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28 de novembro de 2017

Até Que a Culpa Nos Separe - Liane Moriarty


Amigas de infância, Erika e Clementine não poderiam ser mais diferentes. Erika é obsessivo-compulsiva. Ela e o marido são contadores e não têm filhos. Já a completamente desorganizada Clementine é violoncelista, casada e mãe de duas adoráveis meninas. Certo dia, as duas famílias são inesperadamente convidadas para um churrasco de domingo na casa dos vizinhos de Erika, que são ricos e extravagantes.

Durante o que deveria ser uma tarde comum, com bebidas, comidas e uma animada conversa, um acontecimento assustador vai afetar profundamente a vida de todos, forçando-os a examinar de perto suas escolhas - não daquele dia, mas da vida inteira.

Em Até Que a Culpa Nos Separe, Liane Moriarty mostra como a culpa é capaz de expor as fragilidades que existem mesmo nos relacionamentos estáveis, como as palavras podem ser mais poderosas que as ações e como dificilmente percebemos, antes que seja tarde demais, que nossa vida comum era, na realidade, extraordinária.

RESENHA:
28/11/2017

Liane Moriarty se tornou uma das minhas autoras queridinhas depois que li Pequenas Grandes Mentiras e logo em seguida O segredo do Meu marido que foram leituras que devorei em pouco tempo.
Suas tramas têm sempre um mistério, um foco central e ela nunca se resume à apenas um ou dois personagens mas sim vários, abordando e muito o lado psicológico deles. A gente fica por dentro dos pensamentos mais secretos de cada um e não somente aqueles que são revelados durante a estória.

Aqui vamos conhecer 3 casais que estarão reunidos para um churrasco e nesse dia irá acontecer um incidente que irá mudar o comportamento deles. Cada um com sua parcela de culpa irá se isolar dos demais e daí a estória vai se desenvolver, alternando entre o passado, o dia do acontecimento e os dias após o ocorrido.
Eu imaginei mil coisas e apesar de ter certeza de quem estaria envolvido no "incidente", não consegui formar uma cena nem imaginar o que poderia ter acontecido.
No entanto, eu havia imaginado algo muito mais chocante. Algo bem mais sério e trágico e talvez por ter criado muitas expectativas devido às outras experiências com a autora, essa estória não me empolgou.
A narrativa dos dias seguintes também não contribuíram para instigar minha curiosidade.
Fiquei muito interessada na vida de Harry, um outro personagem não tão importante à princípio.

Eu particularmente adoro a escrita dela, a maneira como ela conduz a estória e os dramas pessoais, porém nesse livro o excesso de narrativa me cansou e isso não contribuiu para uma leitura mais prazerosa. 
Não teve altos e baixos, foi uma leitura que seguiu o mesmo ritmo do começo ao fim.
Demorei mais tempo que o normal para concluir a leitura, pois a autora segurou esse mistério até onde não poder mais e na hora nem foi tão surpreendente assim.
O final deixou a desejar, algumas questões ficaram por isso mesmo e o que mais me irritou foi um fato importante que um dos personagens manteve em segredo mas que deveria ter sido compartilhado.
Pode ser que quem não tenha lido nada da Liane antes se surpreenda com esse. Do contrário a comparação é inevitável.
Ainda assim, é uma boa leitura. Liane Moriarty tem um estilo próprio de escrita e com certeza continuarei lendo seus livros.
Nota 3,5 ★

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6 de novembro de 2017

Gritos do Passado - Camilla Läckberg - Patrik Hedström # 2


Em uma manhã do início do verão, um garoto sai para brincar na praia, na cidade de Fjällbacka. Porém, suas brincadeiras são interrompidas de maneira abrupta quando ele encontra o cadáver de uma jovem nua. A polícia é chamada à cena e não demora muito para concluir que a mulher fora assassinada. O mistério aumenta quando os policiais descobrem que embaixo do corpo da mulher foram colocados esqueletos de outras duas jovens dadas como desaparecidas desde o final dos anos 1970.

Para juntar as peças desse quebra-cabeça, o policial Patrik Hedström é designado como chefe da investigação, o que o obriga a abandonar suas férias e sua esposa, Erica Falck, grávida de seu primeiro filho.

Erica, porém, não consegue ficar sem se envolver e, mesmo nas últimas semanas de gravidez, decide ajudar Patrik pesquisando informações na biblioteca local. A partir daí, novas revelações começam a dar forma à investigação: os esqueletos podem ser de duas jovens desaparecidas há mais de vinte anos. Descobertas que trazem à tona antigos conflitos da família Hult, cujo patriarca, o pastor protestante Ephraim, mobilizava multidões de fiéis em seus cultos acompanhado dos dois filhos, Gabriel e Johannes, dotados de poderes de cura. Na época, um misterioso suicídio, ligado ao desaparecimento de uma das jovens, dividiu a família em duas ramificações que agora, diante das novas revelações, terão de lidar com feridas que ainda sangram.

RESENHA:
06/11/2017

Excelente!
Não conhecia a autora mas há tempos tinha seus livros na minha meta de leitura e quis começar pelo primeiro, ao contrário da maioria das séries que pego quase sempre pela metade, mas por engano peguei esse que é o segundo volume.
Eu realmente esperava algo bom, a sinopse me atraiu muito e vi as classificações bem positivas à respeito dele no Skoob e não me decepcionei. A estória é bem escrita e bem desenvolvida.
À princípio a quantidade de personagens me confundiu um pouco, mas depois que me familiarizei com eles tudo se desenvolveu mais fácil.

A estória de passa em 2003 em Fjällbacka, uma cidade da Suécia. 
Quando o corpo de uma jovem é encontrado em cima de outros dois esqueletos da década de 70, a polícia tem em mãos um crime bem complicado de se resolver.
As primeiras duas garotas eram dadas como desaparecidas e seu suposto assassino na época havia cometido suicídio.
Após as primeiras investigações contatou-se que a jovem encontrada tinha os mesmos ferimentos que as outras duas e os policiais percebem que não se trata de uma coincidência. Ou seja, o crimes estão ligados.
Agora muitas outras perguntas vão surgir e as investigações vão se complicando cada vez mais.
Qualquer novidade no caso acaba sempre caindo no mesmo lugar: A família Hult. Uma família que foi destruída no passado e agora com esse novo crime se vê novamente na mira de uma investigação.

A narrativa em terceira pessoa é bem desenvolvida e sem detalhes excessivos. A cada momento surge uma nova pista então a autora mantêm o suspense até as últimas páginas.
Apesar de ter não ficado surpresa com o culpado, não consegui imaginar o desfecho e nem a motivação dele. E o que eu mais gostei nessa estória foi o tipo de perfil que a autora criou para o personagem.
A única coisa que me incomodou durante a leitura é que os diálogos são entre aspas e não consigo me acostumar com isso. Do resto, super indico esse suspense policial bem envolvente e que destaca também o lado psicológico dos personagens.
Vou ler os outros da autora com certeza!
5 estrelinhas pra ele ★


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17 de outubro de 2017

O Voo da Libélula - Michel Bussi


Na noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira entre a França e a Suíça, deixando apenas uma sobrevivente: uma bebê de 3 meses. Porém, havia duas meninas no voo, e cria-se o embate entre duas famílias, uma rica e uma pobre, pelo reconhecimento da paternidade.

Numa época em que não existiam exames de DNA, o julgamento estende-se por muito tempo, mobilizando todo o país. Seria a menina Lyse-Rose ou Émilie? Mesmo após o veredicto do tribunal, ainda pairam muitas dúvidas sobre o caso, e uma das famílias resolve contratar Crédule Grand-Duc, um detetive particular, para descobrir a verdade.

Dezoito anos depois, destroçado pelo fracasso e no limite entre a loucura e a lucidez, Grand-Duc envia o diário das investigações para a sobrevivente Lylie e decide tirar a própria vida. No momento em que vai puxar o gatilho, o detetive descobre um segredo que muda tudo. Porém, antes que possa revelar a solução do caso, ele é assassinado.

Após ler o diário, Lylie fica transtornada e desaparece, deixando o caderno com seu irmão, que precisará usar toda a sua inteligência para resolver um mistério cheio de camadas e reviravoltas.

Em O voo da libélula, o leitor é guiado pela escrita do detetive enquanto acompanha a angustiada busca de uma garota por sua identidade.

RESENHA:
17/10/2017

Michel Bussi tem se tornado um dos queridinhos justamente por criar tramas criativas e finais surpreendentes. Assim como Ninfeias Negras, O Voo da Libélula foi uma excelente e agradável leitura.
A estória se desenrola com mais lentidão - ainda menos que Ninfeias - mas nem por isso cansativa. 
O autor cria toda uma expectativa durante a leitura. Ele enrola o leitor, coloca pistas, revela algumas surpresas, mas deixa tudo pro final.
Pulando o blá blá blá inicial, - que você pode ler na própria sinopse do livro - aqui teremos Mark como o protagonista principal. Ele vai receber através de Lylie (que seria Lyse ou Emilie) o diário do investigador que trabalhou por 18 anos para uma das famílias, e será através da narrativa dele que saberemos os resultados da investigação.

Lylie vai sumir sem deixar rastros deixando Mark desesperado. Então ele sai à procura dela e entre um trem e outro começa a ler as anotações do detetive e se inteirar de tudo, aflito para saber o que foi que ela descobriu na leitura que a fez querer sumir. A cada descoberta, muitas situações irão mudar e algumas revelações levarão o leitor a imaginar um outro desfecho.
A partir da segunda metade do livro, o ritmo da narrativa acelera e a ansiedade pela descoberta faz com que devoremos o livro. 
Ainda que a trama não seja sobre "quem matou quem"e sim sobre quem é família da criança, vai acontecer alguns crimes durante a estória, deixando tudo ainda mais instigante.
A descoberta final do detetive foi o que mais me deixou ansiosa no livro. Eu queria logo chegar ao final pra saber o que foi que ele viu nos últimos momentos. 
É uma leitura que brinca com a sua imaginação.

Os personagens são rasos, o autor não se aprofunda muito, bem como no relacionamento entre eles. Achei bem superficial. 
Gostei de Mark da mesma maneira que desgostei de Malvina, uma personagem dura de aturar.
O relacionamento de Mark com Lylie me incomodou um pouco, algumas situações foram difíceis de compreender.
Quanto à qual família a garota pertence, depois da metade do livro não foi difícil prever aquele desfecho e já o tinha como certo, porém as outras surpresas que autor reservou para o final foram mesmo surpreendentes.
Eu gostei muito da leitura, é um livro com um tema diferente que manteve o suspense até as últimas páginas, ainda que tenha se arrastado por um tempo.

Nota: 4,5 ★

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5 de outubro de 2017

Como Agarrar Uma Herdeira - Julia Quinn - Agentes da Coroa #1



Quando Caroline Trent é sequestrada por engano por Blake Ravenscroft, não faz o menor esforço para se libertar das garras do agente perigosamente sedutor. Afinal, está mesmo querendo escapar do casamento forçado com um homem que só se interessa pela fortuna que ela herdou.
Blake a confundiu com a famosa espiã espanhola Carlotta De Leon, e Caroline não vai se preocupar em esclarecer nada até completar 21 anos, dali a seis semanas, quando passará a controlar a própria herança milionária. Enquanto isso, é muito mais conveniente ficar escondida ao lado desse sequestrador misterioso.
A missão de Blake era levar “Carlotta” à justiça, e não se apaixonar por ela. Depois de anos de intriga e espionagem a serviço da Coroa, o coração dele ficou frio e insensível, mas essa prisioneira se prova uma verdadeira tentação, que o desarma completamente.


RESENHA:
05/10/2017

Caroline ficou orfã muito cedo e desde então passou por uma sequência de tutores nada agradáveis até chegar na casa de Oliver Prewitt, que por sua vez está obcecado pela herança da moça e apela ao extremo quando exige que seu filho a pegue à força para que tenham que se casar.
Caroline muito valente, se defende das investidas do rapaz e foge, porém é sequestrada pelo bonitão Blake Ravenscroft que a confunde com uma espiã procurada.
Blake é um agente da coroa e trabalha no departamento de guerra. É um homem muito amargurado por ter perdido a noiva que foi assassinada quando também estava à serviço da coroa.
Agora ele pretende prender Carlotta como última missão, se aposentar de vez e abandonar a vida secreta e cheia de riscos.

Quando Blake amordaça Caroline e a leva pra sua casa, sua intenção é fazer a moça entregar seus comparsas, acontece que ela que não é nada boba e não quer de jeito nenhum voltar pra casa do seu tutor, então deixa o bonitão pensando que ela é mesmo a espiã. Ela chega ao extremo de forçar a própria garganta para ficar sem voz só para não ter que falar. 
Como o único que conhece a verdadeira Carlotta é seu amigo James, ele vai ser enganado por algum tempinho até que o amigo chegue.

Ahh a estória começou muito bem, mas depois que tudo foi esclarecido tive a impressão de ter caído em outro livro. Até o cenário mudou na minha imaginação.
O casal não me empolgou. Discutem o tempo todo e acredito que o intuito é deixar o livro leve, porém os diálogos me cansaram. Nem as cenas românticas salvaram, foram superficiais e forçadas.
Caroline é muito inteligente e positiva mas é bem infantil, do tipo que bate o pé, mostra a língua e faz beicinho.
Blake é um homem oras, um agente! Mas ao lado dela tinha o mesmo comportamento infantil, batendo boca com ela toda hora, sem o menor senso de humor e fazendo tipo "não mereço ser amado".
Infelizmente nem os personagens secundários ajudaram, exceto pelo amigo James (do segundo livro) que foi um alívio no meio das picuinhas dos protagonistas.
Fora outras situações que me irritaram e achei sem pé nem cabeça:
- Empregados que deixam os patrões passando fome.
- A pessoa ter que ficar trancada dias num banheiro sendo que eles estão numa mansão. Como assim? Nenhum cômodo sobrando?
Eu adoro um romance clichê, acho um frescor principalmente quando se sai de um livro pesado, mas aqui não teve nenhuma novidade. Ter que inventar mil mentiras para evitar uma explicação mais simples, somente para criar uma trama engraçada não funcionou para mim.

Mas nem tudo é ruim, calma! A parte da espionagem foi o que salvou o livro, principalmente quando tem a participação do James. Já falei que gosto do James? kkkkk
O livro é bem leve, dá pra ler rapidinho pois tem muitos diálogos e pouquíssima narrativa.
Não vou dizer que me decepcionou por que não estava esperando muito dele. 
Mas recomendo essa leitura para quem quer algo leve e despretensioso, com uma escrita bem humorada e cheia de clichês, tipo mocinhos que se recusam a se apaixonar novamente.
Mas oras, como sempre faço parte da minoria então já sabem, provavelmente você vai gostar :-)
Vou ler o segundo sim ou com certeza?
Nota: 3,5
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30 de setembro de 2017

A Mansão Hollow - Agatha Christie



Um inofensivo convite para almoçar na Mansão Hollow logo se transforma em mais um caso a ser desvendado por Hercule Poirot. A cena do crime parece um tanto artificial - o corpo de um homem agonizando na beira da piscina, sua mulher logo ao lado segurando um revólver, e ainda três testemunhas. Seria na verdade uma encenação, uma brincadeira de mau gosto para provocar o detetive? Infelizmente, para a vítima, não. Indo contra todas as evidências, Poirot não demora a descobrir que a arma que aquela mulher tinha nas mãos não era a mesma que matou seu marido. O que aconteceu, então?

RESENHA:
30/09/2017

Finalizando as leituras do mês e a maratona Setembro Policial com esse livro da Dama.
Essa foi uma leitura mais arrastada que o previsto, não empolgou e o desfecho não surpreendeu.

Poirot juntamente com outras pessoas, é convidado para um almoço na mansão Hollow. Acontece que quando ele chega já dá de cara com um assassinato, que no primeiro momento ele pensa ser uma brincadeira de mal gosto.
Ao mesmo tempo, outras pessoas chegam na cena do crime, vindo de direções diferentes. Todos ali são possíveis suspeitos e Poirot vai ter muito, mas muito trabalho para desvendar esse crime.

O detetive aparece pouco e sendo ele o astro, fez muita falta na estória.
Apesar das descrições emocionais dos personagens serem se extrema importância para a trama, acabei perdendo um pouco do interesse por causa da demora em chegar a parte investigativa.
Sinto em dizer que os personagens me cansaram, principalmente a anfitriã, Lady Angkatell. Mulher faladeira demais, praticamente tudo que saía da boca dela eram frases sem sentidos, me perdia nas divagações dela e pra mim não acrescentou nada à trama.
A estória vai focar mais no lado humano de cada personagem, seus comportamentos e problemas, quase não sobrando espaço para investigação. Sobrou "romance" e faltou o "policial". 
Senti falta daqueles momentos em que o Poirot tem uma ideia e a deixa suspensa no ar para que o leitor embarque na imaginação e force as células cinzentas para tentar entender as pistas. 
Se a intenção da autora era focar mais o lado humano, posso dizer que ela conseguiu.

Ainda que não tenha me surpreendido, Agatha é Agatha né, por isso vale a leitura. 
Vou dar nota 3,5 por que já li outros dela bem melhores que esse.

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