30 de agosto de 2016

No Escuro - Elizabeth Haynes


Catherine aproveitou a vida de solteira por tempo suficiente para reconhecer um excelente partido quando o encontra: lindo, carismático, espontâneo... Lee parece bom demais para ser verdade. Suas amigas concordam plenamente e, uma por uma, todas se deixam conquistar por ele.

Com o tempo, porém, o homem louro de olhos azuis, que parece o sonho de qualquer mulher, revela-se extremamente controlador e faz com que Catherine se sinta isolada. Amedrontada pelo jeito cada vez mais estranho de Lee, Catherine tenta terminar o relacionamento, mas, ao pedir ajuda aos amigos, descobre que ninguém acredita nela. Sentindo-se no escuro, ela planeja meticulosamente como escapar dele.

Quatro anos mais tarde, Lee está na prisão e Catherine, agora Cathy, tenta reconstruir a vida em outra cidade. Apesar de seu corpo estar curado, ela tornou-se uma pessoa bastante diferente. Obsessivo-compulsiva, vive com medo e insegura. Seu novo vizinho, Stuart Richardson, a incentiva a enfrentar seus temores. Com sua ajuda, Cathy começar a acreditar que ainda exista a chance de uma vida normal. Até que um telefonema inesperado muda tudo.

Ousado e poderoso, convincente ao extremo em seu retrato da obsessão, No escuro é um thriller arrebatador.

RESENHA:
30/08/2016

Esse livro está há muito tempo na minha lista e esse mês resolvi enfim tirá-lo da meta da leitura.
Eu já tinha lido um outro livro dessa autora - Restos Humanos - e gostei bastante da maneira como ela escreve, sem rodeios.

Aqui o livro se divide em dois tempos: No ano de 2003 quando Cathy é uma jovem que sai todas as noites para beber e se divertir com amigos e em 2008, tempos atuais, onde ela em nada lembra aquela moça alegre.

Os capítulos são curtos e intercalam desde o começo quando ela conhece Lee, um segurança de boate alto, lindo de olhos azuis que faz as amigas suspirarem por ele.
Mas aos poucos essa paixão dele começa a sufocá-la com muitas imposições e ciúmes e quando ela decide abandoná-lo, sua vida vira um inferno.
Aos poucos a autora vai relatando o relacionamento doentio do casal até chegar no ápice.



Na narrativa dos tempos atuais, Cathy tem TOC e transtorno de estresse pós-traumático. No começo dessa narrativa (contada sempre em primeira pessoa pela Cathy), a estória chega a ficar um pouco cansativa de tantos momentos em que ela confere 20 vezes as portas, janelas, gavetas, tudo em decorrência do TOC mas aos poucos você começa a entender o por quê dessa obsessão e acabamos desenvolvendo uma compaixão pela personagem.

A estória é tensa, angustiante. Você se imagina vivendo aquela vida e chega a ser sufocante. Você tem todo tipo de sentimento durante a leitura. Ódio do personagem pela sua covardia e violência, e piedade dela que se submete a tantas situações degradantes por medo dele.

A transformação da personagem, desde o começo que não era nenhuma pudica, até o auge do medo e o final do livro é extremamente grande.
Não é um livro de grandes reviravoltas, mas é intenso e vale a pena ser lido.
Além de ser muito bem escrito, retrata a violência contra a mulher de forma intensa, os medos, a vergonha e muitas vezes a descrença daqueles que convivem junto.
Recomendo!

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