Em Minha Irmã, a Serial Killer, a nigeriana Oyinkan Braithwaite conta uma história ao mesmo tempo bem-humorada e assustadora sobre duas irmãs com temperamentos e atitudes bem diferentes uma da outra: Korede e Ayoola. Korede é amargurada, mas pragmática.
Sua irmã mais nova, Ayoola, é a filha favorita, a mais bonita, e, possivelmente, com sérios distúrbios comportamentais.
Seus três últimos namorados aparecem mortos.
As duas irmãs desempenham papéis inusitados nessa trama de suspense e relações emocionais complexas.
Oyn conduz com maestria literária esse thriller psicológico que surpreende e encanta o leitor a cada página. Conta uma história cheia de suspense e mistério, com humor peculiar e ácido, sem deixar de lado a complexidade da mente de uma sociopata.
RESENHA:
24/01/2023
Em "Minha irmã, a serial killer" vamos conhecer a estória das irmãs Korede e Ayoola que possuem um relacionamento no mínimo doentio.
Korede é a mais velha e trabalha como enfermeira no hospital. Ela ainda se sente responsável por Ayoola devido ao passado com um pai agressivo e uma mãe submissa. Ela não tem a beleza estonteante da irmã e já se acostumou a passar despercebida.
Ayoola no entanto é linda. Sua beleza chama atenção por onde passa e ela tem consciência disso, tanto que usa a seu favor sempre que tem oportunidade.
O livro começa com Korede saindo as pressas para atender a um chamado de sua irmã. Ela acabou de matar seu namorado e precisa que Korede limpe sua bagunça.
Acontece que essa não é a primeira vez que Ayoola faz isso. As motivações de sua irmã são sempre as mesmas, ela foi abusada ou agredida e apenas estava se defendendo.
Korede nunca pensou em chamar a polícia, apenas vive ao redor da irmã sempre pronta a atender ao chamado dela.
Ayoola é egoísta, mimada e manipuladora. Korede é submissa e invejosa. Mesmo que ela proteja a irmã, ela guarda mágoas e ressentimentos e não tem coragem de colocar pra fora.
Mas quando Ayoola vai no hospital que Korede trabalha para uma visita surpresa ela acaba conhecendo Tade, o médico atraente pelo qual Korede é secretamente apaixonada.
Por mais que ela tente evitar o encontro dos dois, eles acabam se conhecendo e o que Korede mais temia acontece. Tade se apaixona pela irmã mais nova.
Movida pelo ciúmes e pelo medo que Tade acabe como os outros namorados, ela vai tentar ao máximo impedir que os dois fiquem juntos. Mas para salvar um talvez ela precise sacrificar o outro.
Eu devorei esse livro. Adorei a escrita da autora, ágil e objetiva.
Os capítulos são muito curtos, todos narrados em primeira pessoa por Korede, mas suficientes para entendermos o que está acontecendo.
A autora não se aprofunda em nada, nem mesmo na construção dos personagens, o que incomodou muita gente.
Também achei um pouco raso mas não me incomodou porquê eu estava muito envolvida no que estava acontecendo.
Eu queria saber o que Korede iria fazer mas sendo um livro tão curto, não criei muitas expectativas em relação à isso.
Quanto ao final, foi desanimador. Não só fica em aberto como deixa dúvidas e eu particularmente não gosto quando isso acontece. Não quero ler um livro para chegar no final com dúvidas se era aquilo ou não.
Esse livro dividiu opiniões, muita gente amou, outros odiaram. Eu gostei do livro e gostei do estilo da escrita, já vou ler o outro dela.
Nota: 4 ★
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