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29 de maio de 2024

Os Sussurros - Ashley Audrain

 


Na Harlow Street, casais de classe alta e seus filhos se reúnem para um churrasco. O verão está acabando, mas as bebidas continuam até tarde da noite.
Tudo vai bem até que Whitney, a anfitriã perfeita, assusta a todos com uma explosão furiosa com seu filho. Todos na festa ouvem os gritos e, com isso, sua máscara de perfeição se quebra em alto e bom som. Poucos dias depois, o menino cai da janela do quarto no meio da noite. Agora, a mãe está no hospital, sentada ao lado do filho, e se recusa a falar com qualquer pessoa, enquanto a vida dele está em jogo.
Ao longo de três dias tensos, quatro mulheres lidam com o que levou a essa terrível noite. O que acontece a seguir?
Explorando a inveja, as amizades femininas, o desejo e as intuições que silenciamos, Os sussurros é um romance arrepiante que marca Audrain como um grande talento da ficção psicológica.


RESENHA:
29/05/2024

Aqui em Os Sussurros, a trama se desenrola aos poucos através das narrativas de quatro mulheres diferentes, entre o passado e o presente.
Elas são vizinhas, umas mais próximas que outras, cada uma com seus próprios problemas e dilemas.
Uma inveja a outra, de certa maneira. Como esposa perfeita, mãe perfeita, mulher de negócios, mas mal sabem o que se passa dentro da casa de cada uma.
Eu diria que Whitney é a protagonista que mais se destaca por ter esse segredo que envolve a noite em que se filho caiu da janela do quarto. Ela também esconde outros mais sujos e mostra um lado nada perfeito da maternidade. 
Rebecca é a personagem que eu mais sofri e mais torci. À Blair faltava atitude, ela pensava demais e não fazia nada. E Mara eu não sei por quê estava ali. Apesar do seu sofrimento, sua parte na estória foi mal desenvolvida e mal aproveitada, no final não serviu pra nada.
A leitura é fluida e apesar de não ter grandes acontecimentos, você se vê envolvida nas fofocas das mulheres, se o que elas sabem vai mudar alguma coisa ou se algo vai estourar e deixar a trama mais envolvente.
Achei que deixou a desejar quanto à isso e o final foi sem graça. Esperava grandes revelações, que não vieram.
É um bom drama familiar, mas não espere reviravoltas ou surpresas.

Nota: 3,5 ★



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20 de outubro de 2023

Pequenos Segredos - Jennifer Hillier

 


TUDO O QUE É PRECISO PARA MUDAR UMA VIDA É UMA VERDADE ÍNTIMA. 

Quatro minutos. Foi o tempo que um menino de quatro anos levou para desaparecer. Desde então, Marin Machado tem como único foco na vida descobrir o que aconteceu e reencontrar o filho.
Passado o tempo normal da investigação, e o FBI arquivando o caso, ela contrata uma detetive particular. Então Marin descobre que seu marido, Derek, está tendo um caso e que sua amante pode ter informações cruciais sobre o que realmente aconteceu naquele fatídico dia.
E quanto mais descobre sobre a jovem amante do marido ― uma estudante endividada e influenciadora nas redes sociais ―, mais ela se vê diante de revelações de segredos sombrios que precisa esclarecer. Mas nada é tão simples. Sem poder confrontar todas as partes, sem poder confiar em todas as informações que recebe, Marin embarca numa corrida contra o tempo em que a vida do filho pode depender disso.
Prepare-se para mergulhar em uma trama cheia de reviravoltas, na qual o perigo está à espreita em cada página e a busca pela verdade pode ter consequências devastadoras.


RESENHA:
20/10/2023

Marin Machado é dona de uma rede de salões de beleza que atende celebridades, é casada com um homem lindo e igualmente bem sucedido e eles tem um filhinho de 4 anos, Sebastian.
A vida perfeita do casal fica destruída quando na véspera do natal seu filho é sequestrado. As câmeras de segurança mostram o pequeno deixando o local tranquilamente em companhia de um Papai Noel.
Dezesseis meses depois e nenhuma pista de Sebastian. Marian contratou uma detetive particular para encontrar seu filho mas ao invés disso ela descobre que Derek, o marido de Marin, tem uma amante e ela é bem jovem.
Marin não pôde impedir que seu filho sumisse mas vai evitar a qualquer custo que outra mulher tire seu marido dela. E pra isso ela vai tomar medidas extremas.

A trama desse livro é viciante. Você começa a ler e não consegue parar.
A narrativa intercala entre Marin e Mackenzie, a jovem amante. E em ambas a autora soube como prender o leitor.
Em meio à essas traições, o sequestro de Sebastian acaba ficando em segundo plano. Não sabemos nada da criança, nenhuma pista, ele ficaria praticamente esquecido se não fossem algumas lembranças de Marin.
Ela está 100% focada em se livrar da amante do marido e para isso vai contar com a ajuda de seu ex namorado e melhor amigo, Sal.
Ninguém nesse livro presta. Pensa num grupinho de gente mal caráter? Torci por Marin até um certo ponto, depois foi impossível.
Eu não esperava pela reviravolta que o livro teve, só fui perceber algo um pouco antes de tão envolvida que eu estava. Distraída, não notei o que depois parecia evidente.
Gostei muito da estória, achei melhor ainda que o livro anterior. 
Achei o finalzinho meio água de salsicha, mas valeu todo o resto :)
Recomendo o livro!

Nota: 4 ★



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4 de junho de 2023

When You Disappeared - John Marrs

 

Quando Catherine acorda sozinha uma manhã, ela acha que o marido saiu para correr antes do trabalho. Mas Simon nunca chega ao escritório. Seus tênis de corrida estão na porta da frente. Nada está faltando - exceto ele.
Catherine sabe que Simon deve estar com problemas. Ele não a deixaria apenas. Ele não deixaria as crianças.
Mas Simon sabe a verdade - sobre por que ele saiu e o que fez. Ele sabe coisas sobre seu casamento que matariam Catherine se descobrisse. As memórias que ela guarda são mentiras.
Enquanto Catherine enfrenta uma nova realidade sombria em casa, Simon está no meio do mundo, vivo e prosperando. Ele está fazendo o que for preciso para ficar um passo à frente da verdade.
Mas ele não pode se esconder para sempre e quando reaparece vinte e cinco anos depois, Catherine finalmente descobrirá quem ele é.
E gostaria de ter ficado no escuro.

RESENHA:
04/06/2023

Quando Simon sai de casa pela manhã, Catherine acredita que ele foi caminhar como sempre fazia, mas então ela encontra seus tênis fora de casa e descobre que o marido não foi nem trabalhar.
Com o passar dos dias nenhuma pista é encontrada, Simon não deixou nenhum rastro para trás, nem mesmo que possa ter sido assassinado e então não demora muito para que o caso esfrie.
A trama se passa num período de 25 anos entre o desaparecimento de Simon e seu retorno após esse tempo.
A narrativa é intercalada no presente e no passado tanto por Catherine como Simon.
Vamos acompanhando tudo que ele fez nesse tempo que sumiu e Catherine fazendo de tudo para se reerguer após o sumiço do marido.
No presente, Simon aparece na casa que um dia morou e vai contar a Catherine o por quê dele ter desaparecido esse tempo todo - e tudo que ele fez.
A narrativa do passado de ambos eu realmente não achei nada demais. Catherine era apenas rotina e Simon era detestável. Nada poderia justificar suas ações. 
Mas ainda fiquei amarrada na trama para descobrir o quê poderia ter acontecido de tão grave para que ele fizesse tudo o que fez, mas só depois de 80% do livro é que o leitor vai descobrir.

Terminei esse livro chocada com esse final!
Não o considero como suspense, mas sim um drama familiar. Até por quê acompanhamos a vida de ambos o tempo todo e não há mistério até aí.
Quando ele conta o motivo eu logo pensei "não é possível que seja só isso?" mas aí o autor nos coloca dentro de uma estória tão chocante que foi impossível de largar.
Ambos personagens ficam impactados com o que cada um deles vai revelar.
Confesso que seria uma estória nota 3,5 se não fosse por esse final. E por ele valeu todo o resto do livro.

Nota: 4 ★

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8 de outubro de 2022

Se você soubesse - Emily Elgar

 

A vida perfeita... ou a mentira perfeita?

Uma mulher em coma. Um homem que pode salvar a vida dela — se ao menos ele conseguisse falar.
Em Se você soubesse, a jovem e bela Cassie Jensen chega inconsciente ao hospital e a enfermeira Alice Marlowe sente uma conexão inexplicável com ela.
Cassie foi encontrada gravemente ferida em um riacho na beira da estrada, atropelada por um carro misterioso, e logo fica claro que ela guarda um segredo — um segredo que pode mudar tudo. Em pouco tempo, Alice se vê obcecada com o passado e o futuro de sua paciente, disposta a pôr a própria carreira em risco em sua busca obstinada por respostas.
Na mesma ala do hospital, Frank Ashcroft acabou de abrir os olhos após dois meses em coma. Apenas um reflexo, pensam os médicos, mas Alice está convencida de que o paciente percebe e entende o que está acontecendo ao redor.
Frank é a única testemunha das conversas entre as pessoas que visitam Cassie, as quais se comportam como se ele nem estivesse ali. E é assim que Frank reúne as peças do passado de Cassie e percebe que ela ainda está em perigo. Porque alguém próximo a ela seria capaz de qualquer coisa para esconder o que realmente aconteceu naquela noite à beira da estrada...
Conforme a narrativa se alterna entre esses três pontos de vista, o leitor vai chegando cada vez mais perto da verdade sobre quem é Cassie Jensen e por que ela estava no meio da estrada naquela noite fatídica.

RESENHA:
08/10/2022

Se você soubesse é um drama que será narrado por três personagens diferentes.
Alice é enfermeira da ala de pacientes em coma. Ela é extremamente carinhosa e dedicada aos seus pacientes e se apega muito a eles. Ela conta detalhes e segredos de sua vida que não compartilha com mais ninguém, principalmente com Frank. 
Frank está em coma há dois meses e acaba de abrir os olhos. Alice acredita que os pacientes em coma possam ouvir tudo à sua volta e por isso ela sempre tem o cuidado do que falar perto deles.
E ela está certa. Frank consegue ouvir tudo que é dito na ala, principalmente o que falam na cama ao lado. E ele vai descobrir segredos e percebe que a jovem ao seu lado ainda corre perigo.
A jovem é Cassie, recém casada, chegou com trauma após ser atropelada e o responsável fugiu. Agora ela também está em coma e recebe visitas constantes do marido, da sogra e da amiga.
A narrativa dela é no passado até o dia o dia do acidente.

Essas três narrativas não deixam que a leitura fique cansativa. Teremos estórias diferentes de cada um, particularidades de suas vidas e as batalhas de cada um deles.
Alice tem dificuldades de engravidar e precisa lidar com suas perdas mas ainda assim é uma mulher dedicada ao que faz. É ela que vai atrás de saber mais sobre o atropelamento da Cassie, mesmo que isso coloque seu emprego em risco.
É de Frank, sem dúvidas, a narrativa mais triste. Sua condição atual é narrada com detalhes, a tristeza de estar preso num corpo que não responde e a agonia de querer ajudar a Cassie e não poder falar.
Ainda que tenha um mistério envolvendo o atropelamento da Cassie, o livro não é um thriller como foi apresentado. 
Eu gostei da trama mesmo sendo muito previsível, mas acredito que o foco sejam os dramas vividos pelos personagens. 
É um livro que me deixou triste, com uma sensação de aperto no coração.

Nota: 4 ★

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19 de agosto de 2022

O Peso Do Silêncio - Heather Gudenkauf

 


Aconteceu numa quieta manhã de agosto, duas famílias acordam para um pesadelo. Suas filhas sumiram na noite. Calli, com sete anos, é doce, meiga e muda. Petra, sua melhor amiga, sua alma gêmea e sua voz. Agora, estas famílias estão unidas pelo mistério do que aconteceu a suas filhas. E a solução está oculta no silêncio de seus próprios segredos.

RESENHA:
19/08/2022

Em O Peso do Silêncio, duas famílias se encontram no mesmo pesadelo: suas filhas desapareceram antes mesmo do amanhecer do dia.
Callie e Petra tem 7 anos e são amigas. Callie sofre de mutismo seletivo e não fala desde os 4 anos. Sua amiga Petra tem sido sua voz por esse todo esse tempo e é sua maior defensora.
Quando elas desaparecem, os familiares logo procuram a polícia. O assistente de xerife Louis fica encarregado do caso e tem uma ligação muito especial com Antonia, mãe de Callie. Eles foram amigos de infância e namorados, hoje ambos ambos são casados com outras pessoas mas a conexão entre eles ainda é muito forte.
A trama é narrada por vários pontos de vista e cada um deles vai contar sua trajetória. A narrativa da Antonia e do Ben, seu filho mais velho, são as mais tristes e impactantes.
Quanto às meninas, o leitor não fica totalmente no escuro pois iremos acompanhar o que está acontecendo, no entanto seus pais seguem em busca do paradeiro delas e acompanhamos toda suas dores e angústias.

O livro não chega a ser um suspense, está mais para um drama familiar com uma pitada de mistério. 
Achei o final um pouquinho abaixo da trama no geral, mas me
smo assim eu gostei demais da estória, da escrita e do desenvolvimento dos personagens. A leitura é muito rápida e a trama não enrola pois tudo se desenvolve em apenas um dia.
Esse livro estava há muito tempo na minha estante e fico feliz de não ter me decepcionado com a leitura.

Nota: 4 ★

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23 de junho de 2022

A última coisa que ele me falou - Laura Dave


Proteja ela. Essa foi a mensagem que Owen Michaels deixou para a esposa antes de desaparecer. Apesar da confusão e do medo, Hannah Hall sabe exatamente a quem aquelas palavras se referem: Bailey, sua enteada de dezesseis anos, que perdeu a mãe de forma trágica e gostaria de poder ignorar por completo a nova madrasta. 
Em pouco tempo, a situação sai totalmente do controle de Hannah: Owen não atende suas ligações cada vez mais desesperadas, o FBI prende o chefe dele, e agentes federais surgem na sua porta, fazendo-a questionar não apenas por que o marido desapareceu, mas também quem ele realmente é. Mesmo querendo respeitar aquele último pedido, Hannah precisa de respostas. E talvez a enteada seja a chave de todas elas.
Sem saber em quem confiar, Hannah e Bailey partem em uma jornada em busca da verdade. Quando as peças do passado de Owen começam a se encaixar, porém, elas entendem que também estão construindo um novo futuro ― um que nenhuma das duas poderia ter previsto.  

Ao unir mistério e drama familiar, A última coisa que ele me falou envolve o leitor em uma emocionante rede de segredos e mentiras. Uma história impossível de largar, cujo ritmo intenso e cujas reviravoltas impactantes prometem surpresas até os últimos segundos.

RESENHA:
23/06/2022

A última coisa que ele me falou é um drama familiar com uma pitada de mistério. Hannah é uma marceneira talentosa e está há pouco mais de um ano casada com Owen, que trabalha numa start-up de tecnologia.
Uma tarde, o marido não volta para casa e Hannah recebe um bilhete que diz para que ela cuide de Bailey, a filha de 16 anos de Owen.
Bailey não gosta da madrasta e não se esforça para ser simpática e agora Hannah se vê responsável por uma garota que ela mal conhece. Seu marido está desaparecido após ter estourado um escândalo envolvendo a empresa que ele trabalha. A polícia está a procura dele e Hannah não sabe como agir.
Quando um delegado de Austin também bate à sua porta, Hannah começa desconfiar que o desaparecimento de Owen pode estar ligado com algo do seu passado e com a enteada a tira colo, ela parte para Austin para descobrir sobre o passado do marido. E acaba descobrindo mais coisas do que poderia imaginar.

A narrativa é gostosa com capítulos curtinhos então quando comecei, a leitura foi simplesmente fluindo.
A trama melhora depois da metade. Tem algumas situações que achei um pouco forçadas e no final quando a Hannah precisa fazer uma escolha, não gostei do que ela decidiu. Mas isso não interfere na nota pois é apenas minha opinião e não prejudica o livro.
Achei que faltou mais profundidade em alguns personagens, principalmente do Owen pois a narrativa é somente do ponto de vista da Hannah.
No geral é um bom livro, rápido de ler, mas não achei impressionante como a maioria.
Longe de ser um thriller, mas conseguiu me deixar muito curiosa acerca do mistério, fazendo com que eu lesse em um dia apenas.

Nota: 4 ★

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24 de maio de 2022

Eu não sei quem você é - Penny Hancock

 

Jules e Holly são melhores amigas desde os tempos de faculdade. Elas compartilham tudo, desde detalhes do cotidiano até segredos e confissões. Saul, filho de Holly, e Saffie, filha de Jules, cresceram juntos, com apenas três anos de diferença. Quando Saffie faz uma denúncia grave contra Saul, nenhuma das duas amigas está preparada para o impacto devastador que o fato terá na amizade e na vida das suas famílias. 
Em quem você confiaria? Na sua melhor amiga e confidente por décadas? Ou no seu próprio filho? Em quem você deve acreditar quando um acusa o outro de um crime hediondo?  

Eu não sei quem você é parte de uma acusação que coloca em lados opostos os filhos de duas amigas inseparáveis. Para além de descobrir se a verdade está com a vítima ou com o acusado, o que faz o livro ganhar relevo é a maneira como a autora aborda os efeitos que a denúncia provoca na dinâmica entre as personagens e suas famílias. E é na construção de uma delicada rede de desconfianças e tensões que Penny Hancock entrega um romance surpreendente, mergulhando com tudo em um dos temas mais relevantes e espinhosos dos dias de hoje, sem jamais abrir mão de contar uma boa história.

RESENHA:
24/05/2022

Jules e Holly são amigas dos tempos de faculdade. São inseparáveis desde então, confidenciando segredos e problemas, uma madrinha do filho da outra. Uma amizade praticamente impossível de acabar.
Jules é mãe de Saffie, uma garota de 13 anos e Holly é mãe de Saul, de 16 anos.
Quando Holly fica viúva - Saul então com 10 anos - ela se muda para a pequena vila onde Jules vive, assim elas podem ficar mais próximas uma da outra.
Uma noite quando elas saem para comemorar o aniversário de uma amiga em comum, Saul fica na casa de Jules com Saffie. O garoto precisa de internet para terminar suas tarefas e Saffie se recolhe em seu próprio quarto.
Só que dias depois, Saffie confessa à mãe que Saul a estuprou naquela noite mas ela não quer que ninguém saiba, muito menos a polícia. Ela só conta isso para Jules porquê acredita que está grávida. Jules então vai procurar Holly e conta o que o filho da amiga fez, porém Holly se recusa a acreditar que Saul seja capaz disso.
Holly é professora de escrita e também dá seminários sobre consentimento sexual. Ela prega sempre que toda denúncia de estupro deve ser tomada como verdadeira antes de qualquer julgamento, mas agora que seu filho possa ser um agressor, ela não pratica o que prega.
Ela tem certeza que seu filho é inocente e Saffie uma mentirosa, enquanto Jules acredita na filha e acha que Saul é um jovem perturbado. Todo carinho e amor que ambas sentiam pelo filho da outra cai por terra
 depois dessa revelação.

Eu detestei a Holly em boa parte do livro. A recusa dela em questionar o filho simplesmente por que ela acredita na sua inocência era enervante. A necessidade de saber o que aconteceu naquela noite, por que a Saffie faria uma acusação tão grave... Holly ignora todas as questões só pra não perturbar o filho.
Aliás, ambos são mal criados e sem limites. Tomam decisões como se fossem adultos e os pais apenas aceitam.
Eu adorei esse livro! A escrita da autora é muito boa, o livro tem 410 páginas mas li em apenas dois dias. Queria demais saber quem estava mentindo e como tudo iria acabar.
Os capítulos alternam entre a narrativa em primeira pessoa da Holly e em terceira pessoa da Jules. Cada uma das narrativas terminam com um gancho que você não vê a hora de continuar.

Além dos limites da amizade, o livro aborda temas como abuso sexual, estupro e as consequências que esse crime vai trazer para ambas as famílias.
Porém, quem está mentindo? Independente do resultado, nada mais será como antes e resta à todos os envolvidos recolher os cacos e recomeçar.

Recomendo fortemente mas apenas para quem não tem problemas com um livro com essas abordagens.

Nota: 5 ★

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13 de maio de 2022

A Família Perfeita - Lisa Jewell - The Family Upstairs #1

 

Um dos maiores sucessos da literatura de suspense nos últimos anos, A família perfeita chega ao Brasil com trama recheada de reviravoltas perturbadoras.

Logo após seu vigésimo quinto aniversário, Libby Jones chega em casa e encontra a carta que esperou por toda a sua vida. Ao abri-la, a jovem tem apenas uma coisa em mente: enfim vai saber quem ela é. 
Em pouco tempo, Libby descobre não apenas quem são seus pais biológicos, mas também que é a única herdeira de uma mansão abandonada que vale milhões. Tudo na sua vida está prestes a mudar, mas o que ela não sabe é que outras pessoas também estavam aguardando esse dia ― e que seu destino está prestes a colidir com o delas. 
Vinte e cinco anos antes, a polícia foi ao casarão após receber o chamado de que havia um bebê chorando. Quando chegaram, os policiais encontraram uma menininha de dez meses, saudável, balbuciando alegremente em seu berço. Na cozinha, porém, jaziam três cadáveres em decomposição, todos vestidos de preto, ao lado de um bilhete rabiscado às pressas. 
A família perfeita acompanha a história de uma casa com um passado sinistro, em que o leitor vai em busca da verdade por trás de circunstâncias bizarras que se agravam a cada página.

RESENHA:
13/05/2022

Quando comecei a ler "A família perfeita", achava que era um thriller. O prólogo, muito instigante por sinal, me levou a acreditar que seria uma leitura recheada de momentos tensos.
Mas não é. O livro é um drama familiar e quando aceitei esse fato passei a curtir mais a leitura.
A escrita da autora ajudou demais, bem ágil e sem muitos rodeios, ela insere o leitor dentro da casa onde essa família no mínimo disfuncional, vive.
A estória é contada sob três pontos de vista entre o passado e o presente. Libby é uma jovem que acaba de completar 25 anos e recebe de herança uma casa avaliada em milhões de dólares num dos melhores lugares de Londres. Agora mais do que nunca ela quer saber sobre a família que morava ali, seus verdadeiros pais. O que ela sabe é que faziam parte de uma seita e que fizeram um pacto de morte.
Henry, hoje um homem, viveu na casa nos anos 90 e é ele quem conta toda a estória sobre o que ocorreu lá. Desde o momento em que sua mãe abriu a porta para David, sua esposa e dois filhos, e como a chegada dessas pessoas mudou completamente a vida deles.
E Lucy, uma mulher que vive praticamente nas ruas com seus dois filhos pequenos e o cachorro. Ela narra o momento que ela está vivendo e sua luta para resolver questões do passado.
A narrativa é lenta mas não é cansativa, onde cada um vai contando sua parte até o momento em que essas vidas vão se cruzar.
Quanto mais você conhece a dinâmica da família, mais perturbadora a narrativa se torna. E é quase impossível parar de ler.
Não há grandes reviravoltas, nem plots, mas drama familiar é assim. Construído aos poucos para chegar no mínimo num final satisfatório.
Recomendo!

Nota: 4 ★

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4 de março de 2022

Her Silent Husband - Sam Vickery

 

Quando nos casamos anos atrás, você disse que me protegeria. Construímos uma família e uma casa estável e feliz. Você disse que éramos uma equipe. Mas agora estou segurando a mão da minha filha sozinha, enquanto você permanece deitado em sua cama de hospital. Você me deixou para cuidar de nossos filhos sozinha. Eu nunca vou entender o porquê.

No momento em que Beth descobre que seu marido Drew está em coma, todo o seu mundo desaba. Com quatro filhos para cuidar e sua filha de seis anos, Ceci, ainda se recuperando de uma cirurgia cardíaca, ela não consegue imaginar como conseguirá se virar sozinha.
Mas então ela descobre que Drew tentou acabar com sua própria vida. E enquanto ela espera desesperadamente para saber se ele vai acordar, ela deve lutar com a ideia devastadora de que ele pode não querer.
Beth não tem ideia de por que Drew faria isso, mas quando sua irmã Gemma chega ao hospital, ela parece menos surpresa - havia segredos terríveis que Drew vinha escondendo de Beth. Mentiras sobre seu passado e a pessoa que ele realmente é. 

Mentiras que vão mudar tudo que Beth pensava que sabia sobre seu marido e que poderiam destruir sua vida familiar perfeita ...

RESENHA:
04/03/2022

Nesse drama familiar vamos acompanhar a vida de Beth, mãe dedicada que vive 24 horas em função dos 4 filhos. Sua rotina é totalmente voltada para eles, organizando suas tarefas e os levando a todo tipo de atividade extra que ela possa lhes proporcionar. Beth está focada em dar à eles tudo aquilo que ela não teve quando criança.
Ela acredita que sua vida é perfeita até que recebe uma ligação dizendo que seu marido está no hospital. Quando ela vai visitá-lo e vê que ele está em coma, é informada que seu precioso Drew tentou tirar a própria vida.
Arrasada com essa descoberta, ela não consegue lidar com as emoções que a cercam. Como seu marido pôde pensar em deixá-la cuidando sozinha de 4 crianças? O que poderia ter de tão errado na vida perfeita deles que não pudessem resolver?
Inconformada com essa nova situação ela ainda vai precisar lidar com a irmã de Drew, Gemma, que se recusa a sair do lado de sua cama, impedindo que ela tenha um momento sozinha com o marido. As duas nunca se deram bem e agora as rachaduras desse relacionamento começam aumentar.

A trama vai sendo narrada
 por Beth e Gemma em capítulos alternados enquanto Drew continua internado.
Beth segue se lamentando por toda a estória sem tomar alguma atitude. Ela só consegue sentir raiva do marido e o desespero de perder tudo que ela vem conquistando para os filhos.

Já Gemma se sente culpada pela tentativa de suicídio do irmão e não vai facilitar em nada a vida da Beth.
Não gostei de nenhuma das personagens. A narrativa da Gemma me incomodou demais, principalmente seu vício em drogas e Beth cansou com tantas lamúrias.
A motivação de Drew para o que fez só chega no final, que aliás não foi nada que surpreendesse. Achei o livro bem sessão da tarde, com um final novelesco demais.

Nota: 3,5 ★

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26 de janeiro de 2021

O que Alice esqueceu - Liane Moriarty

 


Alice tinha certeza de que era feliz: aos 29 anos, casada com Nick, um marido lindo e amoroso, aguardando o nascimento do primeiro filho rodeada pela linda família formada por sua irmã, a mãe atenciosa e a avó. Mas tudo parece ir por água abaixo quando ela acorda no chão da academia... dez anos depois!  

Enquanto tenta descobrir o que aconteceu nesse período, Alice percebe que se tornou alguém muito diferente: uma pessoa que não tem quase nada em comum com quem ela era na juventude e, pior, de quem ela não gosta nem um pouco.  

Ao retratar a vida doméstica moderna provocando no leitor muitas risadas e surpresas, Liane Moriarty constrói uma narrativa ao mesmo tempo ágil e leve sobre recomeços, o que queremos lembrar e o que nos esforçamos para esquecer.


RESENHA:
26/01/2021

O que Alice esqueceu é o quarto livro da autora que eu leio, que tem uma característica muito particular nas suas narrativas. Toda a construção dos conflitos familiares com um mistério de plano de fundo, marca sua escrita.
Nessa trama o mistério não é tão grande como nos outros livros, assim como os conflitos vivenciados pela protagonista.

Alice sofre uma queda na academia e quando acorda não se lembra de absolutamente nada dos últimos dez anos. A princípio sua maior preocupação é com sua gravidez ainda no começo e por isso tem dificuldades em acreditar que está 10 anos mais velha, com 3 filhos e em fase de divórcio.
O que aconteceu com seu casamento feliz? E como voltar para casa e cuidar de crianças que ela nem conhece?
A leitura fluiu muito bem no início, onde eu devorava as páginas movida pela curiosidade em saber o que se passou na vida da Alice nesses anos todos.
Porém, conforme a trama avançava, percebia que os conflitos da personagem não eram tão interessantes a ponto de me manter presa na leitura como no início.
Uma coisa que me incomodou demais foi as interrupções nas horas mais importantes da estória. Sei que isso é um recurso do autor para despertar a curiosidade mas criado em demasia irrita e foi isso o que aconteceu aqui. Sempre que a Alice tinha alguma dúvida sobre sua vida, as pessoas ou se recusavam a responder ou a resposta não chegava por que alguém interrompia.
Alice perdeu a memória, não se lembra dos filhos, o marido que ela tinha adoração agora a odeia e ela é largada sozinha em casa. Sem ajuda, sem nem mesmo voltar ao médico. Ela continua levando a vida, com suas rotinas no modo automático, como se nada tivesse acontecido.
As crianças parecem adultos conversando, salvo a menorzinha que era uma graça.
A escrita da autora é perfeita, isso é incontestável, mas a estória foi fraca na minha opinião tanto que teremos mais duas narrativas para criar conteúdo. Só o drama de Alice não se sustenta. Quando tudo se revela não há surpresa, não teve nada que impactasse e ainda por cima um epílogo que achei totalmente desnecessário. 
Mas o livro não é ruim. Gosto do modo de escrita dela e a parte do diário da irmã, onde ela é 100% sincera nos seus sentimentos e expõe seus problemas pra mim foi o ponto alto da estória. A irmã sim teve dramas suficientes, muito mais difíceis de lidar que os da própria Alice.

Enfim, todo livro de Liane Moriarty é bem vindo, mas esse não supera "Pequenas grandes Mentiras" e "O segredo do meu marido".

Nota: 3,5 

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27 de dezembro de 2020

Reconstruindo Amelia - Kimberly McCreight

 

Kate Baron, uma bem-sucedida advo­gada, está no meio de uma das reuniões mais importantes de sua carreira quando recebe um telefonema. Sua filha, Amelia, foi suspensa por três dias do Grace Hall, o exclusivo colégio particular onde estuda. Como isso foi acontecer? O que sua sensata e inteligente filha de 15 anos poderia ter feito de errado para merecer a punição? 
Sua incredulidade, no entanto, vai aos poucos se transformando em pavor ao deparar, no caminho para o colégio, com um carro de bombeiros, uma dúzia de policiais e uma ambulância com as luzes desligadas e portas fechadas. 
Amelia está morta. 
Aparentemente incapaz de lidar com a suspensão, a garota subiu no telhado e se jogou. O atraso de Kate para chegar a Grace Hall foi tempo suficiente para o suicídio. Pelo menos essa é a versão do colégio e da polícia. 
Em choque, Kate tenta compreender por que Amelia decidiu pôr fim à própria vida. Por tantos anos, as duas sempre estiveram unidas para enfrentar qualquer problema. Por que aquele ato impulsivo agora? 
Suas convicções sobre a tragédia e a pró­pria filha estão prestes a mudar quan­do, pouco tempo depois do funeral, ela recebe uma mensagem de texto no celular: 
Amelia não pulou. 
Alternando a história de Kate com registros do blog, e-mails e posts no Fa­cebook da filha, Reconstruindo Amelia é um thriller empolgante que vai surpreender o leitor até a última página.

RESENHA:
27/12/2020

Esse livro está há muito tempo na minha estante e finalmente decidi ler, mas quase parei pela metade. Não que estivesse ruim, só não tinha muitos acontecimentos que prendesse minha atenção, mas achei que ainda assim a leitura acabaria valendo a pena e estava certa.

Kate recebe uma ligação do colégio onde sua filha acaba de ser suspensa, o que a deixa mais assustada que brava, já que Amelia sempre foi uma aluna exemplar.
Depois de alguns contratempos ela consegue chegar no colégio, ainda que bem mais tarde que o combinado mas infelizmente sua filha já estava morta. Tudo indica que Amelia tirou a própria vida e esse é o relatório conclusivo da polícia.
Depois de algumas semanas, Kate recebe uma mensagem de um número bloqueado dizendo que sua filha não se matou e ela começa a se questionar por ter aceitado esse desfecho tão facilmente. Amelia jamais se suicidaria.
E é a partir daí que Kate vai começar a investigar e procurar repostas para essa tragédia e em meio a mensagens por celular e emails ela vai descobrir muito sobre a vida da filha, coisas que ela nem imaginava.
A trama vai abordar muito sobre bulling e precisa ter estômago para aguentar tanta maldade vindo de gente com tão pouca idade. As cenas e diálogos são tão bem desenvolvidos que você tem vontade de pegar algumas pessoas e estapear até a mão cansar!
Independente do rumo que a estória toma, você sabe que o desfecho será triste de qualquer maneira. A estória é narrada em dois tempos, no passado pela Amelia, contando os últimos dias até o dia da tragédia e no presente pela mãe dela em busca da verdade.
Apesar do começo ser lento, depois que a estória se desenvolve ela segue no mesmo ritmo até o final.
Eu gostei muito do livro, mas achei que algumas pessoas não tiveram o que mereciam e faltou profundidade na explicação de algumas delas.
Depois de tanta gente ruim reunida, a gente quer mais é que todo mundo pague! Amelia era um menina com todo um futuro brilhante pela frente e sua mãe terá que conviver com sua ausência e com suas próprias culpas.

Nota: 4 ★

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28 de setembro de 2020

The Mother-in-Law - Sally Hepworth

 

Um romance sinuoso e convincente sobre o complicado relacionamento de uma mulher com a sogra que termina em assassinato ... 

A partir do momento em que Lucy conheceu a mãe do marido, Diana, ela foi mantida à distância. Diana era primorosamente educada e propriamente amigável, mas Lucy sabia que ela não era o que Diana imaginava.
Mas quem poderia culpar Diana? Ela era um pilar da comunidade, uma defensora da justiça social que ajudava as mulheres refugiadas a se adaptarem ao seu novo país.
Diana foi casada com Tom e viveu em êxtase por décadas. Lucy queria muito agradar sua nova sogra. 
Isso foi há cinco anos. 
Agora, Diana foi encontrada morta com uma nota de suicídio perto de seu corpo. Diana afirma que não queria mais viver por causa de uma batalha contra o câncer. 
Mas a autópsia não encontra o câncer. A autópsia encontra traços de veneno e asfixia. Quem poderia querer que Diana morresse? Por que sua vontade foi mudada na décima primeira hora para deserdar os dois filhos adultos e seus cônjuges?

Com os segredos de Lucy cada vez mais profundos e seu relacionamento com a sogra se tornando mais complexo com o passar das páginas, este novo romance de Sally Hepworth certamente aumentará sua crescente legião de fãs.

RESENHA:
28/09/2020

Escolhi essa leitura por que pensei que se tratava de thriller psicológico e seria minha última do mês, fechando o #setembropolicial.
No entanto, apesar da sinopse ser bem sugestiva, o livro é um um drama familiar.
Aqui vamos conhecer a vida da Diana, que irá narrar sua estória no passado, já que ela não faz mais parte do presente na trama.
Do outro lado da narrativa - também em primeira pessoa - teremos Lucy, a nora de Diana. Lucy irá narrar seu ponto de vista entre o passado e o presente, após a morte da sogra.
Através dessas narrativas vamos conhecer também os outros membros que compõem a família. Ollie, marido de Lucy; Tom, o sogro; Nettie, a cunhada de Lucy e Patrick, marido de Nettie.
Depois que Diana é encontrada morta supostamente tendo cometido suicídio, a polícia começa investigar os motivos da morte. Ela tinha câncer em fase terminal e teria acabado com a própria vida. Porém a polícia rapidamente descobre que ela não tinha doença nenhuma e seu bilhete de suicídio não foi encontrado ao lado do corpo, e sim numa gaveta.
As suspeitas de que a mulher foi assassinada aumenta quando seu testamento é aberto e ela não deixou nada de sua fortuna para os filhos ou netos.
Por que Diana deixaria a família sem nada, mesmo sabendo o quanto eles precisavam do dinheiro?
Lucy nunca foi aceita pela sogra e se ressentia disso. Seus filhos por motivos diferentes precisavam do dinheiro mais do que nunca e o genro escondia os próprios segredos.

Apesar do mistério que envolve a morte da Diana, a trama vai muito além disso. O crime serve apenas de pano de fundo para os desajustes familiares, seus dramas e mágoas.
O que levou Diana a agir como agiu nós vamos descobrindo ao longo das páginas, intercalando as narrativas em capítulos curtos.
Mesmo não sendo algo que eu esperava, eu gostei muito do livro. Gostei de como foi conduzido até chegar no culpado e seus motivos.
Quem gosta de Liane Moriarty e Diane Chamberlain certamente vai gostar desse livro.
Recomendo sim! O livro saiu somente em inglês e está com um preço bem acessível no Kindle.

Nota: 3,5 ★

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1 de abril de 2019

O Jardim de Cimento - Ian McEwan


Mesclando elementos da tradição gótica inglesa a um enredo sem qualquer tipo de devaneio lírico, o autor constrói uma experiência literária áspera e visceral: após a morte dos pais, quatro crianças encerram-se no minúsculo mundo do lar, entregando-se a todo tipo de sensações e descobertas bizarras. Com o tempo, passam a mimetizar os papéis dos adultos ausentes, criando uma nova estrutura familiar que desaba quando a irmã mais velha leva um estranho ao núcleo fraterno. É só o começo de um inferno existencial para o qual não haverá saída.

RESENHA:
31/03/2019

Esse livro é indigesto e incômodo. Suas poucas páginas são mais que suficientes para causar mal estar e indignação. Após a morte do pai, a mãe (sem personalidade nenhuma) e os quatro filhos vivem ainda por um bom tempo juntos até que ela fique de cama e venha a falecer também. Os filhos, sendo a mais velha com 17 anos, começam a viver sem vigilância e totalmente fora do convívio social. A estória é narrada por Jack, o segundo filho, com sua fascinação pela irmã mais velha, sua falta de higiene e outros hábitos. Li em apenas uma pegada pois fiquei na expectativa de que algo fosse acontecer mas fora o final doentio, foi apenas uma narrativa que só enrolou o leitor. Poucos livros me chocam, mas esse além de tudo foi uma total perca de tempo para mim como leitora.

Nota: 1 ★

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10 de outubro de 2018

Segredos e Mentiras - Diane Chamberlain


Cara Anna, Já comecei esta carta várias vezes e aqui estou, começando-a novamente, sem fazer a mínima ideia de como lhe dizer. A carta não terminada é a única pista que Tara e Emy têm para entender o que levou sua amiga Noelle ao suicídio. As três eram inseparáveis desde a faculdade e tudo a respeito de Noelle – seu trabalho de parteira, a forma como se dedicava apaixonadamente a diversas causas sociais, seu amor pelos amigos e a família – se encaixava na descrição de uma mulher que amava a própria vida.
Só que havia muitas coisas que Tara e Emy desconheciam. Por exemplo, quem é Anna e por que Noelle nunca a mencionara.

Com a descoberta da carta e do terrível segredo que a motivou, as duas começam a desvendar a verdade sobre essa mulher forte, independente e gentil que entrou em suas vidas trazendo amor e compaixão, mas que também pode ser a responsável por muitas tristezas e ilusões.

Com delicadeza e equilíbrio, Diane Chamberlain constrói uma história sensível sobre amizade e relacionamentos e levanta a pergunta: até que ponto você seria capaz de perdoar alguém que ama?

RESENHA:
10/10/2018

Primeiro quero dizer o quanto amei a escrita da autora. Até então eu nunca tinha lido nada dela, mas na ausência de mais lançamentos da Liane Moriarty eu estava carente de livros nesse estilo.
Escolhi pela chamada da capa –  "Uma mentira salvará uma família. A verdade destruirá outra. Qual você escolheria?" – e que livro impressionante!

Emy, Tara e Noelly são amigas da época da faculdade e uma sempre esteve presente na vida da outra.
Enquanto Emy e Tara estão casadas e com filhas, Noelly optou por uma vida sem filhos e solteira, apenas se dedicando à sua paixão: ser parteira como sua mãe.
Mas a vida dessas amigas mudam quando Noelly comete suicídio. Tara e Emy estão inconformadas que a amiga tão querida tenha tirado a própria vida. 
Noelly era saudável, não tinha problemas financeiros e tinha uma mão doente para cuidar, o que poderia ter acontecido na vida dela que a levasse à esse extremo? 
Dispostas à qualquer coisa que explicasse esse desfecho, as duas irão fazer de tudo para descobrir o motivo, já que a amiga não deixou nem um bilhete de despedida.
Quando Emy começa a esvaziar a casa de Noelly, ela encontra escondido em seus documentos uma carta chocante, porém não finalizada para uma tal de Anna. Ela mostra à carta para Tara e as duas começam a investigar a fundo a vida da amiga.
Só que assim que elas começam a cavar a intimidade de Noelly, muitos segredos irão surgir e elas vão perceber que não conheciam a amiga como imaginavam.
A vida delas irão girar em torno das mentiras e mistérios de Noelly e isso mudará a vida delas para sempre.

Os capítulos se alternam entre o presente nas narrativas de Emy e Tara e no passado de Noelly em terceira pessoa.
Mais para frente irão surgir outros narradores que acrescentarão mais fluidez à estória.
É um drama familiar muito envolvente e bem ágil. As primeiras páginas que envolvem o suicídio de Noelly são um pouco mornas mas assim que as amigas começam a investigar, a trama muda e ganha um novo ritmo.
Eu adorei esse livro, me envolvi completamente na vida dessas pessoas, não conseguia parar de ler enquanto não chegasse o final.
Foi uma mistura de sentimentos, raiva, compaixão, ansiedade, tristeza.... adoro quando a autora sabe conduzir uma estória com tantos altos e baixos e manter a atenção do leitor.
Eu super recomendo essa leitura, que não é leve, que deixa a gente com o coração na mão mas mesmo assim impossível largar e absolutamente arrebatadora.

Nota 5  



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