Mostrando postagens com marcador Romance Policial. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Romance Policial. Mostrar todas as postagens

29 de fevereiro de 2020

Portal do Destino - Agatha Christie


Às vésperas da aposentadoria, o casal Beresford muda-se para uma casa antiga, em uma cidade litorânea.  A casa possui um sótão cheio de velhos livros, que Tuppence, amante da leitura, se põe a organizar. Eles a fazem recordar-se de seu passado e ela, com muito prazer, relê alguns trechos de seus prediletos. Em um desses livros ela encontra uma mensagem, composta por algumas palavras: Marie Jordan não morreu de morte natural. Foi um de nós.  Tuppence inicia então a investigar o passado da casa e da cidade, contando com a memória dos velhinhos dos asilos e das senhoras anciãs. É um trabalho árduo investigar sobre algo que aconteceu há mais de 50 anos, mas Tuppence, com o apoio do seu marido Tommy, consegue descobrir quem era Marie Jordan, porque foi assassinada e por quem.

RESENHA:
29/02/2020

Não sou fã das estórias do casal Tommy e Tuppence mas por quê envolvem espionagem que é um tema que não me interessa. Até hoje só gostei de "Um pressentimento funesto" por ser bem diferente disso.  

Aqui, já com mais de 70 anos e aposentados do serviço, o casal compra uma casa velha numa cidadezinha chamada Hollowquay, onde passam a reformá-la. 
Durante a arrumação dos livros, Tuppence encontra nas páginas de um deles uma pista que indica que ali ocorreu um assassinato. Entretanto, logo ela descobre que esse crime aconteceu há mais de 60 anos e portanto não há informações nem mesmo pessoas com quem se pode falar sobre isso. 
Como era de se esperar, Tuppence não vai ignorar essa descoberta e acaba envolvendo o marido nessa investigação.  

O livro é muito fraco na minha opinião. Não consegui me envolver na trama devido a falta de ação. Muitos assuntos paralelos e diálogos sobre jardinagem, frutos e outras amenidades que não acrescentaram em nada e tiraram o ritmo da leitura. 
Uma pena, mas infelizmente não curti essa última aventura do casal. O bom é que ele é bem curtinho e deu pra ler numa só vez. 
Não recomendo como primeira leitura da Agatha.

Adquira o livro Aqui

CONTINUE LENDO

11 de novembro de 2019

Um Crime Adormecido - Agatha Christie


Gwenda Reed, 21 anos, recém-casada, acaba de comprar uma casa centenária no litoral sul da Inglaterra. Trata-se da residência ideal para um futuro vibrante. Aos poucos, porém, o novo lar vai revelando sinais sinistros. Mas como é possível que Gwenda possa intuir que um dia houve uma porta onde hoje há uma parede sem passagem? Ou que possa adivinhar, com precisão de detalhes, qual a estampa do papel de parede original de um quarto? Sem saber exatamente como, ela adquire a certeza de que uma mulher foi ou será morta na casa. Miss Marple, perspicaz como sempre, guiará Gwenda pelos segredos aterradores que seu próprio lar esconde.

RESENHA:
11/11/2019

Maravilhosamente engenhoso!
Nessa última aventura da minha detetive favorita, teremos um crime ocorrido à 18 anos que vai se desenrolar e ser resolvido à partir das memórias das pessoas. 
Graças ao jovem casal Gwenda e Giles que não desistem de correr atrás das pessoas envolvidas e claro, à engenhosidade de Miss Marple que soube muito bem conduzir a trama e montar o quebra cabeça, enfim será dado um final à estória há muito adormecida.
A resenha vai ser curtinha mesmo, quanto menos souberem melhor.

A trama começa com ares sobrenaturais. Gwenda conhece detalhes de uma casa que nunca esteve antes, adivinha o que pode ter sido certo ambiente, entre outras coisas. Mas tudo começa a virar de cabeça para baixo quando ela tem uma visão terrível.
Certa de que está beirando à loucura decide procurar um médico, porém antes disso ela conhece Miss Marple que com seu jeitinho que lhe é característico, convence a moça de que os últimos acontecimentos tem uma explicação plausível.
À partir daí vai começar uma caçada aos envolvidos do passado e o mais importante:  Houve ou não um crime?

Eu adorei essa história! Adorei a ideia da trama, adorei como ela se desenvolveu e adorei o modo como os personagens foram inseridos nela.
O responsável não foi surpresa, já havia desconfiado, mas no decorrer da estória eu acabei deixando-o de lado.
Como sempre, todas as pontas são ligadas e todas nossas dúvidas são resolvidas.... como não poderia deixar de ser numa estória da Agatha Christie.
Recomendo mil vezes ♥
Nota: 5 ★

Adquira o livro  Aqui


CONTINUE LENDO

26 de setembro de 2019

A Mina de Ouro - Agatha Christie



Forças sobrenaturais, espíritos de outro mundo, enigmas terrenos. Não importa se o perigo vem do além ou da casa ao lado, Agatha Christie nos transporta para quinze mistérios não necessariamente policiais – às vezes os mistérios vêm da alma.
Como em “O estranho caso de sir Arthur Carmichael”. Nessa história, Arthur, um rapaz simpático e amável, vai dormir com a saúde impecável e na manhã seguinte é encontrado perambulando pelas ruas, assustado, incapaz de reconhecer qualquer pessoa. O mais estranho é que todos evitam falar sobre o que está acontecendo. Neste conjunto de relatos publicados nos anos 20 e 30, não espere encontrar respostas objetivas. Alguns mistérios estão fadados a permanecer assim, mistérios...

“Seu talento literário sem igual ultrapassou qualquer barreira.” John Curran, autor de Os diários secretos de Agatha Christie.

Minha Opinião e breve resumo dos contos:
26/09/2019

Finalizando esse livro de contos, fiquei com a sensação de que algumas coisas nem foram escritas pela Agatha, de tão chato que foi.
Alguns podem ser encontrados no livro O Cão da Morte que citarei abaixo. Como eu já tenho esse livro e já li, então acabei pulando-os mas são os melhores dessa coletânea na minha opinião.
No geral, é uma série de contos monótonos que deixaram muito a desejar. Não sei em que momento da vida dela foram escritos, nem se ela os escolheria para publicar mas o fato é que não pode ser tomado como referência da escrita dela.
Um que gostei foi "A esmeralda do rajá" e um dos piores pra mim foi "A proximidade de um cachorro".
Enfim, se você nunca leu nada da Agatha Christie, não comece por esse livro.

Nota: 3 ★

"- O Mistério de Listerdale - A viúva St. Vicent está em sérias dificuldades financeiras quando encontra um anúncio tão bom que parece armadilha: uma casa mobiliada e com empregados por um preço irrisório. Ela resolve alugar mas seu filho Rupert não descansará até saber o que aconteceu ao dono da casa e o porquê dela ser tão barata."

"- A moça do trem - George Rowland é despedido da empresa de seu tio após mais uma noite de farra. Decidido a mudar de vida, faz as malas pra ir embora da casa onde vive com tio e durante sua viagem de trem conhece uma moça misteriosa que lhe confia uma missão. George se aventura para impressionar a moça e reencontrá-la."

"- A bravura de Edward Robinson - Edward Robinson está desanimado com sua vida pacata e seu noivado com uma moça que ele considera 'pé no chão' demais. Quando a oportunidade de uma aventura surge, ele aproveita os momentos que se tornam decisivos para mudar sua vida."

"- Jane procura emprego - Jane Cleveland está aflita por um emprego quando vê um anúncio no jornal contratando moças com as mesmas descrições fisicas dela. Movida pela necessidade e pela curiosidade, ela vai até o endereço e encontra dezenas de outras moças como ela que vão passar por um processo seletivo. Mesmo depois de ser escolhida, ela ainda não sabe do que se trata mas aceita mesmo que isso coloque sua vida em risco."

"- Um domingo frutífero - Dorothy sai num passeio de carro com seu pretendente Edward e durante o piquenique eles têm uma surpresa. O conto é super curto, tem apenas 8 páginas e por isso nem dá pra comentar sobre."

" - A mina de ouro - George acaba de ser despedido do banco pelo próprio tio e na saída encontra uma moça que pede que ele entre no carro.
Uma misturinha de romance, com toque de humor onde tudo acontece em algumas poucas horas.
Fraco demais, nem dá pra acreditar que esse conto que deu nome ao livro."

" - A esmeralda do rajá - James está de férias num badalado balneário à pedido de sua namorada Grace, porém ambos estão em hotéis diferentes. Enquanto ele está sozinho num lugar barato, Grace está num lugar chique com amigos ricos, o que o incomoda demais. Acontece que tudo muda depois que ele volta de um banho de mar."

" - O canto do Cisne - Paula Nazorkoff, uma cantora soprano, aceita fazer uma apresentação da ópera "Tosca" para um público particular quando no final acontece uma tragédia.

" - O Cão da Morte (Também no livro O Cão da morte) -  Narrado em primeira pessoa, o Sr. Anstruther nos conta sobre um fenômeno em que uma freira havia matado vários alemães apenas invocando um raio, o qual deixou a marca de um cão em uma das paredes que restou no lugar.

" - A Cigana (Também no livro O Cão da morte) - Dickie Carpenter sempre sonhou com ciganas e tinha aversão à elas. No sonho elas sempre o avisavam de algum perigo. Quando ele conhece a sra. Haworth tem certeza que é a mesma pessoa do sonho e ela lhe dá um aviso pouco antes dele fazer uma cirurgia.
Agora seu amigo Macfarlane vai procurar essa  mulher para tentar entender os acontecimentos.

" - O Lampião (Ou A lâmpada no livro O Cão da morte) ) - A sra. Lancaster se muda com seu pai e seu filho pequeno para uma casa que dizem ser assombrada. Há muitos anos faleceu ali um menino em circunstâncias muito tristes, mas a nova proprietária não acredita em assombrações e por isso não se importa com a história da casa.
Até que algo começa a acontecer.

" - O Estranho Caso de Sir Arthur Carmichael (Também no livro O Cão da morte) - Esse conto é narrado pelo dr. Edward Carstairs sobre um episódio que ele presenciou quando acompanhou o amigo, dr.Settle, para avaliar a súbita mudança de comportamento do jovem Arthur que de uma hora pra outra desenvolveu outra personalidade.

" -  O Chamado das Asas (Também no livro O Cão da morte) - Vai contar sobre uma experiência de um homem rico que após ouvir uma música tocada por um andarilho, começa ter a sensação de que está levitando.

" - Flor de magnólia - Decidida a fugir do marido com outro homem, Theodora Darrell acaba voltando para ele quando descobre que o mesmo faliu."

" - A proximidade de um cachorro - Joyce Lambert está à beira da miséria desesperada por um emprego, mas precisa de algo que não tenha que se livrar de seu cachorro de estimação.


Adquira o livro Aqui

CONTINUE LENDO

3 de julho de 2019

Museu do Crime - Tito Prates


Uma série de mortes, até então desconectadas, começa a assombrar os moradores de São Paulo. Em todas elas o assassino deixa sua marca: a unha do dedinho do pé pintada de rosa.
O delegado Meireles e sua equipe de investigadores se empenham em desvendar o mistério por trás dessas mortes horrendas e descobrem que lidam com um serial-killer copycat e que a resposta à pergunta “quem será a próxima vítima?” pode estar no Museu do Crime!
Agora a polícia enfrenta o relógio e sua limitação de recursos para tentar descobrir a identidade do assassino e impedi-lo de causar mais mortes e terror na sociedade, enquanto uma trama cheia de mistérios vem à tona e Tito Prates te convida a desvendá-la.

RESENHA:
03/07/2019

Fui convidada pelo Tito Prates para ler seu livro antes do lançamento oficial e o fiz com muito prazer. Em agosto já estará disponível para venda na Amazon.

A trama gira em torno de um serial killer que está copiando os crimes do Museu do Crime, local frequentado por policiais que estão se formando por conter fotos e arquivos relacionados à investigação dos crimes mais brutais do país.
Aqui o assassino se baseia em alguns desses casos chocantes para fazer o mesmo com suas vítimas e ninguém saberia a relação entre eles se não fosse um único detalhe: a unha do dedinho do pé pintada de rosa.
Mas qual a ligação entre essas vítimas? Seria uma escolha aleatória ou o assassino tem um plano maior em mente?
Isso que o leitor vai descobrir nesse desenrolar sangrento e chocante. Uma trama bem construída (e bem criativa), recheada de personagens e estórias paralelas que vão se cruzar no final. 
Fiquei entre duas pessoas como sendo o serial killer e conforme os diálogos foram se desenvolvendo eu optei por uma delas e acertei (ebaaa).
A única coisa que me incomodou um pouco foi o excesso de descrições nos detalhes, mas isso é uma particularidade minha que não interfere na estória como um todo. O final foi bem amarrado e sem pontas soltas.
Não posso comentar muito sem spoilers, então só recomendo a leitura desse romance policial!

* Esse é o primeiro romance policial do Tito Prates que já publicou vários contos e antologias e também é o autor da biografia - Agatha Christie From my Heart - Uma Biografia de Verdades. 



Em breve na Amazon

CONTINUE LENDO

12 de março de 2019

O Desaparecimento de Stephanie Mailer - Joël Dicker


Na noite de 30 de Julho de 1994, a pacata vila de Orphea, na costa leste dos Estados Unidos, assiste ao grande espectáculo de abertura do festival de teatro. Mas o presidente da Câmara está atrasado para a cerimónia… Ao mesmo tempo, Samuel Paladin percorre as ruas desertas da vila à procura da mulher, que saiu para correr e não voltou. Só para quando encontra o seu corpo em frente à casa do presidente da Câmara. Dentro da casa, toda a família do presidente está morta.
A investigação é entregue a Jesse Rosenberg e Derek Scott, dois jovens polícias do estado de Nova Iorque. Ambiciosos e tenazes, conseguem cercar o assassino e são condecorados por isso. Vinte anos mais tarde, na cerimônia de despedida de Rosenberg da Polícia, a jornalista Stephanie Mailer confronta-o com uma revelação inesperada: o assassino não é quem eles pensavam, e a jornalista reclama ter informações-chave para encontrar o verdadeiro culpado.
Dias depois, Stephanie desaparece.
Assim começa este thriller colossal, de ritmo vertiginoso, entrelaçando tramas, personagens, surpresas e volte-faces, sacudindo o leitor e impelindo-o, sem possibilidade de parar, até ao inesperado e inesquecível desenlace.
O que aconteceu a Stephanie Mailer?
E o que aconteceu realmente no Verão de 1994?

RESENHA:
12/03/2019

Em 1994 houve um massacre na pequena cidade de Orphea. O prefeito, sua esposa, o filho de apenas 10 anos e uma mulher que corria ali perto foram brutalmente assassinados.
Os detetives em começo de carreira Jesse e Derek foram designados à resolver esse caso e após meses de investigação rigorosa eles encontram o responsável. A dupla de detetives ficou então conhecida como 100% pois resolviam tudo que pegavam.
Vinte anos após esses crimes na despedida de Jesse da polícia, uma repórter de Nova York procura o detetive para dizer que ele não é 100% pois não resolveu um dos seus maiores casos e que ele havia capturado a pessoa errada.
Por motivos que serão explicados durante a estória, Jesse e Derek não trabalham mais juntos mas ele fica com uma pulga atrás da orelha sobre o que a repórter falou e quando ele fica sabendo que ela desapareceu na mesma noite em que conversou com ela, tem certeza de que há algo de errado na estória.

À partir daí o leitor entra numa trama repleta de mentiras, traições, mortes e reviravoltas.
São muitos personagens - cheguei até imprimir uma lista para não me perder - mas não foi necessário. O autor soube com maestria contar a estória de cada um deles, sem confusão, nos poupando dos detalhes desnecessários e indo direto ao que interessava.
Cada um dos personagens tem um espaço particular na trama. Quando começava o capítulo em que o autor contava aquela estória, eu me envolvia tanto na narrativa que a impressão que tinha era que eu estava presente ali no momento.
Apenas um outro autor conseguiu reunir tantas informações e casos diferentes numa única estória e deixá-la tão envolvente, e e esse autor é o Donato Carrisi. Joel Dicker me ganhou completamente com esse livro, quero ler tudo dele.

A trama será contada no passado, desde as mortes e o final da investigação e também no presente à partir do sumiço da Stephanie.
No presente a dupla terá a ajuda da detetive Anna que será fundamental nesse caso.
Interessante que acompanhamos a mesma investigação em dois tempos diferentes, vemos os passos dos detetives, as pistas surgindo e como tudo foi se ligando perfeitamente para chegar naquele culpado. Porém no presente com o surgimento de outras informações e outras mortes, eles não têm mais dúvidas de que cometeram um erro grave, além de terem que descobrir onde Stephanie está.
Todos são suspeitos, todos mentem. Vai ser um dos casos mais difíceis e complexos de se resolver e quanto mais perto eles chegam da verdade, mais pessoas morrem.
Apesar de ter adorado toda a trama investigativa, as estórias paralelas dos personagens me deixaram encantada. Que escrita maravilhosa, que narrativa perfeita, que trama bem construída!
Só tenho elogios para esse livro incrível, INCRÍVEL! Antes da metade eu já tinha favoritado e isso nunca aconteceu antes.
Super recomendo.... demais!!! Leiam, leiam!

Adquira o livro Aqui


CONTINUE LENDO

25 de fevereiro de 2019

Convite Para um Homicídio - Agatha Christie



Certa manhã, no jornal local Gazette, um estranho anúncio pode ser lido: "Convida-se para um homicídio, a ter lugar sexta-feira, 29 de outubro, em Little Paddocks, às 18h30m. Espera-se a presença de todos os amigos da família; não haverá outra convocação." Nenhum dos moradores da casa entende o que está acontecendo e muitos amigos da família resolvem aparecer na hora marcada, imaginando que lá haverá uma festa temática ou algo desse tipo. Exatamente no horário marcado no anúncio, todas as luzes de Little Paddocks se apagam e um homicídio acontece. O mistério é investigado pela polícia, com a ajuda da simpática Miss Marple, que desconfia de tudo e de todos. A situação piora quando é descoberta a existência de muitas pessoas ligadas à dona da casa, Letty Blacklock, e que poderiam desejar a morte da mesma.

RESENHA:
25/02/018

As pessoas que têm raiva do mundo são sempre perigosas. Pensam que a vida lhes deve alguma coisa[...] É o que está dentro da gente que nos faz felizes ou infelizes.


Eu sempre trapaceio minha meta de leitura quando surge um livro da Agatha Christie. Não lembrava desse e quando vi essa sinopse não deu outra: tive que parar o que estava lendo e começá-lo.
Há quem pense que é impossível - após algumas décadas lendo Agatha - ainda se surpreender com suas obras. Se engana, pois ela inova a cada trama e pega até mesmo os mais preparados, que dirá os desprevenidos :-)

Um convite publicado no jornal local aparentemente inofensivo, acaba atraindo à casa da srta. Blacklock os vizinhos mais curiosos e uma noite que seria de brincadeiras acaba se transformando em tragédia.
Apesar dos policiais estarem em cena o tempo todo, quem acaba descobrindo o crime e a ligação entre os personagens é a Miss marple, a única a prestar atenção nos menores detalhes. Detalhes que a autora coloca no decorrer de toda estória e que o leitor facilmente deixa passar. 
Miss Marple acaba resolvendo o crime justamente através dessas pistas e a autora não tem intenção de enganar o leitor, muito pelo contrário, mas a gente só percebe depois que é revelado.
Eu adivinhei quem era o culpado mas nem de longe pude imaginar as suas motivações e o desfecho genial que a autora preparou. Todos personagens estão ali por um motivo, nada é por acaso e cada um tem sua importância.
Mesmo prestando atenção em cada conversa, em cada assunto que poderia ser uma pista, nem assim eu descobri o que a autora quis dizer. Foi incrível! 

Eu sou apaixonada pela Miss Marple, acho-a incrível e com aquele seu jeitinho inofensivo vai tirando informações sem que a pessoa perceba, descobrindo tudo que deseja como quem não quer nada. É a tia-avó que eu queria ter ♥
Apesar de adorar o Poirot que é muito inteligente, por vezes arrogante e tem a experiência na polícia em conta, ainda prefiro ela que é astuta, não tem a técnica, mas tem conhecimento do comportamento humano de sobra.

Miss Marple é genial!
Recomendo!!!

Adquira o livro Aqui
CONTINUE LENDO

7 de fevereiro de 2019

Seguindo a Correnteza - Agatha Christie


A ação do livro acontece em 1946. Gordon Cloade é um homem muito rico que costumava ajudar seus familiares. Com o fim da segunda guerra mundial, Gordon se casa com Rosaleen Underhay, uma viúva muito mais jovem que ele. Pouco tempo depois, a casa de Gordon é bombardeada, ele morre e Rosaleen herda os bens do marido.

A família Cloade fica muito contrariada, mas tem que aceitar esta situação, já que não existe um testamento que faça a distribuição dos bens para os familiares.

A cunhada de Gordon, interessada em espiritismo, procura Hercule Poirot para pedir sua ajuda. Um espírito revelou que o primeiro marido de Rosaleen na verdade não morreu. Se o marido fosse encontrado, o casamento de Gordon não seria válido e assim a família poderia tomar posse da herança.

Um dia, chega na cidadezinha onde vivem os Cloade, um homem que diz que o ex-marido de Rosaleen está vivo e é assassinado. O problema se torna complexo, e somente Hercule Poirot tem condições de reunir todas as informações e desvendar o mistério.

RESENHA:
07/02/2019

Não sei por que demorei tanto para ler esse livro. Narrativa ágil, muitas reviravoltas, vários personagens que se destacam e se comportam como se a qualquer momento fossem se revelar.

Imagine 6 pessoas da mesma família completamente dependente financeiramente de um único parente, aí esse parente casa e morre em questão de 2 semanas apenas e essa nova esposa herda tudo. Porém se a nova esposa morre, o dinheiro volta pra família.
Ingredientes perfeitos para um delicioso romance policial e ainda mais escrito pela Agatha, não poderia dar errado. E não deu, lógico!
À princípio era tudo meio óbvio dava pra imaginar o que iria acontecer, mas não. A cada capítulo as situações iam mudando e tomando um rumo diferente.
Eu devorei esse livro. Quando a trama é recheada de bons diálogos e pouca narrativa, a leitura flui facilmente.
Assim como em todos livros dela, eu sempre desconfio de todo mundo. Ninguém ali é 100% confiável, então geralmente não fico surpresa com o assassino pq em algum momento eu desconfiei dele. O que me surpreende sempre é a trama que envolve o assassino e o assassinado. É sempre inteligente, bem desenvolvido, infalível!
Nesse livro em especial, cheguei a desconfiar d@ culpad@ mas descartei rapidamente, mas o final foi genial! Eu fui surpreendida mais uma vez pela perspicácia dessa autora que tanto admiro.
Eu só não gostei do último capítulo. Foi uma pena, achei que aquele final não foi legal.
Dá pra ser mais fã ainda? Dá sim!!!

Nota 5 

Adquira o livro Aqui

CONTINUE LENDO

10 de dezembro de 2018

A Terceira Moça - Agatha Christie




Hercule Poirot estava em paz com seus pensamentos e seu café da manhã de chocolate quente com brioche quando é interrompido por uma jovem. Ela confessa que pode ter cometido um assassinato e, em seguida, desaparece. Na efervescência da Londres dos anos 60, e em meio a rumores nebulosos de que a moça está envolvida com o uso de psicotrópicos, revólveres e canivetes, o lendário detetive belga tenta descobrir se ela é culpada, inocente ou até mesmo insana.
Para desvendar esse mistério, Poirot vai precisar de mais do que uma série de coincidências fortuitas e da ajuda de sua amiga Ariadne Oliver – ele terá de se adaptar aos novos tempos e ultrapassar as barreiras entre as gerações.

RESENHA:
10/12/2018

A terceira moça foi escrito em 1966 e conta a estória de Norma Restarick que um dia entra desesperada no apartamento de Poirot e pede sua ajuda dizendo que acredita ter matado alguém. Porém ela o acha muito velho e sem capacidade de ajudá-la e sendo assim vai embora sem nem mesmo dizer seu nome, deixando o detetive cheio de perguntas e com o ego ofendido.
Numa conversa com Ariadne Oliver ele vai descobrir o nome da moça e fica sabendo que ela o procurou por sugestão da própria escritora. 
Agora os dois farão suas buscas e investigações para descobrir o paradeiro da Norma e se houve mesmo algum crime, já que nenhum assassinato chegou ao conhecimento da polícia.
Ariadne vai meter o nariz na vida de alguns jovens e chega até mesmo a correr risco, enquanto Poirot com mais sutileza e algumas mentiras vai se enfiar na casa da família da moça.

Mais da metade do livro é cheio de suposições e poucas descobertas. Até mesmo Poirot se sente desanimado com a falta de ligação entre as informações e foi um dos motivos da leitura ter desacelerado um pouco.
Eu achei o livro previsível demais. Aquilo que aconteceu era o esperado desde o começo e o culpado(a) óbvio demais para mim, mas a maioria da resolução eu não imaginei mesmo e é dessa maneira que a Agatha sempre me surpreende.
Mesmo não ficando entre os favoritos é uma leitura que recomendo demais, incrível como a Agatha escreveu tantas estórias sem se repetir em nenhuma.

Dica* Não assista ao filme sem ler o livro pois fugiram muito do original.

Adquira o livro Aqui

CONTINUE LENDO

16 de outubro de 2018

O Chamado do Anjo - Guillaume Musso



Nova York, Aeroporto JFK. Na sala de embarque lotada, um homem e uma mulher se esbarram, espalhando suas coisas pelo chão. Após uma discussão banal, cada um segue seu caminho. Madeline e Jonathan nunca haviam se visto e jamais deveriam voltar a se encontrar. Porém, ao recolher seus pertences, trocaram por descuido os celulares. Quando percebem o engano, já estão a dez mil quilômetros um do outro - ela é florista em Paris, ele tem um restaurante em San Francisco. Não demora muito para ambos cederem à curiosidade, explorando o conteúdo dos respectivos aparelhos. Uma dupla indiscrição, que leva a uma revelação inesperada - suas vidas estão ligadas por um segredo que eles julgavam enterrado para sempre...

RESENHA:
15/10/2018

Apesar de nunca ter ouvido falar de O Chamado Anjo, escolhi ler por causa das boas avaliações e da sua premissa bem interessante.

Jonathan e Madeline se esbarram em um café no aeroporto de Nova York e enquanto trocam algumas farpas acabam trocando os celulares na pressa de embarcar. Nenhum dos dois vai perceber o equívoco, apenas quando desembarcam em suas respectivas cidades - ela em Paris e ele em São Francisco - é que vão se dar conta da confusão.
Madeline rapidamente envia uma mensagem de texto no seu celular para Jonathan, se comprometendo à enviar o aparelho no dia seguinte.
Porém no outro dia ela fica sabendo que os correios estão em greve e enquanto fica mais algum tempo com o celular do Jonathan, eles trocam algumas mensagens.
Jonathan por sua vez, vai fuçar no celular da florista e acaba encontrando coisas que ela esconde. Madeline com raiva começa também a querer saber dele e descobre que ele já foi alguém muito famoso.
Enquanto os celulares não são destrocados, um vai se envolver rapidamente na vida do outro - e nos segredos -  e quando menos se percebe a estória dá uma grande virada.
Aquele início calmo vai dar lugar à uma aventura policial, cheia de riscos e descobertas.

Eu gostei demais do livro e apesar do final não ter sido supreendente, a maneira como a trama foi conduzida me entreteve de maneira satisfatória. Li em pouco tempo.
Só achei que o final foi um tanto corrido e algumas cenas descritas achei um pouco forçada demais. Também alguns personagens não tiveram seu desfecho - ou a explicação - merecidos. Alguns foram completamente esquecidos.
Mas no geral foi uma excelente leitura, que mesclou romance e investigação alternando momentos tensos e divertidos.

Recomendo e pretendo ler mais livros do autor.

Adquira o livro Aqui

CONTINUE LENDO

12 de setembro de 2018

Os Relógios - Agatha Christie



Um homem desconhecido é encontrado morto na casa de uma cega. Na cena do crime, quatro relógios parados na mesma hora: quatro e treze.
Sem qualquer pista do assassino ou da identidade da vítima, o detetive Colin Lamb, do Serviço Secreto inglês, pede ajuda a Hercule Poirot. Ao iniciar a investigação, o detetive afirma que o caso é simples, mas ele logo percebe que a solução não é tão óbvia, principalmente quando outros dois assassinatos são cometidos em circunstâncias misteriosas.

RESENHA:
12/09/2018

Em Os Relógios encontramos uma trama bem complicada de se resolver.
Um morto sem identificação na sala de uma senhora cega, com quatro relógios parados na mesma hora que não pertencem à dona da casa e a pessoa que o encontrou foi uma estenógrafa que tinha recebido ordens de trabalhar para a senhorita Pebmarsh, só que esta não tinha solicitado nenhum serviço.
São muitos enigmas que deixam os investigadores num beco sem saída e enquanto não descobrem a identidade do morto, o caso não anda.
Será que tudo faz sentido ou é apenas para confundir?
Colin Lamb, amigo de Poirot, resolve procurar o detetive que se encontra em idade avançada e carente de novas aventuras e pede que o ajude nesse caso. Ele então o desafia a desvendar o crime sem se levantar de sua poltrona, apenas com as informações que Lamb passar.
Não resta dúvidas que o brilhante detetive irá conseguir uma resolução para esse mistério.

Eu gostei bastante do livro e não tive a menor chance com ele, não consegui desvendar nada!
Desconfiar da pessoa até desconfiei por que isso eu faço com todos os personagens e em todos livros do gênero, mas foi logo descartado e nem sonhei com tal desfecho.
Como sempre tudo tem uma explicação, até mesmo o final difícil de se desvendar.
Adorei não ter descoberto nada, geralmente eu descubro o culpado (nunca o motivo) então posso dizer que esse livro foi mesmo uma grande surpresa para mim.
Só não ficou entre os favoritos por que senti muita falta de Poirot, dos seus questionamentos. Ele aparece muito pouco, acho que a autora levou literalmente em conta a idade dele (rs)
Mas a trama é ótima e envolvente, foi sem dúvida uma ótima leitura, escolhida especialmente para o mês de comemoração do aniversário de Agatha e a estória coincidentemente se passa em setembro.
Recomendo!

CONTINUE LENDO

6 de maio de 2018

A Velha Senhora - Georges Simenon



Em um domingo, os filhos e enteados da Sra. Valentine Besson se reúnem na casa da viúva, na cidadezinha de Étretat, para celebrar seu aniversário. Rose, a empregada, morre envenenada na mesma noite, após tomar um sonífero destinado à patroa. Quem teria interesse de matar Valentine, uma plácida senhora cuja antiga fortuna hoje resume-se à pequena casa em que vive? Maigret é logo chamado para investigar os crimes, somente para descobrir que as disputas e rancores que subjazem em Étretat são muito mais profundos do que deixa transparecer o aparente calma da cidade balneária.

Minha opinião:
06/05/2018

Classifico esse livro como agradável. Bom para passar o tempo, mas nada que tenha me surpreendido.
A narrativa é linear, não tem reviravoltas ou grandes revelações e achei o culpado logo no início. Poderia até não ser óbvio, mas pra mim foi o que mais se encaixou no perfil.
Valeu pra conhecer a escrita de Georges Simenon que até então não conhecia. Maigret já tinha familiaridade pois assisti as adaptações com o personagem.

Sempre muito bom abrir o leque de autores, valeu!

CONTINUE LENDO

18 de abril de 2018

A Maldição do Espelho - Agatha Christie


O que viu Marina Gregg, a famosa atriz cinematográfica, um pouco antes de um assassinato ser cometido em sua casa? Quem – ou o que – fez sua expressão mudar de modo tão violento, a ponto de um observador lembrar-se de Alfred Tennyson! "Fora voava a teia e flutuava à distância;
O espelho partiu-se lado a lado;
– a maldição caiu sobre mim –, gritou a senhora de Shalott".
Alguns minutos mais tarde um corpo jazia morto na mansão de Marina – pela segunda vez vítima de um assassinato premeditado tinha sido ali descoberta.
Nesse romance de Agatha Christie, Miss Maple, cuja casa em St. Mary Mead é perto do cenário do crime, descobre a oportunidade perfeita para saborear um tipo especial de mistério a que está acostumada.
Os milhões de admiradores de Agatha Christie gostarão de tentar se antecipar a Miss Maple, assim como gostarão do humor e caracterização dessa história engenhosa e fascinante.

RESENHA:
18/04/2018

A pacata vila de St. Mary Mead agora já não é mais a mesma. Novos moradores chegando devido ao desenvolvimento, entre eles a famosa atriz de cinema Marina Gregg.
Agora proprietária da mansão Gossington Hall, uma vez palco de "Um corpo na biblioteca", Marina abre as portas de sua casa para alguns moradores apreciar as novas mudanças.
Durante a visitação, uma das convidadas morre após ingerir um drink que seria de Marina e apesar das dezenas de suspeitos ali presentes, aparentemente nenhum teria oportunidade de colocar algo na bebida sem que fosse visto pelos outros.
Miss Marple vai ajudar o amigo, detetive Craddock, à investigar o mistério e descobrir quem teria motivos para matar e como agiu.

Não foi uma das melhores leituras que fiz da dama. Achei a narrativa arrastada, sem muitos acontecimentos que prendesse a atenção e quando Miss Marple vai falar sobre o crime, acaba o livro. Nem deu tempo de sentir o gostinho.
Porém, é um dos motivos mais chocantes que li até hoje nos livros dela, um crime psicológico com um final bem triste.
Ainda que arrastado à princípio, é um livro que vale a pena ser lido e apesar de ter desconfiado d@ culpado@, nem sonharia sobre suas motivações.
Agatha é incrível! Nunca deixa de nos surpreender!

CONTINUE LENDO

1 de março de 2018

O Mistério de Sittaford - Agatha Christie


Na remota localidade de Sittaford, prestes a ser assolada por uma poderosa tempestade de neve, um grupo de vizinhos reunidos na imponente mansão que dá nome ao lugar resolve se entregar a um passatempo excitante e aparentemente inofensivo: uma sessão espírita improvisada. O que deveria ser uma distração sem maiores consequências assume tons sombrios quando a mesa dos espíritos soletra o nome de um conhecido de todos os presentes, seguido da palavra assassinado. Trote de mau gosto ou um aviso sobrenatural? Em mais um de seus engenhosos romances, Agatha Christie surpreende os leitores com a narrativa misteriosa de um crime que teoricamente não poderia ser cometido.

RESENHA:
28/02/2018

Esse livro está há muito tempo parado na minha estante e por conter poucas páginas (219), coloquei na minha meta de fevereiro.
Não foi uma das minhas melhores leituras do gênero, achei que iria gostar mais da estória pois a premissa é bem interessante, mas o fato é que achei a narrativa parada e sem grandes emoções.
Algumas situações narradas me passou a impressão de que estavam ali para cumprir o papel de confundir e por isso não levei muito a sério e não me surpreendi.
Acho que o que desanimou foi perceber a falta que Poirot ou Miss Marple fazem nessas estórias, pois eles plantam ideias e dúvidas na nossa imaginação enquanto fazem perguntas. Apesar de ser um caso do Inspetor Narracott ele pouco participou, deixando as grandes descobertas para Emily que se mostrou muito mais esperta que a polícia.
Um ponto positivo é o final, como sempre muito bem desenvolvido pela autora e apesar de ser bem rápido e não descritivo como os finais do Poirot, foi bem explicado.
Li duas versões, essa e a nova da LPM para ver se tinha diferença mas não.
Ainda que não tenha sido uma das melhores leituras, está longe de ser dispensável. Agatha é sempre uma ótima pedida.

CONTINUE LENDO

30 de setembro de 2017

A Mansão Hollow - Agatha Christie



Um inofensivo convite para almoçar na Mansão Hollow logo se transforma em mais um caso a ser desvendado por Hercule Poirot. A cena do crime parece um tanto artificial - o corpo de um homem agonizando na beira da piscina, sua mulher logo ao lado segurando um revólver, e ainda três testemunhas. Seria na verdade uma encenação, uma brincadeira de mau gosto para provocar o detetive? Infelizmente, para a vítima, não. Indo contra todas as evidências, Poirot não demora a descobrir que a arma que aquela mulher tinha nas mãos não era a mesma que matou seu marido. O que aconteceu, então?

RESENHA:
30/09/2017

Finalizando as leituras do mês e a maratona Setembro Policial com esse livro da Dama.
Essa foi uma leitura mais arrastada que o previsto, não empolgou e o desfecho não surpreendeu.

Poirot juntamente com outras pessoas, é convidado para um almoço na mansão Hollow. Acontece que quando ele chega já dá de cara com um assassinato, que no primeiro momento ele pensa ser uma brincadeira de mal gosto.
Ao mesmo tempo, outras pessoas chegam na cena do crime, vindo de direções diferentes. Todos ali são possíveis suspeitos e Poirot vai ter muito, mas muito trabalho para desvendar esse crime.

O detetive aparece pouco e sendo ele o astro, fez muita falta na estória.
Apesar das descrições emocionais dos personagens serem se extrema importância para a trama, acabei perdendo um pouco do interesse por causa da demora em chegar a parte investigativa.
Sinto em dizer que os personagens me cansaram, principalmente a anfitriã, Lady Angkatell. Mulher faladeira demais, praticamente tudo que saía da boca dela eram frases sem sentidos, me perdia nas divagações dela e pra mim não acrescentou nada à trama.
A estória vai focar mais no lado humano de cada personagem, seus comportamentos e problemas, quase não sobrando espaço para investigação. Sobrou "romance" e faltou o "policial". 
Senti falta daqueles momentos em que o Poirot tem uma ideia e a deixa suspensa no ar para que o leitor embarque na imaginação e force as células cinzentas para tentar entender as pistas. 
Se a intenção da autora era focar mais o lado humano, posso dizer que ela conseguiu.

Ainda que não tenha me surpreendido, Agatha é Agatha né, por isso vale a leitura. 
Vou dar nota 3,5 por que já li outros dela bem melhores que esse.

CONTINUE LENDO

6 de setembro de 2017

Cipreste Triste - Agatha Christie



A dona de uma mansão no interior da Inglaterra morre durante o sono, depois de padecer de uma longa doença. Enquanto a família ainda se recupera do golpe, uma jovem aparece morta nas redondezas. Quando a bela Elinor é incriminada mediante provas aparentemente irrefutáveis, Hercule Poirot é a única pessoa que pode provar sua inocência. Para chegar à verdade dos fatos, ele terá de travar um embate sem igual na justiça inglesa.
Este é o primeiro romance de tribunal protagonizado pelo mais famoso personagem da Rainha do crime.
Publicado em 1940, Cipreste triste foi escrito em plena Segunda Guerra Mundial, um período de intensa produção na carreira de Agatha Christie, que se tornaria um dos nomes mais célebres do século XX em matéria de histórias de tribunal imortalizadas no cinema.

RESENHA:
06/09/2017


Geralmente acerto o culpado nos livros da Agatha apesar de quase sempre errar o por quê, mas nesse livro fui completamente enganada! E isso foi um dos motivos pra ter entrado na minha lista de favoritos :-)

A estória é ótima, prendeu minha atenção do início ao fim!
Começa no tribunal com o julgamento de Elinor e logo em seguida começa a narrativa de como tudo aconteceu.
Elinor e Roderick são noivos e se conhecem desde crianças, pois ela é sobrinha de Laura Welman e ele sobrinho do marido dela, já falecido.
Os dois resolvem visitar a tia pois sua saúde já se encontra muito frágil e alguns dias depois ela vem a falecer.
Os prováveis herdeiros seriam os dois, mas há também a filha da caseira, Mary, que foi criada desde bebê ali na mansão e que talvez poderia herdar algo.
Porém, após a morte da tia, algumas coisas começam a mudar, principalmente o noivado dos dois.
Quando a segunda pessoa morre, as circunstâncias do crime apontam a sobrinha Elinor e todas as provas a incriminam.
Porém, um jovem apaixonado vai intervir à favor dela e pede socorro à Poirot que aceita investigar mesmo que seja para provar a culpa da moça.
Enquanto investiga, Poirot descobre alguns segredos e muitas mentiras que à princípio vão confundi-lo mas com o tempo e umas perguntas a mais, ele verá a verdade.

"As mentiras revelam tanto quanto as verdades para quem escuta. Às vezes revela até mais"

Eu tinha dois prováveis suspeitos, tinha certeza que era um ou o outro mas quebrei a cara bonito rsrs
Mesmo faltando poucas páginas para acabar, ainda tinha muitas dúvidas e nenhuma certeza.
O final se dá no tribunal com o júri dando o veredito, mas é sempre aquela explicação do Poirot de como tudo aconteceu que é o ápice da estória.

Eu recomendo sim, Agatha Christie merece todas as honras e títulos por que ela é genial!


CONTINUE LENDO

8 de março de 2017

Ninféias Negras - Michel Bussi


Um assassinato nos jardins de Monet, uma obra-prima desaparecida, só três mulheres sabem o que aconteceu...

Giverny é uma cidadezinha mundialmente conhecida, que atrai multidões de turistas todos os anos. Afinal, Claude Monet, um dos maiores nomes do Impressionismo, a imortalizou em seus quadros, com seus jardins, a ponte japonesa e as ninfeias no laguinho.
É nesse cenário que um respeitado médico é encontrado morto, e os investigadores encarregados do crime se veem enredados numa trama em que nada é o que parece à primeira vista. Como numa tela impressionista, as pinceladas da narrativa se confundem para, enfim, darem forma a uma história envolvente de morte e mistério em que cada personagem é um enigma à parte - principalmente as protagonistas.
Três mulheres intensas, ligadas pelo mistério. Uma menina prodígio de 11 anos que sonha ser uma grande pintora. A professora da única escola local, que deseja uma paixão verdadeira e vida nova, mas está presa num casamento sem amor. E, no centro de tudo, uma senhora idosa que observa o mundo do alto de sua janela.

RESENHA:
08/03/2017

"Três mulheres vivendo num vilarejo. 
A terceira era a mais talentosa; a segunda, a mais esperta; a primeira, a mais determinada. Na sua opinião, qual delas conseguiu escapar? 

A primeira tinha mais de 80 anos e era viúva. Ou quase. 
A segunda tinha 36 e nunca havia traído o marido. Ainda. 
A terceira estava prestes a completar 11 anos e todos os meninos de sua escola queriam ser seu namorado.

A terceira, a mais novinha, chamava-se Fanette Morelle; a segunda era Stéphanie Dupain; a primeira, a mais velha, era eu."

Chocada com o desfecho desse livro!

Antes de qualquer coisa preciso dizer que se você ainda não leu Assassinato no Expresso Oriente da Agatha Christie você vai dar de cara com um grande spoiler. Talvez você nem perceba, mas em todo caso não custa avisar.

Comecei essa simples resenha com algumas citações do livro por que elas merecem uma atenção especial. 
Qual é a estória de cada uma dessas mulheres e em que ponto elas tem ligação?
Todas as 3 tem o mesmo objetivo: Sair de Giverny.

“Quem poderia sonhar em viver em outro lugar? Um vilarejo tão bonito. Mas vou lhe confessar: o cenário está paralisado. Petrificado. É proibido mudar a decoração de qualquer casa, pintar uma parede, colher uma mísera flor. Dez leis proíbem tudo isso. Nós aqui vivemos dentro de um quadro.”

O interessante é que todo o cenário e história com relação à vida de Monet são verdadeiros. O autor frisa bem isso no começo e o resto é por sua conta.

Logo no começo somos recebidos com um assassinato bem cruel: O oftalmologista da cidade é encontrado morto nos jardins de Monet. 
A situação em que ele é encontrado é no mínimo peculiar e à partir daí começa a investigação encabeçada pelos detetives Laurenç Sérénac e Sylvio Bénavides.
Laurenç Sérénac corre o risco de comprometer a investigação quando se sente atraído pela esposa de um dos suspeitos. 
Agora os detetives precisam correr atrás de pistas, que na verdade são poucas e encontrar as várias amantes do falecido para tentar encontrar alguma conexão.
Após a descoberta do corpo o enredo é meio parado, pode ser que algumas pessoas desanimem em continuar a leitura e há também muitas descrições sobre a vida de Monet que mesmo sendo muito interessante, em algum ponto começa a causar ansiedade pois a estória não anda.
Até então minha avaliação para o livro era de 4 estrelas, mas faltando 100 páginas para terminar, a estória deu uma virada tão incrível que o livro se tornou um dos favoritos.
Quando você pensa que toda aquela trama não poderia surpreender tanto, eu fiquei chocada com a maneira que o autor criou para desenrolar aquela trama toda. Eu jamais pensei em algo parecido e aposto que ninguém pensaria naquilo. 
A estória em torno do assassinato não é incrível e diferenciada, mas sim a maneira que o autor ligou todos os pontos no final.
Além do choque com as revelações eu fiquei muito emocionada com algumas estórias apresentadas. 
A narrativa objetiva com que a personagem conduz a estória e a maneira envolvente e intensa com que o autor a desenvolveu me deixou fascinada.
Por essa maneira tão incrível e criativa de desenrolar um romance policial, esse livro entrou para minha lista de favoritos e eu super recomendo!

CONTINUE LENDO

28 de fevereiro de 2017

O Mistério do Trem Azul - Agatha Christie


Um milionário norte-americano compra um colar de rubi conhecido como "Coração de Fogo" e presenteia a sua filha, Ruth Kettering. É um colar maravilhoso, muito cobiçado por ladrões e colecionistas.
Durante a viagem no “comboio azul” em direção a Nice, Ruth é estrangulada e o "Coração de Fogo" é roubado. Por pura ironia, um dos passageiros era Hercule Poirot, que será encarregado por Rufus Van Aldin, pai de Ruth, de descobrir o assassino. A situação é complexa, mas Poirot contará com a ajuda de outra passageira, Katherine Grey, para resolver o mistério.
RESENHA:
28/02/2017

Não tem melhor romance policial na vida, pra mim, do que os da Agatha Christie ♥
Ela sabe unir romance - mesmo que sutil - ao crime, numa estória envolvente, bem tramada mas escrita de forma descomplicada e ágil.
Ao começar a explicação de Poirot sobre o crime e seu culpado, você percebe que todas as pistas estiveram ali o tempo todo e você não percebeu (ou sim, em algumas vezes).
Acontece que a autora não esconde pistas para enganar o leitor, nós mesmos nos enganamos percorrendo um caminho diferente na solução do mistério.

Nesse caso, Ruth Kettering é assassinada no luxuoso Trem Azul enquanto fazia uma viagem para supostamente encontrar seu amante.
Tanto o amante quanto o marido Derek são os principais suspeitos, já que o pai a havia convencido pedir o divórcio. Não era segredo para ninguém que Derek tinha uma amante, uma dançarina tão boa em apresentar-se num espetáculo, quanto em gastar dinheiro.
Além do assassinato, o valioso colar de rubis que Ruth levava também é roubado. Apesar de todas as discrições na compra da joia, muitos "interessados" sabiam dessa transação e fariam de tudo para tê-lo em posse.

O divórcio não favorecia o marido, que ficaria sem nada e perderia a amante já que não teria mais dinheiro para mantê-la. O amante dela também teria motivos, assim como outros personagens mostrariam depois. Passageiros que não deveriam estar na viagem faz o leque de suspeitos aumentar ainda mais e os motivos são vários também.

O crime foi muito bem planejado e executado e teria sido um sucesso se o detetive mais brilhante de todos os tempos não fosse um dos passageiros do Trem Azul.
Azar do assassino e sorte a nossa que podemos desfrutar de uma estória prazerosa com um dos planos mais bem arquitetados que já li.

Eu adorei esse livro!
Não entrou no meu top da autora, mas com certeza é 5 estrelas!

CONTINUE LENDO

31 de janeiro de 2017

A Casa torta - Agatha Christie


Fechando o mês com chave de ouro!
O octogenário Aristide Leonides, dono de grande fortuna, é envenenado em sua mansão, onde vivia com toda a família — sua esposa, cinqüenta anos mais jovem, dois filhos, duas noras, três netos e uma cunhada. Qualquer um poderia tê-lo matado. O único motivo evidente é a fortuna deixada como herança. Mas parece pouco provável que alguém se dispusesse a sujar as mãos por causa do testamento de um velho em idade já tão avançada. Charles Hayward não tem como não se envolver na história: Sir Arthur Hayward, seu pai, é o comissário-assistente da Scotland Yard responsável pelo caso; e Sophia, com quem pretende se casar, é uma das netas da vítima. Portanto, Charles tem seus motivos para tentar solucionar o mistério.


RESENHA:

31/01/2017


Só Agatha Christie consegue deixar um vazio quando o livro termina. Os finais sempre me deixam com uma baita ressaca literária. 
Ela é engenhosa, absoluta! Como pode alguém escrever tantas estórias e contos de um mesmo gênero e nunca repetir a trama? Nunca ser previsível? Nunca haverá outra (ou outro) como ela!

Esse livro é uma releitura. Conheci a escrita de Agatha aos 14 anos e graças à ela adquiri o hábito da leitura e a fascinação por romances policiais.
A casa Torta foi um dos primeiros - senão o primeiro - livro dela que li e depois disso não parei mais. 
Esse livro não só me marcou pelo começo no mundo da leitura, como também por nunca mais ter me esquecido de quem era a pessoa culpada. Apesar de não me lembrar de absolutamente nada da estória - foi como se tivesse lido pela primeira vez - a pessoa culpada pelo crime eu não esqueci. Esse livro me marcou de muitas maneiras possíveis.

CONTINUE LENDO

26 de outubro de 2016

A Noite das Bruxas - Agatha Christie


Durante os preparativos de uma festa de Halloween, na pacata cidadezinha inglesa de Woodleigh Common, a adolescente Joyce Reynolds vangloria-se de ter, certa vez, presenciado um assassinato, sem citar nomes. Ninguém acredita na história, pois a menina era famosa por suas mentiras. Por coincidência ou não, a jovem é morta na mesma noite, durante a festa. Chocada com o terrível crime, uma das convidadas, a escritora Ariadne Oliver, pede ao famoso detetive Hercule Poirot, seu amigo, que descubra quem é o assassino.

RESENHA:
26/10/2016

Li esse livro quando era adolescente - foi um dos primeiros livros da Agatha que li - e resolvi reler agora em outubro por causa do halloween.
Foi uma leitura deliciosa e não me lembrava de absolutamente nada, foi como se fosse a primeira vez.

Durante a arrumação de uma festa de halloween, a adolescente Joyce diz na presença de várias pessoas que há muitos anos atrás presenciou um assassinato. Ninguém acredita nela pela sua fama de mentirosa, mas na mesma noite ela é encontrada morta.
Ariadne Oliver que estava presente no dia, chama Poirot para investigar e assim o detetive começa a fuçar no passado dos moradores locais para descobrir qual crime a menina Joyce poderia ter presenciado.
Poirot então descobre outras mortes que poderiam - ou não - ter ligação e entre assassinatos e falsificações, ele mais uma vez consegue resolver esse crime brilhantemente.

Eu adorei essa estória! Adivinhei o assassino(a) e como a pessoa agiu, apesar de ter imaginado outras tantas possibilidades. E pra finalizar, algumas revelações inesperadas por parte do detetive que nos pegam desprevenidos.
Agatha cria uma atmosfera sinistra ao colocar crianças envolvidas em crimes e a maneira como ela expõe o problema de índole, do mal já enraizado muitas vezes ignorados pelos adultos que os trata apenas como comportamento passageiro. 
Só ela consegue tratar de assuntos tão profundos e polêmicos com tanto cuidado e por que não, com muita delicadeza, sem tornar a leitura macabra.
Recomendo!

CONTINUE LENDO

20 de setembro de 2016

Tragédia em três atos - Agatha Christie


Na bucólica casa de praia do famoso ator Sir Charles Cartwright, um jantar entre amigos toma um rumo surpreendente. Entre os convidados, um homenzinho de bigode e olhar perspicaz chamado Hercule Poirot...
A possibilidade de um assassinato paira no ar e assusta os demais convivas – entre os quais, o sr. Satterthwaite, amigo de longa data que convencerá o detetive belga a embarcar em uma investigação minuciosa. Poirot precisará usar toda a sua habilidade para desvendar o mais desconcertante mistério envolvendo um crime: a falta de um motivo.

"É quase impossível adivinhar o final antes de Hercule Poirot fazer a grande revelação” - The Times Literary Supplement

Resenha:
20/09/2016

Leitura incrível!
Confesso que no começo foi difícil. Os nomes são complicados e alguns até meio parecidos, então foi difícil de lembrar e entender quem é que estava falando com quem. Acabei por fazer uma lista com os nomes - e suas profissões - e usei como marcador de página.
Assim que você se familiariza com os personagens a estória fica mais tranquila e mais fácil de ser compreendida.
Ele só não entrou para os meus favoritos dela por que Poirot aparece só depois da metade do livro, só por isso.
O livro tem 255 páginas e é dividido em três atos: Primeiro Ato: Suspeita, Segundo Ato: Certeza, Terceiro Ato: Descoberta.
Poirot aparece no terceiro ato, e apesar dele ter aparecido logo no começo da estória e estar presente no primeiro crime, ele não faz parte das investigações que ficaram por conta de outros 3 personagens e isso me deixou um pouco insatisfeita. 
Mesmo assim a estória é excelente e te prende demais. Mais uma vez mostra a genialidade do detetive e sua incrível capacidade de raciocínio.

Acompanhando as investigações com um excesso de atenção, já percebi quem era o(a) assassino(a) logo no começo.
Nada me tirava da cabeça que era essa pessoa e exatamente por isso prestei muito mais atenção ao comportamento dela. Fiquei deliciada em saber que estava certa.
Mas lógico que nem suspeitei do motivo, sem chance! E isso torna tudo mais divertido e curioso por que nas últimas páginas você devora cada palavra, o momento em que Poirot faz seu show e apresenta à todos a pessoa culpada e seus motivos, é o ápice da leitura.
Nos livros da Agatha eu sempre desconfio de absolutamente todo mundo, mas nesse eu descartei pelo menos uns 4 personagens. Não conseguia encaixá-los na estória cometendo um crime.
A falta de motivo, a falta de provas e nenhuma suspeita de como os crimes foram cometidos foi um dos livros mais difíceis dela que já li.
Super recomendo essa leitura muito envolvente e bem tramada.

CONTINUE LENDO


Topo