QUANDO A MALDADE PERCORRE AS VEIAS, O SANGUE DOS INOCENTES ESCORRE PELAS MÃOS.
Na fúnebre atmosfera do México dos anos 1940, as ruas de uma cidade tornaram-se palco dos atos macabros de Felícitas Sánchez Aguillón. Apelidada de “A Ogra do bairro Roma”, a parteira corrompeu sua nobre profissão assassinando dezenas de crianças sem deixar rastro de humanidade. A captura e subsequente condenação de Felícitas marcaram definitivamente a consciência coletiva da comunidade.
Décadas mais tarde, Ignacio Suárez, um escritor da era contemporânea, tropeça em um legado de brutalidade que se recusa a permanecer enterrado. Fotografias enigmáticas de mulheres mortas chegam às suas mãos, trazendo o passado cruel para o seu mundo de palavras. As imagens carregam uma sinistra coincidência com cenas presentes em suas obras, obrigando-o a confrontar o fato de que o horror que imaginava escrever agora é apresentado em forma real com novas vítimas cruzando o seu caminho.
Com o ressurgimento de pistas que remetem à falecida Felícitas, enigmas começam a tecer uma ponte entre eras e segredos ocultos na trama histórica. O enredo torna-se ainda mais intrincado quando a inesperada morte de uma figura central na investigação sugere que o perigo é uma entidade onipresente, um perseguidor incansável.
O único artefato que restou é um manuscrito envolto em mistério, potencialmente ostentando a chave para desvendar verdades sinistras e estagnar a continuidade do derramamento de sangue. Ao navegar entre a história de Felícitas e os temores atuais que consomem Ignacio, Verónica Llaca nos conduz ao precipício de uma escuridão reveladora, onde as facetas mais sombrias da natureza humana emergem despidas de camadas de pretensão.
RESENHA:
27/08/2024
27/08/2024
Misturando ficção com um caso real, a autora construiu uma trama sombria, forçando-nos a questionar a origem do mal e até onde podemos realmente escapar de nosso passado.
Dividido entre manuscritos 1940 e a narrativa 40 anos depois, o escritor Ignácio se vê forçado à voltar ao passado quando ele recebe fotografias de duas jovens assassinadas brutalmente.
Eu achei a premissa do livro muito interessante. Gostei que a autora usou um evento real para dar vida à sua estória mesclando fatos com ficção, no entanto passada as primeiras 100 páginas, comecei achar a leitura cansativa.
Com o surgimento de vários personagens - a todo momento surgia um - a trama principal ficou estagnada e só desenrolou mesmo nas últimas páginas.
Também não é um livro para todo mundo. Tem descrição de violência contra bebês, contra crianças e uma contra animais. Fiquei incomodada e desconfortável com essa leitura.
Fora todo desconforto, não é uma estória que foi surpreendente, mas sim que chocou.
Assim que terminei fui procurar algumas avaliações e vi que poucas pessoas falaram sobre ele.
Então, não é que não seja bom, mas não é o tipo de livro feito para mim. Não conseguiu prender minha atenção, tanto que demorei muito para terminar.
Nota: 3 ★