26 de março de 2018

A Mulher Na Janela - A.J. Finn


Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. "A Mulher Na Janela" é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.


RESENHA:
26/03/2018

A mulher na janela é o primeiro livro do autor A.J. Finn, crítico literário, e já está sendo adaptado para o cinema pela 20th Century Fox.

A princípio a trama nos faz lembrar de A Garota no trem devido algumas semelhanças mas logo as estórias tomam rumos bem diferentes.
A protagonista Anna é viciada em vinho e o ingere junto com uma quantidade absurda de remédios. Ela sofre de Agorafobia – pavor de lugares abertos –  e portanto ela vive trancada dentro de casa. Tudo que ela precisa para viver, desde alimentos, álcool e comprimidos é entregue à domicílio.
Essa fobia se desenvolveu após uma tragédia e ela vive reclusa há quase um ano e isso será apresentado aos poucos ao leitor.
Ela ainda têm contato com algumas pessoas por telefone e recebe visitas semanais da sua fisioterapeuta e do seu terapeuta. Além disso, participa regularmente de um chat com pessoas que sofrem de fobias, prestando aconselhamentos. Ela é psicóloga de crianças mas devido aos problemas não tem atuado mais.
Porém, seu passatempo favorito é bisbilhotar a vida dos seus vizinhos até onde o zoom da sua câmera alcança. Ela passa um bom tempo em frente à janela acompanhando a rotina deles e por causa desse hábito ela vai presenciar um crime.
Acontece que quando ela conta para a polícia o que viu, ela não será levada a sério. Devido ao seu histórico e a fama que ela tem no bairro por nunca sair de casa, ninguém vai acreditar nela.
Ao mesmo tempo em que ela se questiona, ela tem certeza de que não foi uma alucinação. Ela não acredita que sua mente esteja lhe pregando peças, mesmo consciente da quantidade de comprimidos que ela consome.
Quase na metade do livro o autor coloca todos os personagens, inclusive Anna, sob uma nova perspectiva que muda o rumo da trama.

Toda a narrativa é em primeira pessoa através dos olhos da Anna então tudo que a gente descobre lendo é sob a perspectiva somente dela! 
Até que ponto podemos confiar no que ela vê? Uma mulher sozinha que passa o tempo bebendo e consumindo remédios controlados ou em frente à janela ou em frente à TV assistindo filmes sobre crimes, é mesmo confiável?

Eu adorei a escrita do autor. Ele aborda temas profundos com propriedade e essa condição da protagonista é muito triste, a sensação de vazio dela é algo palpável.
Só não virou um dos favoritos do gênero por quê saquei logo de cara os segredos da trama.
As revelações que o autor fez não me surpreenderam pois já tinha certeza que era aquilo. Teve duas mais impactantes sendo uma delas o final.
Acredito que seja o excesso de livros que leio do gênero que me fez ficar com as antenas mais ligadas e quando foquei naquele fato, tudo que o personagem fazia eu prestava atenção dobrada e cada vez mais eu tinha certeza daquilo.
Mas nem por isso diminuiu meu interesse pela estória. Achei o livro incrível, prende atenção do começo ao fim e você não vê a hora de chegar ao final dele pra saber como tudo aquilo será resolvido.
Já estou bem ansiosa pelo filme e pelos próximo livros desse autor, espero que não demore muito :-)
Recomendadíssimo!
5 estrelas pra ele!

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