Aclamado pela crítica e há mais de 30 semanas na lista dos mais vendidos do The New York Times, A mulher na cabine 10 estabelece de vez Ruth Ware como um dos grandes nomes do suspense contemporâneo, na melhor tradição de Agatha Christie. No livro, uma jornalista de turismo tenta se recuperar de um trauma quando é convidada para cobrir a viagem inaugural de um luxuoso navio. Mas, o que parecia a oportunidade perfeita para se esquecer dos recentes acontecimentos acaba se tornando um pesadelo quando, numa noite durante o cruzeiro, ela vê um corpo sendo jogado ao mar da cabine vizinha à sua. E o pior: os registros do navio mostram que ninguém se hospedara ao seu lado e que a lista de passageiros está completa. Abalada emocionalmente e desacreditada por todos, Lo Blacklock precisa encarar a possibilidade de que talvez tenha cometido um terrível engano. Ou encontrar qualquer prova de que foi testemunha de um crime e de que há um assassino entre as cabines e salões luxuosos e os passageiros indiferentes do Aurora Boreal.
RESENHA:
18/06/2018
Absolutamente previsível!
Minha opinião: A mulher na cabine 10 é mais um thriller superestimado com um marketing gigantesco em cima.A comparação com o estilo Agatha Christie não poderia ser mais equivocada. Não há nada que lembre a escrita da Dama e acho até injusta essa comparação, já que elas têm estilos bem diferentes de escrita.
Lo é convidada à substituir sua chefe na viagem inaugural de um navio de luxo de pequeno porte, apenas para algumas dezenas de convidados. Essa é a grande chance de mostrar sua capacidade como jornalista, mas logo na primeira noite ela acorda com um grito e o barulho de algo pesado sendo lançado ao mar e quando ela vê a mancha de sangue no parapeito logo tem certeza de que é um corpo.Ela deduz que se trata da ocupante da cabine ao lado da sua, com quem ela teve um breve encontro.Quando ela comunica o fato à tripulação ninguém dá muita atenção, já que ela havia consumido muito álcool na noite anterior e ainda por cima faz uso de comprimidos.Esse é mais um livro nos moldes de A Garota no Trem e A Mulher na Janela que têm protagonistas desacreditadas devido ao alcoolismo.
Nada contra detetives leigos, adoro a maneira como eles se viram e não tenho preferência pelos famosos e renomados, porém a protagonista só deu tiro no pé. Não sabia a hora de ficar quieta e não soube fazer uma investigação mais discreta.Ela bebe demais, não tem credibilidade nenhuma, é antipática, está sempre de mal humor, com dor de cabeça ou as duas coisas ao mesmo tempo.Até aí tudo bem também porque já amei estórias em que a protagonista era insuportável, mas passado o momento do suposto crime começou uma narrativa extremamente cansativa, já que os pensamentos dela eram sempre os mesmos! A falta de novidades e descobertas causou isso, ela remoía o mesmo assunto por capítulos seguidos mesclados com seu mau humor e falta de tato. E por passar a maior parte do tempo sozinha as situações eram repetitivas e a ausência de diálogos contribuiu para a leitura não fluir.Também não consegui me familiarizar com nenhum dos outros personagens, me perdia a toda hora em saber quem era quem e não conseguia vê-los como possíveis suspeitos pois foram pouco explorados.Fora que achei muito previsível. Desde o começo eu sabia do que se tratava a mulher da cabine 10 e não me enganei.
Enfim, o livro não é de todo ruim pois os últimos momentos ganhou um ritmo eletrizante que me fez acelerar a leitura e finalizar.
Acredito que irá surpreender os leitores não tão acostumados com o gênero e repito que não é um livro ruim, mas faltou investigação e surpresas.
Nota: 3,5 ★
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