16/10/2024
SE ELA NÃO É A CULPADA... ENTÃO QUEM É?
Rowan Caine está desesperada. Na prisão, ela enfrenta todos os dias o terror do que viveu e do que lhe aguarda caso não consiga provar sua inocência. É por isso que decide escrever para o famoso dr. Wrexham, conhecido entre as detentas como o advogado das causas impossíveis.
O problema é que descrever os acontecimentos que levaram à sua prisão não é uma tarefa nada fácil. Rowan tenta explicar tudo o que aconteceu ― desde sua chegada à impressionante Residência Heatherbrae, com o aplicativo que controla as luzes, a geladeira e mesmo as câmeras presentes em cada canto da casa, até as crianças de quem deveria cuidar, muito diferentes da imagem idílica que os patrões de Rowan pintaram durante a contratação.
A cada dia que passa, Rowan se vê mais e mais envolvida na atmosfera sufocante. Sozinha com crianças determinadas a afastá-la, sem ninguém mais com quem contar além do caseiro misterioso, a babá começa a ver e ouvir coisas. Apesar de sua personalidade cética, ela não consegue deixar de se perguntar se os rumores que correm pela vila a respeito de assombrações são verdadeiros…
RESENHA:
04/05/2023
Na trama, Rowan Caine está presa acusada de ter matado uma criança. A polícia não acredita em sua inocência e seu defensor nem quer saber da sua versão dos fatos.
Então ela decide escrever à um outro advogado e pedir que ele a ouça e que faça sua defesa. Como ela demora em ter retorno do mesmo, decide contar sua estória através de cartas e quem sabe assim, o advogado possa pegar seu caso.
Assim começa o livro. A narrativa é toda através de uma única carta ao advogado, contando desde quando ela viu o anúncio de contratação até o dia em que foi presa.
Rowan mal podia acreditar em sua sorte quando conseguiu a vaga de babá. O salário era incrível e o lugar idem.
A princípio ela ficou maravilhada com o luxo e a alta tecnologia da casa, toda controlada por aplicativo de voz. No entanto, assim que os pais das quatro meninas viajam à trabalho e ela fica sozinha apenas com a presença de um faz tudo, ela percebe que a realidade é muito diferente.
As meninas são mal educadas e rebeldes esgotando toda sua energia durante o dia, e à noite, barulhos estranhos vindo do sótão não a deixam dormir direito.
Só que Rowan se recusa a sair do emprego e tão cedo sua vida vai sair completamente dos trilhos.
Vamos lá. Terceira vez que leio algo da autora e definitivamente ela não vai entrar pra minha lista de favoritos.
Essa estória tinha muito potencial para ser um grande suspense, mas o único suspense era a espera de que alguma coisa acontecesse.
A autora leva (sem exageros) os primeiros 80% do livro com descrição de rotinas, birras de crianças e sendo manipulada com maestria por meninas de 14, 8 e 5 anos de idade.
Os que essas meninas fazem com uma mulher vivida é algo risível. Nem vendo tanta coisa errada ela entra em contato com os pais para informá-los, aliás, que pais que viajam no mesmo dia que conhece a babá e deixa as crianças com uma estranha?
Os ruídos noturnos deixou de ser interessante na segunda noite, pois não evolui.
Nos últimos 20% do livro ela corre com a estória, querendo resolver tudo e o final foi decepcionante. Uma pena, pois eu curti quem era o culpado.
Se ela tivesse se ocupado mais em desenvolver os personagens e criar momentos de tensão do que falar incansavelmente da tecnologia da casa, teria sido muito melhor.
Tem uma estória ali por trás da casa que foi muito mal explorada. E algumas situações que foram colocadas na trama mas que não levaram à lugar nenhum.
Percebi que é da autora criar um cenário, encher de enrolação e correr com o final.
Ainda assim, eu gostei mais desse livro do que dos outros dois, pois li muito rápido e me surpreendi com o culpado, mas o mistério em volta dos ruídos foi decepcionante. Faltou tensão e cenas mais criativas, inclusive por causa do título do livro.
Nota: 3,5 ★
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