27 de junho de 2019

Uma mulher no escuro - Raphael Montes


Um crime brutal cometido há vinte anos, uma única sobrevivente, o retorno calculado do assassino. Em quem Victoria deve confiar? Neste thriller psicológico, Raphael Montes une romance e suspense em uma narrativa intrincada e sedutora.
Victoria Bravo tinha quatro anos quando um homem invadiu sua casa e matou sua família a facadas, pichando seus rostos com tinta preta. Única sobrevivente, ela agora é uma jovem solitária e tímida, com pesadelos frequentes e sérias dificuldades para se relacionar. Seu refúgio é ficar em casa e observar a vida alheia pelas janelas do apartamento onde mora, na Lapa, Rio de Janeiro. Mas o passado bate à sua porta, e ela não sabe mais em quem pode confiar. Obrigada a enfrentar sua própria tragédia, Victoria embarca em uma jornada de amadurecimento e descoberta que a levará a zonas obscuras, mas também revelará as possibilidades do amor. Um psiquiatra, um amigo feito pela internet e um possível namorado — qual dos três homens está usando tudo o que sabe para aterrorizar a vida de Vic? E o que afinal ele quer com ela? Na literatura nacional, Raphael Montes é unanimidade quando se trata de livros de suspense. Uma Mulher no Escuro traz sua primeira protagonista feminina e confirma o autor como um dos mais originais da atualidade — além de deixar o leitor intrigado do começo ao fim.

RESENHA:
27/06/2019

Desde Jantar Secreto ouço falar muito do Raphael Montes mas nunca peguei nada pra ler, até mesmo por quê o tema de Jantar Secreto não me despertou interesse. Porém esse já foi diferente, assim que saiu fiquei bem curiosa em relação à ele.
Não me julguem amigos, mas não sou fã de thrillers nacionais e antes que me xinguem já li alguns autores diferentes e até então nada me conquistou. Sei que tem muitos outros ainda para descobrir, portanto ainda há chances de virar fã de alguém.
Comecei essa leitura sem muitas expectativas mas logo de cara a narrativa me prendeu e devorei várias páginas de uma só vez.
Passado o primeiro impacto fui fisgada pela escrita do autor. Realmente Raphael escreve bem e não faz uso de recursos como excesso de descrições para contar a estória. Prova disso é a quantidade de páginas do livro, um bom tamanho para uma trama como essa.
E apesar de ter gostado do estilo do autor a trama no entanto não me causou o mesmo efeito.
A Victória é uma personagem bem controversa. Se veste com acessórios infantis, assiste desenhos animados e dorme abraçada ao ursinho, mas conforme fui conhecendo-a não achei que essas características combinavam com ela.
Outra coisa é suas amizades. Fora o médico psiquiatra, os dois não se encaixavam no tipo de vida que ela levava. Se apenas um aperto de mão causa repulsa, não consigo entender como conheceu seu"melhor amigo" numa sala de bate papo. Extremamente desconfiada de todos, nem mesmo no trabalho ela desenvolve amizades, não explica ela frequentar a casa de uma pessoa que ela conheceu na internet e ainda não sabe seu nome verdadeiro. 
O mesmo digo sobre o suposto namorado.
As partes do diário do adolescente começou interessante mas depois foi cansativo ler sobre a rotina dele. 
Enfim o culpado não chega a ser nenhuma surpresa e até mesmo a reviravolta final eu já esperava. Por causa de algumas passagens do livro, coisas bem sutis mas que me agarrei à elas e estava certa mesmo. Alguns momentos dos personagens é que tornava óbvio. 
A única surpresa que tive foi sobre a identidade da Rapunzel, nem em sonho imaginei aquele desfecho.

No mais, é um bom livro e quero ler outro do autor, no entanto não via a hora que a saga da Victória terminasse. De todas as protagonistas sofridas que já li ela faz parte do time das que não me desceu.

Nota: 3,5 ★

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