9 de maio de 2018

Mate o Próximo - Federico Axat



Ted McKay tem tudo: uma mulher linda, duas filhas, um alto salário. Após ser diagnosticado com um tumor cerebral, ele toma a drástica decisão de tirar a própria vida. Quando está prestes a apertar o gatilho, Ted é interrompido pelo toque insistente da campainha. E, ao olhar para sua mesa no escritório, encontra o seguinte bilhete: “Abra a porta. É sua última saída”.
Intrigado, Ted deixa a arma de lado e abre a porta. E então mergulha em um pesadelo arrepiante, que vai fazê-lo duvidar da própria sanidade. À sua frente está um desconhecido chamado Justin Lynch, que não apenas sabe o que Ted estava prestes a cometer como lhe faz uma proposta difícil de recusar, um plano para evitar que sua família sofra as consequências devastadoras de um suicídio.

Ted aceita a proposta do estranho homem, sem imaginar que o bilhete em seu escritório e a oferta de Lynch são apenas o começo de um jogo macabro de manipulações. Alguém plantou um caminho de migalhas, que Ted vai recolher. Alguém que o conhece melhor que ninguém, que o fará duvidar de suas próprias motivações e também das pessoas que o cercam.
Às vezes, nós só podemos confiar em nós mesmos. E, em algumas ocasiões, nem mesmo isso.

RESENHA:
09/05/2018

Menos é mais. Quanto menos você souber da trama, mais surpresas você vai ter.
A sinopse é o suficiente para você saber sobre essa estória. Qualquer coisa que eu disser pode ser um spoiler então vou apenas comentar minhas impressões sobre o livro.

A primeira coisa que preciso te dizer é que se você gosta de thriller psicológico você precisa ler esse livro. 
Segundo, leia com tempo, sem grandes pausas. Se você ficar semanas, meses lendo ele vai perder muita coisa e pode não entender nada mais pra frente.
Terceiro, que narrativa incrível desse autor! Amei a maneira como ele contou a estória do Ted, a trama é muito bem construída e criativa, os personagens mesmo que pequenos à princípio, tiveram sua participação construtiva no enredo.
Achei genial a ideia como um todo, bem complexa e cheia — cheia mesmo — de reviravoltas. Quando você pensa que sabe sobre a estória, o autor te dá com o livro na cara e fala: "Senta aí que agora você saber o que aconteceu".
O livro é dividido em 4 partes importantíssimas e elas são as responsáveis pela mudança da trama. Os capítulos são curtos, estrategicamente escritos de uma maneira que terminando um você já quer ler o próximo.
E por fim, aquele final que eu nem suspeitava e que me deixou chocada! Estava com medo de estar gostando muito do livro e depois encarar um final nada a ver. Mas o autor amarrou todas as pontas e finalizou com coerência.
Apenas uma observação sobre o último diálogo do livro que desgraçou minha cabeça. Não entendi o por quê do autor fazer isso com o leitor  — no caso eu — que fiquei com uma dúvida que pra mim já estava esclarecida, então se alguém leu ou quando ler e tiver alguma teoria, por favor eu imploro que compartilhe comigo hahaha 

Eu recomendo esse livro e claro quero ler mais obras desse autor, já está na minha meta O Pântano das Borboletas.
Boa leitura!

CONTINUE LENDO

6 de maio de 2018

A Velha Senhora - Georges Simenon



Em um domingo, os filhos e enteados da Sra. Valentine Besson se reúnem na casa da viúva, na cidadezinha de Étretat, para celebrar seu aniversário. Rose, a empregada, morre envenenada na mesma noite, após tomar um sonífero destinado à patroa. Quem teria interesse de matar Valentine, uma plácida senhora cuja antiga fortuna hoje resume-se à pequena casa em que vive? Maigret é logo chamado para investigar os crimes, somente para descobrir que as disputas e rancores que subjazem em Étretat são muito mais profundos do que deixa transparecer o aparente calma da cidade balneária.

Minha opinião:
06/05/2018

Classifico esse livro como agradável. Bom para passar o tempo, mas nada que tenha me surpreendido.
A narrativa é linear, não tem reviravoltas ou grandes revelações e achei o culpado logo no início. Poderia até não ser óbvio, mas pra mim foi o que mais se encaixou no perfil.
Valeu pra conhecer a escrita de Georges Simenon que até então não conhecia. Maigret já tinha familiaridade pois assisti as adaptações com o personagem.

Sempre muito bom abrir o leque de autores, valeu!

CONTINUE LENDO

26 de abril de 2018

Canção de Ninar - Leila Slimani


Quem cuida dos seus filhos quando você não está olhando? Apesar da relutância do marido, Myriam, mãe de duas crianças pequenas, decide voltar a trabalhar em um escritório de advocacia. O casal inicia uma seleção rigorosa em busca da babá perfeita e fica encantado ao encontrar Louise: discreta, educada e dedicada, ela se dá bem com as crianças, mantém a casa sempre limpa e não reclama quando precisa ficar até tarde. Aos poucos, no entanto, a relação de dependência mútua entre a família e Louise dá origem a pequenas frustrações – até o dia em que ocorre uma tragédia. Com uma tensão crescente construída desde as primeiras linhas, Canção de Ninar trata de questões que revelam a essência de nossos tempos, abordando as relações de poder, os preconceitos entre classes e culturas, o papel da mulher na sociedade e as cobranças envolvendo a maternidade. Publicado em mais de 30 países e com mais de 600 mil exemplares vendidos na França, Canção de Ninar fez de Leïla Slimani a primeira autora de origem marroquina a vencer o Goncourt, o mais prestigioso prêmio literário francês.

RESENHA:
26/04/2018

A autora te pega pelo primeiro parágrafo e depois disso é um abraço.... você fica refém da leitura.
Ela já começa a estória pelo fim. Logo no início você já encara uma tragédia (e que tragédia) e já sabe quem vai morrer e à partir disso a estória vai se desenvolver.
Myrian é casada e mãe de duas crianças bem pequenas, Adam que ainda é um bebê e Mila.
À princípio Myrian é muito feliz no papel apenas de mãe mas com a chegada planejada de Adam e as rotinas exaustivas, ela começa a desejar algo mais e após um convite para trabalhar na sua área (direito) ela confronta o marido e decide trabalhar fora. Para isso precisam encontrar uma babá de confiança.
Após algumas entrevistas frustantes eles conhecem Louise, a babá perfeita. No caso, perfeita até demais, já que ela cozinha brilhantemente, lava, passa, organiza... enfim, ela literalmente coloca a casa e a família em ordem.
Não demora muito para que fiquem dependentes um do outro, tanto Louise que vê neles sua própria família quanto o casal que não conseguem mais viver sem a babá.
Mas nem tudo são flores, claro, e com o passar do tempo Louise vai mostrar suas falhas.
Preciso dizer que é uma narrativa viciante. A autora dispensa descrições e é muito objetiva, ela vai direto ao ponto.
São poucas páginas (menos de 200) e sem divisão de capítulos, que nos mostrarão algumas passagens da vida da Louise, seus desgostos, família, comportamento.
Não espere grandes surpresas pois não é esse o objetivo do livro. A autora logo de cara te apresenta um cenário e a trama será desenvolvida à partir daí. Também não espere grandes revelações ou respostas para explicar o comportamento da personagem.
Mas é um drama psicológico que vai fazer o leitor parar e pensar em limites e em até que ponto podemos delegar funções.
Myrian tinha todo o direito de voltar à trabalhar sem culpa, porém a certa altura ela se tornou uma mãe negligente e ausente.
O pai, Paul, não é menos culpado. Com todos os avanços em ambas as carreiras, eles se aproveitavam do fato da babá ser tão presente e capaz que confiaram seus filhos à ela sem restrições.
Tiveram os dois, várias oportunidades de notar o comportamento da babá mas preferiram fechar os olhos por comodismo e ambição demasiada.
Realmente esse livro foi impactante e um choque de realidade. Até que ponto podemos confiar nossos filhos?


Recomendo demais essa leitura!

CONTINUE LENDO

24 de abril de 2018

A Garota do Lago - Charlie Donlea




ALGUNS LUGARES PARECEM BELOS DEMAIS PARA SEREM TOCADOS PELO HORROR...

Summit Lake, uma pequena cidade entre montanhas, é esse tipo de lugar, bucólico e com encantadoras casas dispostas à beira de um longo trecho de água intocada.
Duas semanas atrás, a estudante de direito Becca Eckersley foi brutalmente assassinada em uma dessas casas. Filha de um poderoso advogado, Becca estava no auge de sua vida. Atraída instintivamente pela notícia, a repórter Kelsey Castle vai até a cidade para investigar o caso.

E LOGO SE ESTABELECE UMA CONEXÃO ÍNTIMA QUANDO UM VIVO CAMINHA NAS MESMAS PEGADAS DOS MORTOS...

E enquanto descobre sobre as amizades de Becca, sua vida amorosa e os segredos que ela guardava, a repórter fica cada vez mais convencida de que a verdade sobre o que aconteceu com Becca pode ser a chave para superar as marcas sombrias de seu próprio passado...

RESENHA:
24/04/2018

"Mas descobrir um segredo jamais é a chave. Descobrir por que um segredo é um segredo é o que leva a algum lugar."

Narrado em terceira pessoa, o livro vai contar a estória de Becca começando 14 meses antes de seu assassinato e da jornalista Kelsey, em capítulos alternados.
A estória já começa com o assassinato de Becca e depois é contado de trás pra frente, até voltar ao início do livro.
O autor vai apresentar pouco a pouco a rotina de Becca e seus amigos, seus envolvimentos amorosos, rotinas de estudos e conflitos pessoais.

Após um tempo afastada da revista em que trabalha, Kelsey é mandada pelo seu chefe para a pequena cidade de Summit Lake, um lugar onde nunca ocorreu um crime antes. À princípio ele pensa que se trata de uma morte comum e por isso designa esse trabalho para que ela possa se recuperar de algo que lhe aconteceu.
Mas assim que começa as primeiras investigações ela percebe que esse crime é algo mais complicado, já que o delegado da cidade foi afastado para que as autoridades estaduais liderassem.
Porém já se passaram duas semanas da morte da jovem e ninguém tem nenhuma pista. Nem mesmo o laudo da autópsia veio à público e isso mais a falta de informação por parte da polícia, deixa a jornalista ainda mais intrigada com o caso.
Com o passar dos dias Kelsey vai ficando cada vez mais envolvida e determinada à descobrir pistas que levem ao assassino da estudante.

Enquanto nós leitores vamos conhecendo e nos familiarizando com os personagens e possíveis suspeitos, a jornalista está completamente no escuro sobre quem eram os amigos de Becca. Ela sendo estudante e moradora de Washington que veio para um fim de semana na casa do lago para estudar, ninguém sabia com quem ela andava.

Eu formei várias teorias, criei alguns suspeitos e depois mudava de ideia. O autor brinca um pouco com o leitor e em certo momento tive que voltar as páginas para ver se tinha sido tinha entendido errado.
A ausência de mais personagens deixa o campo de suspeitos meio que limitado, então o autor do crime não é tão surpreendente assim. Com uma atenção redobrada na leitura, não é impossível descobrir.

O ponto negativo na minha opinião é que a jornalista teve acesso muito facilitado aos materiais para a investigação e isso achei um pouco forçado. Todo mundo facilitou pra ela.... não colou :/
E o final deixou a desejar pois não explica o porquê de todo aquele segredo sobre a investigação.

No mais, eu recomendo essa leitura, é o primeiro livro do autor e realmente ele conseguiu prender minha atenção com sua escrita fluida e envolvente.

Nota: 4 



CONTINUE LENDO

18 de abril de 2018

A Maldição do Espelho - Agatha Christie


O que viu Marina Gregg, a famosa atriz cinematográfica, um pouco antes de um assassinato ser cometido em sua casa? Quem – ou o que – fez sua expressão mudar de modo tão violento, a ponto de um observador lembrar-se de Alfred Tennyson! "Fora voava a teia e flutuava à distância;
O espelho partiu-se lado a lado;
– a maldição caiu sobre mim –, gritou a senhora de Shalott".
Alguns minutos mais tarde um corpo jazia morto na mansão de Marina – pela segunda vez vítima de um assassinato premeditado tinha sido ali descoberta.
Nesse romance de Agatha Christie, Miss Maple, cuja casa em St. Mary Mead é perto do cenário do crime, descobre a oportunidade perfeita para saborear um tipo especial de mistério a que está acostumada.
Os milhões de admiradores de Agatha Christie gostarão de tentar se antecipar a Miss Maple, assim como gostarão do humor e caracterização dessa história engenhosa e fascinante.

RESENHA:
18/04/2018

A pacata vila de St. Mary Mead agora já não é mais a mesma. Novos moradores chegando devido ao desenvolvimento, entre eles a famosa atriz de cinema Marina Gregg.
Agora proprietária da mansão Gossington Hall, uma vez palco de "Um corpo na biblioteca", Marina abre as portas de sua casa para alguns moradores apreciar as novas mudanças.
Durante a visitação, uma das convidadas morre após ingerir um drink que seria de Marina e apesar das dezenas de suspeitos ali presentes, aparentemente nenhum teria oportunidade de colocar algo na bebida sem que fosse visto pelos outros.
Miss Marple vai ajudar o amigo, detetive Craddock, à investigar o mistério e descobrir quem teria motivos para matar e como agiu.

Não foi uma das melhores leituras que fiz da dama. Achei a narrativa arrastada, sem muitos acontecimentos que prendesse a atenção e quando Miss Marple vai falar sobre o crime, acaba o livro. Nem deu tempo de sentir o gostinho.
Porém, é um dos motivos mais chocantes que li até hoje nos livros dela, um crime psicológico com um final bem triste.
Ainda que arrastado à princípio, é um livro que vale a pena ser lido e apesar de ter desconfiado d@ culpado@, nem sonharia sobre suas motivações.
Agatha é incrível! Nunca deixa de nos surpreender!

CONTINUE LENDO

1 de abril de 2018

Não Durma - Michelle Harrison


Quando os mortos não dormem, os vivos têm medo de adormecer... 

Elliott, um garoto de 17 anos, não dorme bem desde o acidente que quase o matou. Às vezes, ele fica em um estágio meio adormecido, meio acordado e se vê cercado por silhuetas em movimento. Em outras, é ele quem se move, enquanto seu corpo permanece inerte na cama. Médicos dizem que a paralisia do sono e as experiências extracorpóreas são inofensivas - mas, para Elliott, elas são assustadoras.

Determinado a descobrir o que está acontecendo, ele consegue um emprego em um museu conhecido por ser mal-assombrado. É onde conhece a enigmática Ophelia. À medida que os dois ficam mais próximos, Elliott se torna o foco de ainda mais atenção dos mortos. Certa noite, ao retornar de uma experiência extracorpórea, ele não encontra o próprio corpo. Alguma coisa está o ocupando, algo morto que quer viver de novo - e quer Ophelia também...

RESENHA:
31/03/2018

Elliot é um jovem de 17 anos saudável e com uma rotina semelhante à qualquer outro de sua idade. Porém, após sofrer um acidente grave, ele viverá uma experiência terrível que vai mudar completamente sua vida.
O jovem vai desenvolver a paralisia do sono, um estado de semiconsciência em que preso no corpo, consegue ver espíritos à sua volta.
Devido à essa sensibilidade, ele é atormentado pela presença de uma jovem que se matou no apartamento onde ele vive com o pai e ela só aparece quando ele adormece.
Dividido entre o pânico e a vontade de saber mais sobre sua condição, ele consegue um emprego como guia num lugar mal assombrado. Mal sabe ele que isso irá desencadear uma séries de manifestações que colocarão sua vida em risco.

A narrativa é sob o ponto de vista do Elliot que vai contar detalhadamente sua rotina, suas descobertas, experiências e sua aproximação com a jovem Ophelia.
Eu adorei esse livro, é bem diferente do que estou acostumada a ler, geralmente prefiro assistir filmes desse gênero, mas a narrativa é contagiante e é praticamente impossível abandonar a leitura.
Os passeios pelo parque narrado em primeira pessoa, dão mais veracidade às cenas e deixa o leitor mais próximo das experiências vividas pelo personagem.
Elliot vai sofrer muito em silêncio, até por que vai ser muito difícil encontrar alguém que acredite nele.
A estória é um pouco assustadora, não considero um terror, mas prende sua atenção logo nas primeiras linhas pois a trama é muito envolvente. Elliot faz com que a gente sinta na pele o terror vivido por ele e acabe torcendo e ansiando por mais descobertas.

E o bacana dessa estória é que a autora se baseou em experiências reais vividas por um parente para criar a história do jovem Elliot. Claro que ela adaptou as situações para dar vida ao personagem, mas são eventos que acontecem de verdade.
Enfim, é uma leitura que recomendo demais para os amantes do gênero. Uma pena que não é tão divulgado assim.
Boa leitura!

CONTINUE LENDO

26 de março de 2018

A Mulher Na Janela - A.J. Finn


Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. "A Mulher Na Janela" é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.


RESENHA:
26/03/2018

A mulher na janela é o primeiro livro do autor A.J. Finn, crítico literário, e já está sendo adaptado para o cinema pela 20th Century Fox.

A princípio a trama nos faz lembrar de A Garota no trem devido algumas semelhanças mas logo as estórias tomam rumos bem diferentes.
A protagonista Anna é viciada em vinho e o ingere junto com uma quantidade absurda de remédios. Ela sofre de Agorafobia – pavor de lugares abertos –  e portanto ela vive trancada dentro de casa. Tudo que ela precisa para viver, desde alimentos, álcool e comprimidos é entregue à domicílio.
Essa fobia se desenvolveu após uma tragédia e ela vive reclusa há quase um ano e isso será apresentado aos poucos ao leitor.
Ela ainda têm contato com algumas pessoas por telefone e recebe visitas semanais da sua fisioterapeuta e do seu terapeuta. Além disso, participa regularmente de um chat com pessoas que sofrem de fobias, prestando aconselhamentos. Ela é psicóloga de crianças mas devido aos problemas não tem atuado mais.
Porém, seu passatempo favorito é bisbilhotar a vida dos seus vizinhos até onde o zoom da sua câmera alcança. Ela passa um bom tempo em frente à janela acompanhando a rotina deles e por causa desse hábito ela vai presenciar um crime.
Acontece que quando ela conta para a polícia o que viu, ela não será levada a sério. Devido ao seu histórico e a fama que ela tem no bairro por nunca sair de casa, ninguém vai acreditar nela.
Ao mesmo tempo em que ela se questiona, ela tem certeza de que não foi uma alucinação. Ela não acredita que sua mente esteja lhe pregando peças, mesmo consciente da quantidade de comprimidos que ela consome.
Quase na metade do livro o autor coloca todos os personagens, inclusive Anna, sob uma nova perspectiva que muda o rumo da trama.

Toda a narrativa é em primeira pessoa através dos olhos da Anna então tudo que a gente descobre lendo é sob a perspectiva somente dela! 
Até que ponto podemos confiar no que ela vê? Uma mulher sozinha que passa o tempo bebendo e consumindo remédios controlados ou em frente à janela ou em frente à TV assistindo filmes sobre crimes, é mesmo confiável?

Eu adorei a escrita do autor. Ele aborda temas profundos com propriedade e essa condição da protagonista é muito triste, a sensação de vazio dela é algo palpável.
Só não virou um dos favoritos do gênero por quê saquei logo de cara os segredos da trama.
As revelações que o autor fez não me surpreenderam pois já tinha certeza que era aquilo. Teve duas mais impactantes sendo uma delas o final.
Acredito que seja o excesso de livros que leio do gênero que me fez ficar com as antenas mais ligadas e quando foquei naquele fato, tudo que o personagem fazia eu prestava atenção dobrada e cada vez mais eu tinha certeza daquilo.
Mas nem por isso diminuiu meu interesse pela estória. Achei o livro incrível, prende atenção do começo ao fim e você não vê a hora de chegar ao final dele pra saber como tudo aquilo será resolvido.
Já estou bem ansiosa pelo filme e pelos próximo livros desse autor, espero que não demore muito :-)
Recomendadíssimo!
5 estrelas pra ele!

CONTINUE LENDO


Topo