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6 de novembro de 2018

Não Olhe Para Trás - J. Lynn


Samantha é uma jovem de 17 anos rica e popular que, depois de passar quatro dias desaparecida, retorna ferida e desmemoriada. A nova Samantha não se reconhece no retrato de menina má e mimada que todos à sua volta começam a pintar. E logo descobrirá que foi a última a ver Cassie, a garota com quem mantinha uma relação confusa de amizade e rivalidade e que desapareceu no mesmo dia que ela. O que aconteceu na noite fatídica em que as duas sumiram? E por que Samantha foi a única a reaparecer? Não olhe para trás é um daqueles suspenses que só paramos de ler para tentar nos antecipar à autora e descobrir qual é o mistério.

RESENHA:
06/11/2018

Para não perder o costume, mais um livro que não estava na minha meta de leitura mas que passei na frente dos outros pela premissa misteriosa e interessante.

A estória já começa com Samantha sendo resgatada caminhando pelas ruas, sem rumo e sem memória.
Com um início desses, as 440 páginas desse livro não assustou e li em apenas 2 dias. A autora é bem direta na narrativa, sem perder tempo com descrições desnecessárias.
Sam estava desaparecida há 4 dias quando foi encontrada por um policial. Ela não se lembra nem mesmo do seu nome e quando sua família vai encontrá-la no hospital, ela sequer se lembra deles.
Tudo pra ela é estranho,  nomes, rostos, história. Nem mesmo que tinha uma melhor amiga chamada Cassie e que também desapareceu na mesma noite.
Após alguns dias Sam volta à rotina de colégio, amigos, namorado e tudo é muito confuso para ela. As estórias que ela ouve à seu respeito a deixam chocada. Ela acaba descobrindo que é uma pessoa detestável, que pratica bulling, fútil e anda com pessoas tão escrotas como ela.
Agora, se sentindo uma pessoa completamente diferente, ela vai se redescobrir ao mesmo tempo em que precisa se lembrar do que aconteceu naquela noite trágica.
Onde está Cassie? Ela está só desaparecida ou está morta? Se sim, quem poderia tê-la matado e o mais chocante: Teria ela mesmo matado a amiga?
Com o passar dos dias ela vai ter alguns lapsos de memória, descobrir mentiras e também desconfiar de pessoas muito próximas à ela.

Eu adorei esse livro. Não gosto de Young Adult de jeito nenhum, mas se for thriller aí é outra coisa!
Aqui vamos criando teorias e desconfiando de todo mundo e conforme a estória se desenrola, vai dando aquele friozinho na barriga pra saber quem é culpado e sentimos a angústia da personagem em tentar desvendar os mistérios que a cerca.
Quanto ao culpado eu desconfiei por causa de um diálogo específico. Porém, a autora nos leva por vários caminhos e mesmo quando quer nos distrair, deixa uns 'pontinhos' que te levam ao culpado.
Fui ficando cada vez mais ansiosa e com medo da autora criar um final decepcionante, mas felizmente ela finalizou muito bem a trama.
Adorei a escrita, a construção dos personagens e a estória como um todo. Super recomendo essa leitura!

Nota: 5 ★

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21 de agosto de 2018

A Garota Perfeita - Mary Kubica



Mia, uma professora de arte de 25 anos, é filha do proeminente juiz James Dennett de Chicago. Quando ela resolve passar a noite com o desconhecido Colin Thatcher, após levar mais um bolo do seu namorado, uma sucessão de fatos transformam completamente sua vida.
Colin, o homem que conhece num bar, a sequestra e a confina numa isolada cabana, em meio a uma gelada fazenda em Minnesota. Mas, curiosamente, não manda nenhum pedido de resgate à familia da garota. O obstinado detetive Gabe Hoffman é convocado para tocar as investigações sobre o paradeiro de Mia. Encontrá-la vira a sua obsessão e ele não mede esforços para isso.
Quando a encontra, porém, a professora esté em choque e não consegue se lembrar de nada, nem como foi parar no seu gélido cativeiro, nem porque foi sequestrada ou mesmo quem foi o mandante. Conseguirá ela recobrar a memória e denunciar o verdadeiro vilão desta história?

RESENHA:
21/08/2018

Fiquei em dúvidas quanto a nota que daria à esse livro, pois o começo foi de uma narrativa arrastada, o desenrolar sem surpresas e o final já era o esperado, mas apesar de tudo isso eu gostei muito da escrita dessa autora e as divisões de capítulos colaborou para que a estória não ficasse cansativa.

Os capítulos são divididos em ANTES E DEPOIS – do sequestro  e além disso se alternam entre as narrativas em primeira pessoa de Colin (sequestrador), Eve (mãe) e Gabe (detetive).
A estória começa quando Mia some sem deixar vestígios. O detetive Gabe não vai medir esforços para encontrá-la e ao mesmo tempo tenta consolar a mãe. Ali começa a nascer uma amizade e cumplicidade entre os dois, já que o pai se mostra indiferente à tudo e vê o desaparecimento da filha como um ato inconsequente.
A situação vivida pela mãe é algo muito tocante na trama. Toda sua angústia, seus medos e sua impotência por não poder fazer nada, junto com lembranças da infância e consequentemente o remorso de que poderia ter sido uma mãe melhor, tudo isso me passou uma sensação de tristeza muito grande, mas também de reflexões.

As narrativas de antes e depois dos personagens foi criando um mistério muito grande para saber o que aconteceu, já que no presente sabemos que Mia está em casa sã e salva, mas não sabemos como aconteceu e nem onde está Colin.
No presente Mia sofre de amnésia dissociativa e portanto não se lembra do tempo que ficou na cabana (me lembrou As Sobreviventes). Suas lembranças, junto com a revelação do resgate, se darão ao mesmo tempo mas nada que tenha me surpreendido.
Tudo isso já era esperado por que durante a leitura a trama vai dando sinais de que caminha para aquele fim. 
A supresa mesmo chega no epílogo, quando a autora tira o leitor da zona de conforto que ela criou. Achei que foi uma boa sacada e que serviu para diferenciar o livro de um outro qualquer do gênero.
Isso, mais a narrativa de capítulos curtos que se alternam entre o passado e o presente me fizeram dar 4 estrelinhas pra esse livro.
No mais, para mim está mais para um thriller dramático que psicológico/policial, principalmente quando se trata da narrativa de um personagem em questão.
Recomendo sim, mas não espere grandes emoções.

Nota: 4 ★







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7 de agosto de 2018

As Sobreviventes - Riley Sager



“Ela corria por instinto. Um alerta inconsciente de que precisava continuar, independentemente do que acontecesse.”

Há dez anos, a estudante universitária Quincy Carpenter viajou com seus melhores amigos e retornou sozinha, foi a única sobrevivente de um crime terrível. Num piscar de olhos, ela se viu pertencendo a um grupo do qual ninguém quer fazer parte: um grupo de garotas sobreviventes com histórias similares. Lisa, que perdeu nove amigas esfaqueadas na universidade; Sam, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava; e agora Quincy, que correu sangrando pelos bosques para escapar do homem a quem ela se refere apenas como Ele. As três jovens se esforçam para afastar seus pesadelos, e, com isso, permanecem longe uma da outra; apesar das tentativas da mídia, elas nunca se encontraram.

Um bloqueio na memória de Quincy não permite que ela se lembre dos acontecimentos daquela noite, e por causa disso a jovem seguiu em frente: é uma blogueira culinária de sucesso, tem um namorado amoroso e mantém uma forte amizade com Coop, o policial que salvou sua vida naquela noite. Até que um dia, Lisa, a primeira sobrevivente, é encontrada morta na banheira de sua casa com os pulsos cortados; e Sam, a outra garota, surge na porta de Quincy determinada a fazê-la reviver o passado, o que provocará consequências cada vez mais assustadoras. O que Sam realmente procura na história de vida de Quincy?

Quando novos detalhes sobre a morte de Lisa vem à tona, Quincy percebe que precisa se lembrar do que aconteceu naquela noite traumática se quiser as respostas para as verdades e mentiras de Sam, esquivar-se da polícia e dos repórteres insaciáveis. Mas recuperar a memória pode revelar muito mais do que ela gostaria.

RESENHA:
07/08/2018

Quincy Carpenter é a única sobrevivente de um massacre ocorrido há dez anos atrás quando ela foi passar uns dias num chalé com seus amigos de faculdade. Por conta do trauma ela sofre de amnésia dissociativa, ou seja, ela lembra de ter ido ao chalé mas não tem lembranças do massacre.
Ela foi salva pelo policial Cooper que virou meio que um protetor dela e algumas vezes no ano eles se falam por telefone para saber como ela está.
Paralelo à isso, tem a Samantha e a Lisa, outras duas sobreviventes de massacres. Elas não se conhecem pessoalmente, apenas se reconhecem pois a imprensa as nomeou de Garotas Remanescentes.
Lisa que atualmente é psicóloga infantil, por várias vezes tentou entrar em contato com as outras duas para conhecê-las pessoalmente e eventualmente conversar sobre esse episódio trágico na vida delas. Porém Quincy nunca quis, até mesmo por que ela diz não se lembrar do ocorrido e também por que ela simplesmente não gosta de falar do assunto e prefere ignorar qualquer tipo de abordagem. Já Samantha sumiu completamente e há anos as pessoas não ouvem falar dela.

Quincy leva uma vida normal, cuida de um blog de brownies e pães, mora junto com o namorado e vivem uma relação aparentemente harmoniosa até que um dia ela recebe a visita de Cooper avisando que Lisa, a primeira garota remanescente havia se suicidado.
Esse fato começa desmanchar aquela fachada de perfeição que Quincy havia construído e tudo vai desmoronando quando Sam aparece e se instala na vida dela.
À partir desse momento a estória começa a ganhar forma. Ao mesmo tempo em que a gente vai conhecendo um pouco da vida atual da Quincy e sua relação com Samantha, vamos também nos enchendo de dúvidas quanto ao passado dela que será narrado em terceira pessoa.
Já o presente é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Quincy, o que torna tudo meio duvidoso já que não sabemos até que ponto ela fala a verdade.
A relação da Quincy com a Sam é terrível, senti repulsa do comportamento das duas. Sam é 
manipuladora enquanto Quincy é submissa e influenciável.

É uma trama muito envolvente que vai deixar o leitor cheio de ideias e opiniões. Eu mesma ora desconfiei de um, ora de outro. A narrativa é tranquila à princípio, mas a tensão vai aumentando gradativamente conforme a estória se desenrola.
Os capítulos são curtos, gosto muito quando é assim e alterna entre o passado e o presente. Essas alterações de capítulos nos ajuda a criar um perfil melhor da personagem, ainda que gere ainda mais dúvidas à respeito do seu caráter.
O final para mim não foi surpreendente pois eu desconfiei daquilo devido à uma cena específica do livro, mas nem por isso diminuiu meu prazer pela leitura. Outros pontos consegui identificar também devido à uma atenção mais minuciosa.
Enfim, recomendo muito esse thriller psicológico. Peguei pra ler sem esperar muito da trama por causa de algumas classificações negativas, mas realmente me surpreendi com a leitura.

Nota: 5 

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