7 de agosto de 2018

As Sobreviventes - Riley Sager



“Ela corria por instinto. Um alerta inconsciente de que precisava continuar, independentemente do que acontecesse.”

Há dez anos, a estudante universitária Quincy Carpenter viajou com seus melhores amigos e retornou sozinha, foi a única sobrevivente de um crime terrível. Num piscar de olhos, ela se viu pertencendo a um grupo do qual ninguém quer fazer parte: um grupo de garotas sobreviventes com histórias similares. Lisa, que perdeu nove amigas esfaqueadas na universidade; Sam, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava; e agora Quincy, que correu sangrando pelos bosques para escapar do homem a quem ela se refere apenas como Ele. As três jovens se esforçam para afastar seus pesadelos, e, com isso, permanecem longe uma da outra; apesar das tentativas da mídia, elas nunca se encontraram.

Um bloqueio na memória de Quincy não permite que ela se lembre dos acontecimentos daquela noite, e por causa disso a jovem seguiu em frente: é uma blogueira culinária de sucesso, tem um namorado amoroso e mantém uma forte amizade com Coop, o policial que salvou sua vida naquela noite. Até que um dia, Lisa, a primeira sobrevivente, é encontrada morta na banheira de sua casa com os pulsos cortados; e Sam, a outra garota, surge na porta de Quincy determinada a fazê-la reviver o passado, o que provocará consequências cada vez mais assustadoras. O que Sam realmente procura na história de vida de Quincy?

Quando novos detalhes sobre a morte de Lisa vem à tona, Quincy percebe que precisa se lembrar do que aconteceu naquela noite traumática se quiser as respostas para as verdades e mentiras de Sam, esquivar-se da polícia e dos repórteres insaciáveis. Mas recuperar a memória pode revelar muito mais do que ela gostaria.

RESENHA:
07/08/2018

Quincy Carpenter é a única sobrevivente de um massacre ocorrido há dez anos atrás quando ela foi passar uns dias num chalé com seus amigos de faculdade. Por conta do trauma ela sofre de amnésia dissociativa, ou seja, ela lembra de ter ido ao chalé mas não tem lembranças do massacre.
Ela foi salva pelo policial Cooper que virou meio que um protetor dela e algumas vezes no ano eles se falam por telefone para saber como ela está.
Paralelo à isso, tem a Samantha e a Lisa, outras duas sobreviventes de massacres. Elas não se conhecem pessoalmente, apenas se reconhecem pois a imprensa as nomeou de Garotas Remanescentes.
Lisa que atualmente é psicóloga infantil, por várias vezes tentou entrar em contato com as outras duas para conhecê-las pessoalmente e eventualmente conversar sobre esse episódio trágico na vida delas. Porém Quincy nunca quis, até mesmo por que ela diz não se lembrar do ocorrido e também por que ela simplesmente não gosta de falar do assunto e prefere ignorar qualquer tipo de abordagem. Já Samantha sumiu completamente e há anos as pessoas não ouvem falar dela.

Quincy leva uma vida normal, cuida de um blog de brownies e pães, mora junto com o namorado e vivem uma relação aparentemente harmoniosa até que um dia ela recebe a visita de Cooper avisando que Lisa, a primeira garota remanescente havia se suicidado.
Esse fato começa desmanchar aquela fachada de perfeição que Quincy havia construído e tudo vai desmoronando quando Sam aparece e se instala na vida dela.
À partir desse momento a estória começa a ganhar forma. Ao mesmo tempo em que a gente vai conhecendo um pouco da vida atual da Quincy e sua relação com Samantha, vamos também nos enchendo de dúvidas quanto ao passado dela que será narrado em terceira pessoa.
Já o presente é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Quincy, o que torna tudo meio duvidoso já que não sabemos até que ponto ela fala a verdade.
A relação da Quincy com a Sam é terrível, senti repulsa do comportamento das duas. Sam é 
manipuladora enquanto Quincy é submissa e influenciável.

É uma trama muito envolvente que vai deixar o leitor cheio de ideias e opiniões. Eu mesma ora desconfiei de um, ora de outro. A narrativa é tranquila à princípio, mas a tensão vai aumentando gradativamente conforme a estória se desenrola.
Os capítulos são curtos, gosto muito quando é assim e alterna entre o passado e o presente. Essas alterações de capítulos nos ajuda a criar um perfil melhor da personagem, ainda que gere ainda mais dúvidas à respeito do seu caráter.
O final para mim não foi surpreendente pois eu desconfiei daquilo devido à uma cena específica do livro, mas nem por isso diminuiu meu prazer pela leitura. Outros pontos consegui identificar também devido à uma atenção mais minuciosa.
Enfim, recomendo muito esse thriller psicológico. Peguei pra ler sem esperar muito da trama por causa de algumas classificações negativas, mas realmente me surpreendi com a leitura.

Nota: 5 

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