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24 de maio de 2022

Eu não sei quem você é - Penny Hancock

 

Jules e Holly são melhores amigas desde os tempos de faculdade. Elas compartilham tudo, desde detalhes do cotidiano até segredos e confissões. Saul, filho de Holly, e Saffie, filha de Jules, cresceram juntos, com apenas três anos de diferença. Quando Saffie faz uma denúncia grave contra Saul, nenhuma das duas amigas está preparada para o impacto devastador que o fato terá na amizade e na vida das suas famílias. 
Em quem você confiaria? Na sua melhor amiga e confidente por décadas? Ou no seu próprio filho? Em quem você deve acreditar quando um acusa o outro de um crime hediondo?  

Eu não sei quem você é parte de uma acusação que coloca em lados opostos os filhos de duas amigas inseparáveis. Para além de descobrir se a verdade está com a vítima ou com o acusado, o que faz o livro ganhar relevo é a maneira como a autora aborda os efeitos que a denúncia provoca na dinâmica entre as personagens e suas famílias. E é na construção de uma delicada rede de desconfianças e tensões que Penny Hancock entrega um romance surpreendente, mergulhando com tudo em um dos temas mais relevantes e espinhosos dos dias de hoje, sem jamais abrir mão de contar uma boa história.

RESENHA:
24/05/2022

Jules e Holly são amigas dos tempos de faculdade. São inseparáveis desde então, confidenciando segredos e problemas, uma madrinha do filho da outra. Uma amizade praticamente impossível de acabar.
Jules é mãe de Saffie, uma garota de 13 anos e Holly é mãe de Saul, de 16 anos.
Quando Holly fica viúva - Saul então com 10 anos - ela se muda para a pequena vila onde Jules vive, assim elas podem ficar mais próximas uma da outra.
Uma noite quando elas saem para comemorar o aniversário de uma amiga em comum, Saul fica na casa de Jules com Saffie. O garoto precisa de internet para terminar suas tarefas e Saffie se recolhe em seu próprio quarto.
Só que dias depois, Saffie confessa à mãe que Saul a estuprou naquela noite mas ela não quer que ninguém saiba, muito menos a polícia. Ela só conta isso para Jules porquê acredita que está grávida. Jules então vai procurar Holly e conta o que o filho da amiga fez, porém Holly se recusa a acreditar que Saul seja capaz disso.
Holly é professora de escrita e também dá seminários sobre consentimento sexual. Ela prega sempre que toda denúncia de estupro deve ser tomada como verdadeira antes de qualquer julgamento, mas agora que seu filho possa ser um agressor, ela não pratica o que prega.
Ela tem certeza que seu filho é inocente e Saffie uma mentirosa, enquanto Jules acredita na filha e acha que Saul é um jovem perturbado. Todo carinho e amor que ambas sentiam pelo filho da outra cai por terra
 depois dessa revelação.

Eu detestei a Holly em boa parte do livro. A recusa dela em questionar o filho simplesmente por que ela acredita na sua inocência era enervante. A necessidade de saber o que aconteceu naquela noite, por que a Saffie faria uma acusação tão grave... Holly ignora todas as questões só pra não perturbar o filho.
Aliás, ambos são mal criados e sem limites. Tomam decisões como se fossem adultos e os pais apenas aceitam.
Eu adorei esse livro! A escrita da autora é muito boa, o livro tem 410 páginas mas li em apenas dois dias. Queria demais saber quem estava mentindo e como tudo iria acabar.
Os capítulos alternam entre a narrativa em primeira pessoa da Holly e em terceira pessoa da Jules. Cada uma das narrativas terminam com um gancho que você não vê a hora de continuar.

Além dos limites da amizade, o livro aborda temas como abuso sexual, estupro e as consequências que esse crime vai trazer para ambas as famílias.
Porém, quem está mentindo? Independente do resultado, nada mais será como antes e resta à todos os envolvidos recolher os cacos e recomeçar.

Recomendo fortemente mas apenas para quem não tem problemas com um livro com essas abordagens.

Nota: 5 ★

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13 de maio de 2022

A Família Perfeita - Lisa Jewell - The Family Upstairs #1

 

Um dos maiores sucessos da literatura de suspense nos últimos anos, A família perfeita chega ao Brasil com trama recheada de reviravoltas perturbadoras.

Logo após seu vigésimo quinto aniversário, Libby Jones chega em casa e encontra a carta que esperou por toda a sua vida. Ao abri-la, a jovem tem apenas uma coisa em mente: enfim vai saber quem ela é. 
Em pouco tempo, Libby descobre não apenas quem são seus pais biológicos, mas também que é a única herdeira de uma mansão abandonada que vale milhões. Tudo na sua vida está prestes a mudar, mas o que ela não sabe é que outras pessoas também estavam aguardando esse dia ― e que seu destino está prestes a colidir com o delas. 
Vinte e cinco anos antes, a polícia foi ao casarão após receber o chamado de que havia um bebê chorando. Quando chegaram, os policiais encontraram uma menininha de dez meses, saudável, balbuciando alegremente em seu berço. Na cozinha, porém, jaziam três cadáveres em decomposição, todos vestidos de preto, ao lado de um bilhete rabiscado às pressas. 
A família perfeita acompanha a história de uma casa com um passado sinistro, em que o leitor vai em busca da verdade por trás de circunstâncias bizarras que se agravam a cada página.

RESENHA:
13/05/2022

Quando comecei a ler "A família perfeita", achava que era um thriller. O prólogo, muito instigante por sinal, me levou a acreditar que seria uma leitura recheada de momentos tensos.
Mas não é. O livro é um drama familiar e quando aceitei esse fato passei a curtir mais a leitura.
A escrita da autora ajudou demais, bem ágil e sem muitos rodeios, ela insere o leitor dentro da casa onde essa família no mínimo disfuncional, vive.
A estória é contada sob três pontos de vista entre o passado e o presente. Libby é uma jovem que acaba de completar 25 anos e recebe de herança uma casa avaliada em milhões de dólares num dos melhores lugares de Londres. Agora mais do que nunca ela quer saber sobre a família que morava ali, seus verdadeiros pais. O que ela sabe é que faziam parte de uma seita e que fizeram um pacto de morte.
Henry, hoje um homem, viveu na casa nos anos 90 e é ele quem conta toda a estória sobre o que ocorreu lá. Desde o momento em que sua mãe abriu a porta para David, sua esposa e dois filhos, e como a chegada dessas pessoas mudou completamente a vida deles.
E Lucy, uma mulher que vive praticamente nas ruas com seus dois filhos pequenos e o cachorro. Ela narra o momento que ela está vivendo e sua luta para resolver questões do passado.
A narrativa é lenta mas não é cansativa, onde cada um vai contando sua parte até o momento em que essas vidas vão se cruzar.
Quanto mais você conhece a dinâmica da família, mais perturbadora a narrativa se torna. E é quase impossível parar de ler.
Não há grandes reviravoltas, nem plots, mas drama familiar é assim. Construído aos poucos para chegar no mínimo num final satisfatório.
Recomendo!

Nota: 4 ★

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4 de março de 2022

Her Silent Husband - Sam Vickery

 

Quando nos casamos anos atrás, você disse que me protegeria. Construímos uma família e uma casa estável e feliz. Você disse que éramos uma equipe. Mas agora estou segurando a mão da minha filha sozinha, enquanto você permanece deitado em sua cama de hospital. Você me deixou para cuidar de nossos filhos sozinha. Eu nunca vou entender o porquê.

No momento em que Beth descobre que seu marido Drew está em coma, todo o seu mundo desaba. Com quatro filhos para cuidar e sua filha de seis anos, Ceci, ainda se recuperando de uma cirurgia cardíaca, ela não consegue imaginar como conseguirá se virar sozinha.
Mas então ela descobre que Drew tentou acabar com sua própria vida. E enquanto ela espera desesperadamente para saber se ele vai acordar, ela deve lutar com a ideia devastadora de que ele pode não querer.
Beth não tem ideia de por que Drew faria isso, mas quando sua irmã Gemma chega ao hospital, ela parece menos surpresa - havia segredos terríveis que Drew vinha escondendo de Beth. Mentiras sobre seu passado e a pessoa que ele realmente é. 

Mentiras que vão mudar tudo que Beth pensava que sabia sobre seu marido e que poderiam destruir sua vida familiar perfeita ...

RESENHA:
04/03/2022

Nesse drama familiar vamos acompanhar a vida de Beth, mãe dedicada que vive 24 horas em função dos 4 filhos. Sua rotina é totalmente voltada para eles, organizando suas tarefas e os levando a todo tipo de atividade extra que ela possa lhes proporcionar. Beth está focada em dar à eles tudo aquilo que ela não teve quando criança.
Ela acredita que sua vida é perfeita até que recebe uma ligação dizendo que seu marido está no hospital. Quando ela vai visitá-lo e vê que ele está em coma, é informada que seu precioso Drew tentou tirar a própria vida.
Arrasada com essa descoberta, ela não consegue lidar com as emoções que a cercam. Como seu marido pôde pensar em deixá-la cuidando sozinha de 4 crianças? O que poderia ter de tão errado na vida perfeita deles que não pudessem resolver?
Inconformada com essa nova situação ela ainda vai precisar lidar com a irmã de Drew, Gemma, que se recusa a sair do lado de sua cama, impedindo que ela tenha um momento sozinha com o marido. As duas nunca se deram bem e agora as rachaduras desse relacionamento começam aumentar.

A trama vai sendo narrada
 por Beth e Gemma em capítulos alternados enquanto Drew continua internado.
Beth segue se lamentando por toda a estória sem tomar alguma atitude. Ela só consegue sentir raiva do marido e o desespero de perder tudo que ela vem conquistando para os filhos.

Já Gemma se sente culpada pela tentativa de suicídio do irmão e não vai facilitar em nada a vida da Beth.
Não gostei de nenhuma das personagens. A narrativa da Gemma me incomodou demais, principalmente seu vício em drogas e Beth cansou com tantas lamúrias.
A motivação de Drew para o que fez só chega no final, que aliás não foi nada que surpreendesse. Achei o livro bem sessão da tarde, com um final novelesco demais.

Nota: 3,5 ★

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26 de janeiro de 2021

O que Alice esqueceu - Liane Moriarty

 


Alice tinha certeza de que era feliz: aos 29 anos, casada com Nick, um marido lindo e amoroso, aguardando o nascimento do primeiro filho rodeada pela linda família formada por sua irmã, a mãe atenciosa e a avó. Mas tudo parece ir por água abaixo quando ela acorda no chão da academia... dez anos depois!  

Enquanto tenta descobrir o que aconteceu nesse período, Alice percebe que se tornou alguém muito diferente: uma pessoa que não tem quase nada em comum com quem ela era na juventude e, pior, de quem ela não gosta nem um pouco.  

Ao retratar a vida doméstica moderna provocando no leitor muitas risadas e surpresas, Liane Moriarty constrói uma narrativa ao mesmo tempo ágil e leve sobre recomeços, o que queremos lembrar e o que nos esforçamos para esquecer.


RESENHA:
26/01/2021

O que Alice esqueceu é o quarto livro da autora que eu leio, que tem uma característica muito particular nas suas narrativas. Toda a construção dos conflitos familiares com um mistério de plano de fundo, marca sua escrita.
Nessa trama o mistério não é tão grande como nos outros livros, assim como os conflitos vivenciados pela protagonista.

Alice sofre uma queda na academia e quando acorda não se lembra de absolutamente nada dos últimos dez anos. A princípio sua maior preocupação é com sua gravidez ainda no começo e por isso tem dificuldades em acreditar que está 10 anos mais velha, com 3 filhos e em fase de divórcio.
O que aconteceu com seu casamento feliz? E como voltar para casa e cuidar de crianças que ela nem conhece?
A leitura fluiu muito bem no início, onde eu devorava as páginas movida pela curiosidade em saber o que se passou na vida da Alice nesses anos todos.
Porém, conforme a trama avançava, percebia que os conflitos da personagem não eram tão interessantes a ponto de me manter presa na leitura como no início.
Uma coisa que me incomodou demais foi as interrupções nas horas mais importantes da estória. Sei que isso é um recurso do autor para despertar a curiosidade mas criado em demasia irrita e foi isso o que aconteceu aqui. Sempre que a Alice tinha alguma dúvida sobre sua vida, as pessoas ou se recusavam a responder ou a resposta não chegava por que alguém interrompia.
Alice perdeu a memória, não se lembra dos filhos, o marido que ela tinha adoração agora a odeia e ela é largada sozinha em casa. Sem ajuda, sem nem mesmo voltar ao médico. Ela continua levando a vida, com suas rotinas no modo automático, como se nada tivesse acontecido.
As crianças parecem adultos conversando, salvo a menorzinha que era uma graça.
A escrita da autora é perfeita, isso é incontestável, mas a estória foi fraca na minha opinião tanto que teremos mais duas narrativas para criar conteúdo. Só o drama de Alice não se sustenta. Quando tudo se revela não há surpresa, não teve nada que impactasse e ainda por cima um epílogo que achei totalmente desnecessário. 
Mas o livro não é ruim. Gosto do modo de escrita dela e a parte do diário da irmã, onde ela é 100% sincera nos seus sentimentos e expõe seus problemas pra mim foi o ponto alto da estória. A irmã sim teve dramas suficientes, muito mais difíceis de lidar que os da própria Alice.

Enfim, todo livro de Liane Moriarty é bem vindo, mas esse não supera "Pequenas grandes Mentiras" e "O segredo do meu marido".

Nota: 3,5 

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27 de dezembro de 2020

Reconstruindo Amelia - Kimberly McCreight

 

Kate Baron, uma bem-sucedida advo­gada, está no meio de uma das reuniões mais importantes de sua carreira quando recebe um telefonema. Sua filha, Amelia, foi suspensa por três dias do Grace Hall, o exclusivo colégio particular onde estuda. Como isso foi acontecer? O que sua sensata e inteligente filha de 15 anos poderia ter feito de errado para merecer a punição? 
Sua incredulidade, no entanto, vai aos poucos se transformando em pavor ao deparar, no caminho para o colégio, com um carro de bombeiros, uma dúzia de policiais e uma ambulância com as luzes desligadas e portas fechadas. 
Amelia está morta. 
Aparentemente incapaz de lidar com a suspensão, a garota subiu no telhado e se jogou. O atraso de Kate para chegar a Grace Hall foi tempo suficiente para o suicídio. Pelo menos essa é a versão do colégio e da polícia. 
Em choque, Kate tenta compreender por que Amelia decidiu pôr fim à própria vida. Por tantos anos, as duas sempre estiveram unidas para enfrentar qualquer problema. Por que aquele ato impulsivo agora? 
Suas convicções sobre a tragédia e a pró­pria filha estão prestes a mudar quan­do, pouco tempo depois do funeral, ela recebe uma mensagem de texto no celular: 
Amelia não pulou. 
Alternando a história de Kate com registros do blog, e-mails e posts no Fa­cebook da filha, Reconstruindo Amelia é um thriller empolgante que vai surpreender o leitor até a última página.

RESENHA:
27/12/2020

Esse livro está há muito tempo na minha estante e finalmente decidi ler, mas quase parei pela metade. Não que estivesse ruim, só não tinha muitos acontecimentos que prendesse minha atenção, mas achei que ainda assim a leitura acabaria valendo a pena e estava certa.

Kate recebe uma ligação do colégio onde sua filha acaba de ser suspensa, o que a deixa mais assustada que brava, já que Amelia sempre foi uma aluna exemplar.
Depois de alguns contratempos ela consegue chegar no colégio, ainda que bem mais tarde que o combinado mas infelizmente sua filha já estava morta. Tudo indica que Amelia tirou a própria vida e esse é o relatório conclusivo da polícia.
Depois de algumas semanas, Kate recebe uma mensagem de um número bloqueado dizendo que sua filha não se matou e ela começa a se questionar por ter aceitado esse desfecho tão facilmente. Amelia jamais se suicidaria.
E é a partir daí que Kate vai começar a investigar e procurar repostas para essa tragédia e em meio a mensagens por celular e emails ela vai descobrir muito sobre a vida da filha, coisas que ela nem imaginava.
A trama vai abordar muito sobre bulling e precisa ter estômago para aguentar tanta maldade vindo de gente com tão pouca idade. As cenas e diálogos são tão bem desenvolvidos que você tem vontade de pegar algumas pessoas e estapear até a mão cansar!
Independente do rumo que a estória toma, você sabe que o desfecho será triste de qualquer maneira. A estória é narrada em dois tempos, no passado pela Amelia, contando os últimos dias até o dia da tragédia e no presente pela mãe dela em busca da verdade.
Apesar do começo ser lento, depois que a estória se desenvolve ela segue no mesmo ritmo até o final.
Eu gostei muito do livro, mas achei que algumas pessoas não tiveram o que mereciam e faltou profundidade na explicação de algumas delas.
Depois de tanta gente ruim reunida, a gente quer mais é que todo mundo pague! Amelia era um menina com todo um futuro brilhante pela frente e sua mãe terá que conviver com sua ausência e com suas próprias culpas.

Nota: 4 ★

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