Merricat Blackwood vive com a irmã Constance e o tio Julian. Há algum tempo existiam sete membros na família Blackwood, até que uma dose fatal de arsênico colocada no pote de açúcar matou quase todos. Acusada e posteriormente inocentada pelas mortes, Constance volta para a casa da família, onde Merricat a protege da hostilidade dos habitantes da cidade. Os três vivem isolados e felizes, até que o primo Charles resolve fazer uma visita que quebra o frágil equilíbrio encontrado pelas irmãs Blakcwood. Merricat é a única que pressente o iminente perigo desse distúrbio, e fará o que for necessário para proteger Constance. Sempre vivemos no castelo leva o leitor a um labirinto sombrio de medo e suspense, um livro perturbador e perverso, onde o isolamento e a neurose são trabalhados com maestria por Shirley Jackson.
RESENHA:
03/12/2018
Sempre vivemos no castelo foi uma leitura que peguei cheia de empolgação, super curiosa pelo seu enredo assim como fiquei pela sua sinopse.
Fico triste em dizer que esse livro foi uma grande decepção e se tantas pessoas amaram sua narrativa, em mim o efeito foi contrário.
Absolutamente cansativa, arrastada e narrada em primeira pessoa por uma personagem nada confiável, de 18 anos mas com a cabeça de uma criança de 3 anos.
Ela passa todo o livro escondendo objetos, como se fosse uma simpatia para afastar as pessoas e manter a harmonia da casa.
Merricat vive com sua irmã Constance de 28 anos e seu tio Julian que é paraplégico.
Constance passa os dias sem sair de casa - sofre de agorafobia -, cozinha, limpa e cuida do tio. Merricat só sai de casa duas vezes por semana, para compras e biblioteca. O interessante é que ela não leu nenhuma vez durante a estória. Ela não tem permissão para nada - segundo ela própria conta - e anda pela propriedade com seu gato Jonas atrás dela, maldizendo tudo e todos e imaginando a morte de cada morador do vilarejo.
E por fim tio Julian, já sofrendo de esclerose é que vai contar pelo menos um pouco do que o leitor quer tanto saber: O que aconteceu com o resto da família? Quem matou e como foi?
E a decepção é que vai ficar nisso mesmo por que também não podemos confiar nas lembranças dele e Merricat que é a narradora, vive no mundo da lua e não desenrola a estória.
- Os diálogos são infantis e cansa pela repetição.
- A narrativa se baseia no dia a dia deles na casa e muda de um acontecimento para outro de repente. Uma hora ela está imaginando fazer alguma coisa e no parágrafo abaixo já mostra a reação das pessoas pelo que ela fez.
- Não consegui gostar da narrativa e muito menos dos personagens. Ou eles ou são muito maldosos ou alienados. Tio Julian foi o mais interessante na trama.
Você fica esperando o tempo todo que a estória sofra uma virada, que algo de importante aconteça, mas o mistério é fraco, previsível e não se sustenta.
A pá de cal em tudo é o final do livro. A última chama de esperança de que seria um final que valesse toda a estória foi por água abaixo.
Uma leitura que era pra ter sido rápida (apenas 164 páginas de ebook) levou 4 dias.
Nunca digo que não recomendo um livro por que somos leitores com gostos diferentes e cada um tem uma impressão sobre o que leu, mas deixo aqui minhas impressões e se você for ler espero muito que goste!
Nota: 2 ★
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