Mistério envolvente permeado de referências a clássicos do gênero pede a colaboração do leitor para chegar à resolução dos crimes.
Estamos nos anos 1970, às vésperas de um feriado, quando o detetive Adam McAnnis se junta a um velho amigo para aproveitar o fim de semana prolongado no West Heart, um clube exclusivo e tranquilo em meio à natureza. Nesse primeiro momento, você talvez não desconfie das intenções dele, mas, em um livro de mistério, nada acontece por acaso.
Entre funcionários, moradores e convidados, nosso protagonista logo percebe que esse grupo de desconhecidos não é lá muito amigável, mas nenhum detetive que se preze largaria uma missão só por causa de umas caras emburradas. No entanto, a situação se agrava quando, menos de vinte e quatro horas depois de McAnnis chegar, o corpo de um dos membros do clube é encontrado no lago. E, para ficar ainda mais dramático, uma grande tempestade está a caminho.
Em Os pecados de West Heart, suspeitos não faltam e todos têm algo a esconder. Com uma estrutura ousada e uma narrativa maliciosamente subversiva, diferente de tudo que já se viu, esta história é uma homenagem aos grandes nomes da ficção criminal clássica, mas também uma versão totalmente original dos quebra-cabeças do gênero. Até a última página, mais pessoas podem morrer, e resta ao leitor mergulhar fundo neste mistério irresistível, apenas à espera de ser resolvido.
RESENHA:
26/01/2024
West Heart é um clube de caça para famílias abastadas passarem as férias.
Num final de semana de festividades, o detetive Adam McAnnis é convidado por um amigo a se juntar à eles. Enquanto observa e avalia cada um, ocorre um suposto suicídio. Logo depois um acidente e então um assassinato.
Adam se empenhará em resolver esses enigmas enquanto ficam isolados sem comunicação.
Adam se empenhará em resolver esses enigmas enquanto ficam isolados sem comunicação.
Aqui há vários personagens (maridos, esposas, filhos, funcionários) que uma hora se referem à eles pelo nome, outras pelo sobrenome. Em vários momentos eu precisei parar pra olhar minha "colinha" de nomes por quê não conseguia identificar quem era, e isso também prejudicou a leitura.
A narrativa do livro é em segunda pessoa - quando o narrador insere o leitor dentro da trama, colocando-o como um dos personagens - e às vezes ele narra em terceira, o que deixa meio confuso às vezes. Parece roteiro para uma peça de teatro.
Quem gostou de "Todo mundo da minha família já matou alguém" poderá gostar desse aqui, é a mesma estrutura de narrativa, o que pra mim é um problema.
Não consegui me conectar com a estória por causas das pausas que o autor dá para inserir seus próprios comentários, dizer como o leitor deve pensar naquele momento, como ele deve reagir, o que funciona ou não num livro de mistério.
A sensação é que ele quer mostrar o quanto ele é inteligente e que o leitor precisa de ajuda para poder desvendar o crime. Não consegui nem tirar minhas próprias conclusões por que o narrador sempre me direcionava.
Há também várias referências à outros livros e autores, - que pouco pode até ser interessante - mas aqui foi em excesso e irrelevantes para o crime em si.
Mas o pior de tudo foi o desfecho, eu detestei. Não é possível que o autor fez isso.
Esse livro você vai adorar ou odiar. Pra mim definitivamente não deu.
Nota: 2 ★