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18 de fevereiro de 2024

A Fúria - Alex Michaelides

 


Esta é a história de um assassinato. Talvez isso não seja bem verdade. No fundo, é uma história de amor, não é?
Lana Farrar é uma ex-estrela de cinema reclusa e uma das mulheres mais famosas do mundo. Todos os anos, convida seus amigos mais próximos a fugir do clima inglês e passar a Páscoa em sua idílica ilha grega particular.
Você pode achar que conhece essa história. Provavelmente leu sobre isso na época – causou um verdadeiro rebuliço nos tabloides, se você bem se lembra. Tinha todos os ingredientes necessários para fazer a festa da imprensa: uma celebridade; uma ilha particular isolada pelo vento... e um assassinato.
Nós nos vimos presos lá durante a noite. Nossas velhas amizades ocultavam em si ódio e desejo de vingança. O que se seguiu foi um jogo de gato e rato – um duelo de inteligências, cheio de surpresas e reviravoltas, culminando num clímax inesquecível. A noite terminou em violência e morte.
Mas quem sou eu?
Meu nome é Elliot Chase, e vou contar uma história diferente de qualquer outra que você já ouviu.


RESENHA:
18/02/2024

Eu gostei muito de A Paciente Silenciosa, apesar de não ter entrado pros favoritos, mas ainda assim foi uma ótima leitura. As Musas eu abandonei pq não estava suportando a narrativa e em A Fúria decidi tirar a prova se devo ou não continuar lendo os livros desse autor, e definitivamente não.
A ideia é atrativa. Um pequeno grupo de amigos passando as férias numa ilha grega. Um deles morre, outro é o assassino.
No entanto, conforme eu ia lendo, percebi que tinha outra Musas na mão. A trama não desenvolvia e as tentativas de criar cenas tensas eram apenas um monte de bobagens. A maior parte do livro é constituída de narrativa, sem diálogos e sempre do ponto de vista do mesmo narrador que pra mim era desinteressante e cansativo.
Ideia boa. Desenvolvimento fraco.
O narrador conversa com o leitor e como ele mesmo não é nada confiável, te conduz a como reagir, ou pensar em determinadas situações. Detesto.
A trama "melhora" em 75%, que é quando ele realmente vai parar de enrolar e contar a estória real.
Não é surpresa nenhuma quem morre e muito menos quem é o assassino. Fiquei esperando a surpresa, o plot, mas não veio.
Os personagens são insuportáveis e se comportavam mais como adolescentes do que como adultos e alguns foram mal explorados.
Pra ser justa com o autor preciso dizer que esse não é meu estilo de narrativa. Contada em terceira pessoa seria melhor. Também fez falta outros pontos de vista para dar um alívio do narrador que não estava me agradando.
E no final eu não poderia me importar menos. Quem era o culpado, quem morria, já não fazia nenhuma diferença.
Eu só não abandonei o livro por que é uma leitura conjunta com a Mari e eu precisava chegar até o final para poder discutir com ela (apesar de termos feitos isso logo nos primeiros capítulos hahaha)
Enfim, eu não gostei mas não posso não recomendar por que como eu disse, não é um estilo que agrada a mim mas pode sim agradar você.

Nota: 2,5 ★


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26 de janeiro de 2024

Os pecados de West Heart - Dann McDorman

 

Os pecados de West Heart, Dann McDorman, Mistério

Mistério envolvente permeado de referências a clássicos do gênero pede a colaboração do leitor para chegar à resolução dos crimes.

Estamos nos anos 1970, às vésperas de um feriado, quando o detetive Adam McAnnis se junta a um velho amigo para aproveitar o fim de semana prolongado no West Heart, um clube exclusivo e tranquilo em meio à natureza. Nesse primeiro momento, você talvez não desconfie das intenções dele, mas, em um livro de mistério, nada acontece por acaso.

Entre funcionários, moradores e convidados, nosso protagonista logo percebe que esse grupo de desconhecidos não é lá muito amigável, mas nenhum detetive que se preze largaria uma missão só por causa de umas caras emburradas. No entanto, a situação se agrava quando, menos de vinte e quatro horas depois de McAnnis chegar, o corpo de um dos membros do clube é encontrado no lago. E, para ficar ainda mais dramático, uma grande tempestade está a caminho.

Em Os pecados de West Heart, suspeitos não faltam e todos têm algo a esconder. Com uma estrutura ousada e uma narrativa maliciosamente subversiva, diferente de tudo que já se viu, esta história é uma homenagem aos grandes nomes da ficção criminal clássica, mas também uma versão totalmente original dos quebra-cabeças do gênero. Até a última página, mais pessoas podem morrer, e resta ao leitor mergulhar fundo neste mistério irresistível, apenas à espera de ser resolvido.

RESENHA:
26/01/2024

West Heart é um clube de caça para famílias abastadas passarem as férias. 
Num final de semana de festividades, o detetive Adam McAnnis é convidado por um amigo a se juntar à eles. Enquanto observa e avalia cada um, ocorre um suposto suicídio. Logo depois um acidente e então um assassinato.
Adam se empenhará em resolver esses enigmas enquanto ficam isolados sem comunicação. 

Aqui há vários personagens (maridos, esposas, filhos, funcionários) que uma hora se referem à eles pelo nome, outras pelo sobrenome. Em vários momentos eu precisei parar pra olhar minha "colinha" de nomes por quê não conseguia identificar quem era, e isso também prejudicou a leitura.
A narrativa do livro é em segunda pessoa - quando o narrador insere o leitor dentro da trama, colocando-o como um dos personagens - e às vezes ele narra em terceira, o que deixa meio confuso às vezes. Parece roteiro para uma peça de teatro.
Quem gostou de "Todo mundo da minha família já matou alguém" poderá gostar desse aqui, é a mesma estrutura de narrativa, o que pra mim é um problema. 
Não consegui me conectar com a estória por causas das pausas que o autor dá para inserir seus próprios comentários, dizer como o leitor deve pensar naquele momento, como ele deve reagir, o que funciona ou não num livro de mistério.
A sensação é que ele quer mostrar o quanto ele é inteligente e que o leitor precisa de ajuda para poder desvendar o crime. Não consegui nem tirar minhas próprias conclusões por que o narrador sempre me direcionava.
Há também várias referências à outros livros e autores, - que pouco pode até ser interessante -  mas aqui foi em excesso e irrelevantes para o crime em si.
Mas o pior de tudo foi o desfecho, eu detestei. Não é possível que o autor fez isso.
Esse livro você vai adorar ou odiar. Pra mim definitivamente não deu.

Nota: 2 ★


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18 de abril de 2023

Todo mundo da minha família já matou alguém - Benjamin Stevenson

 

Todo mundo da minha família já matou alguém, Benjamin Stevenson, Thriller Psicológico, Editora Intrínseca

Os Cunningham são uma família bem típica: uma tia maníaca por organização, um padrasto inconveniente, uma irmã sarcástica, uma matriarca cheia de vontades, um irmão controverso… E eles têm lá seus problemas. Para começar, não se dão muito bem. Nem são exatamente próximos. Só que uma coisa os une: todo mundo ali já matou alguém.

Depois de três anos bem atribulados, um final de semana em um resort nas montanhas lhes dá a oportunidade de rever os familiares, bater uns papos constrangedores e talvez até reatar algumas relações. Até que, como acontece em (quase) qualquer encontro de família, um cadáver aparece.

As coisas já não estavam lá muito legais antes mesmo de alguém cair morto, mas, com um histórico como o deles, em pouco tempo não resta dúvida de que só um dos Cunningham poderia ser o responsável por aquela morte. E, conforme a neve rapidamente se acumula, mais corpos são encontrados e os reforços policiais não chegam, a resolução do crime fica nas mãos de um dos membros da família: um escritor especialista em livros de detetive. O que poderia dar errado?


RESENHA:
17/04/2023

"Família não é cujo sangue corre em suas veias, é por quem você o derramaria."

O narrador da estória é Ernest Cunningham, um autor que escreve livros sobre "como escrever livros" e é através dele que vamos conhecer a estória de fundo de cada membro da família.
Como ele mesmo diz, cada membro dela já matou alguém: Seu irmão, sua irmã, a esposa, o pai, a mãe, a cunhada, o tio, o padrasto, a tia e ele mesmo.
Após ficar alguns anos afastado dos familiares, - os motivos ele conta logo nas primeiras páginas - ele é convocado a comparecer a uma reunião de família numa estação de esqui.
Logo no dia seguinte, um corpo é encontrado em meio a neve mas ninguém sabe quem é. Logo um policial tenta tomar as rédeas da investigação, porém ele não parece estar apto à isso.
Quando outra pessoa morre, Ern vai tentar desvendar essas mortes com alguma dificuldade, já que ele não tem experiência alguma e enquanto isso ele vai nos contando sobre cada um dos crimes cometidos pelos seus familiares. Alguns são mais "interessantes" que outros.
O narrador fala diretamente com o leitor que é seu principal expectador. Sua narrativa é pontuada por momentos de humor e ele faz questão de afirmar que é um narrador confiável e que não ocultará nenhuma pista do leitor.
A estrutura da narrativa é bem diferente do que estou acostumada e também tive alguma dificuldade durante a leitura pois achei o mistério bem complexo. Precisei de uma atenção redobrada para poder entender algumas partes.
As primeira metade do livro eu praticamente devorei, mas depois a frequência deu uma caída pois achei um pouco repetitivo.
O final bem explicadinho, - até demais - porém não se sabe como Ern consegue chegar àquelas descobertas de um minuto para o outro. De repente ele sabe o que aconteceu e reúne toda a família na biblioteca do resort para revelar suas descobertas.
Para quem ama um mistério no estilo "whodunnit" com uma reviravolta inesperada no final, esse livro é uma boa pedida.

Nota: 4 ★



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