VOCÊ ESTÁ NA LISTA DE UM ASSASSINO. E ELA DIZ QUANDO VOCÊ VAI MORRER.
O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano.
Enquanto Wolf tenta identificar as vítimas, sua ex-mulher, a repórter Andrea Hall, recebe de uma fonte anônima fotografias da cena do crime, além de uma lista com o nome de seis pessoas – e as datas em que o assassino pretende matar cada uma delas para montar o próximo boneco. O último nome na lista é o de Wolf.
Agora, para salvar a vida do amigo, Emily precisa lutar contra o tempo para descobrir o que conecta as vítimas antes que o criminoso ataque novamente. Ao mesmo tempo, a sentença de morte com data marcada desperta as memórias mais sombrias de Wolf, e o detetive teme que os assassinatos tenham mais a ver com ele – e com seu passado – do que qualquer um possa imaginar.
Com protagonistas imperfeitos, carismáticos e únicos, aliados a um ritmo veloz e uma deliciosa pitada de humor negro, Boneco de Pano é o que há de mais promissor na literatura policial contemporânea.
RESENHA:
25/04/2017
Boneco de Pano é o primeiro livro do autor inglês Daniel Cole, que originalmente o havia escrito para um piloto de uma série de TV, mas após várias rejeições ele decidiu transformar o roteiro em livro.
Adorei essa premissa e como fã de livros do gênero não poderia deixar de conferir esse lançamento.
O livro é escrito de forma clara e objetiva, os diálogos e fatos são contados com uma agilidade que não confunde e não nos deixa com vontade de abandonar a leitura.
Após o susto da descoberta do Boneco de pano - assim é chamado o monstrengo - os policiais precisam primeiramente descobrir de quem são as partes do estranho corpo. De imediato eles reconhecem a cabeça, mas terão muito trabalho para saber quem são as outras vítimas.
Não muito depois, a ex mulher do detetive Wolf, que é jornalista, recebe uma carta do assassino listando as próximas vítimas e o dia em que elas irão morrer.
Com um começo desse ficaria difícil largar o livro tão cedo!
A investigação não fica por conta somente do detetive Wolf, mas sim de outros membros da polícia, em especial do novato Edmunds que vai se destacando cada vez mais ao longo da trama.
O livro mostra os percalços da polícia quando se vê em frente à uma investigação não muito promissora, já que a falta de pistas é desanimadora. Também o lado do jornalismo que faz tudo que estiver ao alcance para levar a notícia aos telespectadores, passando por cima da ética e até mesmo desrespeitando as leis.
Apesar de todos os esforços para proteger as próximas testemunhas os investigadores terão muita dificuldade em ter sucesso, já que o assassino está sempre um passo à frente deles.
Qual o motivo desses assassinatos, o que ligam essas vítimas umas às outras, por que essas outras pessoas estão na lista do serial são algumas das perguntas que ficam martelando durante a leitura. E não menos importante, quem é o assassino?
Ainda que no geral eu tenha gostado muito da trama, dos personagens e todos os ingredientes que o completaram, o final me deixou com uma sensação de que ficou alguma coisa faltando e o comportamento de algum personagem que por motivos óbvios não posso comentar, vou dar 4,5 estrelinhas pra ele.
Com certeza quero ler o próximo livro do autor. Vem mais Wolf por aí!
Nota: 4 ★
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