Suzane Louise von Richthofen é uma lenda do mundo do crime. Em 30 de outubro de 2002, ela abriu a porta de casa para guiar os matadores dos seus pais. Enquanto dormiam, Manfred e Marísia morreram com dezenas de pauladas, desferidas pelo namorado de Suzane e pelo irmão dele, Daniel e Cristian Cravinhos. O crime abalou o país. Pela monstruosidade, a assassina recebeu dois vereditos: o primeiro saiu do Tribunal do Júri em 2006, quando foi condenada a 39 anos de cadeia. A segunda sentença foi proferida pelo Tribunal do Crime, existente dentro das penitenciárias. A comunidade prisional não perdoa pedófilos, estupradores, nem filhos que matam os pais. A menina rica, branca e de cabelos loiros foi condenada. As mulheres sanguinárias do PCC receberam a missão de matá-la dentro da Penitenciária Feminina da Capital, ainda nos anos 2000. Esperta, extremamente manipuladora, Suzane sobreviveu. Este livro esquadrinha o caminho que a criminosa trilhou desde que foi presa pela primeira vez até o momento em que começou a sair da prisão. Para detalhar a vida da assassina, o repórter Ullisses Campbell realizou dezenas de entrevistas e mergulhou nos emaranhados universos do Direito Penal e da Psicologia Forense. A obra mostra uma Suzane que deseja se casar no religioso, virar pastora evangélica e que nutre um sonho agora revelado.
RESENHA:
31/07/2023
31/07/2023
Ullisses Campbell é um jornalista brasileiro e autor de livros biográficos sobre Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Flordelis.
Nesse primeiro livro da trilogia Mulheres Assassinas ele nos apresenta muito mais de Suzane do que vimos até então pela tv.
Aqui vamos acompanhar toda a tragetória de Suzane desde sua criação, a dinâmica familiar, seu primeiro encontro com Daniel até os dias atuais, agora noiva e esperando sair da prisão para poder se casar.
Além de tudo que já sabemos, como ela planejou e executou o crime, conhecemos um pouco da sua vida dentro das cadeias por onde ela passou, as amizades que ela fez, amores e desavenças. Claro que em se tratando dela, é óbvio que tudo não passa de manipulação tanto para conseguir o que quer das pessoas que ela se aproxima, como na maneira que tenta sabotar o teste psicológico que daria sua liberdade.
Apesar de não ser diagnosticada como psicopata, Suzane até hoje não conseguiu passar no teste para voltar viver em sociedade, tanto que chegou a rejeitar novas avaliações.
O livro é muito bem escrito, é bem explicado e quanto mais você lê, mais quer saber.
O autor também conta outros casos tão chocantes ou mais, sobre alguns detentos que se envolveram com o trio de assassinos.
Eu já li um outro livro sobre Suzane escrito pela Ilana Casoy que acompanhou de perto todo o desenrolar do crime e também recomendo para quem quer saber mais sobre a parte investigativa do caso.
Nesse livro o autor aborda mais o psicológico dos envolvidos e para isso ele leu e entrevistou dezenas de profissionais de psicologia forense e direito penal.
Para mim não há dúvidas que Suzane é uma mulher perigosa que é capaz de qualquer coisa para ter aquilo que deseja. E não importa quem estiver em seu caminho.
Recomendo de olhos fechados para quem gosta de true crime.
Nota: 5 ★
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