12/03/2024
O primeiro dia da primavera é uma história de tirar o fôlego, que confere à sua protagonista uma autenticidade chocante, movendo o leitor da empatia ao humor, ao horror, à angústia e de volta ao início.
Chrissie tem oito anos e um segredo: acabou de matar um menininho. A sensação fez sua barriga borbulhar como refrigerante. Seus amigos estão tristes, e as mães da vizinhança, aterrorizadas. Mas Chrissie é quem manda por ali ― ela é a melhor em plantar bananeira, sabe como roubar doces da loja sem ser pega e agora tem uma sensação de poder que nunca teve em casa, onde a comida é escassa e a atenção, mais ainda.
Quase vinte anos depois, Chrissie agora se chama Julia e vive bem longe do lugar onde cresceu. Julia está tentando ser uma boa mãe para sua filha, Molly, de cinco anos. Ela está sempre preocupada: com o dinheiro para comprar comida e material escolar, com o que as outras mães pensam dela. Acima de tudo, ela se preocupa que o conselho tutelar esteja prestes a levar Molly embora.
É por isso que os telefonemas ameaçadores são tão aterrorizantes. O passado está batendo à sua porta, e Julia teme perder a única coisa com a qual se importa: sua filha. É hora de encarar a verdade: o perdão e a redenção são possíveis para alguém que cometeu o pior dos crimes?
RESENHA:
28/06/2022
"Matei um menininho hoje. Coloquei as mãos em volta do pescoço dele, senti o sangue pulsar com força embaixo dos meus polegares [...] foi mais fácil do que eu pensava".
O livro já começa assim, com Chrissie de 8 anos narrando como matou um menino de apenas 2 anos de idade. Claro que com um começo desses fica difícil deixar a leitura de lado.
Chrissie é uma menina extremamente fria, maldosa, manipuladora e mentirosa. E ela faz tudo isso com muita facilidade. Ela mente descaradamente, bate em outras crianças se for contrariada, rouba, se impõe na casa das pessoas e sabe que está sendo inconveniente mas não sente nenhuma vergonha, ou remorso. E ela não chora. Nunca.
Pela narrativa da própria Chrissie vamos acompanhar seus dias pelas ruas, seu comportamento e a maneira com que ela vem sendo negligenciada por anos. O pai é ausente e a mãe não se importa com ela, não tem nenhum carinho, não dá a mínima se ela comeu ou se mesmo está em casa.
Ao mesmo tempo que você tem vontade de dar uns tapas na menina, você sente pena da maneira que ela é tratada. Tantos adultos em volta dela e nenhum deles se importa com seu bem estar. É revoltante e por vezes doloroso.
Ela também não tem nenhuma base moral, não tem exemplos e até sua noção do que é morte é distorcida. Em alguns momentos eu até me esquecia que ela só tinha 8 anos.
Eu amei ler pela perspectiva da Chrissie, mas no presente contado pelo ponto de vista da Julia a narrativa foi monótona e desinteressante.
Foi difícil aceitar que eram a mesma pessoa, tamanha é a mudança que a personagem teve. Eram tão distantes uma da outra que parecia que eu estava lendo um livro diferente.
Senti falta de algumas coisas no livro, como o final da narrativa da Chrissie, - como aquilo foi depois - e como foi seu crescimento na instituição, o que aconteceu nesse período que contribuiu com a mudança dela.
O final foi morno, sem nenhuma emoção, assim como toda a narrativa da Julia.
Eu recomendo muito o livro para quem gosta desse tema envolvendo crianças maldosas, mesmo que eu não tenha curtido o livro todo, a narrativa da Chrissie fez a leitura valer a pena.
Nota: 3,5 ★
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Um suspense de estréia sobre um jovem casal desesperado para ter um filho - e as consequências perturbadoras de conseguir o que sempre quis.
Christopher e Hannah são cirurgiões e enfermeiros, casados e felizes, com vidas perfeitas. Só falta uma criança. Quando Janie, uma criança abandonada de seis anos, aparece em seu hospital, Christopher estabelece uma conexão instantânea com ela e convence Hannah que eles deveriam levá-la para casa como se fosse deles.
Mas Janie não é uma criança comum, e sua psique danificada prova ser mais do que seus novos pais esperavam. Janie é ferozmente devotada a Christopher, mas ela age de maneiras cada vez mais perturbadoras, direcionando toda a sua raiva para Hannah.
Incapaz de se relacionar com Janie, Hannah está se afogando na pressão, e Christopher se recusa a ver a verdadeira natureza de Janie.
Hannah sabe que Janie está manipulando Christopher e isolando-o dela, apesar das tentativas de Hannah de juntar todos eles. Mas como o comportamento de Janie ameaça separar Christopher e Hannah, a verdade por trás do passado de Janie pode ser o suficiente para empurrá-los ao limite.
RESENHA:
09/02/2021
Achei esse livro e literalmente perdi o sono! Nunca o nome da minha página fez tanto sentido quanto agora.
Se você já leu Menina Má e O Impulso, esqueça! Nenhuma dessas crianças é mais psicopata que a pequena Janie.
Aqui nesse livro vamos conhecer o casal Christopher e Hannah, cirurgião ortopedista e enfermeira - respectivamente - e o envolvimento deles na vida da pequena orfã.
Janie é encontrada vagando, machucada e desnutrida quando é levada para o hospital. A princípio eles pensavam que se tratava de um caso de negligência, mas após exames viram que era muito pior. A menina tinha sequelas sérias que indicavam abusos físicos, inclusive ossos cicatrizados sem tratamento adequado.
Christopher acaba sendo o médico responsável pelo tratamento da menina e com o tempo eles acabam criando muita afinidade. Quando seu tratamento termina e ela precisa ir para adoção, o médico não hesita em levá-la para sua casa, já que ele e Hannah não conseguem engravidar.
Logo nos primeiros dias o casal percebe as dificuldades em criá-la, já que ela tem crises seríssimas de auto agressão com horas de gritos estridentes. Contudo, com os acompanhamentos médicos adequados, eles tem esperança que os danos psicológicos de Janie possam ser resolvidos.
Mas quando Christopher precisa voltar ao trabalho, Hannah começa a sofrer com o comportamento de Janie e com o passar dos dias a situação vai piorando até chegar num nível irreversível.
Hannah está no limite e já percebe a verdadeira face de Janie, mas Christopher não acredita na esposa. Acha que ela exagera e que a menina só quer atenção. Prepare-se para pegar ranço dele!
Os capítulos são curtos, intercalados pelo ponto de vista de Christopher, de Hannah, e de Piper; a assistente social responsável pela adoção de Janie.
A trama já começa com Piper prestando depoimento à polícia devido a uma tragédia que aconteceu. A cada capítulo minha ansiedade e angústia aumentava de uma maneira inexplicável. Sentia meus pés gelados pelo suspense que a autora criou e fiquei chocada tantas vezes que perdi a conta. Não me lembro de outro livro que tenha me mantido tão focada na estória que mesmo quando não estava lendo, estava pensando nele.
O final tem uma abertura que deixa aquela sensação de "quero mais", mas nada poderia mudar minha nota e deixar o livro fora dos favoritos.
A escrita da autora é perfeita! Quero ler todos seus livros!
Esse não é um livro para qualquer um. O tema é pesado e pessoas sensíveis podem ficar muito incomodadas. Mas se você gosta, recomendo de olhos fechados!
Ebook somente em inglês Aqui (Gratuito no Unlimited até essa postagem)
Nota: 5 ★ ♥