2 de agosto de 2024
Ela que começou - Sian Gilbert
8 de junho de 2023
A Namorada Perfeita - Karen Hamilton
Juliette ama Nate. Ela fará qualquer coisa para ficar com ele. Qualquer sacrifício. Só que Nate terminou com ela tem seis meses. Mas isso é um mero detalhe. A namorada perfeita é o romance de estreia da britânica Karen Hamilton. O livro conta a perturbadora história da jovem Juliette que tem certeza que sua vida deve ser junto de Nate.
Quando peguei pra ler pensei que fosse thriller, daqueles em que a namorada obcecada é capaz de qualquer coisa pra ficar com seu amado. Seria quase isso se não fosse o desenvolvimento da estória.
Nate desfaz o relacionamento com Juliette após alguns meses de namoro mas ela está muito apaixonada por ele e não aceita facilmente. Ela apenas finge que aceita.
Enquanto isso, ela vai estudar para se formar como comissária de bordo para poder ficar mais perto dele, que é piloto de avião.
Durante 7 meses ela observa ele de longe, o segue, acompanha seus itinerários, mas tudo de uma maneira que ele não perceba. E ela permanece assim até o momento que ela considera ideal, já que ela tem um plano para reatar o namoro.
Nisso, temos 70% do livro acompanhando as neuras dela, sua rotina de trabalho, suas saídas com amigas, sem absolutamente nada de interessante acontecendo.
O que ela faz para segurá-lo é no mínimo ridículo. Sem contar que tudo dá certo demais para ela.
Ela é obcecada por Nate e por uma mulher que praticava bulling com ela no colégio interno.
Ela não quer vingança, ela quer que eles gostem dela é isso que estraga o livro.
A única surpresa que tive no livro só aconteceu por quê não li a sinopse da Amazon, senão nem isso teria.
Não me conformo que a autora resolveu terminar o livro daquele jeito e achar que ficou bom!
4 de maio de 2023
A Volta da Chave - Ruth Ware
SE ELA NÃO É A CULPADA... ENTÃO QUEM É?
Rowan Caine está desesperada. Na prisão, ela enfrenta todos os dias o terror do que viveu e do que lhe aguarda caso não consiga provar sua inocência. É por isso que decide escrever para o famoso dr. Wrexham, conhecido entre as detentas como o advogado das causas impossíveis.
O problema é que descrever os acontecimentos que levaram à sua prisão não é uma tarefa nada fácil. Rowan tenta explicar tudo o que aconteceu ― desde sua chegada à impressionante Residência Heatherbrae, com o aplicativo que controla as luzes, a geladeira e mesmo as câmeras presentes em cada canto da casa, até as crianças de quem deveria cuidar, muito diferentes da imagem idílica que os patrões de Rowan pintaram durante a contratação.
A cada dia que passa, Rowan se vê mais e mais envolvida na atmosfera sufocante. Sozinha com crianças determinadas a afastá-la, sem ninguém mais com quem contar além do caseiro misterioso, a babá começa a ver e ouvir coisas. Apesar de sua personalidade cética, ela não consegue deixar de se perguntar se os rumores que correm pela vila a respeito de assombrações são verdadeiros…
RESENHA:
04/05/2023
Na trama, Rowan Caine está presa acusada de ter matado uma criança. A polícia não acredita em sua inocência e seu defensor nem quer saber da sua versão dos fatos.
Então ela decide escrever à um outro advogado e pedir que ele a ouça e que faça sua defesa. Como ela demora em ter retorno do mesmo, decide contar sua estória através de cartas e quem sabe assim, o advogado possa pegar seu caso.
Assim começa o livro. A narrativa é toda através de uma única carta ao advogado, contando desde quando ela viu o anúncio de contratação até o dia em que foi presa.
Rowan mal podia acreditar em sua sorte quando conseguiu a vaga de babá. O salário era incrível e o lugar idem.
A princípio ela ficou maravilhada com o luxo e a alta tecnologia da casa, toda controlada por aplicativo de voz. No entanto, assim que os pais das quatro meninas viajam à trabalho e ela fica sozinha apenas com a presença de um faz tudo, ela percebe que a realidade é muito diferente.
As meninas são mal educadas e rebeldes esgotando toda sua energia durante o dia, e à noite, barulhos estranhos vindo do sótão não a deixam dormir direito.
Só que Rowan se recusa a sair do emprego e tão cedo sua vida vai sair completamente dos trilhos.
Vamos lá. Terceira vez que leio algo da autora e definitivamente ela não vai entrar pra minha lista de favoritos.
Essa estória tinha muito potencial para ser um grande suspense, mas o único suspense era a espera de que alguma coisa acontecesse.
A autora leva (sem exageros) os primeiros 80% do livro com descrição de rotinas, birras de crianças e sendo manipulada com maestria por meninas de 14, 8 e 5 anos de idade.
Os que essas meninas fazem com uma mulher vivida é algo risível. Nem vendo tanta coisa errada ela entra em contato com os pais para informá-los, aliás, que pais que viajam no mesmo dia que conhece a babá e deixa as crianças com uma estranha?
Os ruídos noturnos deixou de ser interessante na segunda noite, pois não evolui.
Nos últimos 20% do livro ela corre com a estória, querendo resolver tudo e o final foi decepcionante. Uma pena, pois eu curti quem era o culpado.
Se ela tivesse se ocupado mais em desenvolver os personagens e criar momentos de tensão do que falar incansavelmente da tecnologia da casa, teria sido muito melhor.
Tem uma estória ali por trás da casa que foi muito mal explorada. E algumas situações que foram colocadas na trama mas que não levaram à lugar nenhum.
Percebi que é da autora criar um cenário, encher de enrolação e correr com o final.
Ainda assim, eu gostei mais desse livro do que dos outros dois, pois li muito rápido e me surpreendi com o culpado, mas o mistério em volta dos ruídos foi decepcionante. Faltou tensão e cenas mais criativas, inclusive por causa do título do livro.
Nota: 3,5 ★
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16 de março de 2022
Você viu a Melody? - Sophie Hannah
Ao chegar ao seu limite após se decepcionar com a família, a britânica Cara Burrows deixa sua casa, o marido e os filhos e foge para um resort cinco estrelas no Arizona, nos Estados Unidos. Ela não sabe bem como vai pagar a conta e escolhe um serviço de aluguel de carros duvidoso, mas, por fim, chega ao hotel tarde da noite, exausta e desesperada. Após o check-in, ela acaba entrando por engano num quarto já ocupado por um homem e uma adolescente.
O que não deveria passar de um equívoco da recepcionista se transforma em um grande mistério quando Cara se dá conta de que a jovem que viu naquele quarto talvez seja alguém que ela jamais poderia ter visto: a vítima de um dos mais famosos crimes do país, Melody Chapa, cujo assassinato, arquitetado pelos próprios pais, os levou à prisão perpétua.
O crime aconteceu muitos anos atrás, e o corpo da criança nunca foi encontrado, mas há rumores recorrentes sobre o avistamento de Melody, inclusive no próprio hotel em que Cara está, o Swallowtail.
Cara não sabe em quem confiar. Tudo o que ela lê (na internet) ou ouve (no hotel) sobre o caso parece contradizer as evidências diante de seus olhos. Ela viu mesmo Melody Chapa? E está preparada para responder a essa pergunta com sinceridade, ainda que isso signifique arriscar a própria vida?
Em mais um thriller psicológico de tirar o fôlego, Sophie Hannah apresenta ao leitor um elenco diverso de personagens — e um mistério na medida para os fãs de Agatha Christie — numa trama extremamente intrigante e desafiadora.
RESENHA:
16/03/2022
Cara Burrows decide sair da sua casa no Reino Unido e viajar para o Arizona por que está chateada com sua família. Ela reserva duas semanas num resort top que provavelmente não tem condições de pagar, só para poder ficar longe dos filhos e do marido.
Logo na primeira noite ela entra em outro quarto por engano que já está ocupado por um homem e uma criança. Assustada ela sai e procura a recepcionista que admite o erro e a coloca num dos melhores quartos do local.
Quando uma senhora de idade começa a falar para todos no resort que viu a Melody, ninguém dá atenção por que aparentemente todo ano ela vê alguém que se parece com a menina. Porém Cara não sabe de quem se trata, já que ela é de outro país e nunca ouviu a história.
Após o assunto ser muito comentado Cara decide pesquisar sobre a Melody e fica chocada quando vê que Melody é quem ela encontrou no quarto errado.
Cara agora fica obcecada em conhecer toda a história envolvendo a menina que foi dada como morta há 7 anos mas seu corpo nunca foi encontrado.
Ok, premissa super interessante, nem pensei duas vezes antes de escolher esse livro. Acontece que a autora enrola já de início por mais de 50 páginas com infinitas descrições do resort e spa. Como detesto isso nos livros, precisei fazer um esforço gigante para não abandonar a leitura.
Quando pensei que a trama iria deslanchar, a autora empaca com uma narrativa cansativa de tantos personagens e mais descrições.
Toda a estória da Melody é contada através das entrevistas que a Cara lê e assiste na internet, ou seja, toda a estória no passado. Já no presente a trama não anda. Todos os personagens são chatos, estúpidos e cansativos.
A polícia não faz nada e os civis interferem em tudo e resolvem o caso! Uma mistura de personagens dando ordens, tomando a frente.... chega a ser cômico.
O final apesar de inesperado para mim, não foi suficiente para mudar minha opinião sobre o livro.
Como um plano tão bem arquitetado pôde ter ido abaixo por causa de uma sequência de erros? Simplesmente não convenceu.
Não digo que o livro é ruim, mas não me entreteve como o esperado. Certamente vai funcionar para outras pessoas :)
Nota: 3.5 ★
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13 de dezembro de 2019
Corpos Ocultos - Caroline Kepnes - You #2
Joe Goldberg viaja para Los Angeles na tentativa de recomeçar. Ele pretende esquecer o que aconteceu em Nova York. Mas um encontro em uma sala escura na Soho House pode fazer tudo mudar.Ela não é como ninguém que ele tenha conhecido antes. Ela ainda não sabe sobre o passado dele. O problema é que os corpos ocultos nem sempre permanecem assim.A aguardada e surpreendente continuação de Você, o livro que deu origem à série de sucesso da Netflix Joe Goldberg já está acostumado a esconder corpos. Nos últimos anos, ele já precisou lidar com quatro deles, todos danos colaterais de sua busca pelo amor. Hoje, Joe quer esquecer seu passado serial killer, mas antes será preciso acertar as contas com Amy Adams. Contratada para trabalhar com ele na livraria, Amy aparentava ter tudo para ser uma boa namorada: sensibilidade, inteligência e sensualidade, dizia detestar as redes sociais, gostar de canetas e páginas de verdade. Mas ela fingiu estar apaixonada para roubar alguns dos valiosos livros raros de Joe. E ele quer se vingar.Para encontrá-la, Joe sai de Nova York e viaja para o oeste, rumo a Los Angeles, a cidade das segundas chances. Na sua busca, Joe faz amigos e tem companhias, como Harvey, o síndico do prédio onde se instala, aspirante a comediante; Calvin, que trabalha com ele num sebo e sonha ser diretor-ator-produtor; Delilah, uma atriz malsucedida que se torna repórter. Adaptado ao estilo de vida de Los Angeles, agora ele se tornou alguém com metas e aspirações, encontra celebridades, navega pelas redes sociais, se interessa em escrever roteiros e, mais importante do que encontrar Amy, o amor por uma nova mulher acontece e o encanta e modifica. Mas será que o suficiente para atenuar seus pensamentos sombrios e livrá-lo de seu instinto assassino? Hipnótico, arrebatador e repleto de reviravoltas, Corpos ocultos é uma leitura viciante, que irá levar o leitor a uma viagem assustadora aos recantos mais íntimos de uma mente obsessiva.
RESENHA:
13/12/2019
Já começo essa resenha justificando minha nota 3,5 (de 5). Não consigo aceitar um final desse, não dá.
Depois de tanta coisa que se passou entre os dois livros, eu realmente esperava um final melhor.
Durante toda a leitura a nota ficou nos 4, gostei da narrativa pelo ponto de vista do Joe, da maneira como ele lida e descreve seus crimes, como sua mente deturpada acha uma justificativa para tudo que ele faz, mas a nota caiu por conta do desfecho.
Não há muito o que comentar sobre a trama em si, pois ela é toda em cima do que o Joe faz, então seria spoiler falar sobre ela. Quem já leu o primeiro livro (e deve antes desse), já sabe como o protagonista age e como ele se comporta.
O que mais irrita, é que tudo dá certo pra ele. Simples assim! Ele tem uma ideia e realiza, assim como no livro anterior. Tudo dá certo para o Joe e depois ficamos aguentando ele se vangloriar dos seus feitos e de suas peripécias como macho.
Os personagens dessa segunda estória são ainda piores que os do primeiro livro. Não consegui ir com a cara de ninguém, e os últimos com quem ele tem contato são os piores.
Acho que esperei mais pelo final do livro do que da estória em si, por que eu já tinha alguma ideia de que ele iria causar muito devido ao título do livro.
É bem tenso em algumas partes, abusado até, mas não consegui achar diferente do primeiro livro.
Recomendo sim a leitura. Leiam e tirem suas impressões ;-)
Agora, só acompanhar a segunda temporada da série para ver como vai se desenrolar.
Nota: 3,5★
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20 de agosto de 2019
O Jogo da Mentira - Ruth Ware
Regra 1: Conte uma mentira
Regra 2: Insista na sua história
Regra 3: Não deixe que descubram
Regra 4: Nunca mintam umas para as outras
Regra 5: Saiba quando parar de mentir
Quatro amigas e um jogo perigoso. Talvez uma delas tenha quebrado uma das regras. Isa Wilde e suas três melhores amigas, Kate, Fatima e Thea, costumavam brincar de o Jogo da Mentira quando eram adolescentes em Salten House, um colégio interno no litoral da Inglaterra. Era um jogo com regras próprias, que girava em torno de inventar histórias perversas sobre professores e outras alunas. Mas a brincadeira teve consequências desastrosas, o período escolar acabou em tragédia e escândalo, e as quatro amigas foram expulsas sob circunstâncias misteriosas envolvendo o desaparecimento do pai de Kate, Ambrose, um excêntrico e querido professor de arte. Quase duas décadas depois, um osso humano é encontrado no mesmo vilarejo litorâneo onde elas estudaram e no qual Kate ainda mora. Na manhã seguinte, Isa, Fatima e Thea, as três outras mulheres do então inseparável quarteto, recebem de Kate o recado que sempre temeram, dizendo apenas: "Preciso de vocês." Reunidas novamente naquele lugar onde viveram momentos inesquecíveis de sua juventude – as escapadas do campus, as belas lições de Ambrose, os encontros furtivos e as tardes passadas nadando no rio Reach –, essas quatro mulheres precisarão lidar com aquela descoberta que pode, literalmente, desenterrar um terrível segredo. Em pouco tempo, torna-se evidente que uma delas quebrou uma regra importante do jogo: Nunca mintam umas para as outras. Intenso, imprevisível e com doses de suspense na medida certa, Ruth Ware constrói mais uma vez uma narrativa instigante em que histórias de vidas são contadas à medida que mistérios são revelados com uma tensão crescente, que prenderá o leitor da primeira à última página.
RESENHA:
20/08/2019
Novamente não foi dessa vez que a autora entrou pra minha lista de favoritos. Assim como A Mulher na Cabine 10, esse livro não me conquistou.
Sabe quando uma pessoa quer te contar uma história curta mas ela enrola, enrola, sai para beber um café, enrola mais um pouco, atende o telefone mas não termina a estória nunca? É o caso desse livro.
A trama é simples: As 4 amigas fizeram algo de muito sério na época do colégio, foram expulsas e nunca mais se viram. Depois de 17 anos elas precisam se reencontrar justamente por conta do passado.
A narrativa é em primeira pessoa pela Isa, que é casada e tem uma bebê de 6 meses. Assim como suas duas outras amigas, elas abandonam tudo para se encontrarem na casa da Kate, lugar que elas passaram a maior parte da juventude.
Depois de enrolar por quase 70 páginas a autora resolve mostrar pro leitor por que reuniu as amigas. Já na metade do livro você percebe que não tem mais muita coisa pra acontecer e aí já pressenti que ia ser uma narrativa de nada com rotina até o final, que aliás não foi surpresa nenhuma e o motivo de toda aquela desgraça foi muito fraquinho na minha opinião.
A Isa é uma mala, mente pro marido, sai de casa ao menor estalar de dedos da Kate - veja bem, uma pessoa que ela não vê há 17 anos - e ainda acha que está certa e que o ruim é o marido, sem contar as situações de risco em que ela coloca sua bebê..
Nada nessa trama me convenceu, nem personagens, nem motivações e muito menos esse laço de amizade que de repente era inseparável.
Não sei se vou ler outro livro da autora, mas certamente não passarei na frente dos outros que desejo tanto ler.
Nota: 3 ★
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14 de abril de 2019
Tudo Que Você Quiser Que Eu Seja - Mindy Mejia
Hattie Hoffman passou os 17 anos de sua vida representando papéis – de boa filha, ótima aluna, namorada ideal. Mas Hattie espera mais do que isso da vida, e o que ela deseja acaba se tornando muito, muito perigoso. Quando a jovem é encontrada brutalmente assassinada, todos da cidadezinha onde vivia ficam estarrecidos com o crime. Logo vem à tona que Hattie estava envolvida num relacionamento com potencial explosivo. A questão é: alguém mais sabia disso? Será que o namorado de Hattie seria capaz de cometer um crime, se soubesse da traição? Ou será que o comportamento impulsivo da jovem a colocou no lugar errado, na hora errada? Com uma trama repleta de reviravoltas, Tudo que você quiser que eu seja desafia o leitor a reconhecer o tênue limite entre inocência e culpa, identidade e decepção. E fica a questão: o amor leva ao autoconhecimento ou à destruição?
RESENHA:
14/04/2019
Tudo que você quiser que eu seja vai contar a estória de Hattie Hoffman, uma jovem de 17 anos que não se encaixa na cidadezinha que vive.
O título do livro é justamente sobre Hattie ser aquilo que as pessoas esperam dela e não o que ela realmente gostaria de ser. Ela é boa filha, ótima aluna, amiga dedicada e conselheira. Sempre fala aquilo que o outro gostaria de ouvir.
O sonho dela é ser atriz e viver em Nova Iorque, por isso seu objetivo é terminar o segundo grau e ir embora dali. Acontece que nesse meio tempo ela se apaixona perdidamente por alguém mais velho e agora que está diante de um amor impossível vai precisar representar um outro papel: a de namorada perfeita.
A trama será contada em primeira pessoa sob três pontos de vista. Da própria Hattie no passado, Del que é o xerife da cidade e grande amigo do pai de Hattie e por fim de Peter, o professor de literatura.
O crime em si não vai ser muito difícil de ser desvendado, porém a estória fica por conta dessas narrativas paralelas à investigação.
A narrativa é ágil e ainda mais interessante quando contada por Hattie. Será que ela é mesmo manipuladora ou apenas uma jovem sonhadora desanimada com o cenário que vive?
Os personagens são bem construídos mas a autora não se preocupa em se aprofundar muito neles, o suficiente para que o leitor consiga vê-los encaixado na trama.
Eu gostei muito da estória, o culpado não foi quem eu esperava apesar de não ser uma supresa total, porém a maneira que a autora conduziu essa reviravolta foi bem interessante.
Mais uma autora de thrillers psicológicos que entra pra lista. Fico muito feliz em descobrí-las e na expectativa de saber que teremos muitas outras estórias ainda a serem escritas.
Recomendo!
Nota: 4 ★
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18 de junho de 2018
A Mulher Na Cabine 10 - Ruth Ware
Aclamado pela crítica e há mais de 30 semanas na lista dos mais vendidos do The New York Times, A mulher na cabine 10 estabelece de vez Ruth Ware como um dos grandes nomes do suspense contemporâneo, na melhor tradição de Agatha Christie. No livro, uma jornalista de turismo tenta se recuperar de um trauma quando é convidada para cobrir a viagem inaugural de um luxuoso navio. Mas, o que parecia a oportunidade perfeita para se esquecer dos recentes acontecimentos acaba se tornando um pesadelo quando, numa noite durante o cruzeiro, ela vê um corpo sendo jogado ao mar da cabine vizinha à sua. E o pior: os registros do navio mostram que ninguém se hospedara ao seu lado e que a lista de passageiros está completa. Abalada emocionalmente e desacreditada por todos, Lo Blacklock precisa encarar a possibilidade de que talvez tenha cometido um terrível engano. Ou encontrar qualquer prova de que foi testemunha de um crime e de que há um assassino entre as cabines e salões luxuosos e os passageiros indiferentes do Aurora Boreal.
RESENHA:
18/06/2018
Absolutamente previsível!
Minha opinião: A mulher na cabine 10 é mais um thriller superestimado com um marketing gigantesco em cima.A comparação com o estilo Agatha Christie não poderia ser mais equivocada. Não há nada que lembre a escrita da Dama e acho até injusta essa comparação, já que elas têm estilos bem diferentes de escrita.
Lo é convidada à substituir sua chefe na viagem inaugural de um navio de luxo de pequeno porte, apenas para algumas dezenas de convidados. Essa é a grande chance de mostrar sua capacidade como jornalista, mas logo na primeira noite ela acorda com um grito e o barulho de algo pesado sendo lançado ao mar e quando ela vê a mancha de sangue no parapeito logo tem certeza de que é um corpo.Ela deduz que se trata da ocupante da cabine ao lado da sua, com quem ela teve um breve encontro.Quando ela comunica o fato à tripulação ninguém dá muita atenção, já que ela havia consumido muito álcool na noite anterior e ainda por cima faz uso de comprimidos.Esse é mais um livro nos moldes de A Garota no Trem e A Mulher na Janela que têm protagonistas desacreditadas devido ao alcoolismo.
Nada contra detetives leigos, adoro a maneira como eles se viram e não tenho preferência pelos famosos e renomados, porém a protagonista só deu tiro no pé. Não sabia a hora de ficar quieta e não soube fazer uma investigação mais discreta.Ela bebe demais, não tem credibilidade nenhuma, é antipática, está sempre de mal humor, com dor de cabeça ou as duas coisas ao mesmo tempo.Até aí tudo bem também porque já amei estórias em que a protagonista era insuportável, mas passado o momento do suposto crime começou uma narrativa extremamente cansativa, já que os pensamentos dela eram sempre os mesmos! A falta de novidades e descobertas causou isso, ela remoía o mesmo assunto por capítulos seguidos mesclados com seu mau humor e falta de tato. E por passar a maior parte do tempo sozinha as situações eram repetitivas e a ausência de diálogos contribuiu para a leitura não fluir.Também não consegui me familiarizar com nenhum dos outros personagens, me perdia a toda hora em saber quem era quem e não conseguia vê-los como possíveis suspeitos pois foram pouco explorados.Fora que achei muito previsível. Desde o começo eu sabia do que se tratava a mulher da cabine 10 e não me enganei.
Enfim, o livro não é de todo ruim pois os últimos momentos ganhou um ritmo eletrizante que me fez acelerar a leitura e finalizar.
Acredito que irá surpreender os leitores não tão acostumados com o gênero e repito que não é um livro ruim, mas faltou investigação e surpresas.
Nota: 3,5 ★
14 de março de 2018
Você - Caroline Kepnes - You#1
Bestseller do The New York Times, o romance de estreia de Caroline Kepnes ganhou elogios de escritores do calibre de Stephen King e Sophie Hannah, além de resenhas estreladas, e deu origem a uma série de TV homônima que estreia neste primeiro semestre nos EUA. Não é para menos. Hipnótico, assustador, brilhante são alguns dos adjetivos usados para descrever este thriller sobre um amor obsessivo e suas perigosas consequências.
A trama tem início quando Guinevere Beck, que deseja ser escritora, entra na livraria do East Village onde Joe Goldberg trabalha. Bonita, inteligente e sexy, Beck ainda não sabe, mas é a mulher perfeita para Joe, que, a partir do nome impresso no cartão de crédito de sua cliente, passa a vasculhar sua vida na internet e a orquestrar uma série de eventos para garantir que ela caia em seus braços, fazendo com que tudo pareça obra do acaso. À medida que o romance entre os dois engrena, porém, o leitor descobre que Beck também guarda certos segredos e os desdobramentos desse relacionamento mutuamente obsessivo podem ser mortais.
RESENHA:
14/03/2018
O que me fez antecipar essa leitura foi justamente o fato dela virar uma série e eu como boa viciada que sou, precisei ler o livro antes de assistir.
Através da narrativa em primeira pessoa de Joe, vamos acompanhar a estória da obsessão dele por Beck e seus pensamentos mais doentios.
Apesar de ser uma narrativa sem muitas reviravoltas não se torna cansativa, mesmo se desenvolvendo de forma mais lenta já que o personagem ainda precisa se aproximar da sua vítima.
Joe é paciente, demais. Ele espera sempre o momento certo de agir, mesmo que por dentro ele esteja fervilhando de ódio e ansiedade.
Ele é completamento louco e obstinado. Uma combinação terrível para quem ousar se meter em seu caminho e atrapalhar seus objetivos e é capaz de qualquer coisa para ter Beck só pra si.
Seu linguajar na narrativa é chulo e vulgar e isso chegou me incomodar algumas vezes (é mais uma opinião particular minha).
Possui duas personalidades bem distintas: Na frente das pessoas é o bom moço, o namorado perfeito, mas sozinho com seus pensamentos é um doente perigoso.
Beck não é uma personagem que me despertou sentimentos de empatia. É mimada, vazia, fútil e sem personalidade nenhuma.
Da mesma maneira que Joe usa de artifícios para se aproximar dela, ela usa Joe de acordo com suas vontades.
A trama é bem interessante e prende a atenção do leitor, porém acho que autora deveria ter explorado mais a tensão psicológica, sendo que muitas vezes ficou mais na expectativa, mais no dia a dia dos personagens.
Também um ponto negativo é que Joe agia sem muito planejamento e nem assim deixava pistas de seus atos, saindo ileso das situações. Quem lê bastante livros desse gênero sabe que não é bem assim que as coisas funcionam.
O final foi totalmente sem surpresas, aliás era exatamente aquilo que eu esperava que acontecesse. A autora meio que deu pistas óbvias que seria daquele jeito.
Foi uma boa leitura, nada surpreendente, mas acredito que a autora tenha potencial para criar outras estórias e tenho bastante interesse em acompanhar.
Nota: 3,5 ★