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27 de agosto de 2024

Herança Macabra - Veronica E. Llaca

 


QUANDO A MALDADE PERCORRE AS VEIAS, O SANGUE DOS INOCENTES ESCORRE PELAS MÃOS.

Na fúnebre atmosfera do México dos anos 1940, as ruas de uma cidade tornaram-se palco dos atos macabros de Felícitas Sánchez Aguillón. Apelidada de “A Ogra do bairro Roma”, a parteira corrompeu sua nobre profissão assassinando dezenas de crianças sem deixar rastro de humanidade. A captura e subsequente condenação de Felícitas marcaram definitivamente a consciência coletiva da comunidade.

Décadas mais tarde, Ignacio Suárez, um escritor da era contemporânea, tropeça em um legado de brutalidade que se recusa a permanecer enterrado. Fotografias enigmáticas de mulheres mortas chegam às suas mãos, trazendo o passado cruel para o seu mundo de palavras. As imagens carregam uma sinistra coincidência com cenas presentes em suas obras, obrigando-o a confrontar o fato de que o horror que imaginava escrever agora é apresentado em forma real com novas vítimas cruzando o seu caminho.

Com o ressurgimento de pistas que remetem à falecida Felícitas, enigmas começam a tecer uma ponte entre eras e segredos ocultos na trama histórica. O enredo torna-se ainda mais intrincado quando a inesperada morte de uma figura central na investigação sugere que o perigo é uma entidade onipresente, um perseguidor incansável.

O único artefato que restou é um manuscrito envolto em mistério, potencialmente ostentando a chave para desvendar verdades sinistras e estagnar a continuidade do derramamento de sangue. Ao navegar entre a história de Felícitas e os temores atuais que consomem Ignacio, Verónica Llaca nos conduz ao precipício de uma escuridão reveladora, onde as facetas mais sombrias da natureza humana emergem despidas de camadas de pretensão.


RESENHA:
27/08/2024

Misturando ficção com um caso real, a autora construiu uma trama sombria, forçando-nos a questionar a origem do mal e até onde podemos realmente escapar de nosso passado.
Dividido entre manuscritos 1940 e a narrativa 40 anos depois, o escritor Ignácio se vê forçado à voltar ao passado quando ele recebe fotografias de duas jovens assassinadas brutalmente.

Eu achei a premissa do livro muito interessante. Gostei que a autora usou um evento real para dar vida à sua estória mesclando fatos com ficção, no entanto passada as primeiras 100 páginas, comecei achar a leitura cansativa.
Com o surgimento de vários personagens - a todo momento surgia um - a trama principal ficou estagnada e só desenrolou mesmo nas últimas páginas.
Também não é um livro para todo mundo. Tem descrição de violência contra bebês, contra crianças e uma contra animais. Fiquei incomodada e desconfortável com essa leitura. 
Fora todo desconforto, não é uma estória que foi surpreendente, mas sim que chocou.
Assim que terminei fui procurar algumas avaliações e vi que poucas pessoas falaram sobre ele.
Então, não é que não seja bom, mas não é o tipo de livro feito para mim. Não conseguiu prender minha atenção, tanto que demorei muito para terminar.

Nota: 3 ★


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18 de fevereiro de 2024

A Fúria - Alex Michaelides

 


Esta é a história de um assassinato. Talvez isso não seja bem verdade. No fundo, é uma história de amor, não é?
Lana Farrar é uma ex-estrela de cinema reclusa e uma das mulheres mais famosas do mundo. Todos os anos, convida seus amigos mais próximos a fugir do clima inglês e passar a Páscoa em sua idílica ilha grega particular.
Você pode achar que conhece essa história. Provavelmente leu sobre isso na época – causou um verdadeiro rebuliço nos tabloides, se você bem se lembra. Tinha todos os ingredientes necessários para fazer a festa da imprensa: uma celebridade; uma ilha particular isolada pelo vento... e um assassinato.
Nós nos vimos presos lá durante a noite. Nossas velhas amizades ocultavam em si ódio e desejo de vingança. O que se seguiu foi um jogo de gato e rato – um duelo de inteligências, cheio de surpresas e reviravoltas, culminando num clímax inesquecível. A noite terminou em violência e morte.
Mas quem sou eu?
Meu nome é Elliot Chase, e vou contar uma história diferente de qualquer outra que você já ouviu.


RESENHA:
18/02/2024

Eu gostei muito de A Paciente Silenciosa, apesar de não ter entrado pros favoritos, mas ainda assim foi uma ótima leitura. As Musas eu abandonei pq não estava suportando a narrativa e em A Fúria decidi tirar a prova se devo ou não continuar lendo os livros desse autor, e definitivamente não.
A ideia é atrativa. Um pequeno grupo de amigos passando as férias numa ilha grega. Um deles morre, outro é o assassino.
No entanto, conforme eu ia lendo, percebi que tinha outra Musas na mão. A trama não desenvolvia e as tentativas de criar cenas tensas eram apenas um monte de bobagens. A maior parte do livro é constituída de narrativa, sem diálogos e sempre do ponto de vista do mesmo narrador que pra mim era desinteressante e cansativo.
Ideia boa. Desenvolvimento fraco.
O narrador conversa com o leitor e como ele mesmo não é nada confiável, te conduz a como reagir, ou pensar em determinadas situações. Detesto.
A trama "melhora" em 75%, que é quando ele realmente vai parar de enrolar e contar a estória real.
Não é surpresa nenhuma quem morre e muito menos quem é o assassino. Fiquei esperando a surpresa, o plot, mas não veio.
Os personagens são insuportáveis e se comportavam mais como adolescentes do que como adultos e alguns foram mal explorados.
Pra ser justa com o autor preciso dizer que esse não é meu estilo de narrativa. Contada em terceira pessoa seria melhor. Também fez falta outros pontos de vista para dar um alívio do narrador que não estava me agradando.
E no final eu não poderia me importar menos. Quem era o culpado, quem morria, já não fazia nenhuma diferença.
Eu só não abandonei o livro por que é uma leitura conjunta com a Mari e eu precisava chegar até o final para poder discutir com ela (apesar de termos feitos isso logo nos primeiros capítulos hahaha)
Enfim, eu não gostei mas não posso não recomendar por que como eu disse, não é um estilo que agrada a mim mas pode sim agradar você.

Nota: 2,5 ★


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19 de dezembro de 2023

Últimas Palavras - Taylor Adams

 

Últimas palavras-Taylor Adams-Supense-Thriller Psicológico

DE ONDE UM AUTOR BUSCA INSPIRAÇÃO PARA SUAS HISTÓRIAS SOMBRIAS? 

Isolada em uma velha casa à beira-mar, Emma Carpenter vive sozinha em companhia de sua cachorra, Laika. O único contato humano que tem é com o vizinho, Deek. Ao perceber que Emma é uma leitora assídua, Deek recomenda a ela um livro de terror de publicação independente. 
Após a leitura, Emma acha a obra fraca e publica uma crítica com uma estrela, fazendo com que uma discussão on-line se inicie com ninguém menos do que o próprio autor. Logo depois, incidentes perturbadores começam a acontecer ao seu redor. Para ela, isso pode ser apenas uma coincidência. Já foi estranho o suficiente o autor brigar por uma crítica ruim na internet, será que ele poderia estar por trás daqueles eventos? 
Enquanto investiga a vida e o trabalho do autor, Emma descobre que ele já havia publicado dezesseis outros romances, todos igualmente sádicos, com perseguição e assassinato. Mas quem é esse cara? E do que seria capaz?

Exibindo sua marca registrada de ritmo acelerado, Taylor Adams oferece uma trama repleta de detalhes e com uma reviravolta de deixar todos pensando duas vezes antes de publicar uma crítica negativa deste livro.


RESENHA:
19/12/2023

Tudo começa quando Emma aluga uma casa de praia meio isolada, sem telefone nem TV e para passar o tempo, ela lê um thriller psicológico disponível na Amazon e o avalia com apenas uma estrela.
O autor logo entra em contato com ela e pede que retire sua avaliação, o que Emma recusa, claro. Eles ainda trocam algumas mensagens que só deixam o autor ainda mais bravinho e logo Emma percebe que está sendo vigiada. Sim, no meio do nada!
E aí começa a tortura psicológica, o medo da perseguição do desconhecido e a vontade de sair viva dali.

A premissa é ótima, original e pra mim ela foi a melhor parte do livro.
Uma estória tão curta mas parecia que tinha mais de 500 páginas. Demorei muito mais que o normal pra concluir pois não gostei da narrativa. Achei cansativa na maior parte do tempo e os personagens são um tédio!
O absurdo desse stalker supera até mesmo a ficção, com sua espada em mãos. Muitas cenas que seriam melhores visualmente (daria um bom filme) mas que escritas não funcionaram tão bem pra mim, assim como a Ponte do Medo. Então se você gostou do livro anterior, vai gostar desse também.
Meu problema aqui foi parecido com Ponte do Medo. Muitas cenas de ação e chegou uma hora que não aguentava mais, só queria que acabasse. E não acabava nunca!
Os pensamentos da Emma eram um saco, ela fazia até as falas do cachorro dela. Os plots não surpreenderam, aliás um deles eu saquei em 5% do livro. Muito óbvio.
E eu não comprei o exagero e a artimanha por trás de tudo isso. 
Posso ter me enganado mas por trás das piadinhas com autores de ego inflado, também percebi uma crítica aos avaliadores dos livros. Como uma resenha de 100 palavras pode ter mais crédito que um livro de cem mil palavras?
Enfim, não gostei muito do livro e é apenas minha opinião. Só espero que o Taylor Adams não venha atrás de mim por isso :)

Nota: 3 ★



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23 de novembro de 2023

O Caçador da Escuridão - Donato Carrisi

 


Um assassino brutal está à solta nas ruas de Roma. Ele não deixa rastros. E não demonstra piedade. O caçador da escuridão é mais um thriller primoroso do best-seller Donato Carrisi, autor de O Aliciador e O tribunal das almas.

Marcus não possui identidade, memória, amor ou ódio. Ele só tem duas coisas: raiva e um talento que faz questão de esconder. Ele é o último dos penitencieiros: um padre com a capacidade de rastrear anomalias e vislumbrar os fios que tecem a trama de cada assassinato. Mas nem todas as tramas podem ser reconstruídas.

Sandra é uma mulher tentando se recompor. Ela também trabalha em cenas de crime, mas, ao contrário de Marcus, não precisa se esconder, apenas atrás das lentes de sua câmera. Sandra é fotógrafa forense, e seu talento é registrar o nada para torná-lo visível. Mas desta vez o nada ameaça engoli-la.

Uma série de mortes acontece em Roma num padrão terrível, mas sedutor. E, cada vez que Marcus e Sandra acham que entenderam parte da verdade, eles descobrem um cenário ainda mais perturbador e ameaçador.

RESENHA:
23/11/2023

Marcus é um penitencieiro e tem um dom único. Consegue enxergar o mal, se colocar no lugar do assassino e assim ler a cena do crime para entender a dinâmica.
Porém ele é um padre sem memória da sua verdadeira identidade e precisa se esconder, passando pelas cenas de maneira invisível.
Para revelar as suas descobertas ele vai contar com a ajuda de Sandra, uma fotógrafa forense que tem o talento de desvendar pistas através de seus registros.
Juntos eles vão atrás de um assassino cruel e metódico que não deixa rastros. Ele mata casais, rapidamente os homens mas tortura as mulheres.
Qual será o passado desse monstro? O que aconteceu em sua vida para que ele tivesse esse modo de agir?
A polícia não será de grande ajuda nessa investigação mas com o apoio de Clemente, um outro padre, Marcus terá acesso a informações previlegiadas e sair na frente da polícia.
A parceria entre Marcus e Sandra é tão eficiente que sozinhos eles vão conseguir descobrir quem é esse assassino brutal.

Que livro, meus amigos!
Não se trata apenas de uma estória de um assassino com um passado trágico que o leva a cometer crimes horrendos, é preso e fim. É muito, mas muito mais que isso. 
A trama toda é muito complexa, super bem desenvolvida, envolvente e inteligente demais!
Fiquei chocada com o passado do criminoso mas quando um dos protagonistas descobre quem é o culpado eu fiquei de queixo caído. Que virada genial!
Leia com tempo porquê os livros do Carrisi te consome totalmente. Cada hora uma descoberta diferente e tem muita informação que pode deixar o leitor meio perdido se ficar abandonando a leitura.
Recomendo fortemente. Porém, recomendo antes O Tribunal das Almas com os mesmos protagonistas para entender melhor a estória deles e porque esse livro é simplesmente uma obra prima. É um pecado não ler Donato Carrisi!

Nota: 5 ★


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15 de novembro de 2023

Olhos Vazios - Charlie Donlea

 



ELA MUDOU O NOME E A APARÊNCIA... MAS NADA PODE APAGAR O QUE TESTEMUNHOU. 

Alex Armstrong mudou tudo sobre si mesma: seu nome, sua aparência, sua história. Ela não é mais a adolescente aterrorizada que apareceu na TV, algemada, sendo conduzida da casa onde vivia até a noite em que sua família foi massacrada. 
Apelidada de Olhar Vazio pela imprensa, ela foi acusada dos assassinatos, teve a vida duramente exposta pelos veículos de comunicação, mas lutou com todas as suas forças para limpar o seu nome. Dez anos se passaram e Alex nunca parou de procurar pela verdade, mesmo tendo de esconder sua identidade da horda de fanáticos por crimes reais e repórteres desesperados por qualquer notícia sobre seu paradeiro. 
Agora como investigadora, ela trabalha incansavelmente para garantir justiça para outros acusados. Pessoas como Matthew Claymore, que é suspeito do desaparecimento da namorada, uma estudante de jornalismo chamada Laura McAllister. 
Laura estava prestes a divulgar uma grande história sobre estupro e acobertamentos em sua faculdade. Alex acredita que Matthew é inocente e descobre revelações impressionantes sobre o corpo docente da universidade, alunos e pais poderosos dispostos a fazer qualquer coisa para proteger os filhos. Mas ao iniciar sua investigação, Alex encontra conexões surpreendentes com o assassinato da própria família. Por mais diferentes que os crimes possam parecer... 


RESENHA:
15/11/2023

Aos 17 anos Alex Quinlan - apelidada de Olhos Vazios - foi acusada de matar seus pais e seu irmão de 13 anos. 
Mesmo ficando livre das acusações, Alex não conseguiu fugir do massacre da mídia e do julgamento da sociedade. Ela precisou mudar de nome e aparência para tentar se reeguer.
Após 10 anos dos assassinatos, Alex trabalha como investigadora para um escritório de advocacia e ainda tenta descobrir o verdadeiro culpado pela morte da sua família. 
Infelizmente ela não consegue muitas respostas para o que aconteceu, mas durante uma de suas investigações para um cliente, ela descobre algumas pistas que possam estar ligadas ao crime do seu passado.

A estória já me pegou pelas primeiras linhas. Adorei a narrativa envolvendo o julgamento da Alex que foi ágil e deu uma visão ampla da estória da protagonista.
Com o rolar dos capítulos, os anos vão se passando para ela e outros personagens vão surgindo com suas estórias paralelas. Aí achei que ficou um pouco confuso e me fez diminuir o ritmo da leitura, pois quando você tentava entender o que aquele personagem estava fazendo ali, o capítulo acabava e a trama tomava outro rumo.
Isso também não interfere na qualidade da estória, pois logo depois a gente se acostuma com todo mundo.
Mas o que eu mais gostei foi que Alex não resolve tudo magicamente. Ela realmente passa anos nisso e só consegue quando tem ajuda de pessoas mais experientes que ela.
O primeiro plot me pegou de surpresa, não tinha esperado por isso mas o segundo que é o grande e último plot, eu já esperava. Então esse não me surprendeu de maneira nenhuma, estava só esperando o autor finalizar. Acredito que se ele não tivesse revelado o primeiro, eu não desconfiaria do segundo.
Enfim, adorei o livro e super recomendo! Os dois últimos livros dele não me agradaram tanto, mas esse trouxe de volta o Charlie que eu era fã.

Nota: 4,5  ★



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