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17 de outubro de 2017

O Voo da Libélula - Michel Bussi


Na noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira entre a França e a Suíça, deixando apenas uma sobrevivente: uma bebê de 3 meses. Porém, havia duas meninas no voo, e cria-se o embate entre duas famílias, uma rica e uma pobre, pelo reconhecimento da paternidade.

Numa época em que não existiam exames de DNA, o julgamento estende-se por muito tempo, mobilizando todo o país. Seria a menina Lyse-Rose ou Émilie? Mesmo após o veredicto do tribunal, ainda pairam muitas dúvidas sobre o caso, e uma das famílias resolve contratar Crédule Grand-Duc, um detetive particular, para descobrir a verdade.

Dezoito anos depois, destroçado pelo fracasso e no limite entre a loucura e a lucidez, Grand-Duc envia o diário das investigações para a sobrevivente Lylie e decide tirar a própria vida. No momento em que vai puxar o gatilho, o detetive descobre um segredo que muda tudo. Porém, antes que possa revelar a solução do caso, ele é assassinado.

Após ler o diário, Lylie fica transtornada e desaparece, deixando o caderno com seu irmão, que precisará usar toda a sua inteligência para resolver um mistério cheio de camadas e reviravoltas.

Em O voo da libélula, o leitor é guiado pela escrita do detetive enquanto acompanha a angustiada busca de uma garota por sua identidade.

RESENHA:
17/10/2017

Michel Bussi tem se tornado um dos queridinhos justamente por criar tramas criativas e finais surpreendentes. Assim como Ninfeias Negras, O Voo da Libélula foi uma excelente e agradável leitura.
A estória se desenrola com mais lentidão - ainda menos que Ninfeias - mas nem por isso cansativa. 
O autor cria toda uma expectativa durante a leitura. Ele enrola o leitor, coloca pistas, revela algumas surpresas, mas deixa tudo pro final.
Pulando o blá blá blá inicial, - que você pode ler na própria sinopse do livro - aqui teremos Mark como o protagonista principal. Ele vai receber através de Lylie (que seria Lyse ou Emilie) o diário do investigador que trabalhou por 18 anos para uma das famílias, e será através da narrativa dele que saberemos os resultados da investigação.

Lylie vai sumir sem deixar rastros deixando Mark desesperado. Então ele sai à procura dela e entre um trem e outro começa a ler as anotações do detetive e se inteirar de tudo, aflito para saber o que foi que ela descobriu na leitura que a fez querer sumir. A cada descoberta, muitas situações irão mudar e algumas revelações levarão o leitor a imaginar um outro desfecho.
A partir da segunda metade do livro, o ritmo da narrativa acelera e a ansiedade pela descoberta faz com que devoremos o livro. 
Ainda que a trama não seja sobre "quem matou quem"e sim sobre quem é família da criança, vai acontecer alguns crimes durante a estória, deixando tudo ainda mais instigante.
A descoberta final do detetive foi o que mais me deixou ansiosa no livro. Eu queria logo chegar ao final pra saber o que foi que ele viu nos últimos momentos. 
É uma leitura que brinca com a sua imaginação.

Os personagens são rasos, o autor não se aprofunda muito, bem como no relacionamento entre eles. Achei bem superficial. 
Gostei de Mark da mesma maneira que desgostei de Malvina, uma personagem dura de aturar.
O relacionamento de Mark com Lylie me incomodou um pouco, algumas situações foram difíceis de compreender.
Quanto à qual família a garota pertence, depois da metade do livro não foi difícil prever aquele desfecho e já o tinha como certo, porém as outras surpresas que autor reservou para o final foram mesmo surpreendentes.
Eu gostei muito da leitura, é um livro com um tema diferente que manteve o suspense até as últimas páginas, ainda que tenha se arrastado por um tempo.

Nota: 4,5 ★

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8 de março de 2017

Ninféias Negras - Michel Bussi


Um assassinato nos jardins de Monet, uma obra-prima desaparecida, só três mulheres sabem o que aconteceu...

Giverny é uma cidadezinha mundialmente conhecida, que atrai multidões de turistas todos os anos. Afinal, Claude Monet, um dos maiores nomes do Impressionismo, a imortalizou em seus quadros, com seus jardins, a ponte japonesa e as ninfeias no laguinho.
É nesse cenário que um respeitado médico é encontrado morto, e os investigadores encarregados do crime se veem enredados numa trama em que nada é o que parece à primeira vista. Como numa tela impressionista, as pinceladas da narrativa se confundem para, enfim, darem forma a uma história envolvente de morte e mistério em que cada personagem é um enigma à parte - principalmente as protagonistas.
Três mulheres intensas, ligadas pelo mistério. Uma menina prodígio de 11 anos que sonha ser uma grande pintora. A professora da única escola local, que deseja uma paixão verdadeira e vida nova, mas está presa num casamento sem amor. E, no centro de tudo, uma senhora idosa que observa o mundo do alto de sua janela.

RESENHA:
08/03/2017

"Três mulheres vivendo num vilarejo. 
A terceira era a mais talentosa; a segunda, a mais esperta; a primeira, a mais determinada. Na sua opinião, qual delas conseguiu escapar? 

A primeira tinha mais de 80 anos e era viúva. Ou quase. 
A segunda tinha 36 e nunca havia traído o marido. Ainda. 
A terceira estava prestes a completar 11 anos e todos os meninos de sua escola queriam ser seu namorado.

A terceira, a mais novinha, chamava-se Fanette Morelle; a segunda era Stéphanie Dupain; a primeira, a mais velha, era eu."

Chocada com o desfecho desse livro!

Antes de qualquer coisa preciso dizer que se você ainda não leu Assassinato no Expresso Oriente da Agatha Christie você vai dar de cara com um grande spoiler. Talvez você nem perceba, mas em todo caso não custa avisar.

Comecei essa simples resenha com algumas citações do livro por que elas merecem uma atenção especial. 
Qual é a estória de cada uma dessas mulheres e em que ponto elas tem ligação?
Todas as 3 tem o mesmo objetivo: Sair de Giverny.

“Quem poderia sonhar em viver em outro lugar? Um vilarejo tão bonito. Mas vou lhe confessar: o cenário está paralisado. Petrificado. É proibido mudar a decoração de qualquer casa, pintar uma parede, colher uma mísera flor. Dez leis proíbem tudo isso. Nós aqui vivemos dentro de um quadro.”

O interessante é que todo o cenário e história com relação à vida de Monet são verdadeiros. O autor frisa bem isso no começo e o resto é por sua conta.

Logo no começo somos recebidos com um assassinato bem cruel: O oftalmologista da cidade é encontrado morto nos jardins de Monet. 
A situação em que ele é encontrado é no mínimo peculiar e à partir daí começa a investigação encabeçada pelos detetives Laurenç Sérénac e Sylvio Bénavides.
Laurenç Sérénac corre o risco de comprometer a investigação quando se sente atraído pela esposa de um dos suspeitos. 
Agora os detetives precisam correr atrás de pistas, que na verdade são poucas e encontrar as várias amantes do falecido para tentar encontrar alguma conexão.
Após a descoberta do corpo o enredo é meio parado, pode ser que algumas pessoas desanimem em continuar a leitura e há também muitas descrições sobre a vida de Monet que mesmo sendo muito interessante, em algum ponto começa a causar ansiedade pois a estória não anda.
Até então minha avaliação para o livro era de 4 estrelas, mas faltando 100 páginas para terminar, a estória deu uma virada tão incrível que o livro se tornou um dos favoritos.
Quando você pensa que toda aquela trama não poderia surpreender tanto, eu fiquei chocada com a maneira que o autor criou para desenrolar aquela trama toda. Eu jamais pensei em algo parecido e aposto que ninguém pensaria naquilo. 
A estória em torno do assassinato não é incrível e diferenciada, mas sim a maneira que o autor ligou todos os pontos no final.
Além do choque com as revelações eu fiquei muito emocionada com algumas estórias apresentadas. 
A narrativa objetiva com que a personagem conduz a estória e a maneira envolvente e intensa com que o autor a desenvolveu me deixou fascinada.
Por essa maneira tão incrível e criativa de desenrolar um romance policial, esse livro entrou para minha lista de favoritos e eu super recomendo!

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