31 de julho de 2017

A Dama Oculta - Ethel Lina White


Livro que deu origem ao clássico homônimo de Alfred Hitchcock, A dama oculta é por si só uma obra envolvente e extraordinária. Sua força está na maestria com que Ethel Lina White constrói atmosferas sinistras e perturbadoras, que pairam até mesmo sobre as cenas aparentemente mais corriqueiras.
Iris Carr é uma jovem e bela socialite que retorna para a Inglaterra após um período de férias no continente europeu. Sentindo-se só e intimidada durante a viagem de trem, ela encontra conforto na companhia de uma estranha que conhece apenas como “Srta. Froy”.

O conforto logo se transforma em pânico quando a Srta. Froy some sem deixar vestígios. Questionando a própria sanidade e desconfiando das reais intenções das pessoas a sua volta, Iris tenta desesperadamente desvendar o súbito desaparecimento de sua companheira de viagem – uma mulher que ninguém mais se lembra de ter visto!
Não é difícil perceber por que Hitchcock adotou este clássico e se viu compelido a imprimir-lhe, em 1938, sua marca cinematográfica.

RESENHA:
31/07/2017

A Dama Oculta foi uma agradável surpresa. Não conhecia nem o livro, nem o filme e quando li a sinopse por acaso, me interessei e de imediato comecei a leitura.
A estória tem uma trama sufocante e que desperta aquela ansiedade característica de thrillers psicológicos.

A estória é sobre Iris Carr, uma jovem órfã que tem como única preocupação na vida escolher o próximo destino de viagem.
Ela é uma moça descompromissada com a vida e com as pessoas em geral. Vive acompanhada de seu grupinho de amigos mas nessa última viagem em algum lugar remoto da Europa, ela resolve se separar deles devido à um desentendimento.
Enquanto ela aproveita a solidão de seu último dia no hotel, os outros hóspedes mais conservadores comemoram a saída do grupo barulhento.
Para Íris, embarcar no trem um dia antes que o resto dos hóspedes é mais satisfatório, já que ela não desenvolveu nenhuma afinidade com eles.

Após alguns contratempos Iris enfim consegue embarcar de volta pra casa, porém sua tranquilidade será breve.
No trem ela conhece uma senhora de meia idade chamada Srta. Froy, a qual ela desenvolve uma grande simpatia. Aparentemente a srta. Froy é a única que tem interesse em falar com ela, e por saber falar várias línguas, acaba ajudando Iris em algumas situações.
Porém, após acordar de um cochilo ela nota a ausência da senhora e após uma busca rápida, percebe que a Srta. Froy sumiu.
Iris começa a perguntar pela nova amiga e fica extremamente preocupada quando todos afirmam nunca ter visto essa senhora.
Os passageiros começam achar que ela é louca e em algum momento até ela começará a acreditar que está delirando. 
Iris contará apenas consigo mesma para resolver esse mistério e não poderá confiar em nenhum passageiro.
Quem é a srta. Froy, como ela sumiu e porquê? Que interesse alguém teria em seu desaparecimento e porque os outros passageiros afirmam nunca ter visto essa senhora?

Capítulos curtos e uma narrativa frenética, farão o leitor viajar na trama que terá um trem como cenário principal.
Me lembrou algumas tramas de Agatha christie apesar da escrita ser diferente.
A estória é tão contagiante que nem os diálogos entre aspas me incomodaram, aliás demorei muito pra perceber.
Eu recomendo essa leitura para os amantes do gênero. Garanto que será uma ótima distração em poucas páginas.

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26 de julho de 2017

A Casa do Lago - Kate Morton


A asa da família Edevane está pronta para a aguardada festa do solstício de 1933. Alice, uma jovem e promissora escritora, tem ainda mais motivos para comemorar: ela não só criou um desfecho surpreendente para seu primeiro livro como está secretamente apaixonada. Porém, à meia-noite, enquanto os fogos de artifício iluminam o céu, os Edevanes sofrem uma perda devastadora que os leva a deixar a mansão para sempre.

Setenta anos depois, após um caso problemático, a detetive Sadie Sparrow é obrigada a tirar uma licença e se retira para o chalé do avô na Cornualha. Certo dia, ela se depara com uma casa abandonada rodeada por um bosque e descobre a história de um bebê que desapareceu sem deixar rastros.

A investigação fará com que seu caminho se encontre com o de uma famosa escritora policial. Já uma senhora, Alice Edevane trama a vida de forma tão perfeita quanto seus livros, até que a detetive surge para fazer perguntas sobre o seu passado, procurando desencavar uma complexa rede de segredos de que Alice sempre tentou fugir.

Em A Casa do Lago, Kate Morton guia o leitor pelos meandros da memória e da dissimulação, não o deixando entrever nem por um momento o desenlace desta história encantadora e melancólica.


RESENHA:
26/07/2017

Reescrevi inúmeras vezes o início dessa resenha pois não sabia como começá-la mas já posso adiantar que esse livro é incrível! São várias estórias dentro dessa estória, alternando passado e presente de personagens diferentes e por isso é tão difícil falar sobre ele.
A narrativa também não segue em ordem cronológica. Os tempos e situações vão se alternando conforme a autora acha necessário naquele momento. Portanto, se você resolver ler, pegue com tempo e disposição por que tem muita narrativa, muitas informações e detalhes que talvez se percam se você abandonar a leitura.
Narrativa aliás que a princípio me cansou. Talvez eu não estava nos melhores dias e quase deixei-o de lado e peguei outro livro, mas ainda bem que não fiz isso. É uma estória que vale muito a pena ser lida, ser conhecida.

Tudo começa na festa do solstício de 1933 na casa do lago da família Edevane. Uma família aparentemente perfeita e feliz mas que foi totalmente desestruturada devido à um acontecimento terrível naquela noite, um acontecimento que não teve nenhuma solução. Devido à falta de pistas e suspeitos, a polícia deu o caso por encerrado.

30 anos depois, a detetive Sadie Sparrow que foi forçada à tirar licença do trabalho, decide passar esse tempo na Cornualha junto do seu avô e numa de suas corridas matinais ela encontra a casa do lago totalmente abandonada, como se os moradores houvessem saído as pressas. Após algumas inspeções a propriedade logo desperta sua curiosidade e assim que ela fica sabendo da estória do lugar, seu lado investigativo fala mais alto.

Aí teremos as narrativas de Sadie e de Alice Edevane no passado e no presente, agora como uma famosa autora de livros policiais.
Acontece que não ficaremos por dentro da estória imediatamente. A autora vai ainda narrar a infância de Sadie e seus problemas, tantos pessoais como no trabalho. Ao longo da estória ela vai mostrando a vida dos personagens em partes, ora no presente, ora no passado.
Ficaremos conhecendo a vida de outros deles, como a estória dos pais - especialmente a mãe -, a avó e outros.
As narrativas são recheadas de memórias dos personagens que o leitor pode não entender naquele momento ou então tirar conclusões erradas.
Também ficaremos conhecendo a estória real pela narrativa do personagem no passado, mas a detetive e os outros não terão como saber senão através de uma pesquisa e investigação profunda. Por isso fiquei ainda mais ansiosa e curiosa de como a autora iria resolver isso. 
Alguns fatos serão de conhecimento apenas do leitor. Os personagens atuais não terão como saber, já que se passaram 70 anos, eles só poderão supôr.

É uma estória muito, muito bem escrita. Não há furos, não há sequer uma ponta que não tenha sido amarrada com muito cuidado.
É suspense, é romance, é drama. Uma estória linda e triste e ao mesmo tempo, com a primeira e segunda guerra mundial como pano de fundo.
A autora irá revelar tudo aos poucos, cada coisa ao seu tempo, confundindo e aumentando cada vez mais a curiosidade do leitor. 
O final é realmente inesperado, foi uma enorme surpresa.
Eu não conhecia a autora mas agora fiquei bem interessada em outros livros dela. 
Super recomendo esse livro!

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30 de junho de 2017

Morte na Rua Hickory - Agatha christie


A eficientíssima secretária de Poirot, Miss Lemon, excepcionalmente chega atrasada, e comete alguns erros. O motivo é o seu nervosismo relativo a um problema da sua irmã, uma senhora igualmente eficiente, que gerencia uma pensão para estudantes estrangeiros, situada a Rua Hickory 26, em Londres. É que nos últimos meses têm acontecido alguns fatos estranhos e desagradáveis que a Sra. Hubbard não consegue administrar adequadamente: são roubos e atos de vandalismo inexplicáveis.
Poirot decide ajudar a Sra. Hubbard, mas em alguns momentos se sente meio perdido no meio de tantas situações aparentemente independentes umas das outras. E o problema se agrava, pois, após Poirot ter visitado a pensão, houve também um assassinato e, depois, ainda outro.

Mas Poirot não se deixa vencer e, junto com o inspetor Sharpe, consegue reunir as informações que dão sentido aos fatos acontecidos na Rua Hickory. E, finalmente, Miss Lemon se tranquiliza e Poirot pode contar novamente com a sua grande eficiência.

RESENHA:
30/03/2017

Para finalizar as leituras do mês de junho, escolhi esse da Agatha Christie que é bem curtinho e se você pegar com tempo dá pra ler em um dia.

Quando Poirot percebe que sua eficiente secretária está cometendo erros grotescos devido à preocupação com sua irmã, ele resolve ajudá-la.
A Sra. Hubbard, irmã da srta. Lemon, é governanta numa pensão de estudantes, na maioria estrangeiros. Depois que muitos pertences pessoais dos estudantes começam a sumir, Poirot interfere e com eficiência consegue que o culpado confesse, porém ele não consegue ver ligação entre os objetos roubados. 
O que para todos deu-se como assunto resolvido, Poirot ainda fica com uma pulga atrás da orelha e acredita que algo está errado justamente pelo roubo ser de objetos aleatórios.
Então quando um estudante aparentemente se suicida, o detetive volta à pensão e tenta encontrar o motivo e uma relação entre a morte com os objetos roubados. 
Quanto mais depressa ele resolver esses crimes, mais cedo terá sua eficiente secretária de volta.

Esse livro apesar de agradável, não fica nem entre os dez mais da autora. A quantidade de personagens na estória acaba confundindo um pouco o leitor e por ser curta não tem muitas reviravoltas e surpresas. Também desconfiei logo de cara do culpado, na minha opinião ficou bem óbvio.
Mesmo assim eu gostei do livro. Agatha consegue criar situações e cenários deliciosos para nos entreter e a maneira como ela conduz o enredo é sempre prazeroso para os leitores, sem deixar falhas ou furos.

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25 de junho de 2017

Nossa Música - Dani Atkins


Ally e Charlotte poderiam ter sido grandes amigas se David nunca tivesse entrado em suas vidas. Mas ele entrou e, depois de ser o primeiro grande amor (e também a primeira grande desilusão) de Ally, casou-se com Charlotte.

Oito anos depois do último encontro, o que Ally menos deseja é rever o ex e sua bela esposa. Porém, o destino tem planos diferentes e, ao longo de uma noite decisiva, as duas mulheres se reencontram na sala de espera de um hospital, temendo pela vida de seus maridos. Diante de incertezas que achavam ter vencido, elas precisarão repensar antigas decisões e superar o passado para salvar aqueles que amam.

Com a delicadeza tão presente em seus livros, Dani Atkins mais uma vez nos traz uma história de emoções à flor da pele, um drama familiar comovente que não deixará nenhum leitor indiferente


RESENHA:
25/06/2017

Dani Atkins sempre acaba com meu emocional e mesmo assim amo os livros dela. Ela consegue me levar às lágrimas durante a leitura mas principalmente no final.
Não há muito o que comentar do livro, é uma estória pra ser lida e sentida a cada capítulo, a cada narrativa emocionante.

Charlotte conheceu Ally quando ela namorava David mas nunca se tornaram amigas. E após o rompimento do namoro e o surgimento da relação entre ele e Charlotte, eles nunca mais se reencontraram.
Só que a vida é cruel e às vezes prega peças desagradáveis, nos colocando em situações inimagináveis.
Numa dessas peças da vida elas se reúnem novamente após anos, numa sala de hospital, ambas sofrendo por seus maridos.
Entre a narrativa do presente e passado de cada uma das duas ficaremos conhecendo os quatro personagens, como se relacionaram e se separaram e também no presente, o desenrolar deles e essa nova convivência que será forçada à elas numa noite no hospital.
Não consegui sentir simpatia pela Charlotte, nem sei se a autora tinha essa intenção, mas me peguei torcendo o tempo todo pela Ally.

Essa estória não me causou o mesmo impacto das outras duas que li da autora por quê aqui teremos um desenrolar um pouquinho mais previsível, mas não menos emocionante.
Dani escreve com delicadeza e mescla drama e romance num conjunto perfeito e mesmo o final muitas vezes não nos agradando, infelizmente assim é a vida! Às vezes nem tudo sai como esperamos e desejamos mas como sempre acontece nos livros dela, tiramos algum aprendizado da ficção e trazemos para nossa realidade.
É sempre um prazer desfrutar das obras dessa autora e como fã recomendo seus livros de olhos fechados mas já advirto: esteja preparado emocionalmente para se aventurar pelas páginas.


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14 de junho de 2017

Deixei Você Ir - Clare Mackintosh


Quando Jacob morre atropelado em uma rua de Bristol, Inglaterra, depois de ter soltado a mão da mãe em um dia chuvoso, o motorista do carro que o atinge acelera e foge. Desvendar sua morte vira um caso para o detetive Ray Stevens e seus colegas, Kate e Stumpy. Determinado a encontrar o assassino, Ray se vê consumido a ponto de colocar tanto a vida profissional quanto a pessoal em jogo. Jenna, assombrada pela morte do menino, abandona tudo e se muda para uma pequena cidade costeira do País de Gales. Ela passa os dias em seu chalé tentando esquecer as lembranças do terrível acidente e aos poucos começa a ter algo parecido com uma vida normal e vislumbrar a felicidade em seu futuro. Mas o passado vai alcançá-la, e as consequências serão devastadoras. De vários pontos de vista, a ex-detetive Mackintosh faz um retrato preciso de uma investigação policial. Com sua excelente habilidade de escrita, consegue criar personagens memoráveis e uma análise arrebatadora das excentricidades da vida em uma cidade pequena. Mas o verdadeiro talento da autora é a maneira como ela incorpora reviravoltas em uma trama já complexa. Mesclando suspense, investigação policial e thriller psicológico, Clare Mackintosh disseca a mente de seus personagens enquanto tece inesperadas conexões entre eles.

RESENHA:
14/06/2017

Não se deixe enganar pela primeira parte da estória! O começo é meio maçante e você pode sentir vontade de desistir, mas a narrativa é rápida sem detalhes insignificantes, então siga a leitura que não irá se arrepender.
O livro vai contar a estória do atropelamento sob dois pontos de vista: Narrado em terceira pessoa ficaremos por dentro da investigação liderada pelo detetive Ray e sua parceira Kate; e em primeira pessoa por Jenna, que abandona a cidade depois da morte do menino.
Após o acidente, os detetives se empenham ao máximo para encontrar o motorista do carro, mas após alguns meses as pistas esfriam totalmente. A falta de testemunhas contribui para a dificuldade em fechar o caso.
Ao mesmo tempo Jenna narra os dias na nova cidade e sua tentativa de começar uma nova vida.
Nessa primeira parte somos apresentados aos problemas de cada um e uma preparação para a segunda parte do livro que é cheia de reviravoltas e surpresas.
Quando enfim somos introduzidos na trama, a autora te surpreende de uma maneira que torna difícil abandonar a leitura. Você vai perceber que o atropelamento da criança é apenas a ponta de uma estória muito mais profunda e com uma grande carga psicológica.
Capítulos alternados entre passado e futuro também contribuem para criar expectativa e aumentar a ansiedade do leitor.
Na segunda parte também surge um novo narrador que despertou o que há de pior em mim. Nunca senti tanta raiva e nojo de um personagem como senti desse.
Fiquei ansiosa pelo final, desejando à cada um dos personagens o que eles realmente mereciam.

Não vou mais falar da estória, recomendo que vocês leiam e acompanhem a trama e o drama.
Eu gostei demais do livro, ele realmente me surpreendeu mas também despertou muitos sentimentos durante a leitura.
Esse é o primeiro livro da autora. Ela trabalhou doze anos na polícia da Inglaterra, incluindo um período no Departamento de Investigação Criminal. Em 2011, abandonou a carreira para atuar como jornalista e, desde a publicação de Deixei você ir , seu livro de estréia, Clare se dedica em tempo integral a escrever.

Recomendo! Boa leitura!
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30 de maio de 2017

O Jantar - Herman Koch


Em uma noite de verão, dois casais se encontram em um restaurante elegante. Entre um gole e outro de vinho e o tilintar de talheres, a conversa mantém um tom gentil e educado, passando por assuntos triviais como o preço dos pratos, os aborrecimentos do trabalho, o próximo destino de férias. Mas as palavras vazias escondem um terrível conflito, e, a cada sorriso forçado e cada novo prato, o clima fica ainda mais tenso.

Um fenômeno best-seller internacional, um suspense sombrio, conto altamente controverso de suas famílias que lutam para tomar a decisão mais difícil de suas vidas no percorrer de uma refeição. É noite de verão em Amsterdã e dois casais se encontram em um restaurante da moda para jantar. Entre garfadas de comida e raspadas educadas de talheres a conversa permanece um zumbido suave de discurso educado - a banalidade do trabalho, a trivialidade das férias. Mas por trás de palavras vazias, coisas terríveis precisam ser ditas, e com cada sorriso forçado e cada novo rumo as facas estão sendo afiadas. Cada casal tem um filho de quinze anos de idade. Os dois meninos estão unidos por sua responsabilidade por um único ato horrível, um ato que provocou uma investigação policial e quebrou as confortáveis e isoladas vidas de suas famílias. A medida que o jantar atinge seu clímax culinário a conversa finalmente toca em seus filhos. Assim como a civilidade e amizade desintegra-se cada casal mostra o quão longe eles estão dispostos a ir para proteger aqueles que ama. Uma escrita tensa e incrivelmente emocionante, contada por um narrador inesquecível, O Jantar promete ser o tema de inúmeros jantares. Espetando tudo, desde os valores dos pais, menus pretensiosos a convicções políticas, este romance revela o lado obscuro da gentil sociedade e pergunta o que cada um de nós faria em face de uma inimaginável tragédia.

RESENHA:
30/01/2017

Que decepção!

Bem interessante essa colocação da sinopse "entre um gole e outro de vinho e o tilintar de talheres..." por que isso que vai tomar conta da estória.

Mas vamos lá:
Dois casais combinam de se encontrar num restaurante para conversarem sobre seus filhos de 15 anos, sobre algo muito terrível que eles fizeram.
A princípio fiquei curiosa sobre o tema mas também estranhei que um assunto tão sério pudesse ser tratado num restaurante... Oras, o ideal seria na casa de um deles, longe de qualquer intromissão ou eventual vazamento da conversa.
Enquanto eu digeria as 100 primeiras páginas (O livro todo tem 256) de uma narrativa chata, cansativa, cheia de detalhes que não acrescentaram em nada na trama, fora um incidente ou outro que poderia definir a personalidade de um personagem, minha curiosidade só ia aumentando e imaginei que teria um final tão chocante que valeria a falta de diálogos. 
Nessa altura eu já estava num grau de irritação elevadíssimo, xingando o autor e a mim mesma por continuar a leitura, mas eu queria saber o que esse livro tinha de fenômeno. 
Enfim o autor resolve falar do que se trata esse encontro, sobre o que esses garotos aprontaram. Mas em vez de começar a discussão dos pais sobre que atitude tomar, não! Começa mais uma narrativa sem fim de eventos e acontecimentos que poderia até ser interessante se tivesse sido conduzido de outra maneira. Mas a estória não vinha!

Os personagens são detestáveis! Paul, o narrador é intragável e ler a estória através do seu ponto de vista não ajudou em nada.
Os garotos têm sérios problemas que alguns pais se recusam a enxergar e o comportamento deles em relação aos filhos não contribuiu em nada para que eu gostasse da estória. Porém, são comportamentos esperados nos dias de hoje, muito comuns aliás, mas o conjunto da obra definitivamente não me agradou.
Achei que muita coisa foi mal explicada e teve pouquíssima abordagem sobre o real problema dos garotos. 
A ideia era bacana, poderia ter sido mais aproveitada e criado um ambiente de tensão, sem saber o que esperar do desfecho.
O autor criou um cenário para se discutir um assunto que foi "tratado" em 10 minutos. Ele amarrou o leitor num jantar cansativo para no final nem mesmo nos surpreender.

Então, pela narrativa cansativa e arrastada, pouquíssimos diálogos, mal abordagem do problema e um final sem surpresas, minha nota é 2 pra esse livro.
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26 de maio de 2017

Amor Para Um Escocês - Sarah MacLean - Escândalos e Canalhas #2


Lillian Hargrove viveu sozinha por anos, reclusa, ansiando por amor e companhia. Desiludida de que todos os seus sonhos pudessem um dia se tornar realidade, a mais bela jovem da Inglaterra se envolve com um artista libertino e mentiroso, que promete amá-la para sempre e implora para que ela pose como sua musa para um escandaloso retrato.

Encantada pelo carinho e pela admiração que recebe dele, Lily aceita a proposta e se entrega de corpo e alma ao homem mais falso de Londres, mas fica exposta para toda a Sociedade, tornando-se motivo de piada e vergonha.

A jovem, entretanto, não esperava que um bruto escocês, recentemente intitulado Duque de Warnick e nomeado seu guardião, atravessasse a fronteira da Inglaterra para impedir que a ruína a alcançasse.
Warnick chega em Londres com um único objetivo: casar sua protegida – que é bonita demais –, transferindo o problema para outra pessoa, e, em seguida, voltar à sua vida tranquila na Escócia, longe daquele lugar odioso que é Londres.

O plano parece perfeito, até Lily declarar que só se casaria por amor, e o duque escocês perceber que, aparentemente, há algo naquele país que ele realmente gosta…

RESENHA:
26/05/2017

Deliciosamente divertido!

Lillian ficou orfã aos 11 anos de idade e à partir desse momento ficou aos cuidados do Duque de Warnick, até que ele veio a falecer e ela foi passando de um duque para o outro, que iam morrendo numa sequência de desgraças.
Até que o ducado chegou nas mãos de Alec Stuart, um escocês de mais de 2 metros de altura que odeia o título e a Inglaterra com a mesma intensidade. E junto com o ducado vem uma pupila.
Como Lily nunca teve família, nem parentes que a introduzisse na sociedade e nunca nem mesmo teve uma temporada, ela é uma mulher extremamente carente e sozinha e por esse motivo cai nas lábias do maior cafajeste de Londres, o pintor Derek Hawkins que promete amor enquanto ela posa nua para ele, porém assim que o quadro fica pronto ele mostra suas verdadeiras intenções.
Há poucos dias de cair em desgraça, o advogado de Alec o procura para que ele ajude sua pupila, - que até então ele desconhecia a existência - então ele sai da Escócia muito à contra gosto para livrar a garota de seja lá o que for que ela aprontou.
No entanto, ao conhecer sua protegida ele fica encantado com sua beleza e promete que a ajudará em tudo que for possível. Mas eles têm apenas 10 dias para revolver a situação antes que o pintor exponha seu quadro para toda Londres e ela nunca mais consiga um marido.
Agora sua missão é arrumar um pretendente para a moça e controlar seu ciúmes diante deles.

O livro é delicioso, li em apenas 2 dias.
É engraçado, romântico e em meio às crises de ambos eles vão desenvolver muita afinidade e uma paixão incontrolável.
Alec vai chocar as mulheres da sociedade com seu kilt mostrando o joelho kkkkk
Eles têm muita química e os diálogos entre eles são divertidos e bem desenvolvidos. Aliás, o livro todo tem muitos diálogos, o que deixa a leitura mais rápida.
Os personagens são encantadores; Lily é na medida certa, nem chata e nem sabichona demais. Alec apesar de ser muito teimoso é tão fofo que a gente até esquece o resto. 
Os personagens secundários também fazem toda diferença na trama e alguns já são conhecidos do primeiro livro.
Eu adorei o primeiro e gostei ainda mais desse, se pudesse daria mais que 5 estrelas pois é o estilo de romance de época que eu curto.
Essa série já me conquistou e agora preciso segurar a ansiedade e esperar pelo próximo que ainda vai demorar um pouco.
Sarah MacLean definitivamente acertou em cheio nessa série ♥

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