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26 de janeiro de 2024

Os pecados de West Heart - Dann McDorman

 

Os pecados de West Heart, Dann McDorman, Mistério

Mistério envolvente permeado de referências a clássicos do gênero pede a colaboração do leitor para chegar à resolução dos crimes.

Estamos nos anos 1970, às vésperas de um feriado, quando o detetive Adam McAnnis se junta a um velho amigo para aproveitar o fim de semana prolongado no West Heart, um clube exclusivo e tranquilo em meio à natureza. Nesse primeiro momento, você talvez não desconfie das intenções dele, mas, em um livro de mistério, nada acontece por acaso.

Entre funcionários, moradores e convidados, nosso protagonista logo percebe que esse grupo de desconhecidos não é lá muito amigável, mas nenhum detetive que se preze largaria uma missão só por causa de umas caras emburradas. No entanto, a situação se agrava quando, menos de vinte e quatro horas depois de McAnnis chegar, o corpo de um dos membros do clube é encontrado no lago. E, para ficar ainda mais dramático, uma grande tempestade está a caminho.

Em Os pecados de West Heart, suspeitos não faltam e todos têm algo a esconder. Com uma estrutura ousada e uma narrativa maliciosamente subversiva, diferente de tudo que já se viu, esta história é uma homenagem aos grandes nomes da ficção criminal clássica, mas também uma versão totalmente original dos quebra-cabeças do gênero. Até a última página, mais pessoas podem morrer, e resta ao leitor mergulhar fundo neste mistério irresistível, apenas à espera de ser resolvido.

RESENHA:
26/01/2024

West Heart é um clube de caça para famílias abastadas passarem as férias. 
Num final de semana de festividades, o detetive Adam McAnnis é convidado por um amigo a se juntar à eles. Enquanto observa e avalia cada um, ocorre um suposto suicídio. Logo depois um acidente e então um assassinato.
Adam se empenhará em resolver esses enigmas enquanto ficam isolados sem comunicação. 

Aqui há vários personagens (maridos, esposas, filhos, funcionários) que uma hora se referem à eles pelo nome, outras pelo sobrenome. Em vários momentos eu precisei parar pra olhar minha "colinha" de nomes por quê não conseguia identificar quem era, e isso também prejudicou a leitura.
A narrativa do livro é em segunda pessoa - quando o narrador insere o leitor dentro da trama, colocando-o como um dos personagens - e às vezes ele narra em terceira, o que deixa meio confuso às vezes. Parece roteiro para uma peça de teatro.
Quem gostou de "Todo mundo da minha família já matou alguém" poderá gostar desse aqui, é a mesma estrutura de narrativa, o que pra mim é um problema. 
Não consegui me conectar com a estória por causas das pausas que o autor dá para inserir seus próprios comentários, dizer como o leitor deve pensar naquele momento, como ele deve reagir, o que funciona ou não num livro de mistério.
A sensação é que ele quer mostrar o quanto ele é inteligente e que o leitor precisa de ajuda para poder desvendar o crime. Não consegui nem tirar minhas próprias conclusões por que o narrador sempre me direcionava.
Há também várias referências à outros livros e autores, - que pouco pode até ser interessante -  mas aqui foi em excesso e irrelevantes para o crime em si.
Mas o pior de tudo foi o desfecho, eu detestei. Não é possível que o autor fez isso.
Esse livro você vai adorar ou odiar. Pra mim definitivamente não deu.

Nota: 2 ★


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15 de maio de 2023

Modus Operandi - Guia de True Crime - Mabê & Carol Moreira

 

O true crime ― filmes, séries e livros que exploram a motivação e o desenrolar de crimes reais ― é um dos gêneros mais consumidos no Brasil e no mundo atualmente.
Aqui, um sinônimo de true crime é o podcast Modus Operandi, de Carol Moreira e Mabê Bonafé, que nasceu em janeiro de 2020 e angariou uma audiência gigantesca. 
Agora, as duas trazem para o papel toda a experiência que acumularam em mais de cem episódios em um livro definitivo para quem quer saber tudo desse universo que conquista cada vez mais fãs.  

Em Modus Operandi: Guia de true crime, as autoras abordam as principais bases do gênero de maneira simples, objetiva e bem-humorada.
Entre capítulos sobre sistema de justiça, polícia, investigação, casos arquivados, serial killers e outros, a dupla descreve dezenas de crimes que impactaram o Brasil e o mundo, conta a história de assassinos em série e traz diversas curiosidades e fontes para quem quer saber mais sobre o assunto. 

Com um visual atraente e um projeto gráfico diversificado ao longo de 400 páginas, Modus Operandi está pronto para repetir nas livrarias o sucesso estrondoso do podcast.

RESENHA:
15/05/2023

Esse livro é um prato cheio para quem gosta de true crime. Para quem já é "consumidor" do assunto vai conhecer a maioria dos casos citados no livro e para quem não, é uma excelente maneira de conhecê-los. 
Aqui as autoras abordam os temas de maneira simples, objetiva e de fácil entendimento. Alguns casos elas se aprofundam mais e em outros de maneira mais superficial, mas todos são interessantes de relembrar.
Quem quer saber sobre alguns dos crimes mais famosos, tanto aqui no Brasil como fora, vai curtir demais esse livro.
Eu adorei a escrita delas, foi uma leitura muito rápida e muito interessante. É bem nítido o cuidado que elas tiveram em pesquisar, trazendo de maneira detalhada para quem é leigo no assunto. E a edição está simplesmente um luxo!!!
Recomendo muito!

Nota: 4 ★

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18 de abril de 2023

Todo mundo da minha família já matou alguém - Benjamin Stevenson

 

Todo mundo da minha família já matou alguém, Benjamin Stevenson, Thriller Psicológico, Editora Intrínseca

Os Cunningham são uma família bem típica: uma tia maníaca por organização, um padrasto inconveniente, uma irmã sarcástica, uma matriarca cheia de vontades, um irmão controverso… E eles têm lá seus problemas. Para começar, não se dão muito bem. Nem são exatamente próximos. Só que uma coisa os une: todo mundo ali já matou alguém.

Depois de três anos bem atribulados, um final de semana em um resort nas montanhas lhes dá a oportunidade de rever os familiares, bater uns papos constrangedores e talvez até reatar algumas relações. Até que, como acontece em (quase) qualquer encontro de família, um cadáver aparece.

As coisas já não estavam lá muito legais antes mesmo de alguém cair morto, mas, com um histórico como o deles, em pouco tempo não resta dúvida de que só um dos Cunningham poderia ser o responsável por aquela morte. E, conforme a neve rapidamente se acumula, mais corpos são encontrados e os reforços policiais não chegam, a resolução do crime fica nas mãos de um dos membros da família: um escritor especialista em livros de detetive. O que poderia dar errado?


RESENHA:
17/04/2023

"Família não é cujo sangue corre em suas veias, é por quem você o derramaria."

O narrador da estória é Ernest Cunningham, um autor que escreve livros sobre "como escrever livros" e é através dele que vamos conhecer a estória de fundo de cada membro da família.
Como ele mesmo diz, cada membro dela já matou alguém: Seu irmão, sua irmã, a esposa, o pai, a mãe, a cunhada, o tio, o padrasto, a tia e ele mesmo.
Após ficar alguns anos afastado dos familiares, - os motivos ele conta logo nas primeiras páginas - ele é convocado a comparecer a uma reunião de família numa estação de esqui.
Logo no dia seguinte, um corpo é encontrado em meio a neve mas ninguém sabe quem é. Logo um policial tenta tomar as rédeas da investigação, porém ele não parece estar apto à isso.
Quando outra pessoa morre, Ern vai tentar desvendar essas mortes com alguma dificuldade, já que ele não tem experiência alguma e enquanto isso ele vai nos contando sobre cada um dos crimes cometidos pelos seus familiares. Alguns são mais "interessantes" que outros.
O narrador fala diretamente com o leitor que é seu principal expectador. Sua narrativa é pontuada por momentos de humor e ele faz questão de afirmar que é um narrador confiável e que não ocultará nenhuma pista do leitor.
A estrutura da narrativa é bem diferente do que estou acostumada e também tive alguma dificuldade durante a leitura pois achei o mistério bem complexo. Precisei de uma atenção redobrada para poder entender algumas partes.
As primeira metade do livro eu praticamente devorei, mas depois a frequência deu uma caída pois achei um pouco repetitivo.
O final bem explicadinho, - até demais - porém não se sabe como Ern consegue chegar àquelas descobertas de um minuto para o outro. De repente ele sabe o que aconteceu e reúne toda a família na biblioteca do resort para revelar suas descobertas.
Para quem ama um mistério no estilo "whodunnit" com uma reviravolta inesperada no final, esse livro é uma boa pedida.

Nota: 4 ★



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13 de novembro de 2022

O caso Alaska Sanders - Joël Dicker


Abril de 1999. A pacífica cidade de Mount Pleasant, em New Hampshire, é devastada por um assassinato: o corpo de Alaska Sanders, uma jovem de 22 anos, é encontrado à beira de um lago, ao lado do cadáver de um urso-negro.
O que à primeira vista parecia um grotesco ataque animal se revela um homicídio, e, a despeito da comoção generalizada, a questão é solucionada em poucos dias. 
Onze anos depois, o sargento Perry Gahalowood, um dos encarregados da investigação na época, está vivendo um dos piores momentos de sua vida quando recebe uma perturbadora carta anônima. O conteúdo da mensagem faz Gahalowood questionar tudo que pensava saber sobre o caso ocorrido uma década antes. Teria ele seguido uma pista falsa? Teria, então, chegado a uma conclusão equivocada?
Quem o faz cogitar a possibilidade é seu amigo Marcus Goldman, alçado ao estrelato após a publicação de “A verdade sobre o caso Harry Quebert”. 
Diante de tantas incertezas e agitação, os dois resolvem investigar o que de fato estaria por trás da morte de Alaska Sanders e logo fica evidente que o cenário que se descortina é muito mais complexo do que parecera anos antes. Somente unindo forças Gahalowood e Goldman terão alguma chance de descobrir a verdade.  

Após o estrondoso sucesso dos últimos livros, especialmente de “A verdade sobre o caso Harry Quebert”, Joël Dicker retorna ao universo metaficcional de seus principais personagens, demonstrando novamente sua maestria para criar uma trama instigante e repleta de reviravoltas. “O caso Alaska Sanders é Dicker” em sua melhor forma.

RESENHA:
13/11/2022

Se tem algum alguém que consegue escrever um livro com mais de 500 páginas sem deixar monótono, esse alguém é Joel Dicker.
Virei fã dele já no primeiro livro que li e posso dizer sem medo que hoje é meu escritor favorito.

Apesar dessa estória ser totalmente independente, vale ressaltar que tem muita informação sobre "A verdade sobre o caso Harry Quebert", então aconselho que você leia antes até por que é um pecado deixar passar um livrão desses.
Aqui nessa trama mais uma vez encontraremos como narrador o escritor Marcus Goldman - amigo de Harry Quebert e membro da família Baltimore (Do "O Livro dos Baltimore-  e se não leu, leia por favor).
Após 11 anos de um crime solucionado, Marcus e o sargento Gahalowood se unem novamente para refazer a investigação que agora o sargento tem certeza que foi completamente equivocada.
No entanto, quanto mais a dupla investiga mais dúvidas começam a surgir e eles acabam desenterrando estórias que estavam adormecidas.
Não será apenas sobre o assassinato de Alaska. A trama irá muito mais fundo, não só no passado da jovem como de outras pessoas que não tinham ligação com o caso.

Que cérebro incrível desse autor para criar algo assim. Aqui nada é simples, nem mesmo o culpado. Não adivinhei e nem me sonho poderia acertar as motivações.
O modo da narrativa também é deliciosa. Aqui o personagem começa a contar algo que aconteceu e então o leitor é levado para aquele momento e a estória é contada como realmente foi.
Os personagens são manipuladores e não dá pra confiar em ninguém mesmo.
Eu amei esse livro. Simplesmente devorei essa estória! Fui totalmente envolvida pela trama, que foi muito bem construída, com muitas reviravoltas, e quando você pensa que aquela parte da estória foi resolvida, o autor te leva de volta para aquele momento e te mostra uma nova perspectiva.
O final é fechadinho mas tem gancho para um próximo livro, com uma nova aventura. Mal posso esperar por mais livros do autor.
Altamente recomendado!

Nota: 5 ★

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4 de outubro de 2022

Desenhos Ocultos - Jason Rekulak

 

Aos 21 anos, Mallory Quinn precisa trabalhar. Recém-saída da reabilitação, a jovem consegue um emprego na casa de Ted e Caroline Maxwell, que, aos olhos da vizinhança, levam uma vida perfeita.
Sua principal função é tomar conta de Teddy, o filho de cinco anos dos dois. Mallory imediatamente se apaixona pelo trabalho: mora em um lugar só seu, sai para dar suas corridas noturnas e alcança a tão desejada estabilidade. Além disso, constrói laços sinceros com Teddy, um menino doce e tímido que nunca abandona seu caderno e seu lápis. Em seus desenhos, aparecem os elementos de sempre: árvores, coelhos, balões...
Mas um dia, algo diferente surge no papel: um homem em uma floresta, arrastando o corpo inerte de uma mulher. A partir daí as ilustrações de Teddy vão se tornando cada vez mais sinistras, e seus bonequinhos de palito logo se transformam em desenhos altamente realistas impossíveis de serem feitos por uma criança de cinco anos. Assustada, Mallory começa a se questionar se os desenhos não seriam vislumbres de um assassinato sem solução ocorrido décadas atrás nas redondezas, talvez relacionados a uma força sobrenatural. Agora, ela precisa correr contra o tempo para decifrar as imagens e salvar Teddy antes que seja tarde demais.

RESENHA:
04/10/2022

Eu adorei esse livro! Fui completamente envolvida nessa trama. Aqui temos uma estória de mistério, suspense e terror com um toque sobrenatural.
Mallory tem certeza que o espírito de uma mulher que morava na sua atual residência, está assombrando a criança. Teddy se refere a sua amiga imaginária como Anya e fala com ela todos os dias.
Os pais da criança não acreditam em nada disso mas Mallory está decidida a ajudar Teddy, ainda que esteja correndo o risco de perder seu emprego.
O ponto alto desse livro sem dúvidas são os desenhos. São no mínimo chocantes. Eles ajudam a compôr a trama e dá uma visão completa para o leitor da estória que está sendo contada. Foi genial!
As revelações são ótimas e eu não esperava por elas, só o final que não achei tão bom quanto o resto da estória.
Sem dúvidas recomendo o livro para quem curte mistério com uma pegada sobrenatural. E quando tem criança, é melhor ainda :)

Nota: 4,5

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