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9 de setembro de 2019

A Mulher Silenciosa - A.S.A. Harrison


Jodi e Todd estão juntos há 20 anos e, aparentemente, levam uma vida invejável. Todd é um empreiteiro bem-sucedido que pode bancar alguns luxos, como o enorme apartamento com uma vista deslumbrante para o lago, um Porsche (dele) e um Audi (dela) na garagem, e o estilo de vida de Jodi. Psicoterapeuta, ela atende em casa apenas dois clientes por dia, e tem tempo de sobra para as sessões de pilates, as aulas de arranjos florais, os passeios com Freud, o golden retriever do casal, e o preparo das refeições gourmet de que tanto gosta. Jodi ainda fica ansiosa ao ouvir a chave do marido abrindo a porta. Todd diz que nunca encontrará uma mulher igual a ela.
Essa fachada perfeita, porém, está prestes a ruir. Todd é um adúltero incurável, e Jodi sabe disso. Ela é a esposa silenciosa, preparada para tolerar as traições do marido com o intuito de manter as aparências. Até que Todd sai de casa - para viver com uma mulher com metade da idade dela, filha de seu melhor amigo. Magoada, humilhada e, por fim, financeiramente abalada, Jodi começa a contemplar o assassinato como uma opção razoável. Contado alternadamente nas perspectivas dele e dela, 'A mulher silenciosa' é um livro sobre um casamento à beira do fim, um casal na direção da catástrofe, concessões que não podem ser feitas e promessas que não serão cumpridas. Um thriller psicológico sofisticado, que seduz o leitor desde a primeira página.

RESENHA:
09/09/2019

Psicológico sim, thriller não!
A sinopse do livro já é reveladora demais, praticamente um resumo do livro. Que tristeza ao terminar e ver que não foi além disso.
A Jodi é a mulher submissa. Formada em Psicoterapia, mais de um mestrado, doutorado e se conforma em atender apenas dois clientes por dia - sendo assim bancada pelo marido - só para poder se dedicar mais à ele, tudo isso sabendo das suas traições. Ela prefere fechar os olhos para as escapadas dele, pois aquilo que ela ignora acaba desaparecendo.
Todd é um escroto. Acha normal essas traições, desde que não passe de encontros rápidos, sem envolvimentos até que ele acaba se apaixonando pela filha de seu melhor amigo e decide sair de casa. 
Ele não é homem suficiente nem mesmo para sentar com a esposa e conversar e ela prefere ignorar, faz de conta que não sabe de nada pois acha que ele ainda vai mudar de ideia.
A estória contêm poucos diálogos, separados por uma enxurrada de narrativas sobre a psique, sobre como funciona o comportamento humano, comparações com outras situações que não acrescentam em nada na trama e termos médicos para encher linguiça.
É um prato cheio para quem gosta do tema, para quem gosta de ler sobre psicologia, mas se não for isso que você estiver procurando irá se decepcionar assim como eu.
Esperava que ela em algum momento fosse explodir e virar a mesa, mas infelizmente aceita tudo passivamente.
O livro é monótono, cansativo, sem ação e sem nenhuma surpresa. Eu esperava pelo menos um pouco mais do final, mas até isso foi decepcionante. Me senti enganada pela sinopse.

Recomendo? Como eu disse, se você curte o gênero eu acredito que você irá gostar da estória, mas se você procura um thriller com ações e reviravoltas, esse não é o livro. 

Nota: 3 ★

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27 de agosto de 2019

A Desconhecida - Mary Kubica


Mais um instigante thriller psicológico da mesma autora de A Garota Perfeita, best-seller do The New York Times Todos os dias, a humanitária Heidi pega o trem suspenso de Chicago e se dirige ao trabalho, uma ONG que atende refugiados e pessoas com dificuldades. Em uma dessas viagens diárias ela se compadece de uma adolescente, que vive zanzando pelas estações com um bebê. É fato que as duas vivem nas ruas e estão sofrendo com a fome, a umidade e o frio intenso que castigam Chicago. Num ímpeto, Heidi resolve acolher Willow, a garota, e Ruby, a criança, em sua casa, provocando incômodo em seu marido e sua filha pré-adolescente. Arredia e taciturna, Willow não se abre e parece esconder algo sério ou estar fugindo de alguém. Mas Heidi segue alheia ao perigo de abrigar uma total estranha em casa. Porém Chris, seu marido, e Zoe, sua filha, têm plena convicção de que Willow é um foco de problemas e se mantêm alertas. Em um crescente de tensão, capítulo após capítulo a verdade é revelada e o leitor irá descobrir quem tem razão.

RESENHA:
27/08/2019

Fui sem muitas expectativas nessa leitura pois o livro anterior apesar de eu ter gostado, não foi nada surpreendente e esse aqui foi bem superior na minha opinião.
Aqui teremos 3 narradores contando suas estórias em capítulos curtos e aleatórios.

Heidi é uma mulher absolutamente humana. Ela não consegue ser indiferente aos problemas alheios, não consegue passar ao lado de um morador de rua e continuar seu caminho como se nada tivesse acontecido, por isso ela não poderia trabalhar em outro lugar que não em uma ONG sem fins lucrativos.
Quando ela vê Willow na chuva com um bebê de colo, não consegue tirar essa imagem da cabeça até que num impulso ela leva as duas pra sua casa. Tanto seu marido como sua filha de 12 anos detestam a ideia e não fazem questão de esconder isso.

Ela vai narrar desde o momento em que ela vê Willow, o dia a dia na casa e a convivência entre os membros da família. Heidi tem uma estória bem difícil sobre filhos e aos poucos ela vai narrando para o leitor.

Na narrativa de Chris - o marido - vamos saber o que ele pensa sobre esse lado da esposa, seus sentimentos em relação à garota e ao bebê ao mesmo tempo vamos vendo seu lado compulsivo com o trabalho e seu relacionamento com outras pessoas.
E por fim, Willow. Essa sim é mais pesada e difícil, desde sua infância até o momento presente e sua narrativa é a única que se passa no futuro, depois que tudo aconteceu.
É uma narrativa triste e impactante, cheia de passagens dolorosas para alguém com tão pouca idade. Essa parte foi pra mim a que mais ansiava, queria saber logo o que tinha acontecido com ela.
É um drama psicológico bem fluido. A narrativa alternada e os capítulos curtos facilitaram muito a leitura. 
Essa trama foi um encontro de personagens quebrados que precisam urgente de um tratamento psicológico. Há vilões? Sim, mas  não como eu pensava. Há sim muita gente com sentimentos guardados, mal trabalhados prestes a explodir e cada um à sua maneira.
Em termos psicológicos, eu adorei esse livro! Não há reviravoltas, somente situações que vão caminhando praquele final que você já vai percebendo durante a leitura, sem supresas.
Diria que está mais para um drama psicológico do que thriller, mas ecomendo muito para quem gosta do gênero. 

Nota: 5 ★

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1 de abril de 2019

O Jardim de Cimento - Ian McEwan


Mesclando elementos da tradição gótica inglesa a um enredo sem qualquer tipo de devaneio lírico, o autor constrói uma experiência literária áspera e visceral: após a morte dos pais, quatro crianças encerram-se no minúsculo mundo do lar, entregando-se a todo tipo de sensações e descobertas bizarras. Com o tempo, passam a mimetizar os papéis dos adultos ausentes, criando uma nova estrutura familiar que desaba quando a irmã mais velha leva um estranho ao núcleo fraterno. É só o começo de um inferno existencial para o qual não haverá saída.

RESENHA:
31/03/2019

Esse livro é indigesto e incômodo. Suas poucas páginas são mais que suficientes para causar mal estar e indignação. Após a morte do pai, a mãe (sem personalidade nenhuma) e os quatro filhos vivem ainda por um bom tempo juntos até que ela fique de cama e venha a falecer também. Os filhos, sendo a mais velha com 17 anos, começam a viver sem vigilância e totalmente fora do convívio social. A estória é narrada por Jack, o segundo filho, com sua fascinação pela irmã mais velha, sua falta de higiene e outros hábitos. Li em apenas uma pegada pois fiquei na expectativa de que algo fosse acontecer mas fora o final doentio, foi apenas uma narrativa que só enrolou o leitor. Poucos livros me chocam, mas esse além de tudo foi uma total perca de tempo para mim como leitora.

Nota: 1 ★

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26 de abril de 2018

Canção de Ninar - Leila Slimani


Quem cuida dos seus filhos quando você não está olhando? Apesar da relutância do marido, Myriam, mãe de duas crianças pequenas, decide voltar a trabalhar em um escritório de advocacia. O casal inicia uma seleção rigorosa em busca da babá perfeita e fica encantado ao encontrar Louise: discreta, educada e dedicada, ela se dá bem com as crianças, mantém a casa sempre limpa e não reclama quando precisa ficar até tarde. Aos poucos, no entanto, a relação de dependência mútua entre a família e Louise dá origem a pequenas frustrações – até o dia em que ocorre uma tragédia. Com uma tensão crescente construída desde as primeiras linhas, Canção de Ninar trata de questões que revelam a essência de nossos tempos, abordando as relações de poder, os preconceitos entre classes e culturas, o papel da mulher na sociedade e as cobranças envolvendo a maternidade. Publicado em mais de 30 países e com mais de 600 mil exemplares vendidos na França, Canção de Ninar fez de Leïla Slimani a primeira autora de origem marroquina a vencer o Goncourt, o mais prestigioso prêmio literário francês.

RESENHA:
26/04/2018

A autora te pega pelo primeiro parágrafo e depois disso é um abraço.... você fica refém da leitura.
Ela já começa a estória pelo fim. Logo no início você já encara uma tragédia (e que tragédia) e já sabe quem vai morrer e à partir disso a estória vai se desenvolver.
Myrian é casada e mãe de duas crianças bem pequenas, Adam que ainda é um bebê e Mila.
À princípio Myrian é muito feliz no papel apenas de mãe mas com a chegada planejada de Adam e as rotinas exaustivas, ela começa a desejar algo mais e após um convite para trabalhar na sua área (direito) ela confronta o marido e decide trabalhar fora. Para isso precisam encontrar uma babá de confiança.
Após algumas entrevistas frustantes eles conhecem Louise, a babá perfeita. No caso, perfeita até demais, já que ela cozinha brilhantemente, lava, passa, organiza... enfim, ela literalmente coloca a casa e a família em ordem.
Não demora muito para que fiquem dependentes um do outro, tanto Louise que vê neles sua própria família quanto o casal que não conseguem mais viver sem a babá.
Mas nem tudo são flores, claro, e com o passar do tempo Louise vai mostrar suas falhas.
Preciso dizer que é uma narrativa viciante. A autora dispensa descrições e é muito objetiva, ela vai direto ao ponto.
São poucas páginas (menos de 200) e sem divisão de capítulos, que nos mostrarão algumas passagens da vida da Louise, seus desgostos, família, comportamento.
Não espere grandes surpresas pois não é esse o objetivo do livro. A autora logo de cara te apresenta um cenário e a trama será desenvolvida à partir daí. Também não espere grandes revelações ou respostas para explicar o comportamento da personagem.
Mas é um drama psicológico que vai fazer o leitor parar e pensar em limites e em até que ponto podemos delegar funções.
Myrian tinha todo o direito de voltar à trabalhar sem culpa, porém a certa altura ela se tornou uma mãe negligente e ausente.
O pai, Paul, não é menos culpado. Com todos os avanços em ambas as carreiras, eles se aproveitavam do fato da babá ser tão presente e capaz que confiaram seus filhos à ela sem restrições.
Tiveram os dois, várias oportunidades de notar o comportamento da babá mas preferiram fechar os olhos por comodismo e ambição demasiada.
Realmente esse livro foi impactante e um choque de realidade. Até que ponto podemos confiar nossos filhos?


Recomendo demais essa leitura!

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