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20 de abril de 2020

Mistério no Caribe - Agatha Christie


Com as despesas pagas por seu sobrinho, Miss Marple vai passar o inverno em uma ilha no Caribe e, quando tudo parecia monotonia, o major Palgrave morre.
As suspeitas de Miss Marple eram corretas: ele fora envenenado, provavelmente por saber alguma coisa que deveria permanecer em segredo.
Uma grande nuvem negra paira agora sobre a ilha, e Miss Marple se vê investigando o crime junto ao Sr. Rafiel, um velho milionário que acreditou em sua versão, e antes que as próximas vítimas sejam encontradas.

RESENHA:
20/04/2020

Passando férias num resort no Caribe, Miss Marple terá mais uma vez seu descanso interrompido por uma sequência de crimes.
Em conversa com o major Palgrave, entre tantas estórias que ele costuma contar em suas viagens, quando ele começa a contar um caso de assassinato à Miss Marple e vai mostrar à ela algo que comprove sua estória, ele de repente muda de assunto. Ela logo percebe que a chegada de alguns hóspedes fez com que ele interrompesse o que ia contar e à partir disso vai ficar desconfiada.
Tudo não passaria de mais um "causo" da longa lista do major, se ele não morresse naquela mesma noite.
A polícia não tem dúvidas que foi morte natural, já que era hipertenso e muito velho. Mas para a desconfiada Jane Marple ele foi assassinado. 
Conforme suas suspeitas se confirmam, começa as especulações de quem poderia ter matado o major e logo uma outra vítima é assassinada, possivelmente uma chantagista. 
Agora, ao lado do Sr. Rafiel, um velhinho sem papas na língua tão curioso quanto ela, os dois vão analisar cada um dos hóspedes, seus motivos e juntar todas as conversas que ouviram durante suas estadias.
O que é mentira e o que é verdade irá confundir Miss Marple, até que num erro do assassino ela finalmente liga os pontos.

Claro que eu adorei o livro. A Miss Marple é sem sombra de dúvidas minha personagem favorita das estórias de Agatha Christie.
Adoro como ela se passa de indefesa e acaba fazendo todo mundo falar o que ela precisa saber e com seu jeitinho inocente ela vai levando todo mundo no bico.
Agora o próximo é Nêmesis, que vai tratar do assassinato de um personagem desse livro.

Nota: 4,5 ★

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29 de fevereiro de 2020

Portal do Destino - Agatha Christie


Às vésperas da aposentadoria, o casal Beresford muda-se para uma casa antiga, em uma cidade litorânea.  A casa possui um sótão cheio de velhos livros, que Tuppence, amante da leitura, se põe a organizar. Eles a fazem recordar-se de seu passado e ela, com muito prazer, relê alguns trechos de seus prediletos. Em um desses livros ela encontra uma mensagem, composta por algumas palavras: Marie Jordan não morreu de morte natural. Foi um de nós.  Tuppence inicia então a investigar o passado da casa e da cidade, contando com a memória dos velhinhos dos asilos e das senhoras anciãs. É um trabalho árduo investigar sobre algo que aconteceu há mais de 50 anos, mas Tuppence, com o apoio do seu marido Tommy, consegue descobrir quem era Marie Jordan, porque foi assassinada e por quem.

RESENHA:
29/02/2020

Não sou fã das estórias do casal Tommy e Tuppence mas por quê envolvem espionagem que é um tema que não me interessa. Até hoje só gostei de "Um pressentimento funesto" por ser bem diferente disso.  

Aqui, já com mais de 70 anos e aposentados do serviço, o casal compra uma casa velha numa cidadezinha chamada Hollowquay, onde passam a reformá-la. 
Durante a arrumação dos livros, Tuppence encontra nas páginas de um deles uma pista que indica que ali ocorreu um assassinato. Entretanto, logo ela descobre que esse crime aconteceu há mais de 60 anos e portanto não há informações nem mesmo pessoas com quem se pode falar sobre isso. 
Como era de se esperar, Tuppence não vai ignorar essa descoberta e acaba envolvendo o marido nessa investigação.  

O livro é muito fraco na minha opinião. Não consegui me envolver na trama devido a falta de ação. Muitos assuntos paralelos e diálogos sobre jardinagem, frutos e outras amenidades que não acrescentaram em nada e tiraram o ritmo da leitura. 
Uma pena, mas infelizmente não curti essa última aventura do casal. O bom é que ele é bem curtinho e deu pra ler numa só vez. 
Não recomendo como primeira leitura da Agatha.

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11 de novembro de 2019

Um Crime Adormecido - Agatha Christie


Gwenda Reed, 21 anos, recém-casada, acaba de comprar uma casa centenária no litoral sul da Inglaterra. Trata-se da residência ideal para um futuro vibrante. Aos poucos, porém, o novo lar vai revelando sinais sinistros. Mas como é possível que Gwenda possa intuir que um dia houve uma porta onde hoje há uma parede sem passagem? Ou que possa adivinhar, com precisão de detalhes, qual a estampa do papel de parede original de um quarto? Sem saber exatamente como, ela adquire a certeza de que uma mulher foi ou será morta na casa. Miss Marple, perspicaz como sempre, guiará Gwenda pelos segredos aterradores que seu próprio lar esconde.

RESENHA:
11/11/2019

Maravilhosamente engenhoso!
Nessa última aventura da minha detetive favorita, teremos um crime ocorrido à 18 anos que vai se desenrolar e ser resolvido à partir das memórias das pessoas. 
Graças ao jovem casal Gwenda e Giles que não desistem de correr atrás das pessoas envolvidas e claro, à engenhosidade de Miss Marple que soube muito bem conduzir a trama e montar o quebra cabeça, enfim será dado um final à estória há muito adormecida.
A resenha vai ser curtinha mesmo, quanto menos souberem melhor.

A trama começa com ares sobrenaturais. Gwenda conhece detalhes de uma casa que nunca esteve antes, adivinha o que pode ter sido certo ambiente, entre outras coisas. Mas tudo começa a virar de cabeça para baixo quando ela tem uma visão terrível.
Certa de que está beirando à loucura decide procurar um médico, porém antes disso ela conhece Miss Marple que com seu jeitinho que lhe é característico, convence a moça de que os últimos acontecimentos tem uma explicação plausível.
À partir daí vai começar uma caçada aos envolvidos do passado e o mais importante:  Houve ou não um crime?

Eu adorei essa história! Adorei a ideia da trama, adorei como ela se desenvolveu e adorei o modo como os personagens foram inseridos nela.
O responsável não foi surpresa, já havia desconfiado, mas no decorrer da estória eu acabei deixando-o de lado.
Como sempre, todas as pontas são ligadas e todas nossas dúvidas são resolvidas.... como não poderia deixar de ser numa estória da Agatha Christie.
Recomendo mil vezes ♥
Nota: 5 ★

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26 de setembro de 2019

A Mina de Ouro - Agatha Christie



Forças sobrenaturais, espíritos de outro mundo, enigmas terrenos. Não importa se o perigo vem do além ou da casa ao lado, Agatha Christie nos transporta para quinze mistérios não necessariamente policiais – às vezes os mistérios vêm da alma.
Como em “O estranho caso de sir Arthur Carmichael”. Nessa história, Arthur, um rapaz simpático e amável, vai dormir com a saúde impecável e na manhã seguinte é encontrado perambulando pelas ruas, assustado, incapaz de reconhecer qualquer pessoa. O mais estranho é que todos evitam falar sobre o que está acontecendo. Neste conjunto de relatos publicados nos anos 20 e 30, não espere encontrar respostas objetivas. Alguns mistérios estão fadados a permanecer assim, mistérios...

“Seu talento literário sem igual ultrapassou qualquer barreira.” John Curran, autor de Os diários secretos de Agatha Christie.

Minha Opinião e breve resumo dos contos:
26/09/2019

Finalizando esse livro de contos, fiquei com a sensação de que algumas coisas nem foram escritas pela Agatha, de tão chato que foi.
Alguns podem ser encontrados no livro O Cão da Morte que citarei abaixo. Como eu já tenho esse livro e já li, então acabei pulando-os mas são os melhores dessa coletânea na minha opinião.
No geral, é uma série de contos monótonos que deixaram muito a desejar. Não sei em que momento da vida dela foram escritos, nem se ela os escolheria para publicar mas o fato é que não pode ser tomado como referência da escrita dela.
Um que gostei foi "A esmeralda do rajá" e um dos piores pra mim foi "A proximidade de um cachorro".
Enfim, se você nunca leu nada da Agatha Christie, não comece por esse livro.

Nota: 3 ★

"- O Mistério de Listerdale - A viúva St. Vicent está em sérias dificuldades financeiras quando encontra um anúncio tão bom que parece armadilha: uma casa mobiliada e com empregados por um preço irrisório. Ela resolve alugar mas seu filho Rupert não descansará até saber o que aconteceu ao dono da casa e o porquê dela ser tão barata."

"- A moça do trem - George Rowland é despedido da empresa de seu tio após mais uma noite de farra. Decidido a mudar de vida, faz as malas pra ir embora da casa onde vive com tio e durante sua viagem de trem conhece uma moça misteriosa que lhe confia uma missão. George se aventura para impressionar a moça e reencontrá-la."

"- A bravura de Edward Robinson - Edward Robinson está desanimado com sua vida pacata e seu noivado com uma moça que ele considera 'pé no chão' demais. Quando a oportunidade de uma aventura surge, ele aproveita os momentos que se tornam decisivos para mudar sua vida."

"- Jane procura emprego - Jane Cleveland está aflita por um emprego quando vê um anúncio no jornal contratando moças com as mesmas descrições fisicas dela. Movida pela necessidade e pela curiosidade, ela vai até o endereço e encontra dezenas de outras moças como ela que vão passar por um processo seletivo. Mesmo depois de ser escolhida, ela ainda não sabe do que se trata mas aceita mesmo que isso coloque sua vida em risco."

"- Um domingo frutífero - Dorothy sai num passeio de carro com seu pretendente Edward e durante o piquenique eles têm uma surpresa. O conto é super curto, tem apenas 8 páginas e por isso nem dá pra comentar sobre."

" - A mina de ouro - George acaba de ser despedido do banco pelo próprio tio e na saída encontra uma moça que pede que ele entre no carro.
Uma misturinha de romance, com toque de humor onde tudo acontece em algumas poucas horas.
Fraco demais, nem dá pra acreditar que esse conto que deu nome ao livro."

" - A esmeralda do rajá - James está de férias num badalado balneário à pedido de sua namorada Grace, porém ambos estão em hotéis diferentes. Enquanto ele está sozinho num lugar barato, Grace está num lugar chique com amigos ricos, o que o incomoda demais. Acontece que tudo muda depois que ele volta de um banho de mar."

" - O canto do Cisne - Paula Nazorkoff, uma cantora soprano, aceita fazer uma apresentação da ópera "Tosca" para um público particular quando no final acontece uma tragédia.

" - O Cão da Morte (Também no livro O Cão da morte) -  Narrado em primeira pessoa, o Sr. Anstruther nos conta sobre um fenômeno em que uma freira havia matado vários alemães apenas invocando um raio, o qual deixou a marca de um cão em uma das paredes que restou no lugar.

" - A Cigana (Também no livro O Cão da morte) - Dickie Carpenter sempre sonhou com ciganas e tinha aversão à elas. No sonho elas sempre o avisavam de algum perigo. Quando ele conhece a sra. Haworth tem certeza que é a mesma pessoa do sonho e ela lhe dá um aviso pouco antes dele fazer uma cirurgia.
Agora seu amigo Macfarlane vai procurar essa  mulher para tentar entender os acontecimentos.

" - O Lampião (Ou A lâmpada no livro O Cão da morte) ) - A sra. Lancaster se muda com seu pai e seu filho pequeno para uma casa que dizem ser assombrada. Há muitos anos faleceu ali um menino em circunstâncias muito tristes, mas a nova proprietária não acredita em assombrações e por isso não se importa com a história da casa.
Até que algo começa a acontecer.

" - O Estranho Caso de Sir Arthur Carmichael (Também no livro O Cão da morte) - Esse conto é narrado pelo dr. Edward Carstairs sobre um episódio que ele presenciou quando acompanhou o amigo, dr.Settle, para avaliar a súbita mudança de comportamento do jovem Arthur que de uma hora pra outra desenvolveu outra personalidade.

" -  O Chamado das Asas (Também no livro O Cão da morte) - Vai contar sobre uma experiência de um homem rico que após ouvir uma música tocada por um andarilho, começa ter a sensação de que está levitando.

" - Flor de magnólia - Decidida a fugir do marido com outro homem, Theodora Darrell acaba voltando para ele quando descobre que o mesmo faliu."

" - A proximidade de um cachorro - Joyce Lambert está à beira da miséria desesperada por um emprego, mas precisa de algo que não tenha que se livrar de seu cachorro de estimação.


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13 de setembro de 2019

Os Elefantes Não Esquecem - Agatha Christie


Perguntada a respeito da intrigante morte dos pais de sua afilhada, ocorrida há catorze anos, a escritora Ariadne Oliver não vê outra alternativa senão pedir ajuda a seu velho amigo, o detetive Hercule Poirot.  Afinal, o que exatamente aconteceu no penhasco onde o casal foi encontrado? Será que um atirou no outro e, em seguida, tirou a própria vida? Ou teria sido um pacto suicida?  É chegado o momento de desenterrar velhas lembranças e tentar dar algum sentido a essa surpreendente história.

Tradução: Clarice Lispector

RESENHA:
13/09/2019

Há muito tempo tenho esse livro e o único motivo de ter adiado tanto essa leitura é pelos comentários negativos à respeito.
Espero com o tempo deixar de ser influenciada assim, não é sempre que ocorre e na maioria das vezes não concordo com as opiniões.
É o caso de Os Elefantes não esquecem. Não é uma obra prima da Dama, porém está longe de ser um livro ruim.
Na verdade esse é o livro mais fácil dela que já li até hoje! É praticamente impossível você não resolver esse mistério. Parece que Agatha resolveu pegar leve e dar um crime de bandeja para nós leitores resolvermos.
Esse livro também é comparado ao Cinco Porquinhos, mas só por que o crime é resolvido após ter se passado muitos anos e diferente da maioria esmagadora, eu gostei mais desse.
Aqui não teremos um grande mistério e nem tantas pessoas a serem "entrevistadas" já que a maioria eram crianças ou idosas na época e por isso a estória é bem curtinha, apenas 165 páginas.
Por ser rápido é bem gostoso de se ler e nem um pouco cansativo.
Aconselho a nunca deixar nada da Agatha Christie para trás, pois graças à Deus somos pessoas com gostos e opiniões divergentes e o que não agrada um pode ter efeito contrário no outro. Toda obra dela é rica em conhecimento, de diferentes maneiras e sempre um ótimo entretenimento.

Nota: 4 ★

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13 de maio de 2019

Um Acidente e Outras Histórias - Agatha Christie


Um Acidente e Outras Histórias reúne contos de Agatha Christie nos quais a grande escritora conseguiu fixar toda a sua capacidade de imaginação, que lhe deu o indiscutível primeiro lugar na literatura policial deste século. O Chalé do Rouxinol, Uma Canção de Meio Xelim, Um Acidente, A Aventura de Anthony Eastwood, O Mistério da Regata, O Problema da Baía de Polenza, Os Iris Amarelos, Miss Marple Conta uma História, e No Fundo do Espelho são narrativas de diferentes dimensões, temas e atmosferas diversas, mas todas sintetizam admiravelmente a variedade criadora de Agatha Christie, a sua capacidade de prender o leitor do princípio ao final dos seus textos, na dúvida das soluções, que são sempre tão inteligentes e racionais quanto absolutamente imprevistas e emocionantes.

RESENHA:
13/05/2019

Nessa coletânea vamos encontrar nove contos com Miss Marple, Poirot, Parker Pyne e outros personagens.
No geral foi uma leitura muito gostosa, uma mistura de estilos e alguns melhores que outros. Como sempre um ótimo entretenimento.
Farei um breve comentário sobre cada um deles.

Nota: 4 ★

 ♦ O Chalé do Rouxinol 
 Alix e Gerald vivem felizes e em harmonia em seu chalé, até que um dia Alix começa a suspeitar das reais intenções do marido quando numa conversa com seu velho jardineiro ele revela alguns segredos que a deixa amedrontada.

 ♦ Uma canção de meio xelim
 A Jovem Magdalen Vaughan procura um velho amigo, Sir Edward, advogado criminalista aposentado para pedir sua ajuda. Sua tia foi assassinada dentro de casa, não há sinais de arrombamento e os únicos suspeitos são ela e mais 3 pessoas que vivem junto na casa. Ela jura que nenhum deles poderia ter cometido o crime e pede que ele solucione-o.

O Acidente 
Em visita ao Capitão Haydock, Evans que é ex inspetor de polícia tem certeza que a vizinha de seu amigo é a Sra. Anthony, uma mulher que no passado foi absolvida de ter envenenado o marido com arsênico. Agora, certo de que o atual marido corre perigo, Evans fará de tudo para alertá-lo e impedir que ela cometa outro assassinato.

♦ A Aventura de Anthony Eastwood
Anthony Eastwood está sem ideias para seu novo livro quando recebe uma ligação estranha. Uma jovem desesperada pede sua ajuda pois está sendo perseguida, porém ela o chama por outro nome. Mesmo assim, Anthony vai ao encontro da jovem saber o que o espera.

♦ O Mistério da Regata
Durante um jantar oferecido pelo Sr. Pointz, a colegial Eve afirma ao anfitrião que ela poderia roubar seu valioso diamante sem que ele percebesse. Isaac Pointz aceita a aposta e quando a brincadeira dá errado o jovem Llewellyn procura os serviços do detetive Parker Pyne, já que as desconfianças recaem sobre ele.

♦ Problema na baía de Polensa
De férias, o detetive Parker Pyne espera passar despercebido na pequena ilha. Logo ele percebe problemas entre a sra. Chester e seu filho que estão hospedados no mesmo hotel e evita ao máximo se envolver até que ele é reconhecido por uma hóspede recém chegada que sugere que ele ajude a sra. Chester.

Os iris amarelos
Hercule Poirot recebe um telefonema de uma jovem desesperada. Ela pede que ele vá ao restaurante no Jardin des Cygnes e procure pela mesa com os íris amarelos.
Quando Poirot chega há apenas um jovem sentado à mesa e ele não sabe o que fazer e nem o que procurar.
Logo mais convidados chegam e no desenrolar da noite, uma encenação revela um assassino.

Miss Marple conta uma história
Nesse conto, a sagaz velhinha conta ao seu sobrinho Raymond e sua esposa Joan, como ela conseguiu desvendar a morte da esposa do Sr. Rhodes.
A sra. Rhodes foi encontrada com um punhal no peito no quarto do hotel em que estava hospedada e as suspeitas recaíram sobre o marido que estava no quarto ao lado.

No fundo do espelho
Em visita ao amigo, na antiga mansão Badgeworthy, um jovem tem uma visão através de um espelho de uma moça sendo estrangulada por um homem.
O conto é narrado em primeira pessoa até o desfecho final.

Esse último conto também é encontrado como Através de um espelho sombrio nos livros Os últimos casos de Miss Marple e Poirot sempre espera e outras histórias.
Gosto muito desse conto pelo estilo sombrio e os outros que gostei bastante também foram O Chalé do Rouxinol e O Acidente, sendo surpreendida por esse.

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25 de fevereiro de 2019

Convite Para um Homicídio - Agatha Christie



Certa manhã, no jornal local Gazette, um estranho anúncio pode ser lido: "Convida-se para um homicídio, a ter lugar sexta-feira, 29 de outubro, em Little Paddocks, às 18h30m. Espera-se a presença de todos os amigos da família; não haverá outra convocação." Nenhum dos moradores da casa entende o que está acontecendo e muitos amigos da família resolvem aparecer na hora marcada, imaginando que lá haverá uma festa temática ou algo desse tipo. Exatamente no horário marcado no anúncio, todas as luzes de Little Paddocks se apagam e um homicídio acontece. O mistério é investigado pela polícia, com a ajuda da simpática Miss Marple, que desconfia de tudo e de todos. A situação piora quando é descoberta a existência de muitas pessoas ligadas à dona da casa, Letty Blacklock, e que poderiam desejar a morte da mesma.

RESENHA:
25/02/018

As pessoas que têm raiva do mundo são sempre perigosas. Pensam que a vida lhes deve alguma coisa[...] É o que está dentro da gente que nos faz felizes ou infelizes.


Eu sempre trapaceio minha meta de leitura quando surge um livro da Agatha Christie. Não lembrava desse e quando vi essa sinopse não deu outra: tive que parar o que estava lendo e começá-lo.
Há quem pense que é impossível - após algumas décadas lendo Agatha - ainda se surpreender com suas obras. Se engana, pois ela inova a cada trama e pega até mesmo os mais preparados, que dirá os desprevenidos :-)

Um convite publicado no jornal local aparentemente inofensivo, acaba atraindo à casa da srta. Blacklock os vizinhos mais curiosos e uma noite que seria de brincadeiras acaba se transformando em tragédia.
Apesar dos policiais estarem em cena o tempo todo, quem acaba descobrindo o crime e a ligação entre os personagens é a Miss marple, a única a prestar atenção nos menores detalhes. Detalhes que a autora coloca no decorrer de toda estória e que o leitor facilmente deixa passar. 
Miss Marple acaba resolvendo o crime justamente através dessas pistas e a autora não tem intenção de enganar o leitor, muito pelo contrário, mas a gente só percebe depois que é revelado.
Eu adivinhei quem era o culpado mas nem de longe pude imaginar as suas motivações e o desfecho genial que a autora preparou. Todos personagens estão ali por um motivo, nada é por acaso e cada um tem sua importância.
Mesmo prestando atenção em cada conversa, em cada assunto que poderia ser uma pista, nem assim eu descobri o que a autora quis dizer. Foi incrível! 

Eu sou apaixonada pela Miss Marple, acho-a incrível e com aquele seu jeitinho inofensivo vai tirando informações sem que a pessoa perceba, descobrindo tudo que deseja como quem não quer nada. É a tia-avó que eu queria ter ♥
Apesar de adorar o Poirot que é muito inteligente, por vezes arrogante e tem a experiência na polícia em conta, ainda prefiro ela que é astuta, não tem a técnica, mas tem conhecimento do comportamento humano de sobra.

Miss Marple é genial!
Recomendo!!!

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7 de fevereiro de 2019

Seguindo a Correnteza - Agatha Christie


A ação do livro acontece em 1946. Gordon Cloade é um homem muito rico que costumava ajudar seus familiares. Com o fim da segunda guerra mundial, Gordon se casa com Rosaleen Underhay, uma viúva muito mais jovem que ele. Pouco tempo depois, a casa de Gordon é bombardeada, ele morre e Rosaleen herda os bens do marido.

A família Cloade fica muito contrariada, mas tem que aceitar esta situação, já que não existe um testamento que faça a distribuição dos bens para os familiares.

A cunhada de Gordon, interessada em espiritismo, procura Hercule Poirot para pedir sua ajuda. Um espírito revelou que o primeiro marido de Rosaleen na verdade não morreu. Se o marido fosse encontrado, o casamento de Gordon não seria válido e assim a família poderia tomar posse da herança.

Um dia, chega na cidadezinha onde vivem os Cloade, um homem que diz que o ex-marido de Rosaleen está vivo e é assassinado. O problema se torna complexo, e somente Hercule Poirot tem condições de reunir todas as informações e desvendar o mistério.

RESENHA:
07/02/2019

Não sei por que demorei tanto para ler esse livro. Narrativa ágil, muitas reviravoltas, vários personagens que se destacam e se comportam como se a qualquer momento fossem se revelar.

Imagine 6 pessoas da mesma família completamente dependente financeiramente de um único parente, aí esse parente casa e morre em questão de 2 semanas apenas e essa nova esposa herda tudo. Porém se a nova esposa morre, o dinheiro volta pra família.
Ingredientes perfeitos para um delicioso romance policial e ainda mais escrito pela Agatha, não poderia dar errado. E não deu, lógico!
À princípio era tudo meio óbvio dava pra imaginar o que iria acontecer, mas não. A cada capítulo as situações iam mudando e tomando um rumo diferente.
Eu devorei esse livro. Quando a trama é recheada de bons diálogos e pouca narrativa, a leitura flui facilmente.
Assim como em todos livros dela, eu sempre desconfio de todo mundo. Ninguém ali é 100% confiável, então geralmente não fico surpresa com o assassino pq em algum momento eu desconfiei dele. O que me surpreende sempre é a trama que envolve o assassino e o assassinado. É sempre inteligente, bem desenvolvido, infalível!
Nesse livro em especial, cheguei a desconfiar d@ culpad@ mas descartei rapidamente, mas o final foi genial! Eu fui surpreendida mais uma vez pela perspicácia dessa autora que tanto admiro.
Eu só não gostei do último capítulo. Foi uma pena, achei que aquele final não foi legal.
Dá pra ser mais fã ainda? Dá sim!!!

Nota 5 

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10 de dezembro de 2018

A Terceira Moça - Agatha Christie




Hercule Poirot estava em paz com seus pensamentos e seu café da manhã de chocolate quente com brioche quando é interrompido por uma jovem. Ela confessa que pode ter cometido um assassinato e, em seguida, desaparece. Na efervescência da Londres dos anos 60, e em meio a rumores nebulosos de que a moça está envolvida com o uso de psicotrópicos, revólveres e canivetes, o lendário detetive belga tenta descobrir se ela é culpada, inocente ou até mesmo insana.
Para desvendar esse mistério, Poirot vai precisar de mais do que uma série de coincidências fortuitas e da ajuda de sua amiga Ariadne Oliver – ele terá de se adaptar aos novos tempos e ultrapassar as barreiras entre as gerações.

RESENHA:
10/12/2018

A terceira moça foi escrito em 1966 e conta a estória de Norma Restarick que um dia entra desesperada no apartamento de Poirot e pede sua ajuda dizendo que acredita ter matado alguém. Porém ela o acha muito velho e sem capacidade de ajudá-la e sendo assim vai embora sem nem mesmo dizer seu nome, deixando o detetive cheio de perguntas e com o ego ofendido.
Numa conversa com Ariadne Oliver ele vai descobrir o nome da moça e fica sabendo que ela o procurou por sugestão da própria escritora. 
Agora os dois farão suas buscas e investigações para descobrir o paradeiro da Norma e se houve mesmo algum crime, já que nenhum assassinato chegou ao conhecimento da polícia.
Ariadne vai meter o nariz na vida de alguns jovens e chega até mesmo a correr risco, enquanto Poirot com mais sutileza e algumas mentiras vai se enfiar na casa da família da moça.

Mais da metade do livro é cheio de suposições e poucas descobertas. Até mesmo Poirot se sente desanimado com a falta de ligação entre as informações e foi um dos motivos da leitura ter desacelerado um pouco.
Eu achei o livro previsível demais. Aquilo que aconteceu era o esperado desde o começo e o culpado(a) óbvio demais para mim, mas a maioria da resolução eu não imaginei mesmo e é dessa maneira que a Agatha sempre me surpreende.
Mesmo não ficando entre os favoritos é uma leitura que recomendo demais, incrível como a Agatha escreveu tantas estórias sem se repetir em nenhuma.

Dica* Não assista ao filme sem ler o livro pois fugiram muito do original.

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12 de setembro de 2018

Os Relógios - Agatha Christie



Um homem desconhecido é encontrado morto na casa de uma cega. Na cena do crime, quatro relógios parados na mesma hora: quatro e treze.
Sem qualquer pista do assassino ou da identidade da vítima, o detetive Colin Lamb, do Serviço Secreto inglês, pede ajuda a Hercule Poirot. Ao iniciar a investigação, o detetive afirma que o caso é simples, mas ele logo percebe que a solução não é tão óbvia, principalmente quando outros dois assassinatos são cometidos em circunstâncias misteriosas.

RESENHA:
12/09/2018

Em Os Relógios encontramos uma trama bem complicada de se resolver.
Um morto sem identificação na sala de uma senhora cega, com quatro relógios parados na mesma hora que não pertencem à dona da casa e a pessoa que o encontrou foi uma estenógrafa que tinha recebido ordens de trabalhar para a senhorita Pebmarsh, só que esta não tinha solicitado nenhum serviço.
São muitos enigmas que deixam os investigadores num beco sem saída e enquanto não descobrem a identidade do morto, o caso não anda.
Será que tudo faz sentido ou é apenas para confundir?
Colin Lamb, amigo de Poirot, resolve procurar o detetive que se encontra em idade avançada e carente de novas aventuras e pede que o ajude nesse caso. Ele então o desafia a desvendar o crime sem se levantar de sua poltrona, apenas com as informações que Lamb passar.
Não resta dúvidas que o brilhante detetive irá conseguir uma resolução para esse mistério.

Eu gostei bastante do livro e não tive a menor chance com ele, não consegui desvendar nada!
Desconfiar da pessoa até desconfiei por que isso eu faço com todos os personagens e em todos livros do gênero, mas foi logo descartado e nem sonhei com tal desfecho.
Como sempre tudo tem uma explicação, até mesmo o final difícil de se desvendar.
Adorei não ter descoberto nada, geralmente eu descubro o culpado (nunca o motivo) então posso dizer que esse livro foi mesmo uma grande surpresa para mim.
Só não ficou entre os favoritos por que senti muita falta de Poirot, dos seus questionamentos. Ele aparece muito pouco, acho que a autora levou literalmente em conta a idade dele (rs)
Mas a trama é ótima e envolvente, foi sem dúvida uma ótima leitura, escolhida especialmente para o mês de comemoração do aniversário de Agatha e a estória coincidentemente se passa em setembro.
Recomendo!

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31 de julho de 2018

Poirot Investiga - Agatha Christie



Poirot investiga reúne 14 textos em que o detetive Hercule Poirot é desafiado por enigmas de solução aparentemente impossível. São narrados pelo capitão Hastings e contêm diversos mistérios envolvendo assassinatos, roubo, desaparecimentos entre outros.
Apesar de curtos, Agatha mostra toda sua genialidade em apresentar casos aparentemente difíceis de desvendar mas bem possíveis aos olhos do grande Hercule Poirot.

São eles:

A Aventura do Estrela do Ocidente ♦
Nessa estória, Poirot é procurado pela atriz Mary Marvell que precisa de um conselho. Ela recebeu algumas cartas anônimas onde dizia que ela deveria se livrar do diamante Estrela do Ocidente.
Porém quando a srta. Mary não aceita a sugestão do detetive, ele decide tomar providências apenas para o seu próprio prazer.
Aqui podemos ver como Poirot de diverte com as ideias furadas do capitão Hastings, que também sente um certo prazer quando pensa que o amigo está errado.

A tragédia de Marsdon Manor
Nesse segundo conto, Poirot é contratado pela seguradora para investigar a morte do sr. Maltravers. Se for suicídio a esposa não receberá a apólice.

A aventura do apartamento barato
Depois que Hastings conta à Poirot sobre um apartamento alugado por um preço muito abaixo do mercado, ele vai investigar e descobre algo bem maior.

O mistério de Hunter's Lodge ♦
Poirot é procurado por um homem que deseja descobrir o assassino do tio, porém se recuperando de uma gripe ele pede que Hastings investigue e o informe. Hastings se sente importante, mas é o próprio Poirot que desvenda o crime mesmo a distância.

O roubo de um milhão de dólares em obrigações do tesouro ♦
Uma jovem procura Poirot e pede sua ajuda no roubo de obrigações do tesouro. Os títulos foram roubados enquanto estavam em posse de seu noivo, durante uma viagem.

A aventura da tumba egípcia ♦
Após uma série de mortes relacionadas à abertura de uma tumba egípcia, Poirot vai até o Egito à pedido da viúva de uma das vítimas, receosa que o mesmo possa acontecer ao seu filho.
Nenhuma morte tem ligação com outra pois ocorreram de formas diferentes e agora Poirot precisa agir antes que se tenha outra vítima.

O Roubo das jóias do Grand Metropolitan ♦
Poirot e Hastings resolvem passar um final de semana no Grand Metropolitan e presenciam o momento em que a Sra. Opalsen percebe que seu colar de pérolas foi roubado dos seus aposentos. Poirot, claro, vai recuperar a joia e encontrar o culpado.

O primeiro ministro sequestrado ♦
Poirot é contatado por Lorde Estair, líder do governo na Câmara, para que encontre o primeiro ministro que foi sequestrado.

O desaparecimento do sr. Davenheim ♦
Poirot aposta com Japp que consegue resolver o mistério do desaparecimento do banqueiro sem precisar sair de Casa, apenas usando as células cinzentas. Japp dá à ele o prazo de uma semana para encontrar o paradeiro do homem.

A aventura do nobre italiano ♦
Dr.Hawker recebe o telefonema de um paciente agonizante enquanto visita seu amigo Poirot. O médico então o convida para acompanhá-lo até o hotel onde o homem se encontra.

O caso do testamento desaparecido ♦
Após perder o tio, a única herdeira da fortuna pede que Poirot a ajude descobrir o esconderijo do testamento do tio que ele escondeu para testar a inteligência da sobrinha. Ela tem apenas 1 ano para encontrá-lo antes que a fortuna vá para a caridade.

A dama de véu ♦
Uma jovem pede que Poirot recupere uma carta que está nas mãos de um chantagista, carta que coloca em risco seu noivado com um duque.

A minha perdida ♦
Poirot conta ao amigo Hastings como resolveu um caso de documentos roubados de uma mina e por isso recebeu muitas ações como forma de pagamento.

A caixa de bombons ♦
Aqui nesse conto, Poirot relata à Hastings seu único fracasso quando ainda era um detetive da polícia belga.

Nota: 4★

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18 de abril de 2018

A Maldição do Espelho - Agatha Christie


O que viu Marina Gregg, a famosa atriz cinematográfica, um pouco antes de um assassinato ser cometido em sua casa? Quem – ou o que – fez sua expressão mudar de modo tão violento, a ponto de um observador lembrar-se de Alfred Tennyson! "Fora voava a teia e flutuava à distância;
O espelho partiu-se lado a lado;
– a maldição caiu sobre mim –, gritou a senhora de Shalott".
Alguns minutos mais tarde um corpo jazia morto na mansão de Marina – pela segunda vez vítima de um assassinato premeditado tinha sido ali descoberta.
Nesse romance de Agatha Christie, Miss Maple, cuja casa em St. Mary Mead é perto do cenário do crime, descobre a oportunidade perfeita para saborear um tipo especial de mistério a que está acostumada.
Os milhões de admiradores de Agatha Christie gostarão de tentar se antecipar a Miss Maple, assim como gostarão do humor e caracterização dessa história engenhosa e fascinante.

RESENHA:
18/04/2018

A pacata vila de St. Mary Mead agora já não é mais a mesma. Novos moradores chegando devido ao desenvolvimento, entre eles a famosa atriz de cinema Marina Gregg.
Agora proprietária da mansão Gossington Hall, uma vez palco de "Um corpo na biblioteca", Marina abre as portas de sua casa para alguns moradores apreciar as novas mudanças.
Durante a visitação, uma das convidadas morre após ingerir um drink que seria de Marina e apesar das dezenas de suspeitos ali presentes, aparentemente nenhum teria oportunidade de colocar algo na bebida sem que fosse visto pelos outros.
Miss Marple vai ajudar o amigo, detetive Craddock, à investigar o mistério e descobrir quem teria motivos para matar e como agiu.

Não foi uma das melhores leituras que fiz da dama. Achei a narrativa arrastada, sem muitos acontecimentos que prendesse a atenção e quando Miss Marple vai falar sobre o crime, acaba o livro. Nem deu tempo de sentir o gostinho.
Porém, é um dos motivos mais chocantes que li até hoje nos livros dela, um crime psicológico com um final bem triste.
Ainda que arrastado à princípio, é um livro que vale a pena ser lido e apesar de ter desconfiado d@ culpado@, nem sonharia sobre suas motivações.
Agatha é incrível! Nunca deixa de nos surpreender!

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1 de março de 2018

O Mistério de Sittaford - Agatha Christie


Na remota localidade de Sittaford, prestes a ser assolada por uma poderosa tempestade de neve, um grupo de vizinhos reunidos na imponente mansão que dá nome ao lugar resolve se entregar a um passatempo excitante e aparentemente inofensivo: uma sessão espírita improvisada. O que deveria ser uma distração sem maiores consequências assume tons sombrios quando a mesa dos espíritos soletra o nome de um conhecido de todos os presentes, seguido da palavra assassinado. Trote de mau gosto ou um aviso sobrenatural? Em mais um de seus engenhosos romances, Agatha Christie surpreende os leitores com a narrativa misteriosa de um crime que teoricamente não poderia ser cometido.

RESENHA:
28/02/2018

Esse livro está há muito tempo parado na minha estante e por conter poucas páginas (219), coloquei na minha meta de fevereiro.
Não foi uma das minhas melhores leituras do gênero, achei que iria gostar mais da estória pois a premissa é bem interessante, mas o fato é que achei a narrativa parada e sem grandes emoções.
Algumas situações narradas me passou a impressão de que estavam ali para cumprir o papel de confundir e por isso não levei muito a sério e não me surpreendi.
Acho que o que desanimou foi perceber a falta que Poirot ou Miss Marple fazem nessas estórias, pois eles plantam ideias e dúvidas na nossa imaginação enquanto fazem perguntas. Apesar de ser um caso do Inspetor Narracott ele pouco participou, deixando as grandes descobertas para Emily que se mostrou muito mais esperta que a polícia.
Um ponto positivo é o final, como sempre muito bem desenvolvido pela autora e apesar de ser bem rápido e não descritivo como os finais do Poirot, foi bem explicado.
Li duas versões, essa e a nova da LPM para ver se tinha diferença mas não.
Ainda que não tenha sido uma das melhores leituras, está longe de ser dispensável. Agatha é sempre uma ótima pedida.

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25 de janeiro de 2018

O Cão da Morte - Agatha Christie


O que acontece quando a Rainha do Crime envereda pelo universo do sobrenatural?

Nos doze contos que compõem o livro, o “quem matou” dá lugar à inexplicável e macabra presença da morte. No eixo central de cada enredo estão estranhos fenômenos, como uma marca de pólvora em formato de cão, além de elementos clássicos nas histórias de contato com o outro mundo, desde casas mal-assombradas até pesadelos que se tornam reais. O cão da morte marca a publicação de “Testemunha da acusação”, famosa história de tribunal que depois daria origem a uma peça – da própria autora – e a um filme, estrelado pela diva Marlene Dietrich.

RESENHA:
25/01/2018

Se para alguns Agatha falhou ao escrever esses contos, para mim foi um desafio audacioso se aventurar pelo sobrenatural quem estava habituada à escrever somente romances policiais.
Agatha nos entretêm com estórias muito diferentes dos que costumava escrever e que na minha opinião foram bem sucedidas. Nem todos eles foram bons, mas no geral foi um bom entretenimento.
O livro tem 12 contos com temas diferenciados, mas fugindo do "quem é culpado?"

Os contos que mais gostei foram: O Sinal Vermelho, O quarto homem, A lâmpada, O Receptor de rádio, Testemunha de Acusação, O Mistério da jarra azul e S.O.S.

Nota: 3,5 ★

- O Cão da Morte:  Narrado em primeira pessoa, o Sr. Anstruther nos conta sobre um fenômeno em que uma freira havia matado vários alemães apenas invocando um raio, o qual deixou a marca de um cão em uma das paredes que restou no lugar.

- O Sinal Vermelho: Dermot West sempre teve um sexto sentido para o perigo. Algo sem explicação que o avisava de que algum problema ou acidente iria acontecer. Nesse conto ele narra para um grupo de amigos sobre esses eventos e no final da noite será posto à prova mais uma vez.

- O quarto homem: Canon Parfitt, um religioso, pega um trem e nele encontra um advogado, sir George Duran que está acompanhado de um médico, o dr. Campbell Clark. Junto à eles na cabine, um quarto homem está dormindo, aparentemente alheio a conversa.
O médico está indo à Newcastle para ver um caso de dupla personalidade e por esse motivo os três homens começam uma conversa sobre um caso famoso, uma garota chamada Felicie que tinha mais de 4 personalidades.
Após o final da conversa o quarto homem acorda e vai contar aos outros 3 a verdadeira história de Felicie.

- A Cigana: Dickie Carpenter sempre sonhou com ciganas e tinha aversão à elas. No sonho elas sempre o avisavam de algum perigo. Quando ele conhece a sra. Haworth tem certeza que é a mesma pessoa do sonho e ela lhe dá um aviso pouco antes dele fazer uma cirurgia.
Agora seu amigo Macfarlane vai procurar essa  mulher para tentar entender os acontecimentos.

A lâmpada: A sra. Lancaster se muda com seu pai e seu filho pequeno para uma casa que dizem ser assombrada. Há muitos anos faleceu ali um menino em circunstâncias muito tristes, mas a nova proprietária não acredita em assombrações e por isso não se importa com a história da casa.
Até que algo começa a acontecer.

- O Receptor de rádio: A viúva sra. Harter foi diagnosticada pelo médico com fraqueza cardíaca e por isso deve evitar qualquer aborrecimento ou esforço desnecessário para não comprometer ainda mais sua saúde.
Assim seu sobrinho a presenteia com um rádio para que ela relaxe nas noites em que ele está fora com amigos.
Acontece que através desse rádio ela vai começar a ouvir a voz do falecido marido.

- Testemunha de Acusação (conto que deu origem à peça teatral): Leonard Vole está sendo acusado de homicídio e sua única testemunha é a própria esposa que quer incriminá-lo. O advogado fará de tudo para tentar provar a inocência do cliente.

- O Mistério da jarra azul: Jack Hartington acorda cedo todas as manhãs para jogar golfe antes do trabalho. Numa dessas manhãs, ele ouve um grito de mulher pedindo socorro e então segue em direção ao som até encontrar uma cabana. Nela há apenas uma moça colhendo flores que jura não ter ouvido nada. O mesmo acontece em outros dias e já achando que está ficando louco, ele leva um amigo médico para ver se ele também ouve.
Quando o amigo afirma não ouvir nada, eles vão tentar buscar uma resposta racional para o que está acontecendo.

- O Estranho Caso de Sir Arthur Carmichael: Esse conto é narrado pelo dr. Edward Carstairs sobre um episódio que ele presenciou quando acompanhou o amigo, dr.Settle, para avaliar a súbita mudança de comportamento do jovem Arthur que de uma hora pra outra desenvolveu outra personalidade.

- O Chamado das Asas: Vai contar sobre uma experiência de um homem rico que após ouvir uma música tocada por um andarilho, começa ter a sensação de que está levitando.

- A Útima Sessão: A jovem médium Simone está decidida à não atender mais devido ao seu desgaste emocional, mas depois do noivo muito insistir para que ela atenda pela última vez uma mãe desesperada, ela aceita. Simone que já havia atendido essa mãe antes, não gosta da presença da mulher e essa visita trará consequências terríveis.

- S.O.S: Mortimer Cleveland tem seu pneu furado numa noite chuvosa e então sai à procura de um lugar para passar a noite. A única cabana que ele encontra é da família Dinsmead composta pelo casal, duas filhas e um filho.
Quando Mortimer vai se deitar, ele vê S.O.S escrito no pó do móvel e no dia seguinte ele tentará descobrir quem a escreveu e porquê.


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30 de setembro de 2017

A Mansão Hollow - Agatha Christie



Um inofensivo convite para almoçar na Mansão Hollow logo se transforma em mais um caso a ser desvendado por Hercule Poirot. A cena do crime parece um tanto artificial - o corpo de um homem agonizando na beira da piscina, sua mulher logo ao lado segurando um revólver, e ainda três testemunhas. Seria na verdade uma encenação, uma brincadeira de mau gosto para provocar o detetive? Infelizmente, para a vítima, não. Indo contra todas as evidências, Poirot não demora a descobrir que a arma que aquela mulher tinha nas mãos não era a mesma que matou seu marido. O que aconteceu, então?

RESENHA:
30/09/2017

Finalizando as leituras do mês e a maratona Setembro Policial com esse livro da Dama.
Essa foi uma leitura mais arrastada que o previsto, não empolgou e o desfecho não surpreendeu.

Poirot juntamente com outras pessoas, é convidado para um almoço na mansão Hollow. Acontece que quando ele chega já dá de cara com um assassinato, que no primeiro momento ele pensa ser uma brincadeira de mal gosto.
Ao mesmo tempo, outras pessoas chegam na cena do crime, vindo de direções diferentes. Todos ali são possíveis suspeitos e Poirot vai ter muito, mas muito trabalho para desvendar esse crime.

O detetive aparece pouco e sendo ele o astro, fez muita falta na estória.
Apesar das descrições emocionais dos personagens serem se extrema importância para a trama, acabei perdendo um pouco do interesse por causa da demora em chegar a parte investigativa.
Sinto em dizer que os personagens me cansaram, principalmente a anfitriã, Lady Angkatell. Mulher faladeira demais, praticamente tudo que saía da boca dela eram frases sem sentidos, me perdia nas divagações dela e pra mim não acrescentou nada à trama.
A estória vai focar mais no lado humano de cada personagem, seus comportamentos e problemas, quase não sobrando espaço para investigação. Sobrou "romance" e faltou o "policial". 
Senti falta daqueles momentos em que o Poirot tem uma ideia e a deixa suspensa no ar para que o leitor embarque na imaginação e force as células cinzentas para tentar entender as pistas. 
Se a intenção da autora era focar mais o lado humano, posso dizer que ela conseguiu.

Ainda que não tenha me surpreendido, Agatha é Agatha né, por isso vale a leitura. 
Vou dar nota 3,5 por que já li outros dela bem melhores que esse.

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6 de setembro de 2017

Cipreste Triste - Agatha Christie



A dona de uma mansão no interior da Inglaterra morre durante o sono, depois de padecer de uma longa doença. Enquanto a família ainda se recupera do golpe, uma jovem aparece morta nas redondezas. Quando a bela Elinor é incriminada mediante provas aparentemente irrefutáveis, Hercule Poirot é a única pessoa que pode provar sua inocência. Para chegar à verdade dos fatos, ele terá de travar um embate sem igual na justiça inglesa.
Este é o primeiro romance de tribunal protagonizado pelo mais famoso personagem da Rainha do crime.
Publicado em 1940, Cipreste triste foi escrito em plena Segunda Guerra Mundial, um período de intensa produção na carreira de Agatha Christie, que se tornaria um dos nomes mais célebres do século XX em matéria de histórias de tribunal imortalizadas no cinema.

RESENHA:
06/09/2017


Geralmente acerto o culpado nos livros da Agatha apesar de quase sempre errar o por quê, mas nesse livro fui completamente enganada! E isso foi um dos motivos pra ter entrado na minha lista de favoritos :-)

A estória é ótima, prendeu minha atenção do início ao fim!
Começa no tribunal com o julgamento de Elinor e logo em seguida começa a narrativa de como tudo aconteceu.
Elinor e Roderick são noivos e se conhecem desde crianças, pois ela é sobrinha de Laura Welman e ele sobrinho do marido dela, já falecido.
Os dois resolvem visitar a tia pois sua saúde já se encontra muito frágil e alguns dias depois ela vem a falecer.
Os prováveis herdeiros seriam os dois, mas há também a filha da caseira, Mary, que foi criada desde bebê ali na mansão e que talvez poderia herdar algo.
Porém, após a morte da tia, algumas coisas começam a mudar, principalmente o noivado dos dois.
Quando a segunda pessoa morre, as circunstâncias do crime apontam a sobrinha Elinor e todas as provas a incriminam.
Porém, um jovem apaixonado vai intervir à favor dela e pede socorro à Poirot que aceita investigar mesmo que seja para provar a culpa da moça.
Enquanto investiga, Poirot descobre alguns segredos e muitas mentiras que à princípio vão confundi-lo mas com o tempo e umas perguntas a mais, ele verá a verdade.

"As mentiras revelam tanto quanto as verdades para quem escuta. Às vezes revela até mais"

Eu tinha dois prováveis suspeitos, tinha certeza que era um ou o outro mas quebrei a cara bonito rsrs
Mesmo faltando poucas páginas para acabar, ainda tinha muitas dúvidas e nenhuma certeza.
O final se dá no tribunal com o júri dando o veredito, mas é sempre aquela explicação do Poirot de como tudo aconteceu que é o ápice da estória.

Eu recomendo sim, Agatha Christie merece todas as honras e títulos por que ela é genial!


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30 de junho de 2017

Morte na Rua Hickory - Agatha christie


A eficientíssima secretária de Poirot, Miss Lemon, excepcionalmente chega atrasada, e comete alguns erros. O motivo é o seu nervosismo relativo a um problema da sua irmã, uma senhora igualmente eficiente, que gerencia uma pensão para estudantes estrangeiros, situada a Rua Hickory 26, em Londres. É que nos últimos meses têm acontecido alguns fatos estranhos e desagradáveis que a Sra. Hubbard não consegue administrar adequadamente: são roubos e atos de vandalismo inexplicáveis.
Poirot decide ajudar a Sra. Hubbard, mas em alguns momentos se sente meio perdido no meio de tantas situações aparentemente independentes umas das outras. E o problema se agrava, pois, após Poirot ter visitado a pensão, houve também um assassinato e, depois, ainda outro.

Mas Poirot não se deixa vencer e, junto com o inspetor Sharpe, consegue reunir as informações que dão sentido aos fatos acontecidos na Rua Hickory. E, finalmente, Miss Lemon se tranquiliza e Poirot pode contar novamente com a sua grande eficiência.

RESENHA:
30/03/2017

Para finalizar as leituras do mês de junho, escolhi esse da Agatha Christie que é bem curtinho e se você pegar com tempo dá pra ler em um dia.

Quando Poirot percebe que sua eficiente secretária está cometendo erros grotescos devido à preocupação com sua irmã, ele resolve ajudá-la.
A Sra. Hubbard, irmã da srta. Lemon, é governanta numa pensão de estudantes, na maioria estrangeiros. Depois que muitos pertences pessoais dos estudantes começam a sumir, Poirot interfere e com eficiência consegue que o culpado confesse, porém ele não consegue ver ligação entre os objetos roubados. 
O que para todos deu-se como assunto resolvido, Poirot ainda fica com uma pulga atrás da orelha e acredita que algo está errado justamente pelo roubo ser de objetos aleatórios.
Então quando um estudante aparentemente se suicida, o detetive volta à pensão e tenta encontrar o motivo e uma relação entre a morte com os objetos roubados. 
Quanto mais depressa ele resolver esses crimes, mais cedo terá sua eficiente secretária de volta.

Esse livro apesar de agradável, não fica nem entre os dez mais da autora. A quantidade de personagens na estória acaba confundindo um pouco o leitor e por ser curta não tem muitas reviravoltas e surpresas. Também desconfiei logo de cara do culpado, na minha opinião ficou bem óbvio.
Mesmo assim eu gostei do livro. Agatha consegue criar situações e cenários deliciosos para nos entreter e a maneira como ela conduz o enredo é sempre prazeroso para os leitores, sem deixar falhas ou furos.

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28 de fevereiro de 2017

O Mistério do Trem Azul - Agatha Christie


Um milionário norte-americano compra um colar de rubi conhecido como "Coração de Fogo" e presenteia a sua filha, Ruth Kettering. É um colar maravilhoso, muito cobiçado por ladrões e colecionistas.
Durante a viagem no “comboio azul” em direção a Nice, Ruth é estrangulada e o "Coração de Fogo" é roubado. Por pura ironia, um dos passageiros era Hercule Poirot, que será encarregado por Rufus Van Aldin, pai de Ruth, de descobrir o assassino. A situação é complexa, mas Poirot contará com a ajuda de outra passageira, Katherine Grey, para resolver o mistério.
RESENHA:
28/02/2017

Não tem melhor romance policial na vida, pra mim, do que os da Agatha Christie ♥
Ela sabe unir romance - mesmo que sutil - ao crime, numa estória envolvente, bem tramada mas escrita de forma descomplicada e ágil.
Ao começar a explicação de Poirot sobre o crime e seu culpado, você percebe que todas as pistas estiveram ali o tempo todo e você não percebeu (ou sim, em algumas vezes).
Acontece que a autora não esconde pistas para enganar o leitor, nós mesmos nos enganamos percorrendo um caminho diferente na solução do mistério.

Nesse caso, Ruth Kettering é assassinada no luxuoso Trem Azul enquanto fazia uma viagem para supostamente encontrar seu amante.
Tanto o amante quanto o marido Derek são os principais suspeitos, já que o pai a havia convencido pedir o divórcio. Não era segredo para ninguém que Derek tinha uma amante, uma dançarina tão boa em apresentar-se num espetáculo, quanto em gastar dinheiro.
Além do assassinato, o valioso colar de rubis que Ruth levava também é roubado. Apesar de todas as discrições na compra da joia, muitos "interessados" sabiam dessa transação e fariam de tudo para tê-lo em posse.

O divórcio não favorecia o marido, que ficaria sem nada e perderia a amante já que não teria mais dinheiro para mantê-la. O amante dela também teria motivos, assim como outros personagens mostrariam depois. Passageiros que não deveriam estar na viagem faz o leque de suspeitos aumentar ainda mais e os motivos são vários também.

O crime foi muito bem planejado e executado e teria sido um sucesso se o detetive mais brilhante de todos os tempos não fosse um dos passageiros do Trem Azul.
Azar do assassino e sorte a nossa que podemos desfrutar de uma estória prazerosa com um dos planos mais bem arquitetados que já li.

Eu adorei esse livro!
Não entrou no meu top da autora, mas com certeza é 5 estrelas!

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31 de janeiro de 2017

A Casa torta - Agatha Christie


Fechando o mês com chave de ouro!
O octogenário Aristide Leonides, dono de grande fortuna, é envenenado em sua mansão, onde vivia com toda a família — sua esposa, cinqüenta anos mais jovem, dois filhos, duas noras, três netos e uma cunhada. Qualquer um poderia tê-lo matado. O único motivo evidente é a fortuna deixada como herança. Mas parece pouco provável que alguém se dispusesse a sujar as mãos por causa do testamento de um velho em idade já tão avançada. Charles Hayward não tem como não se envolver na história: Sir Arthur Hayward, seu pai, é o comissário-assistente da Scotland Yard responsável pelo caso; e Sophia, com quem pretende se casar, é uma das netas da vítima. Portanto, Charles tem seus motivos para tentar solucionar o mistério.


RESENHA:

31/01/2017


Só Agatha Christie consegue deixar um vazio quando o livro termina. Os finais sempre me deixam com uma baita ressaca literária. 
Ela é engenhosa, absoluta! Como pode alguém escrever tantas estórias e contos de um mesmo gênero e nunca repetir a trama? Nunca ser previsível? Nunca haverá outra (ou outro) como ela!

Esse livro é uma releitura. Conheci a escrita de Agatha aos 14 anos e graças à ela adquiri o hábito da leitura e a fascinação por romances policiais.
A casa Torta foi um dos primeiros - senão o primeiro - livro dela que li e depois disso não parei mais. 
Esse livro não só me marcou pelo começo no mundo da leitura, como também por nunca mais ter me esquecido de quem era a pessoa culpada. Apesar de não me lembrar de absolutamente nada da estória - foi como se tivesse lido pela primeira vez - a pessoa culpada pelo crime eu não esqueci. Esse livro me marcou de muitas maneiras possíveis.

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26 de outubro de 2016

A Noite das Bruxas - Agatha Christie


Durante os preparativos de uma festa de Halloween, na pacata cidadezinha inglesa de Woodleigh Common, a adolescente Joyce Reynolds vangloria-se de ter, certa vez, presenciado um assassinato, sem citar nomes. Ninguém acredita na história, pois a menina era famosa por suas mentiras. Por coincidência ou não, a jovem é morta na mesma noite, durante a festa. Chocada com o terrível crime, uma das convidadas, a escritora Ariadne Oliver, pede ao famoso detetive Hercule Poirot, seu amigo, que descubra quem é o assassino.

RESENHA:
26/10/2016

Li esse livro quando era adolescente - foi um dos primeiros livros da Agatha que li - e resolvi reler agora em outubro por causa do halloween.
Foi uma leitura deliciosa e não me lembrava de absolutamente nada, foi como se fosse a primeira vez.

Durante a arrumação de uma festa de halloween, a adolescente Joyce diz na presença de várias pessoas que há muitos anos atrás presenciou um assassinato. Ninguém acredita nela pela sua fama de mentirosa, mas na mesma noite ela é encontrada morta.
Ariadne Oliver que estava presente no dia, chama Poirot para investigar e assim o detetive começa a fuçar no passado dos moradores locais para descobrir qual crime a menina Joyce poderia ter presenciado.
Poirot então descobre outras mortes que poderiam - ou não - ter ligação e entre assassinatos e falsificações, ele mais uma vez consegue resolver esse crime brilhantemente.

Eu adorei essa estória! Adivinhei o assassino(a) e como a pessoa agiu, apesar de ter imaginado outras tantas possibilidades. E pra finalizar, algumas revelações inesperadas por parte do detetive que nos pegam desprevenidos.
Agatha cria uma atmosfera sinistra ao colocar crianças envolvidas em crimes e a maneira como ela expõe o problema de índole, do mal já enraizado muitas vezes ignorados pelos adultos que os trata apenas como comportamento passageiro. 
Só ela consegue tratar de assuntos tão profundos e polêmicos com tanto cuidado e por que não, com muita delicadeza, sem tornar a leitura macabra.
Recomendo!

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