Agora o jeito é recomeçar tudo de novo porquê Agatha é e sempre será única!
Nota: 5 ★ ♥
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RESENHA:
20/04/2023
O mistério dos sete relógios se passa quatro anos após O Segredo de Chimneys onde também ocorreu um crime.
Quando peguei esse livro para ler - me admirei de ainda não ter lido - não sabia que teria uma parte no mesmo cenário e nem sabia que seria algo do tipo espionagem/sociedade secreta. Confesso que por esse motivo ainda não li O Segredo de Chimneys e nem Passageiro para Frankfurt , pois ambos são de espionagem e não sou fã, mas estou deixando mesmo para quando tiver lido todos livros dela.
Aqui nessa trama, alguns jovens amigos hospedados em Chimneys resolvem fazer uma brincadeira com um deles, Gerry Wade tem fama de dorminhoco e nunca consegue acordar cedo.
Os amigos então colocam 8 despertadores em seu quarto para tocar ao mesmo tempo pela manhã e assim assustar o jovem. Porém, pela manhã após o estardalhaço dos relógios Gerry não acorda e assim que entram em seu quarto notam que ele está morto.
A causa da morte é dada como acidental mas seu melhor amigo não aceita e junto com outras pessoas vão investigar pessoalmente e como são amadores, vão contar com a ajuda do Superintendente Batle.
Eu queria tanto ter amado esse livro, mas não consegui.
São tantos personagens, tanta enrolação e algumas situações exageradas.
Só o fato de se tratar de sociedade secreta e roubo de informações que já não é um assunto que me agrada, e aí sem Poirot e Miss Marple que dão o toque especial, foi uma leitura que só foi rápida por quê o livro é curtinho.
O final foi ótimo, impecável na explicação como sempre e o pai da Bundle, o Lord Caterham é impagável! Trouxe humor para a estória e dei risadas com ele. O melhor personagem do livro :)
Recomendo sim! Sempre recomendo Agatha <3
Nota: 3,5 ★
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Quando Mr. Hastings encontra seu velho conhecido John Cavendish casualmente e aceita seu convite para passar uma temporada na enorme e isolada casa de campo de Styles, não imagina a misteriosa trama que o espera. Mrs. Emily Inglethorp, madrasta de John e Laurence Cavendish, herdou a propriedade de seu marido e tem todo o controle sobre patrimônio da família.
Neste que é o primeiro romance escrito por Agatha Christie, já estão presentes as marcas que a tornarão a maior escritora de suspense de todos os tempos: o mais famoso detetive, as personagens extremamente bem caracterizadas, a trama em que todos são suspeitos e o final estarrecedor, com todas as personagens reunidas – final que foi alterado pelo primeiro editor e aparece restaurado nessa versão.
Comentário:
31/12/2023
Finalizando as leituras do ano com essa releitura maravilhosa. Não farei resenha pois já tem uma aqui no blog mas reitero minha admiração por essa estória e por essa autora incrível.
Amei esse livro assim como na primeira vez que li. Quanto talento da Agatha! Logo em seu primeiro livro, uma das tramas mais mirabolantes com um final delicioso!
Achei excelente a Editora Globo ter colocado os dois finais, aquele que se dá numa sala com todos os suspeitos (e o que virou sua marca registrada) e que o que foi descartado pelo editor na época da publicação e que se passa dentro do tribunal.
Agradecimento especial à irmã da Agatha Christie, que a desafiou a escrever um livro de mistério e fomos presenteados com O Misterioso Caso de Styles.
Nota: 5 ★
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O policial Luke Fitzwilliam retorna à Grã-Bretanha depois de anos servindo no Oriente Médio para uma longa estadia.
Em seu caminho para Londres, ele cruza com uma mulher que afirma ter um serial killer atuando em seu pequeno vilarejo, Wychwood.
De início, Fitzwilliam não acredita nas declarações de Miss Pinkerton, mas, quando recebe a notícia de que sua companheira de viagem foi encontrada morta, decide dar uma chance à investigação.
Então, o corpo de uma quarta vítima aparece, e todas as mortes parecem um acidente.
Mas, como Fitzwilliam descobrirá, em Wychwood, nada é como parece…
RESENHA:
03/11/2022
Não sou de reler livros, prefiro conhecer novas estórias, mas Agatha Christie é uma exceção. Os dela são sempre bem vindos e são raros os que lembro da trama ou do assassino.
Aqui foi assim, não me recordava de nada e foi como estivesse lendo pela primeira vez.
Dei nota máxima da primeira vez e agora também, sigo adorando essa estória.
Mesmo que não tenha Poirot ou Miss Marple, ainda assim foi delicioso de ler. Super ágil e envolvente, uma leitura muito rápida que pode ser feita numa tarde.
Luke está viajando de trem quando ao seu lado senta uma simpática velhinha. No meio do falatório, ela informa à ele que está indo à Scotland Yard para comunicar uma séries de assassinatos e ela sabe quem é o culpado.
Alguns dias depois, Luke descobre através do jornal que a senhora do trem foi atropelada e ainda há outra notícia que o deixa desconfiado. A morte dessa mulher não pode ter sido acidente.
Os crimes acontecem numa cidadezinha cercada por montanhas onde no passado ocorriam atos de bruxaria. Luke então decide viajar até essa cidade com a desculpa de que vai escrever um livro sobre feitiçarias e assim poder fazer perguntas aos moradores.
Com uma pitada de romance, Agatha desenvolveu muito bem a estória chegando num final excelente e bem explicado.
Recomendo (de novo)
Nota: 5 ★
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Publicado originalmente em 1930, este volume com doze histórias se sobressai da obra de Agatha Christie, a Rainha do Crime. A autora criou Harley Quin – seu personagem favorito– inspirado na figura do Arlequim, da commedia dell’arte: uma figura tão fugaz como os sentimentos humanos.
RESENHA:
30/10/2022
Como última leitura do mês escolhi esse livro da Agatha, são 12 contos com uma pegada meio sobrenatural protagonizados pelo Sr. Satterthwaite e o misterioso Sr. Quin.
Em cada um dos contos, um mistério a ser solucionado, muitas vezes algum crime do passado.
Apesar do livro levar o nome do Sr. Quin, quem realmente investiga e participa o tempo todo é o Sr. Satterthwaite. O misterioso Sr. Quin pouco aparece e às vezes apenas para instigar alguma ideia no Sr. Satterthwaite.
Eu não curti esse livro. Achei as estórias fracas e foram resolvidas meio que milagrosamente. Algumas às vezes crimes que não pareciam suspeitos, foram solucionados apenas em conversa de grupo.
Devo ressaltar a escrita da Agatha como sempre impecável. E recomendo sim o livro para quem está acompanhando toda obra da autora. No entanto, não recomendo para quem ainda está começando pois pode desanimar em ler os livros dela.
Nota: 2,5 ★
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RESENHA:
20/05/2022
Miss Marple é presenteada pela sobrinha com duas semanas de férias onde quiser e ela escolhe relembrar sua infância se hospedando no Hotel Bertram, sabendo que o local ainda mantêm as tradições antigas. Ela costumava frequentá-lo com sua tia e tem muitas saudades dessa época.
Quando ela volta para o lugar, todas suas melhores lembranças vem à tona. Os móveis, os muffins, os funcionários.... tudo continua inacreditavelmente igual. O hotel é muito frequentado, principalmente por pessoas mais idosas, saudosas de outro tempo, mas também pessoas com muito dinheiro, já que se hospedar ali não é nada barato.
A trama começa muito lentamente, com algumas situações sutis acontecendo, aparentemente sem ligação ou que seja preocupante. Até que o cônego Pennyfather desaparece misteriosamente.
O cônego havia perdido seu vôo e havia voltado para o hotel, mas ninguém o viu, exceto a Miss Marple.
Quando o detetive Davy começa a investigar seu desaparecimento, outros detalhes começam a chamar a atenção dele, principalmente em relação ao próprio hotel.
Davy faz perguntas a alguns hóspedes mas ninguém tem nada de relevante para informar. No entanto sua conversa com Miss Marple o deixa em alerta. Ela fala pouco pois sabe bem pouco, mas o suficiente para lhe dar novas ideias.
O livro é muito bom! A nota que dei à ele não é comparativo com os livros que li em geral. A comparação é apenas entre os livros da Agatha e esse não é tão bom quanto os outros dela.
Suas tramas são sempre recheadas de assassinatos e precisamos descobrir quem matou, mas aqui a estória toma outro rumo.
Miss Marple quase não aparece, infelizmente. Sua participação fica mais pro final.
Embora não fique entre os favoritos, ainda assim eu recomendo. Agatha é Agatha, né? E até os livros mais fracos dela são melhores que muitos por aí!
Nota: 3,5 ★
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Após a morte do pai, a bela Anne Beddingfield vai para Londres em busca de emoções. Mas a jovem não podia imaginar que logo uma aventura mais empolgante e perigosa do que a dos romances com os quais sonhou durante toda a vida cruzaria seu caminho. Ela assiste à queda fatal de um homem nos trilhos do metrô e, no mesmo dia, uma mulher é estrangulada em condições misteriosas.
Anne percebe que as mortes podem ter ligações e acaba se envolvendo com uma quadrilha de criminosos cruéis, dirigida pelo “coronel”. Outro coronel – este, um militar de verdade – também está envolvido na trama: é Race, alto funcionário do serviço secreto. O homem do terno marrom é uma engenhosa mistura de romance policial e aventura que encanta e prende o leitor até seu desfecho surpreendente.
RESENHA:
27/02/2022
Já li quase todos os livros da Agatha e ficaram sobrando aqueles não tão famosos entre os leitores. Esse por exemplo não é um dos favoritos e por isso não comecei com muita expectativa.
Acontece que curti o livro, ainda que me pareça que o objetivo dele não seja os crimes em si e sim o romance da protagonista.
Depois que o pai de Anne Beddingfield morre - um conhecido antropólogo - a jovem se recusa a aceitar qualquer tipo de trabalho para sobreviver. Fã de tramas policiais envolvendo heroínas, ela anseia por uma aventura como as que sonha.
Quando na estação ela presencia um homem parado assustado, encarando alguém atrás dela e em seguida se joga na linha do trem, Anne vai começar sua própria aventura e isso a colocará em várias situações de risco.
Um homem de terno marrom vai se passar por médico para examinar o cadáver e Anne começa a desconfiar de que ele não era o que dizia. Seguindo pistas ela ainda descobre uma mulher morta num chalé. Agora ela está decidida a viajar para África para descobrir esses crimes e qual ligação entre eles.
É um livro divertido. As situações vividas pela protagonista são muito surreais e improváveis. Toda a trama é recheada de coincidências que achei exagerado até mesmo para um livro de ficção.
Apesar de toda esperteza da mocinha (ela consegue desvendar todo o mistério), as situações de risco em que ela se coloca são no mínimo ridículas e não condizente com seu perfil.
Outra coisa que deixou a desejar aqui foi o romance. A paixão imediata que ela sente por um personagem totalmente grosso, não me agradou. Eu ainda preferiria que a trama fosse apenas voltada para os crimes e não ter esse romance forçado.
Mas tudo bem, ainda assim é um ótimo livro para ler rapidinho que apesar de conter muitas cenas forçadas, foi um bom entretenimento.
Recomendo sim por que Agatha até nos livros "mais fracos", ainda é melhor que muitos por aí!
Nota: 3,5 ★
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Véspera de Natal. A reunião da família Lee é arruinada pelo barulho ensurdecedor de móveis sendo destroçados, seguido de um grito agudo e sofrido. No andar de cima, o tirânico Simeon Lee está morto, numa poça de sangue, com a garganta degolada. Mas quando Hercule Poirot, que está no vilarejo para passar o Natal com um amigo, se oferece para ajudar, depara-se com uma atmosfera não de luto, mas de suspeitas mútuas. Parece que todos tinham suas próprias razões para detestar o velho...
Releitura em 14/12/2021
Atualizando minha resenha após 8 anos!
Uma releitura maravilhosa, como se fosse a primeira vez. Não me recordava nada da estória, apenas a maneira que o crime foi cometido. Não me lembrava do assassino e nem das suas motivações.
A Agatha é a única autora que releio. É sempre um prazer enorme!
Aqui na trama, o patriarca da família é assassinado na véspera do natal. Fora Albert que mora com ele, os outros filhos são afastados do pai mas atendem o pedido do velho e vão todos passar o natal com a família reunida.
Cada um dos filhos teriam motivos para matar o pai? Quais segredos eles escondem?
Uma trama engenhosa, incrível, deliciosa! Sou capaz de apostar que ninguém vai adivinhar um final desses!
Recomendo demais! Leiam, leiam!!
Nota: 5 ★♥
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Neste romance, publicado em 1934, Agatha Christie apresenta dois simpáticos e improváveis detetives em uma de suas aventuras mais eletrizantes.
RESENHA:
25/05/2021
Vamos falar sobre Evans...
Por que esperei tanto pra ler esse livro? Absolutamente genial!
Acho que por não ter Miss Marple ou Poirot, esse foi um livro que fui deixando pra depois e também não sei por quê, sempre imaginei que Evans fosse uma mulher até que comecei a ler o livro e fiquei com dúvidas.
Quando um homem cai de um barranco no campo de golfe, sua última frase que deu título ao livro é confiada ao jovem Bobby, filho do vigário local. Junto com o homem, há uma fotografia de uma bela mulher e nenhum documento.
Dias depois o homem é identificado por parentes e quando Bobby lê o jornal, percebe algo muito diferente do que viu no dia do acidente. Juntando isso a alguns fatos que ele achava irrelevante na época, Bobby e sua amiga Frankie tem certeza que não foi acidente e sim assassinato e pior: o assassino está atrás do jovem.
Graças à mente aguçada da Frankie e seus planos para investigar, os dois amigos vão entrar numa trama repleta de revelações e reviravoltas. Eu amei a Frankie!
O livro tem muita aventura, muita ação e prende sua atenção do começo ao fim. Em nenhum momento Agatha deixa o leitor se sentir entediado.
Eu amei esse livro de uma maneira que não consigo explicar. Li em duas pegadas, apenas por quê era impossível pensar em outra coisa que não fosse esse livro.
É incrível, genial, perfeito!
Eu acertei o culpado mas nem no auge da minha criatividade imaginaria uma trama dessas! Muitos fatos e situações aparentemente sem ligação mas que foi desenrolada de maneira brilhante, sem falhas.
E quando eu fiz a pergunta que não queria calar, eis que Evans é revelado.
Agora vou ver o filme, mesmo sabendo que não vai ter comparação com o livro até por que algumas cenas descritas aqui acredito que não funcionariam muito bem na tela. E aguardar a nova adaptação com Hugh Laurie para 2022.
Agatha é incomparável, ela é perfeita! Leiam Agatha Christie!
Nota: 5 ★ ♥
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RESENHA:
08/09/2020
Morte no Nilo é um dos clássicos de Agatha Christie protagonizado com sucesso por Hercule Poirot.
O detetive está de férias pelo Egito mas como sempre acontece, o crime o persegue onde quer que ele vá. E aqui particularmente, ele já o começa prever desde o início de sua viagem, onde ele encontra um casal em lua de mel que era para estar transbordando felicidade, mas a ex namorada/ex melhor amiga do casal está fazendo o mesmo roteiro.
A princípio o casal ainda tenta acreditar que é uma coincidência, mas conforme a moça aparece em todos os lugares que eles visitam daí então acaba o sossego deles.
Jacqueline está decidida a infernizar a paz do casal, ainda que Poirot muitas vezes a desaconselhe.
Após todos embarcarem no navio por uma viagem de 7 dias pelo Nilo, o crime enfim acaba acontecendo e Poirot vai investigar o caso com a ajuda do coronel Race, que está na viagem por conta de uma outra investigação.
Conforme o detetive avança nas suas buscas, ele descobre que na viagem tem mais pessoas com motivos para matar Linnet do que ele imaginava.
Vou ser bem sincera e dizer que matei a charada logo de cara. Em nenhum momento outra pessoa me passou pela cabeça e se tivesse sido diferente aí sim eu teria ficado surpresa. Teve um ou outro detalhe que Poirot descobre e não revela ao leitor então não tinha como acertar mesmo, mas no final aconteceu como eu previa.
Mas apesar de acertar o culpado, eu amei a estória. Os personagens são bem peculiares, cheio de segredos e outros bem racistas e preconceituosos, o que infelizmente era algo bem comum na época e bem retratado pela autora.
Crimes que acontecem em ambiente fechado, onde o culpado não tem para onde fugir ainda são meus preferidos.
Se você ainda não leu Morte no Nilo, recomendo a leitura o quanto antes. E se você não conhece Agatha Christie, está esperando o quê? :)
Destaque para essa capa maravilhosa onde os cabelos da personagem se fundem com o Nilo. Uma das minhas edições favoritas da vida!
Nota: 5 ★
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