27 de dezembro de 2018

Desejo e Escândalo - Lorraine Heath - Sins of all Seasons #1


Mick Trewlove é o filho bastardo do duque de Hedley, mas ninguém sabe disso. Mesmo depois de se tornar um empresário de sucesso, ele ainda busca vingança contra o homem que o abandonou. E qual a melhor forma de fazer isso do que seduzir a noiva do filho legítimo do duque? Lady Aslyn está noiva do conde Kipwick, filho único do duque de Hedley, mas se vê, inesperadamente, apaixonada pelo misterioso bilionário Mick Trewlove. Durante os passeios pelos parques de Londres, ela começa a desconfiar de que algo se esconde por trás do sorriso sedutor, mas não tem certeza. Quando os segredos são revelados, uma reviravolta inesperada surpreende Mick, que terá que escolher entre manter seu plano de vingança ou ser feliz.


RESENHA:
27/12/2018

Entre thrilles e romances policiais eu sempre gosto de pegar um romance de época por que ele tem aquela função de deixar as horas menos tensas e mais leves e geralmente não tenho altas expectativas quanto à essas leituras, afinal a gente sabe (e adora) que normalmente vamos encontrar vários clichezinhos.
Acontece que eu fui positivamente supreendida com esse livro e por isso entrou para a listinha de romances favoritos do ano.

Mick é um cara super bem resolvido na vida. Conquistou fortuna, respeito mas o que ele ainda mais quer é ser reconhecido pelo duque de Hedley como filho legítimo. 
Assim que ele nasceu, foi tirado dos braços de sua mãe e entregue à viúva Trewlove para que fosse "desovado", porém a mulher desistiu e acabou criando-o juntos com outras crianças que deveriam ter o mesmo destino.
Essa amargura o faz bolar um plano: Ele irá se aproximar de seu irmão, filho legítimo do duque e se aproveitará de seu vício no jogo para tê-lo em suas mãos e de quebra roubar a noiva dele.
Quanto à parte de carregar o irmão pra jogatina ele começará a ter sucesso, porém quanto à apenas desfrutar da Lady Aslyn e descartá-la, aí já não vai ser assim tão fácil. O problema é que ela é simplesmente encantadora e vai virar a cabeça dele.
Lady Aslyn foi criada com o noivo e desde crianças são prometidos um ao outro. Por esse motivo ela nunca teve seu debut e nem foi cortejada por nenhum outro pretendente e de repente se vê fascinada pelo Mick, que vai despertar emoções e sentimentos que ela sequer sabia existir.
Quanto mais ela fica perto do Mick, mais certeza ela tem que Kipwick não é homem pra ela e Mick vê que fica cada vez mais difícil de contar a verdade à ela.
A gente já percebe onde isso vai dar enquanto lê, a tristeza que a protagonista vai sentir quando perceber que foi usada para um propósito, porém a maneira que a autora criou a cena da revelação final me deixou muito surpresa. Eu realmente adorei como ela fez e fiquei emocionada!

Lorraine Heath acertou na construção desse romance. Apesar de conter cenas hot's, ela foca mais no sensual, no convívio familiar e aborda questões como vício e preconceitos. 
A química entre o casal é forte, as cenas entre eles é carregada de tensão e sem briguinhas e discussões desnecessárias.
O relacionamento forçado entre ela e Kip foi bem colocado e a maneira protetora com que o Mick lida com sua família adotiva e até mesmo com ela, é tudo muito gostoso e prazeroso de ler.
Adorei seus irmãos e as próximas estórias serão com eles então espero que a editora continue publicando.

Eu super recomendo esse livro. Mais um da autora que entra para os meus favoritos.
Feliz 2019!!


Aquira o livro Aqui

CONTINUE LENDO

20 de dezembro de 2018

O Último Suspiro - Robert Bryndza - Detetive Erika Foster #4


“Ele é o encontro perfeito. Ela é sua próxima vítima.”

Quando o corpo torturado de uma jovem é encontrado em uma lixeira, com os olhos inchados e as roupas encharcadas de sangue, a Detetive Erika Foster é uma das primeiras a chegar na cena do crime. O problema é que, desta vez, o caso não é dela.

Enquanto luta para garantir seu lugar na equipe de investigação, Erika rapidamente encontra uma ligação desse assassinato com um crime não solucionado de uma jovem quatro meses antes. Jogadas em um local semelhante, as duas mulheres têm feridas idênticas e uma incisão fatal na artéria femoral.

Procurando suas vítimas nas redes sociais a partir de um perfil falso, o assassino ataca jovens bonitas escolhidas aleatoriamente.

Então, uma outra garota é sequestrada… Erika e sua equipe têm que chegar antes que ela se torne a próxima vítima. Mas como a Detetive Foster pegará um assassino que parece não existir?

Eletrizante, tenso e impossível de largar, O Último Suspiro fará você correr para a última página.

RESENHA:
20/12/2018


Geralmente quando falam "impossível largar" na sinopse já fico desconfiada, mas dessa vez assino embaixo. Realmente esse livro é impossível de largar e fazer outra coisa, parei mesmo quando era muito necessário. Robert Bryndza simplesmente arrasou nesse livro e esse é sem sombra de dúvidas o melhor da série, até agora.

A narrativa já começa com o assassino desovando o corpo de uma jovem numa lixeira e na sequência sendo encontrado por uma moradora da área. Como você consegue abandonar um livro depois disso?
Erika continua trabalhando num setor que não tem nada a ver com ela e seu maior desejo é voltar à Equipe de Investigação de Assassinatos. Quando Petersen é chamado para a cena do crime, Erika decide ir junto e mesmo não fazendo parte da equipe ela se impõe, lembrando-o mais uma vez que é uma oficial superior à ele.
Erika como sempre se mete onde não é chamada e depois fica se lamentando por não poder participar da investigação e assim como no livro anterior ela quer um caso que não é dela.
Não tem paciência para aguardar uma promoção e desafia seus superiores, o que mina qualquer chance que ela possa ter.
Acontece que ela faz umas descobertas que ninguém tinha feito antes e com uma perda que choca à todos, ela enfim vai ficar responsável por essa investigação.
O assassino não será uma surpresa para o leitor, ele será revelado logo no começo e isso deixará a trama ainda melhor e mais fluida, pois acompanharemos seus passos e suas estratégias.
Enquanto Erika e sua equipe procuram pistas que levem ao culpado, o assassino em série estará ocupado em caçar sua próxima vítima.

Essa trama é superior às outras anteriores e ainda mais que a terceira, onde a narrativa cheia de detalhes deixou a estória cansativa.
Aqui esse recurso é quase zero, já que o autor tem outros assuntos e não perde tempo com detalhes desnecessários.
Um pouco da vida do assassino será contada, seu comportamento familiar e sua relação com os pais.
Erika enfim começa a amolecer e ficar mais acessível. Depois de tudo que ela passou nessa estória, ela vai ficar mais humana e aberta à uma nova vida.
As estórias são independentes e você pode ler fora de ordem, porém não aconselho pois assim você entende melhor o desenvolvimentos dos personagens.

Eu amei, amei esse livro!
Tem absolutamente tudo que aprecio num thriller e o ritmo dele faz você viajar pra dentro do livro e querer participar da investigação.
Entrou para a lista de favoritos do ano!

"Os monstros mais assustadores são os que se escondem na alma. Edgar Allan Poe"

Adquira o livro Aqui

CONTINUE LENDO

12 de dezembro de 2018

Perigo Para Um Inglês - Sarah MacLean - Escândalos e Canalhas #3


Malcolm Bevingstoke, o Duque de Haven, viveu os últimos três anos na solidão auto-imposta, pagando o preço por um erro, e perdendo, para sempre, um amor. Mas Haven precisa de um herdeiro, o que significa que ele deve encontrar uma esposa até o final do verão. Há apenas um problema – ele já tem uma…

Depois de anos no exílio, Seraphina, a Duquesa de Haven, retorna a Londres com um único objetivo – encontrar a felicidade, livrando-se do homem que partiu seu coração. Mas o marido lhe oferece um acordo: ela poderá ter sua liberdade, assim que encontrar uma substituta. Isso significa que terá que passar o verão com o marido que ela não quer, mas que, de alguma forma, não consegue resistir.

O Duque tem apenas um verão para estar com a esposa e convencê-la de que, apesar do passado, ele poderá tornar o felizes para sempre, uma realidade todos os dias...

RESENHA:
12/12/2018

Sarah MacLean quando acerta é em cheio! É o caso dessa série, que eu amei e favoritei todos até agora.
Malcolm é aquele safado do primeiro livro, que que foi pego traindo a esposa grávida e foi jogado no laguinho pela cunhada.
Como a autora vai fazer uma estória pra justificar essa traição sem tamanho? Como vamos gostar desse protagonista?
Mas gente, a autora conseguiu, acertou e ouso dizer que foi o melhor dela que li até agora.

A estória começa no ponto que parou lá atrás, com o Duque de Haven descontando toda sua ira em Seraphina por sua irmã tê-lo humilhado diante de tanta gente.
O começo por si só é triste e tocante e à partir desse momento você não consegue mais deixar de ler. E foi o que aconteceu comigo, que li em menos de 24 horas!
Três anos se passaram desde que Sera foi embora, três anos que Malcolm a procura incessantemente e qual não é sua surpresa quando ela aparece linda e segura de si durante uma sessão do parlamento. 
O que ela quer é bem simples, o divórcio, e não vai desistir até conseguir sua liberdade. Acontece que o duque não cogita essa hipótese e vai fazer de tudo para reconquistar a mulher.
Eu amei! O embate entre eles é grande. Ao mesmo tempo que sai faíscas quando eles estão juntos, nenhum dos dois quer ceder nos seus objetivos.
A autora construiu tão bem a estória que fica difícil você não torcer pelo duque.
As mudanças de tempo também foram muito importantes na leitura que volta ao passado para contar como eles se conheceram até quando ela partiu, intercalando com o momento presente.
Em certo momento Sera já tinha começado a me irritar com sua teimosia, mas enquanto isso a autora ia deixando a leitura mais leve com as irmãs da Sera, principalmente Sesily, ela é demais! Me diverti muito com ela e estou louca por sua estória. Ela faz o papel provocativo e não aceita não como resposta e isso provoca muita tensão entre ela e um outro personagem.

Perigo para um inglês é uma estória de amor, recomeços e acima de tudo perdão.
Super recomendo!


Adquira o livro Aqui
CONTINUE LENDO

10 de dezembro de 2018

A Terceira Moça - Agatha Christie




Hercule Poirot estava em paz com seus pensamentos e seu café da manhã de chocolate quente com brioche quando é interrompido por uma jovem. Ela confessa que pode ter cometido um assassinato e, em seguida, desaparece. Na efervescência da Londres dos anos 60, e em meio a rumores nebulosos de que a moça está envolvida com o uso de psicotrópicos, revólveres e canivetes, o lendário detetive belga tenta descobrir se ela é culpada, inocente ou até mesmo insana.
Para desvendar esse mistério, Poirot vai precisar de mais do que uma série de coincidências fortuitas e da ajuda de sua amiga Ariadne Oliver – ele terá de se adaptar aos novos tempos e ultrapassar as barreiras entre as gerações.

RESENHA:
10/12/2018

A terceira moça foi escrito em 1966 e conta a estória de Norma Restarick que um dia entra desesperada no apartamento de Poirot e pede sua ajuda dizendo que acredita ter matado alguém. Porém ela o acha muito velho e sem capacidade de ajudá-la e sendo assim vai embora sem nem mesmo dizer seu nome, deixando o detetive cheio de perguntas e com o ego ofendido.
Numa conversa com Ariadne Oliver ele vai descobrir o nome da moça e fica sabendo que ela o procurou por sugestão da própria escritora. 
Agora os dois farão suas buscas e investigações para descobrir o paradeiro da Norma e se houve mesmo algum crime, já que nenhum assassinato chegou ao conhecimento da polícia.
Ariadne vai meter o nariz na vida de alguns jovens e chega até mesmo a correr risco, enquanto Poirot com mais sutileza e algumas mentiras vai se enfiar na casa da família da moça.

Mais da metade do livro é cheio de suposições e poucas descobertas. Até mesmo Poirot se sente desanimado com a falta de ligação entre as informações e foi um dos motivos da leitura ter desacelerado um pouco.
Eu achei o livro previsível demais. Aquilo que aconteceu era o esperado desde o começo e o culpado(a) óbvio demais para mim, mas a maioria da resolução eu não imaginei mesmo e é dessa maneira que a Agatha sempre me surpreende.
Mesmo não ficando entre os favoritos é uma leitura que recomendo demais, incrível como a Agatha escreveu tantas estórias sem se repetir em nenhuma.

Dica* Não assista ao filme sem ler o livro pois fugiram muito do original.

Adquira o livro Aqui

CONTINUE LENDO

3 de dezembro de 2018

Sempre Vivemos No Castelo - Shirley Jackson


Merricat Blackwood vive com a irmã Constance e o tio Julian. Há algum tempo existiam sete membros na família Blackwood, até que uma dose fatal de arsênico colocada no pote de açúcar matou quase todos. Acusada e posteriormente inocentada pelas mortes, Constance volta para a casa da família, onde Merricat a protege da hostilidade dos habitantes da cidade. Os três vivem isolados e felizes, até que o primo Charles resolve fazer uma visita que quebra o frágil equilíbrio encontrado pelas irmãs Blakcwood. Merricat é a única que pressente o iminente perigo desse distúrbio, e fará o que for necessário para proteger Constance. Sempre vivemos no castelo leva o leitor a um labirinto sombrio de medo e suspense, um livro perturbador e perverso, onde o isolamento e a neurose são trabalhados com maestria por Shirley Jackson.

RESENHA:
03/12/2018

Sempre vivemos no castelo foi uma leitura que peguei cheia de empolgação, super curiosa pelo seu enredo assim como fiquei pela sua sinopse. 
Fico triste em dizer que esse livro foi uma grande decepção e se tantas pessoas amaram sua narrativa, em mim o efeito foi contrário.

Absolutamente cansativa, arrastada e narrada em primeira pessoa por uma personagem nada confiável, de 18 anos mas com a cabeça de uma criança de 3 anos.
Ela passa todo o livro escondendo objetos, como se fosse uma simpatia para afastar as pessoas e manter a harmonia da casa.
Merricat vive com sua irmã Constance de 28 anos e seu tio Julian que é paraplégico. 
Constance passa os dias sem sair de casa - sofre de agorafobia -, cozinha, limpa e cuida do tio. Merricat só sai de casa duas vezes por semana, para compras e biblioteca. O interessante é que ela não leu nenhuma vez durante a estória. Ela não tem permissão para nada - segundo ela própria conta - e anda pela propriedade com seu gato Jonas atrás dela, maldizendo tudo e todos e imaginando a morte de cada morador do vilarejo.
E por fim tio Julian, já sofrendo de esclerose é que vai contar pelo menos um pouco do que o leitor quer tanto saber: O que aconteceu com o resto da família? Quem matou e como foi?
E a decepção é que vai ficar nisso mesmo por que também não podemos confiar nas lembranças dele e Merricat que é a narradora, vive no mundo da lua e não desenrola a estória.
- Os diálogos são infantis e cansa pela repetição.
- A narrativa se baseia no dia a dia deles na casa e muda de um acontecimento para outro de repente. Uma hora ela está imaginando fazer alguma coisa e no parágrafo abaixo já mostra a reação das pessoas pelo que ela fez.
- Não consegui gostar da narrativa e muito menos dos personagens. Ou eles ou são muito maldosos ou alienados. Tio Julian foi o mais interessante na trama.
Você fica esperando o tempo todo que a estória sofra uma virada, que algo de importante aconteça, mas o mistério é fraco, previsível e não se sustenta.
A pá de cal em tudo é o final do livro. A última chama de esperança de que seria um final que valesse toda a estória foi por água abaixo.
Uma leitura que era pra ter sido rápida (apenas 164 páginas de ebook) levou 4 dias.
Nunca digo que não recomendo um livro por que somos leitores com gostos diferentes e cada um tem uma impressão sobre o que leu, mas deixo aqui minhas impressões e se você for ler espero muito que goste!

Nota: 2 ★

Adquira o livro Aqui

CONTINUE LENDO

28 de novembro de 2018

O Jardim das Borboletas - Dot Hutchison


Quando a beleza das borboletas encontra os horrores de uma mente doentia. Um thriller arrebatador, fenômeno no mundo inteiro. Perto de uma mansão isolada, existia um maravilhoso jardim. Nele, cresciam flores exuberantes, árvores frondosas... e uma coleção de preciosas “borboletas”: jovens mulheres, sequestradas e mantidas em cativeiro por um homem brutal e obsessivo, conhecido apenas como Jardineiro. Cada uma delas passa a ser identificada pelo nome de uma espécie de borboleta, tendo, então, a pele marcada com um complexo desenho correspondente. Quando o jardim é finalmente descoberto, uma das sobreviventes é levada às autoridades, a fim de prestar seu depoimento. A tarefa de juntar as peças desse complexo quebra-cabeça cabe aos agentes do FBI Victor Hanoverian e Brandon Eddison, nesse que se tornará o mais chocante e perturbador caso de suas vidas. Mas Maya, a enigmática garota responsável por contar essa história, não parece disposta a esclarecer todos os sórdidos detalhes de sua experiência. Em meio a velhos ressentimentos, novos traumas e o terrível relato sobre um homem obcecado pela beleza, os agentes ficam com a sensação de que ela esconde algum grande segredo.

RESENHA:
28/11/2018

"Algumas pessoas desabam e nunca mais levantam. Outras recolhem os próprios cacos e os colam com as partes afiadas viradas para fora."

O Jardim das Borboletas é um livro tenso. Sua trama prende, te tortura psicologicamente com uma narrativa chocante e por vezes pesada.

Não é um livro que recomendo para pessoas depressivas pois é uma estória que mexe com o lado mais sensível do leitor.
Não vou contar nada além da sinopse, pois funcionou maravilhosamente bem para mim sendo surpreendida durante a leitura.

A estória começa com o FBI interrogando Maya, uma das sobreviventes do Jardim. Ela está machucada mas muito consciente da situação e é ela quem vai narrar toda a estória, em primeira pessoa.
Os agentes Victor e Eddison irão conduzir a entrevista, Victor por ser pai de adolescentes terá mais tato e sutileza, já Eddison por motivos que serão explicados depois será o bad cop, perdendo a calma algumas vezes e sempre desconfiando da moça.
Quando a estória está sendo contada na sala de investigação, a narração é feita em terceira pessoa e muda para a visão da Maya quando ela responde as perguntas.
Assim, a trama é dividida em 3 capítulos (o último com poucas páginas) mas as narrativas são curtas e separadas de uma maneira confortável para o leitor acompanhar.

O que é essa vida dentro do jardim? Não consigo imaginar viver presa numa caixa de vidro, refém de um doente que pensa ser romântico e está fazendo o que é certo. 
Não há expectativa de vida para essas meninas. Elas não tem esperança de um dia conseguir sair dali e algumas estão realmente perdendo sua identidade, esquecendo suas estórias, o rosto de seus familiares.
Além de viver à mercê dos caprichos do Jardineiro, as meninas são submetidas à outros tipos de tortura do filho mais velho que por incrível que pareça é ainda mais doente que o pai.
Quanto mais eu lia, mais tinha pressa em saber como aquilo acabaria.
Em algum ponto da estória, a chegada de um outro personagem cria algumas expectativas ao mesmo tempo que deixa a estória um pouco mais morna.
O ápice é quando chega a última "borboleta" e foi impossível não me emocionar com a narrativa.
Falando em narrativa, preciso dizer como eu amei essa característica muito particular da Maya em nos contar a estória. É absolutamente envolvente a maneira com que ela narra, é tão vivo e real que toca fundo na gente.
As frases dela, a maneira com que ela conta uma estória, o tato dela com as outras meninas é algo cativante. Sem contar que é tão inteligente e comunicativa que não aparenta a idade que tem.

Mas algumas coisas me incomodaram e fizeram dar uma nota mais baixa. Primeiro foi o relacionamento dela com o Jardineiro, algumas vezes a autora parecia romantizar e isso me incomodou.
A descrição do próprio jardim é confusa. Não foi um cenário que consegui visualizar, tive dificuldade nisso.
Mas o ponto baixo de tudo foi o final. Esperei tanto por aquele momento e foi decepcionante.
Imaginava algo chocante ou até mesmo surpreendente mas não, e isso foi um banho de água fria. Achei que a trama merecia algo maior.
Só depois que terminei o livro que fiquei sabendo que teria continuação, mas honestamente não sei se quero ler.
No entanto eu recomendo a leitura, é uma ótima pedida para quem curte o gênero mas tem estômago para algumas cenas difíceis de digerir.

Nota: 4 ★

Adquira o livro Aqui

CONTINUE LENDO

20 de novembro de 2018

Sob Águas Escuras - Robert Bryndza - Detetive Erika Foster #3


“Puxado pelo peso das correntes, o corpo afundou rapidamente. 
Ela descansou ali, quieta e serena… durante muitos anos.”

Quando a Detetive Erika Foster vasculha, com sua equipe, um lago artificial nos arredores de Londres em busca de uma valiosa pista de um caso de narcóticos, ela encontra muito mais do que eles estavam procurando.
Do fundo do lago são recuperados dois pacotes: um deles contém 4 milhões de libras em heroína. O outro… o esqueleto de uma criança.
Os restos mortais são de Jessica Collins, uma garota desaparecida há 26 anos e que foi a principal manchete de todos os noticiários da época.
Erika, então, precisa revirar o passado e desenterrar os traumas da família Collins para descobrir mais sobre o trabalho de Amanda Baker, a detetive original do caso – uma mulher torturada pelo seu fracasso na busca por Jessica.
Muitos mistérios envolvem esse crime, e alguém que não quer que o caso seja resolvido fará de tudo para impedir que Erika Foster descubra a verdade.

O autor de A Garota No Gelo e Uma Sombra Na Escuridão nos presenteia com outra eletrizante aventura da Detetive Erika Foster.

RESENHA:
20/11/2018

Erika Foster agora faz parte do departamento de narcóticos e quando sua equipe faz uma busca no lago de uma pedreira e encontram o corpo de uma criança, a detetive é firme em querer a investigação desse caso para si.
Ela pede que seus antigos parceiros, Petersen e Moss, trabalhem com ela nesse caso. Como é um crime que ocorreu há 26 anos, a equipe vai encontrar muitas dificuldades para solucioná-lo. Muitos dos envolvidos com o desaparecimento já estão fora da linha investigativa por motivos diferentes, então não sobra muito por onde começar.
Eles vão rever todo o caso, inclusive falar com a investigadora da época que hoje é aposentada e alcoólatra e refazer todos os passos.
Devido à falta de informações e dificuldade para seguir adiante, a trama vai se arrastando por mais da metade do livro e a estória empaca. Os diálogos um tanto rasos e a postura da Erika, sempre se mantendo afastada das pessoas e sem o mínimo de humor, não contribuiu para uma leitura mais rápida.
Também vi algumas falhas - que não vem ao caso comentar pois pode ser considerado spoiler -, mas como alguém que trabalha numa delegacia não sabe que ali tem câmeras de segurança? E Erika ainda gosta de dar coices com platéia, detesto essa característica dela.

O livro começa a melhorar (para mim) à partir da página 200 onde eles começam finalmente a vez uma luz no fim do túnel e daí pra frente a estória toma um ritmo frenético até seu final.
O culpado não foi supresa para mim, sempre achei que fosse ele mesmo, porém como tudo aconteceu, a estória em si por trás do desaparecimento e os últimos momentos foram uma ótima reviravolta.
Robert Bryndza ainda não supreendeu com seus culpados, porém sempre me surpreende com suas reviravoltas finais. Adoro suas estórias, acho um ótimo passatempo e ainda tenho esperanças de um dia ir com a cara da Erika Foster. Eu não consigo me simpatizar com ela!
Mas recomendo o livro, Robert Bryndza é sempre garantia de boa leitura!

Nota: 4 ★

Adquira o livro Aqui

Livro 1 da série - A Garota no Gelo - Resenha Aqui - Adquira Aqui
Livro 2 da série - Uma Sombra na Escuridão - Resenha Aqui - Adquira Aqui
Livro 4 da série - O Último Suspiro - Adquira Aqui

CONTINUE LENDO


Topo