A arte é uma mentira que diz a verdade.
Paris, um ateliê escondido no fundo de uma alameda sem saída.
Madeline – uma jovem policial inglesa – alugou-o para descansar e se isolar do mundo. Ela chega numa tarde chuvosa. Logo após se instalar no tão sonhado refúgio parisiense, tem uma enorme surpresa: há um homem no apartamento. Eles se encontram, perplexos. Ela, recém-saída do banho, seminua enrolada numa toalha. Ele, desconcertado e furioso, chama-se Gaspar, um escritor americano solitário e mal-humorado que decidira recorrer à solidão em Paris para escrever. Um erro da imobiliária faz com que essas duas pessoas completamente diferentes sejam obrigadas a coabitar por alguns dias.
O ateliê havia pertencido ao célebre pintor Sean Lorenz e ainda mantém a magia de um verdadeiro templo onde foram criadas obras de arte inesquecíveis e cobiçadas pelo mercado internacional, inclusive três quadros que desapareceram misteriosamente após a morte do pintor, ocorrida um ano após o assassinato de seu filho.
Fascinados pelo gênio do pintor, Madeline e Gaspar decidem unir forças para tentar recuperar as telas, reputadas como extraordinárias. Mas para isso eles vão ter que enfrentar seus próprios demônios, numa investigação dramática que vai transformar suas vidas para sempre.
RESENHA:
19/04/2021
Uma história eletrizante?? Não mesmo!
Após meses de leitura arrastada, enfim terminei esse livro. Eu já teria abandonado nas 50 primeiras páginas mas insisti porque já li outro livro do autor e gostei bastante e acreditei que no final valeria a pena, mas não valeu.
Aqui temos dois protagonistas que por um erro da agência, acabam alugando o mesmo ateliê que foi de um pintor famoso. Como esperado, eles se recusam a dividir o mesmo espaço, reclamam, porém não há o que fazer a menos que um deles resolva sair, mas nenhum quer ceder.
Separadamente à principio, eles começam a descobrir mais sobre a vida do artista, suas obras, sua fama e as tragédias que assolaram sua vida.
Em certo ponto da estória, os dois vão reunir as informações que obtiveram e começar a investigar sobre o pintor. Duas de suas obras que valem um fortuna que estão desaparecidas e o que aconteceu com o filho desse pintor são as motivações para os dois bancarem detetives.
Gaspar é um escritor de peças teatrais, alcoólatra, que odeia o mundo e as tecnologias. Madeline é uma ex policial com tendências suicidas por que a vida não está sendo legal com ela e ambos são intragáveis.
Vou ser bem sincera: Eu detestei os personagens e detestei a narrativa cheia de referências a obras, poemas, textos.... Eu esquecia deles assim que acabava de ler.
Detestei a maneira que o autor conduziu a trama que até teria sido interessante se não fosse esses excessos. Tudo demora demais pra acontecer, até mesmo um diálogo que sempre é interrompido pelas descrições minuciosas do autor.
O grande problema aqui pra mim foi esse. Eu não gosto desse tipo de narrativa, tenho a impressão que o autor quer encher a trama por que não tem material suficiente para prosseguir.
Um dos "mistérios" se resolve logo na metade do livro mas a trama mesmo só desenrola nas 50 últimas páginas e que aliás não me surpreendeu nada. Foi resolvido de qualquer maneira, tudo dando certinho demais para duas pessoas que conseguiram a façanha que nenhum outro policial conseguiu antes.
Enfim, um livro que não me acrescentou em nada, não me surpreendeu em nada e que eu não indicaria para um amigo. Mas quem gosta desse tipo de narrativa pode curtir mais que eu.
Nota: 2. 5 ★
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