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7 de julho de 2021

As Sombras de Outubro - Søren Sveistrup

 É outubro e a neve de outono começa a cair em Copenhagen, deixando os dias mais curtos e as noites mais sombrias... e pelas ruas geladas e escuras, um psicopata aterroriza a cidade. Em uma manhã tempestuosa em um tranquilo bairro de Copenhagen, a polícia faz uma descoberta sinistra: o corpo de uma mulher brutalmente assassinada, com uma das mãos faltando. Sobre ela está pendurado um pequeno boneco feito de castanhas. O caso é entregue à ambiciosa detetive Naia Thulin e a seu novo parceiro, Mark Hess, um investigador introspectivo que acabou de ser expulso da Europol.
Logo se descobre uma evidência ligando o sr. Castanha a uma garota desaparecida há um ano: a filha da política Rosa Hartung. O homem que confessou tê-la sequestrado e assassinado está atrás das grades e o caso foi encerrado há tempos ― e qualquer insinuação contrária causa disputas e inimizades na corporação. No entanto, quando novas vítimas e novos bonecos aparecem, Thulin e Hess acham cada vez mais difícil ignorar a conexão entre o caso Hartung e o novo serial killer.
Mas que conexão seria essa? E como impedir o assassino de continuar sua caçada, se ele parece sempre um passo à frente da polícia?

As Sombras de Outubro traz o melhor do estilo thriller noir, acrescentando ao suspense clássico uma boa dose de energia. Sveistrup retrata seus personagens com sensibilidade e mostra como romances policiais podem fazer críticas contundentes às realidades sociais.

RESENHA:
07/07/2021

Nunca tinha lido nada do autor e apesar de ter começado a série The Killing, o começo não me prendeu e acabei parando.
Mas sempre tive intenção de ler algo dele e esse livro furou a fila somente por que a série vai chegar na Netflix e eu não poderia perder a oportunidade de ler antes.

A trama se passa na Dinamarca e começa com um crime numa fazenda. Uma família toda massacrada de forma brutal e o capítulo termina deixando o leitor curioso pra saber o que aconteceu ali.
No presente, uma jovem mãe é encontrada morta no parquinho e sem uma das mãos. A polícia tem suas suspeitas mas não chega nem perto das suposições que o investigador Hess tira da cena. Com olhar minucioso ela pega detalhes que os outros deixaram passar.
Ele é novo ali na delegacia, vindo de outro lugar por algo que aconteceu em seu passado. Hess vai trabalhar em parceria com a detetive Thulin e os dois formam uma dupla nada comum. São pessoas com comportamentos diferentes e com seus próprios métodos de investigação.
Apesar de Thulin embarcar nas ideias de Hess, é ele que vai se destacar e descobrir a relação das mortes dessas mães com o desaparecimento da filha da ministra, um ano atrás.
Em cada cena de crime, um boneco feito de castanhas é encontrado e neles constam a digital da menina que foi dada como morta.
A polícia insiste que os crimes não têm relação com o sequestro, mas Hess não vai desistir até provar que está certo, ainda que seja cada vez mais mal visto pelos colegas de profissão.

Eu amei esse livro! A trama envolta nos crimes, a inteligência do assassino, a atmosfera criada... Tudo foi perfeito para mim e se encaixaram perfeitamente.
Eu fiquei surpresa pelo culpado e mais ainda que foi uma das únicas vezes que não tentei descobrir nada e só curti a trama. O resultado foi mais que satisfatório!
O final foi eletrizante, me deixou angustiada! 
Não vejo a hora de assistir a série, já estou contando os dias. 
Favoritado!

Nota: 5 ★ ♥

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16 de março de 2021

Uma Família Quase Perfeita - M.T. Edvardsson

 

Um thriller psicológico impressionante, que questiona o que uma família seria capaz de fazer para proteger seus membros e se a verdade é mais importante do que as aparências.

Uma adolescente é acusada de assassinar brutalmente um homem muito mais velho. O crime de Stella, filha de um casal adorado pela comunidade, beira o inacreditável. Só pode ser um terrível engano. Certo?

Adam é um pastor na igreja local, marido e pai devoto. Seu maior pesadelo começa quando Stella é presa pela polícia. Verdade e decência sempre foram seus princípios básicos, mas quando o futuro de sua filha está em jogo e as pressões sobre sua família aumentam, ele mostra que também tem um lado sombrio.

Presa em uma cela vazia, Stella começa a ver sua família e o mundo sob novas perspectivas. Ela teve um relacionamento com o homem assassinado, e esse não é o único segredo que está escondendo dos pais. Através de seu ponto de vista, descobrimos que seu dedicado pai é um homem controlador, e que seu maior interesse talvez não seja salvar a filha, e sim as aparências.

Já a mãe, Ulrika, é uma advogada de defesa, e pelos olhos dela acompanhamos o julgamento de Stella e o plano intrincado posto em jogo para protegê-la. Mas as apostas mais altas têm as quedas mais perigosas, e talvez Ulrika esteja sendo ambiciosa demais…

Uma narrativa construída de forma excepcional, Uma família quase perfeita faz as perguntas mais difíceis: quão bem você conhece seus filhos? Até onde iria para proteger quem você ama?

RESENHA:
16/03/2021

Thriller psicológico/jurídico sobre o assassinato de um homem de 32 anos que será contado sob três perspectivas diferentes: Adam - o pai - pastor, homem modelo e exemplo para a cidade e para a igreja que administra; Stella, que acabou de completar 18 anos e está sendo acusada de assassinato e por fim Ulrika - a mãe - que é uma advogada de defesa renomada.
A trama é dividida em 3 partes, cada uma contada por um dos 3 personagens principais e muitas vezes relatando a mesma situação, porém com uma visão diferente.
O pai que vai viver o dilema se deve ou não fazer de tudo para ajudar a filha nem que para isso precise mentir, indo contra aquilo que ele prega e acredita. A mãe, que mesmo não trabalhando diretamente como advogada da filha, também vai fazer de tudo e usar de seus conhecimentos para ajudar Stella.
Pela narrativa da própria Stella teremos a estória como ela realmente é, seu comportamento, sua amizade com Amina, suas vontades e manobras para driblar os pais. 
Eu adorei essa divisão na trama que mostra exatamente como cada um se comporta e revela para os outros somente aquilo que deseja.
Conforme os dias passam e Stella está presa aguardando o julgamento, a fachada de família perfeita começa a cair, expondo seus problemas e suas falhas. A cena que o pastor ouve cochichos da comunidade questionando seus métodos de educação descreve muito bem a situação que eles estão vivendo.
A narrativa do pai, que abre a estória, foi o que realmente me fez ficar vidrada na leitura. Aliás, toda a narrativa criada pelo autor é cativante. Eu amei a escrita dele!
Eu curti demais a leitura e o desenvolvimento da trama, mas o final apesar de muito satisfatório, não me surpreendeu. Se prestar atenção na dinâmica dos personagens você já pode imaginar o desfecho.
No mais recomendo sim a leitura!

Nota: 4 ★

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3 de dezembro de 2018

Sempre Vivemos No Castelo - Shirley Jackson


Merricat Blackwood vive com a irmã Constance e o tio Julian. Há algum tempo existiam sete membros na família Blackwood, até que uma dose fatal de arsênico colocada no pote de açúcar matou quase todos. Acusada e posteriormente inocentada pelas mortes, Constance volta para a casa da família, onde Merricat a protege da hostilidade dos habitantes da cidade. Os três vivem isolados e felizes, até que o primo Charles resolve fazer uma visita que quebra o frágil equilíbrio encontrado pelas irmãs Blakcwood. Merricat é a única que pressente o iminente perigo desse distúrbio, e fará o que for necessário para proteger Constance. Sempre vivemos no castelo leva o leitor a um labirinto sombrio de medo e suspense, um livro perturbador e perverso, onde o isolamento e a neurose são trabalhados com maestria por Shirley Jackson.

RESENHA:
03/12/2018

Sempre vivemos no castelo foi uma leitura que peguei cheia de empolgação, super curiosa pelo seu enredo assim como fiquei pela sua sinopse. 
Fico triste em dizer que esse livro foi uma grande decepção e se tantas pessoas amaram sua narrativa, em mim o efeito foi contrário.

Absolutamente cansativa, arrastada e narrada em primeira pessoa por uma personagem nada confiável, de 18 anos mas com a cabeça de uma criança de 3 anos.
Ela passa todo o livro escondendo objetos, como se fosse uma simpatia para afastar as pessoas e manter a harmonia da casa.
Merricat vive com sua irmã Constance de 28 anos e seu tio Julian que é paraplégico. 
Constance passa os dias sem sair de casa - sofre de agorafobia -, cozinha, limpa e cuida do tio. Merricat só sai de casa duas vezes por semana, para compras e biblioteca. O interessante é que ela não leu nenhuma vez durante a estória. Ela não tem permissão para nada - segundo ela própria conta - e anda pela propriedade com seu gato Jonas atrás dela, maldizendo tudo e todos e imaginando a morte de cada morador do vilarejo.
E por fim tio Julian, já sofrendo de esclerose é que vai contar pelo menos um pouco do que o leitor quer tanto saber: O que aconteceu com o resto da família? Quem matou e como foi?
E a decepção é que vai ficar nisso mesmo por que também não podemos confiar nas lembranças dele e Merricat que é a narradora, vive no mundo da lua e não desenrola a estória.
- Os diálogos são infantis e cansa pela repetição.
- A narrativa se baseia no dia a dia deles na casa e muda de um acontecimento para outro de repente. Uma hora ela está imaginando fazer alguma coisa e no parágrafo abaixo já mostra a reação das pessoas pelo que ela fez.
- Não consegui gostar da narrativa e muito menos dos personagens. Ou eles ou são muito maldosos ou alienados. Tio Julian foi o mais interessante na trama.
Você fica esperando o tempo todo que a estória sofra uma virada, que algo de importante aconteça, mas o mistério é fraco, previsível e não se sustenta.
A pá de cal em tudo é o final do livro. A última chama de esperança de que seria um final que valesse toda a estória foi por água abaixo.
Uma leitura que era pra ter sido rápida (apenas 164 páginas de ebook) levou 4 dias.
Nunca digo que não recomendo um livro por que somos leitores com gostos diferentes e cada um tem uma impressão sobre o que leu, mas deixo aqui minhas impressões e se você for ler espero muito que goste!

Nota: 2 ★

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11 de setembro de 2017

Escuridão Total Sem Estrelas - Stephen King


Na ausência da luz, o mundo assume formas sombrias, distorcidas, tenebrosas. Em Escuridão total sem estrelas os crimes parecem inevitáveis; as punições, insuportáveis; as cumplicidades, misteriosas. 
Em 1922, o agricultor Wilfred e o filho, Hank, precisam decidir do que é mais fácil abrir mão: das terras da família ou da esposa e mãe. No conto Gigante do volante, após ser estuprada por um estranho e deixada à beira da morte, Tess, uma autora de livros de mistério, elabora uma vingança que vai deixá-la cara a cara com um lado desconhecido de si mesma. Já em Extensão justa, Dave Streeter tem um câncer terminal e faz um pacto com um estranho vendedor. Mas será que para salvar a própria vida vale a pena destruir a de outra pessoa? E, em Um bom casamento, uma caixa na garagem pode dizer mais a Darcy Anderson sobre seu marido do que os vinte anos que eles passaram juntos.
Os personagens dos quatro contos de Stephen King passam por momentos de escuridão total, quando não existe nada — bom senso, piedade, justiça ou estrelas — para guiá-los. Suas histórias representam o modo como lidamos com o mundo e como o mundo lida conosco. São narrativas fortes e, cada uma a seu modo, profundamente chocantes.
RESENHA:
11/09/2017

Quatro contos de suspense misturados com terror psicológico que vão tirar o sono de qualquer leitor.
1922 conta a estória de Wilfred que, conduzido pela ganância, vai planejar se livrar da esposa que possui a maior parte das terras da fazenda. Ela deseja vendê-la e se mudar para a cidade, mas o marido não compartilha do mesmo sonho. 
Se somente a parte dela for vendida, os futuros compradores irão instalar um matadouro de porcos que irá poluir todo o lago da fazenda que faz parte das terras da esposa e isso é inaceitável para Wil.
Ele vai convencer o filho de apenas 14 anos que a melhor maneira de se livrarem dos problemas é eliminando a mãe.
Eu fiquei chocada com a essa estória! 
Extremamente bem escrita e descrita, à partir do momento que você começa a ler não consegue mais parar e fica aquela ansiedade de saber como tudo aquilo vai terminar.
O nível de maldade aqui é bem alto, mas o autor consegue te deixar preso na estória como se ele estivesse sentado na sua frente te contando em detalhes o que aconteceu. Fiquei completamente envolvida pela narrativa.
Apesar de ser o conto mais chocante, foi o melhor dos quatro na minha opinião, ainda que todos sejam muito bons.
(Esse conto está sendo produzido pela Netflix e vai virar filme.)

O Gigante do volante é o segundo conto, igualmente tenso e apesar de ser um pouco menos intenso que o primeiro, ainda assim é chocante. 
Vai tratar de um outro tipo de maldade, do ser humano guiado pelas suas vontades acima de qualquer coisa, tomando aquilo que deseja à força, incapaz de sentir o menor pingo de piedade ou remorso. 
Esse conto se trata de vingança. A escritora Tess é brutalmente estuprada quando volta pra casa após um encontro com os fãs de seus livros.
Decidida à não procurar a polícia por vários motivos, entre eles vergonha e medo do julgamento das pessoas, ela decide descobrir a identidade de seu agressor e fazer justiça com as próprias mãos.
Apesar das dores físicas e emocionais, Tess vai se preparar para esse encontro, vai abandonar seu medo e ir até o final na sua vingança. 
Eu me peguei torcendo demais por ela e fiquei muito apreensiva com o final que ela teria na estória, independente se ela teria êxito ou não.
(Esse conto virou filme (Big Driver - 2014). Assisti e gostei bastante, achei bem fiel ao livro.)

Extensão justa foi o que menos gostei. Esse conto trata-se da inveja, pura e simples e o que a pessoa é capaz de fazer para ter o que deseja.
Dave tem câncer em fase terminal e ao pegar a estrada num dia qualquer, encontra um vendedor um tanto peculiar. Ele vende 'extensões', realiza desejos a troco de dinheiro e algo a mais: Se ele curar a doença de Dave a mesma deve passar para outra pessoa, afinal é o equilíbrio da vida, porém Dave deve escolher quem irá receber o desagradável 'presente'.
Ele a princípio não acredita em nada daquilo, mas como não tem mais nada a perder, entra no jogo do estranho homem e com o passar dos dias ele realmente começa a levar a sério.
De piedade passei a sentir raiva do personagem. Sua falta de piedade ou remorso é intragável.
O final deixou a desejar pra mim, mas ainda assim vale a leitura.

E por fim, Um bom casamento vai nos contar a estória de um casal já beirando os 50 anos que vive uma vida aparentemente perfeita. Até que um dia a esposa entra na garagem à procura de pilhas e encontra uma caixinha que pertence ao marido.
O que ela vai encontrar dentro dessa caixa e como ela vai se comportar à partir desse momento vai deixar o leitor completamente envolvido até o seu desfecho final.
(Também virou filme (A Good Marriage - 2014), outro que também gostei e recomendo)


O livro mostra o pior do ser humano, o lado mais sombrio, mais vingativo, mais mesquinho. Inveja, ódio, ganância e vingança são alguns dos sentimentos abordados nesses contos, com uma narrativa tensa, mas rápida e absolutamente viciante.
Stephen King prende o leitor do início ao fim, com apenas uma pausa para respirar entre um conto e outro.
E no final o autor fala sobre a escrita e de onde surgiram as ideias para escrever essas estórias.

Recomendo! Prepare-se para ficar apreensivo e angustiado. 

Nota: 5 ★

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24 de agosto de 2017

Mr. Mercedes - Stephen King - Bill Hodges # 1


Nas frigidas madrugadas, em uma angustiante cidade do Centro-Oeste, centenas de pessoas desempregadas estão na fila para uma vaga numa feira de empregos. Sem qualquer aviso um motorista solitário irrompe no meio da multidão em um Mercedes roubado, atropelando os inocentes, dando ré e voltando a atropelá-los. Oito pessoas são mortas, quinze feridos.
Em outra parte da cidade, meses mais tarde, um policial aposentado chamado Bill Hodges é ainda assombrado por um crime sem solução. Quando ele recebe uma carta enlouquecida de alguém que se auto-identifica como privilegiado e ameaça um ataque ainda mais diabólico, Hodges acorda de sua deprimente e vaga aposentadoria, empenhado em evitar outra tragédia.
Brady Hartfield vive com sua mãe alcoólatra na casa onde ele nasceu. Ele adorou a sensação de morte sob as rodas da Mercedes, e ele quer aquela corrida de novo. Apenas Bill Hodges, com um par de aliados altamente improváveis, pode prender o assassino antes que ele ataque novamente. E eles não têm tempo a perder, porque na próxima missão de Brady, se for bem sucedido, vai matar ou mutilar milhares.
Mr. Mercedes é uma guerra entre o bem e o mau, do mestre do suspense, cuja visão sobre a mente deste obcecado assassino insano é arrepiante e inesquecível.
RESENHA:
24/08/2017

Não sou leitora assídua de Stephen King, apesar de já ter assistido várias adaptações dele e lido um conto e outro, mas como não sou fã de terror sempre fui deixando os livros dele em segundo plano.
Mr. Mercedes é o primeiro livro da trilogia Bill Hodges, que é o protagonista, e o que me fez interessar pela estória foi o gênero ser thriller policial, que é um dos meus gêneros favoritos e o fato do livro virar série de TV me fez adiantá-lo.
O produtor da série é o mesmo de Big Little Lies (Pequenas Grandes Mentiras) que foi distribuída em 7 episódios pela HBO.

Bill Hodges é um policial recém aposentado que passa os dias comendo em frente à TV sem nenhuma perspectiva de vida. Apesar de ter construído uma excelente carreira na polícia, sua maior frustração foi não ter pego o Assassino da Mercedes, nome dado ao maníaco que atropelou e matou várias pessoas numa fila de emprego e deixou dezenas de outros feridos.
Até que um dia o assassino envia uma carta à ele, se gabando do seu sucesso em ter escapado ileso e provocando-o com o intuito de levar o ex policial ao suicídio. Assim, ele envia um nome de usuário e senha em um site de troca de mensagens para o caso de Bill querer entrar em contato com ele.
O que o assassino não contava era que ele estava dando um novo sentido aos dias monótonos do aposentado e uma chance de enfim capturá-lo.
Bill começa uma troca de mensagens provocativas com o assassino com o intuito de fazê-lo cometer erros que o levassem à entregar sua verdadeira identidade.
Claro que o ex detetive fará isso em segredo e por conta própria, sem ajuda da polícia, mas ele vai contar com ajuda de outras pessoas, como Jeremy, seu faz tudo de 17 anos.

A narrativa muda do ponto de vista de Bill Hodges para a narrativa do assassino, que o autor já nos apresenta de antemão, então sua identidade não será nenhum segredo para o leitor.
Eu gostei por que acompanhamos os passos dele e vamos conhecendo sua estória de vida que mostra o seu comportamento perturbado desde ainda bem menino.
O autor já nos antecede os passos do assassino mas esconde os detalhes de como ele irá realizar aquilo.
O começo foi bem descritivo com uma narrativa um pouco parada, mas após algumas páginas ele desenvolve um ritmo acelerado e você não consegue largar o livro.
As mortes narradas são extremamente bem escritas, você visualiza a cena! O nível de loucura e maldade do assassino é palpável, como se ele fosse real mesmo.

Eu só não dei 5 estrelas por que na minha opinião achei que o ex detetive não teve muitas dificuldades para conseguir pistas e chegar até o assassino, coisas que enquanto ele foi da polícia pareciam impossíveis de serem encontradas. Foram meio que caindo no colo dele e com ajuda de pessoas sem nenhuma experiência em investigação e o final também faltou um "algo" que eu esperei e não veio (talvez esteja na continuação da série). 
Posso ter criado expectativas demais, pensei muito em como ele resolveria aquele momento do ápice final e achei bem morno em relação ao ritmo eletrizante que vinha tomando conta da estória. Mas isso é minha impressão ;-)
Ainda sim é um ótimo livro, tem pegadas de humor, uma pitada de romance e deixa um gancho para a continuação da série. 
Então sim, eu recomendo a leitura para os fãs de thrillers policiais.

Nota: 4, 5 ★

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